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08/08/207 Processo de Conhecimento II Prof: Silvio Wanderley Turma 1JUR35A - Plano de Ensino - Frequência Intervenção de Terceiros Intervenção de terceiro é um instrumento que viabiliza a aquele que, não sendo parte do processo, busca dele participar com a finalidade de proteger um interesse próprio que poderá ser atingido pela decisão proferida no processo - Terceiro = Terceiro e aquele que não ostenta a condição nem de réu e nem de autor - Intervenção: Espontânea = quando toma a iniciativa de participar no processo Provocada = quando uma das partes chama o terceiro para participar - Principio da Singularidade – 506 Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros. - Taxatividade = Só é cabível a intervenção de terceiros quando a lei expressamente permitir - Vedação = quando a lei expressamente veda a intervenção de terceiros Assistência Modalidades: Simples = quando o terceiro tem uma relação jurídica com a pessoa que ela quer ajudar É preciso lembrar que o assistente simples não é potencial titular da relação jurídica que está sendo discutida em juízo, mas de uma relação jurídica com uma das partes, que mantém com a primeira uma relação de prejudicialidade. A sua atuação é subordinada à do assistido: pode praticar todos os atos processuais que não contrariem a vontade do assistido Litisconsorcial = Quando ajuda com quem tem relação jurídica parte contrária - Interesse Jurídico Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la. (Espontânea) Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre. Assistente – Terceiro Assistido – Parte Auxiliada - Incidente de Assistência – 120 = quando ocorre uma impugnação do pedido Art. 120. Não havendo impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, o pedido do assistente será deferido, salvo se for caso de rejeição liminar. Parágrafo único. Se qualquer parte alegar que falta ao requerente interesse jurídico para intervir, o juiz decidirá o incidente, sem suspensão do processo. Assistência Simples Na assistência simples o direito do assistente não está sendo discutido no processo. O direito discutido no processo é do assistido - Relação conexa - Auxiliar = O assistente sempre atua para apoiar o assistido Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido. Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente será considerado seu substituto processual. O silencio do assistido não significa que o assistido abriu mão do direito, o assistente pode atuar em seu lugar na defesa do seu direito Haverá interesse jurídico quando a decisão proferida no processo puder ocasionar uma modificação ou extinção uma relação jurídica entre o assistente e o assistido - efeito de intervenção – 123 Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que: I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença; II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu. Exceção de má gestão processual 15/08/2017 Assistência de Litisconsorcial facultativo, tardio, simples Ação incidental regressiva proposta por antecipação O direito de regresso é o direito de recobrar o dano. Direito de garantidor e garante Denunciação da lide EX No processo: Breno ação reivindicatória contra Débora Silvio assistente indenizatória contra Débora Na Ação Autora – Denuciante – debora (parte na ação principal) Réu – Denunciado – Silvio (garante-terceiro Art 125 – Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam; Evicção II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo. Ex: quando o agente comete § 1o O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida. § 2o Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma. Denunciação Per Saltum, não pode ser utilizado Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu. Denuciação feita pelo réu Art 128 Art. 128. Feita a denunciação pelo réu: I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na ação principal, em litisconsórcio, denunciante e denunciado; II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva; III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso. Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado. O resultado da ação principal condiciona o exame do mérito da ação de denunciação. 22/08/2017 Chamamento ao processo E um instituto que visa possibilitar que os réus solidários possam entre si partilhar o débito e ressarcir qualquer dos devedores que tenham quitado a dívida. É um instituto próprio para defesa do credor. Serve para beneficiar o réu Art. 130 Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu É um instituto exclusivo do réu I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu; Este inciso é utilizado para que o fiador possa se utilizar do benefício da ordem Quando o fiador chamar o afiançado (devedor) Art. 794. O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeiro sejam executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e desembargados, indicando-os pormenorizadamente à penhora. Art. 779. A execução pode ser promovida contra: I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo; Art. 130. II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles; III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum. O chamado não tem direito de chamar outras pessoas. Só pode chamar uma vez, que é feito pelo réu. Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento. = 38 mn da gravação Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua quota, na proporção que lhes tocar. Não cabe ao afiançado chamar o fiador O credor pode executar qualquer um dos chamados. Código civil. Art. 1.698. Se o parente,que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide. Incidente da desconsideração da personalidade jurídica Poder atingir o patrimônio do sócio por conta da dívida de uma sociedade Consiste no afastamento temporário e pontual da eficácia do ato constitutivo da sociedade de modo a permitir que os bens dos sócios possam ser utilizados para satisfação de uma dívida da sociedade Teoria menor = quando o indivíduo se torna insolvente Teoria maior = precisa de insolvência, mas precisa também o abuso de personalidade. CC. art. 50 Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. Desvio de finalidade = vende os produtos barato e não paga os credores Cofusão patrimonial = Desconsideração inversa – pela dívida do sócio ataca o patrimônio da empresa Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo. § 1o O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei. § 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica. Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial. Certidão dos distribuidores § 1o A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações devidas. Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente. 29/08/2017 Intervenção de terceiros - Amicus Curiae foi criada no controle de constitucionalidade Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação. O juiz determina se vai ter o amicus curiae Diz que é irrecorrível. Mas pode recorrer § 1o A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3o. A presença da união como amicus curiae não altera a competência § 2o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae. O amicus pode recorrer através do embargos de declaração § 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas. - Intervenção IUSSU Judicis Intervenção por determinação judicial. EX: litisconsórcio necessário art. 115 §1º - Intervenção Especial da União e pessoas jurídicas de direito público, Lei 9469/97 Direito probatório - Prova No processo você não tenta convencer a si mesmo mas sim ao terceiro através da prova Três acepções da palavra prova - Acepções - Objeto / Finalidade – 369 Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. O fato é uma ocorrência - Fatos – 373 Art. 373. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. - Direito – 376 - Prova ilícita – 369 - Princípio da contradição da prova - Princípio d comunhão da prova – 371 - Princípio da necessidade da prova – 375 Ônus da prova Estático – 373 Inversão dos ônus da prova - Convencional – 373 §3º - Legal Opo Judici: 6º VIII CDC 373 §1º OPE. Legis – 38 CDC 05.09.2017 No processo precisa provar os fatos controvertidos Fatos que não precisam de provas. 374 Art. 374. Não dependem de prova os fatos: I - notórios; é aquele que é conhecido dentro de um seguimento II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; III - admitidos no processo como incontroversos; o silencio da parte contrária torna o fato incontroverso IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. Ficção = pessoa jurídica Presunção Quando normalmente acontece = presunção Hominis Presunção: Legais Absoluta - Júri Et Júri Presunção absoluta de paternidade só pode ser questionada pelo pai falso, pai biológico, e o irmão em abertura de inventário Relativa – Juris Tantum É aquela que admite prova em contrário, que fica a cargo de quem refuta a presunção EX: administração pública, que age dentro da legalidade, presume-se que os atos administrativos são legais. Distribuição do ônus da prova Diferença de ônus e obrigação Ônus não é obrigado a praticar o ato Na obrigação é obrigado Princípio da aquisição processual ou da comunhão da prova art. 371 Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento. Princípio da indeclinabilidade da jurisdição Estático: SubjetivoArt. 373. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; Objetivo II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. “quem alega, tem que provar” O autor tem que provar tudo que alega, e o réu tem que contestar todas as alegações doa autor. Inversão do ônus da prova: Convencional acordo entre as partes: art. 373, §3º § 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando: I - recair sobre direito indisponível da parte; II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. Legal: OPE LEGIS quando o ônus da prova vai ser para determinada pessoa OPE JUDICI quando a inversão não é automática art. 6º, VIII CDC = VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; Despacho e organização do processo Art 373 § 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 12/09/2017 A norma processual que rege no processo sempre será a lei nacional. Exceção: pode usar lei estrangeira em direito probatório (art.13, lei de introdução às normas do direito brasileiro). Lei de introdução as normas de direito brasileiro Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a leibrasileira desconheça. O meio de prova estrangeiro será admitido desde que seja compatível com a legislação brasileira. EX: na França se usa de meio de prova através de uma gravação telefônica não autorizada, não será admitido no Brasil, por o Brasil não aceitar gravação sem autorização (isso para fatos acontecidos no exterior) Sistemas de prova Significa de que modo o juiz chega ao seu convencimento Existem 3 sistemas: 1º sistema: Sistema das provas legais ou prova tarifada Quando a lei diz o quanto vai valer cada prova. Ex: quando se trazia mais de uma testemunha, valia mais quando se trazia 1 2º Sistema: Sistema do intimo convencimento Significa que ficou convencido e não precisa dizer o motivo só se encontra no direito penal. Ex: Julgamento em tribunal do júri 3º Sistema: Sistema do convencimento motivado ou da persuasão racional.--> o juiz diz porque aceitou determinada prova, através de um discurso racional Art. 371 Sistema de convencimento Motivado Classificação das provas Provas direta é aquela que permite demonstrar a ocorrência do fato que se busca provar Prova indireta ou prova indiciária é aquela que permite demonstrar uma ocorrência de fato diverso daquele que é objeto da discursão, mas que permite por aplicação da racionalidade concluir pela ocorrência ou não fato discutido. Prova do fato negativo 26/09/2017 Espelho da Prova 1º Questão – Ônus da prova inversão OPE LEGIS – 38 CDC – 1,0 O juiz errou por se tratar de propaganda da empresa Hipossuficiência Técnica/jurídica não só econômica – 1,0 Aplicação art. 373 §1º - 1,0 2º Questão – Afiançado não chama fiador – art. 130, inc. I – 1,0 Cobrança na própria ação – art. 132 – 1,0 3º Questão - Interesse econômico não jurídico – art. 119 – 1,0 Recebe o processo estado em que se encontra – (Preclusões) – 119 §único - 1,0 Não impede assistido dispor direito – art. 122. - 1,0 4º Questão – Direito Municipal – art. 376 – 1,0 Terceiro – Cooperar – Art. 378 – 380, inc. I – 1,0 Matéria nova Art.384 É um documento público que é realizado pelo agente público, que é a manifestação do estado. O tabelião faz documento público O tabelião tem fé pública, que é uma presunção relativa de que aquilo que vem do estado sempre é verdadeiro. Isso significa que tudo que ele diz que ocorreu na sua presença, presume- se que é verdade tudo o que aconteceu na sua presença. Pra que serve a ata notarial, serve para registrar a prova na ata notarial pelo tabelião, que terá presunção de verdade. Ex. Em um acidente um carro com vítima bateu no outro, o motorista do carro A disse que o carro do motorista B atravessou o sinal e bateu. Mas o agente não viu, não presume-se verdade, mas se ele viu, aí sim presume-se verdade. Ex: Em um site o cara publicou insultos a determinada pessoa, Vai presumir verdade, quando o agente acessar o site e ver as postagens. Seção III Da Ata Notarial Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial. Art. 385 – (depoimento pessoal) quando o juiz chama é para esclarecer os fatos, quando a parte chama a parte contrária ao processo é para obter a confissão Definição de pena pessoal – O depoimento pessoal é o meio de prova do qual uma das partes requer que a outra seja ouvida pelo juiz, com a finalidade de que, no contexto da oitiva (ouvir), ocorra a confissão, seja a confissão expressa, seja a confissão tácita. (pena de confesso) Definição de pena de confesso - A pena de confesso é o reconhecimento da verdade relativo a um fato que é desfavorável a parte, fato este que se considera verdadeiro porque a parte não compareceu para prestar o depoimento pessoal, ou compareceu e se recusou a responder, ou, ainda, comparecendo se valeu de evasivas para não responder o que lhe foi perguntado Dois aspectos indispensáveis para se aplicar a pena de confesso: 1º tem que ser requerido pela parte contraria 2º É condicionante que a parte seja intimada para comparecer pessoalmente, essa intimação tem que conter que se ela não comparecer será aplicada a pena de confesso. (baseado no art. 385, §1º) No interrogatório só se for expresso, não se aplica a pena de confesso art. 139, inc VIII Seção IV Do Depoimento Pessoal Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, (confissão) a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício. § 1o Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena. (aplica a pena de confesso) § 2o É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte. – quem ainda não depôs não pode ouvir o depoimento da outra parte § 3o O depoimento pessoal da parte que residir em comarca, seção ou subseção judiciária diversa daquela onde tramita o processo poderá ser colhido por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, o que poderá ocorrer, inclusive, durante a realização da audiência de instrução e julgamento. Interrogatório da parte - Art. 379. Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte: I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado; Art. 387 – pessoas jurídicas são representadas por Não cabe procurador, mas cabe ao preposto em caso de pessoa jurídica representa-la Art. 387. A parte responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, não podendo servir-se de escritos anteriormente preparados, permitindo-lhe o juiz, todavia, a consulta a notas breves, desde que objetivem completar esclarecimentos. Próxima aula exceções 03/10/2017 Seção IV Do Depoimento Pessoal Causas de escusa do dever de responder art. 388 Art. 388. A parte não é obrigada a depor sobre fatos: I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados; (Criminosos = não é obrigado a confessar / Torpes = ninguém é obrigado confessar) II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo; Inc.III questão de honra III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível; IV - que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III. Exceção: § ùnico Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de estado e de família. Em ação de estado ou de família se ele não responder aplica-se a pena de confesso Seção IX Da Prova Testemunhal Subseção I Da Admissibilidade e do Valor da Prova Testemunhal A testemunha é o terceiro que tem conhecimento de algum fato relevante para o esclarecimento da demanda e que o expõe perante o juízo. Testemunha presencial É aquele que teve contato direto com evento relevante Testemunha referencial: E uma testemunha que teve conhecimento do fato por terceiro Testemunha referida art 461 inc I: A testemunha referida é aquela que surge no contesto no depoimento de outra pessoa Art. 461. O juiz pode ordenar, de ofício ou a requerimento da parte: I - a inquirição de testemunhas referidas nas declarações da parte ou das testemunhas; A prova testemunhal tem Dois princípios básicos: Princípio da objetividade – A testemunha se manifesta sob fatos, e não dá opiniões, interessa o que a pessoa sabe, e não o que ela acha (só interessa a opnião do período Princípio da restropectividade - A testemunha manifesta-se sobre fatos passados ou fatos ocorridos, e não faz previsões. Seção IX Da Prova Testemunhal Subseção I Da Admissibilidade e do Valor da Prova Testemunhal Art.442. A prova testemunhal é sempre admissível, não dispondo a lei de modo diverso. Art. 443. O juiz indeferirá a inquirição de testemunhas sobre fatos: I - já provados por documento ou confissão da parte; II - que só por documento ou por exame pericial puderem ser provados. EX: compra de imóvel acima de 30 salário mínimo, que só é feita através de escritura. Art. 444, é possível ter início com prova material e depois completa-se com testemunhal Art. 444. Nos casos em que a lei exigir prova escrita da obrigação, é admissível a prova testemunhal quando houver começo de prova por escrito, emanado da parte contra a qual se pretende produzir a prova. Ex: direito previdenciário, para provar o tempo de casa, não basta só prova testemunhal, precisa de algum documento, como contracheque por exemplo. Art. 447 – são impedidas de prestar depoimento Art. 447. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas. § 1o São incapazes: I - o interdito por enfermidade ou deficiência mental; Inc. II impedimento temporário. II - o que, acometido por enfermidade ou retardamento mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, não podia discerni-los, ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as percepções; III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos; IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam. § 2o São impedidos: I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito; II - o que é parte na causa; III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes. § 3o São suspeitos: I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo; II - o que tiver interesse no litígio. §4º Exceção § 4o Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas menores, impedidas ou suspeitas. § 5o Os depoimentos referidos no § 4o serão prestados independentemente de compromisso, e o juiz lhes atribuirá o valor que possam merecer. (aqui não será testemunha, será informante) Art. 454. São inquiridos em sua residência ou onde exercem sua função: I - o presidente e o vice-presidente da República; II - os ministros de Estado; III - os ministros do Supremo Tribunal Federal, os conselheiros do Conselho Nacional de Justiça e os ministros do Superior Tribunal de Justiça, do Superior Tribunal Militar, do Tribunal Superior Eleitoral, do Tribunal Superior do Trabalho e do Tribunal de Contas da União; IV - o procurador-geral da República e os conselheiros do Conselho Nacional do Ministério Público; V - o advogado-geral da União, o procurador-geral do Estado, o procurador-geral do Município, o defensor público-geral federal e o defensor público-geral do Estado; VI - os senadores e os deputados federais; VII - os governadores dos Estados e do Distrito Federal; VIII - o prefeito; IX - os deputados estaduais e distritais; X - os desembargadores dos Tribunais de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais Eleitorais e os conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal; XI - o procurador-geral de justiça; XII - o embaixador de país que, por lei ou tratado, concede idêntica prerrogativa a agente diplomático do Brasil. § 1o O juiz solicitará à autoridade que indique dia, hora e local a fim de ser inquirida, remetendo-lhe cópia da petição inicial ou da defesa oferecida pela parte que a arrolou como testemunha. § 2o Passado 1 (um) mês sem manifestação da autoridade, o juiz designará dia, hora e local para o depoimento, preferencialmente na sede do juízo. § 3o O juiz também designará dia, hora e local para o depoimento, quando a autoridade não comparecer, injustificadamente, à sessão agendada para a colheita de seu testemunho no dia, hora e local por ela mesma indicados. A intimação para depoimento é feita com 48 horas de antecedência Art. 463. O depoimento prestado em juízo é considerado serviço público. Parágrafo único. A testemunha, quando sujeita ao regime da legislação trabalhista, não sofre, por comparecer à audiência, perda de salário nem desconto no tempo de serviço.
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