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Fichamento Fraude Contábil na WorldCom

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA 
Fichamento de Estudo de Caso
Trabalho da disciplina Governança corporativa e ética empresarial
 Tutor: Prof. Julio Cezar de Mello Cidade 
 São Jose / SC
 2018
Estudo de Caso:
Governança corporativa e ética empresarial 
Fraude Contábil na WorldCom 
REFERÊNCIA: KAPLAN, Robert S.; KIRON, David. Fraude Contábil na WorldCom. Harvard Business School, - 110-P02,2007. 
 A WorldCom uma empresa de telecomunicação com faturamento superior a $30 bilhões, 104 bilhoes em ativos e 60.000 funcionários, sua origem remonta á dicisão da AT&T, EM 1983. Uma empresa pequena, regionais poderiam agora ter acesso ás linhas de longa distância da AT&T com grandes taxas de desconto. A LDDS ( acrônimo para Serviços de Longa Distância com Desconto) começou a operar em 1984, oferecendo seus serviços a consumidores locais de varejo e comerciais nos estados do Sul, onde empresas de longa distância bem estabelecidas como MCI e a Sprint tinham pouca presença. Pagando ás empresas telefônicas provedoras de longa distância, pelo uso das suas redes. Esses gastos tinham um custo significativo para todas as operações de longa distância. A LDDS começou em cerca de $650.000 em capital, mas logo depois acumulou $1.5 milhões em débitos, pois não tinha o conhecimento técnico para lidar com contas de grandes empreses que tinham sistemas de comutação complexos. A empresa voltou-se para Bernard J. (Bernie) Ebbers, um dos nove investidores originais, para dirigir as coisas Ele levou menos de um ano para tornar a empresa lucrativa. No fim de 1993, a LDDS era a quarta maior operadora de longa distância nos Estados Unidos. Após uma votação dos acionistas, em maio de 1995, a empresa ficou oficialmente conhecida como World Com.
 A telecomunicação evoluiu rapidamente nos anos 1990, expandindo além de mercado de voz e dados por linha fixas para incluir a transferência de pacotes de dados por cabo de fibra ótica que poderiam transmitir voz, dados e vídeo. Ebbers e Scott Sullivan, o CFO que projetou a fusão com a MCI como líderes do setor. 
 Em 1990 com rápida expansão, WorldCom focou na geração de receita e na aquisição de capacidade suficiente para assegurar o crescimento esperado. Com a competição, ao acesso de capacidade e á demanda reduzida para serviços de telecomunicação a indústria começaram a se deteriorar em 2000. A D/R (despesas com custo das linhas contra suas receitas) da WordCom era aproximadamente 42% no primeiro trimestre de 2000, lutando para manter essa porcentagem nos trimestre seguintes devido a pressão de receita e preços. Como a operação comercial continua a declinar, o CFO Sullivan decidiu usar dados contábeis para conseguir o desempenho almejado. Usando duas táticas reversão de provisionamento em 1999 e2000, e a capitalização das despesas com linhas em 2001 e 2002.
A reversão de Provisionamentos, a empresa estimava seus custos com linhas mensalmente, como não havia sito pago ainda, o lançamento contábil era feito como provisionamento a uma conta do passivo. Quando pagava a conta ao proprietário da linha, ela reduzia esse provisionamento do passivo, pelo montante do pagamento em dinheiro. A empresa podia reverter (ou liberar), como uma redução nas despesas com a linha. Myers pediu a Davd Schneeman, CFO da UUNET, reverter provisionamentos, mas ele se negou. Por fim, a equipe de contabilidade geral fez as mudanças desejadas por Myers no livro razão. No trimestre de 1999 e 2000 reverteu-se $3.3 bilhões no valor de provisionamento. Em 2001 no primeiro semestre, havia sobrado tão pouco provisionamentos para reverter, que a tática não estava conseguindo a meta de relação D/R, e as receitas continuavam a declinar. Sullivan através de seus tenentes Mayer e Yates, urgiu os gestores sêniores a manter a relação D/R em 42%. Um gerente de contabilidade tinha levado a possibilidade de tratar os custos de linha como gastos de capital e não como custos operacionais, mas foram repelidos por Yates. 
O comunicado á imprensa de 2001 da World e o relatório 10-Q trimestral entregue á SEC dos EUA, reportaram $4.1 bilhoes com custos de linha e gastos de capital que incluíam $544 milhões em custos de linha capitalizados. Com os $9.8 bilhões em receitas reportadas, a relação D/R da WorldCom foi anunciada em 42%, ao ives de 50% , que seria a reclassificação e a reversão do provisionamento. 
 Betty Vinson e Troy gerentes na Contabilidade Geral, mesmo ficando chocados e inseguros, atenderam um pedido do seu chefe Yates de reverter $828 milhões de provisionamento de custos de linha para Demonstração de Resultados. Depois de feito Vinson e Normand estavam planejando se demitir, mas Sullivan assegurou que não estava fazendo nada ilegal r que assumia a responsabilidade por suas ações. Os pedidos similares continuavam e eles teriam que fazer alterações no ano todo.
 Cynthia Cooper que fazia auditoria Interna que se reportava diretamente ao CFO Sullivan, e Arthur Andersen auditores independentes da WorldCom que executava auditoria financeiras para avaliar a confiabilidade e a integridade das informações financeiras reportadas publicamente. Começando em agosto auditoria Cooper pediu para um dos auditores da Andersen que explicasse a transferência, mas se recusou a dar explicações. Cooper levou o assunto ao comitê de auditoria, e resolveu fazer uma auditoria financeira. Mesmo não tendo a autorização de acesso ao lançamento contábil, com a ajuda de Morse consegui o acesso. Anderson que fazia a auditoria financeira julgava a empresa como cliente de risco moderado. Pois não tinha acesso total nas documentações, e era enganado pela empresa que fornecia relatórios falsos e omitiam informações. 
 Em junho de 2002, a equipe e auditoria interna de Cooper tinha descoberto $3 bilhões em despesas questionáveis. Ela levou tudo para o Comite de Auditoria e divulgaram seus resultados sobre gastos impróprios. Sullivan e Myers não puderam dar explicação para o conselho, o conselho pediu a Sullivan e Myers que renunciasse imediatamente ou seriam demitidos. Myers renunciou e Sullivan foi demitida pois não quis se renunciar. SEC entrou com uma ação civil de fraude contra a WorldCom, com investigação sobre as atividades de Bernie Ebbers Scott Sullivan Davis Myers, Buford Yates, Betty Vinson e Troy Normand. Todos foram julgados, Arthur Anderson nunca foi chamado á responsabilidade sobre sua auditoria. Daid Myrs assumiu a cilpa de três crimes, pegando 15 anos de prisão, mas pagou fiança de $25.000. Bernie Ebbers pegou 25 anos de prisão, Betty Vinson foi sentenciada a 5 meses de prisão 5 meses domiciliar. David Myers e Buford Yates receberam pena de um ano e um dia de cadeia, Scott Sullivan foi sentenciada a cinco anos de prisão. Sua sentença tinha sido ajustadaem 80% menos tempo do que a de Ebbers por sua cooperação com a acusação. Cyntia Cooper permaneceu como executiva sênior de Auditoria Interna até julho de 2004. Não foi promovia na WorldCom e nenhum executivo Sênior da empresa jamais lhe agradeceu pessoalmente. 
Local: Biblioteca virtual da disciplina

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