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ENG01173 (Prof. Alexandre Pacheco) 13 4 LIGAÇÕES SOLDADAS Generalidades: A seguir, são mostrados os tipos mais comuns de solda elétrica (arco voltaico) para diferentes tipos de ligações mais comuns. Tem-se a solda de entalhe, onde entalhes são realizados nas peças de forma a melhor acomodar os cordões de solda, e a solda de filete, onde o cordão de solda une superfícies em ângulo reto. Para soldas de filete, deve ser considerada uma seção transversal para os cordões de solda conforme a figura a seguir, onde a altura e a base da seção do cordão é sempre igual e mede “b” unidades de comprimento. Ainda, a medida 0,7 b, mostrada na figura, define um possível modo de ruptura da solda (comentado mais adiante). Será considerado, sempre, que b equivale a 5 mm. As soldas elétricas terão a sua resistência determinada a partir do tipo de eletrodo utilizado e especificado na soldagem. Assim, os eletrodos são classificados quanto à resistência do seu material fundente. Um eletrodo tipo E60, por exemplo, tem uma tensão de escoamento, fw, de 60 ksi (415 MPa), enquanto que um eletrodo classificado como sendo do tipo E70 teria uma resistência, fw, de 70 ksi (485 MPa). O dimensionamento ou verificação estrutural, como sempre, deve obedecer à seguinte condição: Sd ≤ Rd ou seja, as solicitações de projeto não devem ultrapassar os valores de resistência de projeto exibidos pelas soldas. Solicitação de Projeto: As solicitações atuantes devem ser apropriadamente majoradas. No caso (bastante comum) de serem devidas a carregamentos axiais, tem-se: Sd = Nd b b 0,7 b b = 5 mm Solda de Entalhe (Groove Weld) Ligação de Topo Solda de Entalhe Ligação em T Solda de Filete (Fillet Weld) ENG01173 (Prof. Alexandre Pacheco) 14 Resistência de Projeto: Para o esforço resistente de projeto, deve-se considerar o tipo de solda, se de entalhe ou de filete, e o tipo de material fundente (eletrodo), se E60 ou E70,de forma que a expressão abaixo possa ser avaliada. Rd = φ Rn Considerando o caso de soldas de filete, devem-se investigar duas possíveis formas ou modos de ruptura, uma na interface entre a solda e o metal-base e outra na solda propriamente dita. Assim, para uma ruptura na interface, tem-se que: φ = 0,90 Rn = Am fvm onde Am é a área de contato na interface entre o metal-base e os n cordões de solda, podendo ser calculada pela seguinte expressão: Am = n L b e fvm é a resistência ao cisalhamento do material do metal-base, que pode ser obtida fazendo-se fvm = 0,6 fy onde, por sua vez, fy, sendo referente ao metal-base, atinge, para perfis em aço MR250, o vlaor de 250 MPa.. Já para uma ruptura na matriz do material fundente da solda, as expressões para o cálculo da resistência de projeto são: φ = 0,75 Rn = Aw fvw onde Aw é a área no plano de ruptura através da matriz dos n cordões de solda; e fvw é a resistência ao cisalhamento do material fundente da solda. As expressões para a determinação destes seguem a mesma idéia anterior, ou seja: Aw = n L 0,7b fvw = 0,6 fw onde, por sua vez, fw, sendo referente ao material fundente da solda, atinge, para eletrodos tipo E60, o valor de 415 MPa. Finalizando, são mostrados, a seguir, dois esquemas que ilustram casos com um ( n = 1) e dois (n = 2) cordões ou filetes de solda. b L b b L b n = 2 filetes n = 1 filete
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