Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LINHAS DE INFLUÊNCIA Definição: É um diagrama na qual as ordenadas definem uma solicitação em uma determinada seção, para uma carga unitária naquela posição. Caso de uma viga biapoiada a) Linha de Influência de Reações de Apoio RB = ( P . X ) / L b) Linha de Influência de Forças Cortantes c) Linha de Influência de Momentos Fletores RA = [ P . ( L – X ) ] / L = 1 – ( X / L ) RB = ( P. X ) / L = X / L Para X <= XS: MXS = RB . ( L – XS ) MXS = X/L . ( L – XS ) Para X > XS: MXS = RA . XS MXS = ( 1 – X/L) . XS Caso de uma viga biapoiada com balanço nas extremidades a) Linha de Influência de Reações de Apoio b) Linha de Influência de Forças Cortantes • P/ Seção S no balanço esquerdo da ponte: • P/ a Seção S no meio do vão da ponte: c) Linha de Influência de Momentos Fletores • P/ a Seção S no balanço esquerdo da ponte: • P/ a Seção S no meio do vão da ponte: Cálculo do Trem Definição: Trem-Tipo é a carga equivalente ao veículo tipo, utilizado no dimensionamento de uma ponte, e que será aplicado ao longo do eixo longitudinal da mesma, para assim conseguirmos os esforços máximos e mínimos nas vigas que suportam o tabuleiro. Para se calcular o trem-tipo devemos colocá-lo na posição mais desfavorável, ou seja, em uma posição que nos resulte os maiores valores desta carga. Todo o cálculo do trem-tipo deve ser feito através da seção transversal da ponte, pois será aonde teremos a posição mais desfavorável do veículo, no momento que ele utiliza a ponte. POSICIONAMENTO DO TREM-TIPO 1) Encostar a 1ª roda do veículo junto ao passeio; 2) Colocar a segunda roda do veiculo, lembrando que entre eixos de rodas existe uma distância de 2,00 metros; 3) Lançar as cargas de passeio P’ (multidão que atravessa a ponte) e as cargas adicionais P (que representam veículos mais leves que ao mesmo tempo estão utilizando a ponte, em uma faixa secundária). Conforme a NBR 7188, para um veículo Classe 45, utilizar: P = 500 Kgf/m2 = 5 KN/m2 P’ = 300 Kgf/m2 = 3 KN/m2 Após o posicionamento do veículo tipo na seção transversal da ponte, temos que calcular a influência desse carregamento, e assim utilizando esses novos valores para calcularmos os esforços máximos e mínimos que estarão atuando nas vigas principais. Pode-se perceber que essa influência de cargas será igual para as duas vigas principais, pois a ponte é simétrica, e vale lembrar que não ultrapassamos o valor da carga distribuída P, para além do eixo da viga oposta a colocação do veículo, para que assim não tenhamos um alívio de cargas. R = . ( Peso Total do Veículo Tipo / 6 ) . ( n3 + n4) = ..... (KN ou tf) m1 = . P . (A3+A1) + P’. A2 = .... (KN/m ou tf/m) m2 = . P . A1 + P’ . A2 = ..... (KN/m ou tf/m) Obs: não se aplica o coeficiente de impacto em P’ , pois se trata de pessoas atravessando a ponte, ou seja, não irá existir frenagem e nem aceleração. Cálculo dos esforços atuantes nas vigas principais Após obter o valor das cargas do Trem-Tipo, podemos calcular as reações e os esforços máximos e mínimos que estão atuando na ponte, em relação à carga móvel. Para isso, deve ser utilizado o processo de linha de influência, na vista longitudinal da ponte, e posicionando o trem-tipo seguindo uma regra básica: 1) O 1º R (a primeira roda do veículo na longitudinal) deve ser posicionado na máxima ordenada da linha de influência do esforço/reação que se deseja calcular. 2) O 2º R, deve ser colocado na segunda maior ordenada, e o terceiro da mesma forma (terceira maior ordenada). 3) Através da vista longitudinal do trem-tipo, posicionar m1 e m2. 4) Calcular a reação ou os esforços, utilizando o mesmo procedimento para o cálculo do trem-tipo, ou seja, as cargas pontuais (R’s) apenas multiplicando pelas ordenadas correspondente no diagrama da L.I.; m1 e m2 sempre multiplicando pelas áreas que estão influenciando. 5) A soma de todas essas “influências” resultará nas reações ou nos esforços que estão sendo requeridos. Obs: Ao se posicionar o trem-tipo na parte positiva do diagrama da L.I., tem-se os valores Máximos Positivos, e ao posicionar na parte negativa, obtem-se os valores Máximos Negativos, ou seja, os valores mínimos possíveis. Envoltória dos Esforços Após a obtenção dos esforços máximos e mínimos, para as n seções, tem-se que fazer uma Envoltória desses resultados, para finalmente chegar nos valores mais desfavoráveis para o dimensionamento. Somando-se as solicitações devido ao peso próprio com as provocadas pela carga móvel, já acrescidas do efeito de impacto, obtem-se os valores das envoltórias de solicitações, as quais são utilizadas no dimensionamento das armaduras nas diversas seções da longarina. Para o dimensionamento das armaduras deverá ser utilizada a combinação última recomendada pela NBR 8681, a qual majora as solicitações em serviço por coeficientes adequados. Seguem as tabelas de referência, onde estão representadas as envoltórias das solicitações que serão utilizadas no dimensionamento das vigas principais da superestrutura.
Compartilhar