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DOENÇAS RENAIS Prof. Rebecca Peixoto NEFROLITÍASE CÁLCULOS RENAIS [ ] de componentes na urina atingem um nível em que é possível a cristalização Dimensões e localização capazes de conferir significado clínico-patológico. FATORES DIETÉTICOS NA NEFROLITÍASE CÁLCIO | PRINCIPAL FORMADOR CÁLCULOS | HIPERCALCIÚRIA REABSORTIVA HIPERCALCIÚRIA RENAL HIPERCALCIÚRIA ABSORTIVA CÁLCIO | PRINCIPAL FORMADOR CÁLCULOS | ! PASSADO : restrição ingestão de cálcio é risco de formação de cálculo ! A êingestão de cálcio pode favorecer a formação de cálculos renais, balanço negativo de Ca e perda de massa óssea. Cálcio ausente luz intestinal é disponibilidade para o oxalato livre ser absorvido ! Maior absorção de oxalato hiperoxalúria supersatu- ração formação de cristais de oxalato de cálcio Na presença de maiores quantidades de Ca no intestino, o oxalato se liga a este, sendo ambos, então, excretados pelas fezes RECOMENDAÇÃO DE CÁLCIO DIETÉTICO : 800 a 1000 mg/dia ÚNICA INDICAÇÃO DE RESTRIÇÃO (800MG/DIA) – NA HIPERCALCIÚRIA ABSORTIVA TIPO II ( RELACIONADA A UM EXCESSO DE CÁLCIO NA DIETA) (Cuppari, 2014; Krause, 2013;Silva e Mura, 2011) Apenas 10-20% do oxalato urinário provém do oxalato da ALIMENTAÇÃO. OXALATO |VARIAÇÕES TEM MAIOR EFEITO SOBRE CRISTALIZAÇÃO| Relação cálcio e oxalato na urina - 5:1 Proveniente principalmente do metabolismo endógeno e da vit. C O oxalato urinário parece ser mais importante do que o cálcio para formação de cálculos. Não existem estudos que comprovem que a restrição de oxalato efetivamente reduza a recorrência de cálculos Elevação na ingestão de oxalato em torno de 100mg/dia, sob a forma de chocolate amargo (94mg oxalato+ 26 mg Ca), produziu um aumento em torno de 20% na excreção de oxalato, que não foi observado quando os paciente ingeriram chocolate ao leite (94mg oxalato+ 430mg Ca). Presença do cálcio (Leite) Grande parte do oxalato ingerido é degradado pelas bactérias intestinais (Oxalobacter formigenes) (Mendonça et al, 2003) Espinafre, ruibarbo, beterraba ( > 600 mg), nozes, amendoim (muito biodisponível – solúvel) chocolate amargo, devem ser evitados. Metabolização do ácido ascórbico → produção de oxalato ! Consumo ≥ 1 a 2g/dia → ↑ 41% risco de formação de cálculos VITAMINA C | Fator de risco | ! EVITAR CONSUMO DE GRANDES DOSES DE SUPLEMENTOS: ≥ 500 mg/dia | Na e o Ca são reabsorvidos em locais comuns no túbulo renal – há competição entre eles | ↑ ingestão de sódio ↑excreção de cálcio urinário (100 mEq na ingestão Na) (incremento 40 mg na excreção Ca) ! RECOMENDAÇÃO: Adequar ingestão de sódio dietético Recomenda-se não ultrapassar 5g de NaCl/dia SÓDIO NÃO DEVEM SER CONSUMIDOS : Alimentos industrializados, enlatados, conservas, frios e embutidos, alimentos conservados em salmoura, temperos prontos, sopas de pacote, e caldos concentrados ! Produto do ciclo intracelular de Krebs Forma complexo de cálcio na urina → menos Ca disponível para ligar-se ao oxalato urinário ! Auxilia na prevenção de formação cálculo oxalato de cálcio ou de fosfato de cálcio CITRATO ! | Inibidores cálculo urinário | Hipocitratúria Excreção urinária inferior a 300mg/dia Acomete 30-50% dos pacientes com litíase Origem predominantemente dietética ! Acidose + hipocalemia Síndrome má-absorção com hiperoxalúria entérica Ingestão excessiva carne (cinza de ácido) REDUÇÃO NÍVEIS DE CITRATO URINÁRIO DEVEM SER INCENTIVADOS INGESTÃO DE SUCOS CÍTRICOS (LARANJA – 230 mL E LIMÃO- 45 mL) A baixa ingestão de potássio pode ser um fator de risco para a litogênese (↑ calciúria e ↓ citratúria) ! Os alimentos ricos nesse mineral tendem a ser ALCALINOS, o que aumenta a excreção do citrato urinário POTÁSSIO RECOMENDA-SE INGESTÃO ALIMENTOS RICOS EM POTÁSIO: Leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, grão- de-bico, soja), frutas (banana prata, melão, laranja pera) e vegetais (cenoura, batata) ! | Produto final do metabolismo das purinas: Ácido Úrico | Hiperuricosúria - ocorre quando a ingestão de alimentos ricos em purinas é > 175mg/dia O excesso alimentar de purinas – Hiperuricosúria : cristalização de uratos ou mesmo sais de cálcio PURINAS DEVEM SER EVITADOS ESPECIALMENTE ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL RICOS EM PURINAS |A razão da proteína ser litogênica é multifatorial | PROTEÍNAS ❑HIPERURICOSÚRIA (sobrecarga de purinas) ❑HIPEROXALÚRIA (↑ síntese de oxalato) ❑HIPOCITRATÚRIA (↑ reabsorção tubular de citrato) ❑HIPERCALCIÚRIA (↑ reabsorção óssea e ↓ reabsorção tubular de cálcio, ↑ na TFG e sobrecarga ácida) ❑SOBRECARGA ÁCIDA proveniente do metabolismo de aa sulfurados (presentes em maior quantidade das ptns de origem animal) RECOMENDAÇÃO: 0,8 a 1,0g/Kg/dia (50% AVB) Não restringir leite e derivados (conteúdo de cálcio). ↑ INGESTÃO DE PROTEÍNA DE ORIGEM ANIMAL: ↑ INGESTÃO DE LÍQUIDOS – 2,0 A 2,5 LITROS/DIA ↑ Volume urinário ↓ [ ] dos promotores da cristalização | Profilaxia para evitar recidivas | RECOMENDAÇÃO: Ingestão 30ml/Kg/dia de líquidos, preferencialmente água, chás de frutas, flores ou ervas e sucos de frutas LÍQUIDOS EVITAR: Chá preto, mate e bebidas com cola (↑ teor de oxalato), bebidas alcoólicas (contém purinas), bebidas isotônicas (0,5g de sal/ garrafa). ↓ pH urinário éácido úrico ↓Produção e excreção NH3 Estado nutricional: Curhan et al (1998) Mulheres com IMC >32 kg/m² = risco 75% maior que as com IMC entre 21 e 22,9 kg/m² RESISTÊNCIA A INSULINAOBESIDADE Silva JAM & Correia MITD, 2001 (Silva e Mura, 2011) DOENÇA RENAL CRÔNICA Síndrome clínica decorrente da perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais. Caracteriza-se pela presença de dano renal ou redução das funções por um período igual ou superior a 3 meses, independente da sua etiologia. AVALIANDO A FUNÇÃO RENAL ! EXAMES DE ROTINA: ! URÉIA CREATININA URÉIA: menos sensível CREATININA: mais sensível, utilizada para o diagnóstico da insuficiência renal Creatinina sérica: 0,8-1,2mg/dL Uréia:40mg/dL Microalbuminúria: 30-300mg/dia Macroalbuminúria: maior que 300mg/dia !Reflete quebra protéica exógena - monitorização da ingestão protéica do paciente URÉIA é - insuficiência renal, desidratação, infecção, diabetes descompensado, ingestão protéica excessiva e catabolismo ê - Desnutrição, ingestão protéica baixa, hiper-hidratação, gestação. !Reflete quebra protéica endógena (catabolismo). ! Uréia ! CREATININA É produzida de forma constante pelos músculos e eliminada em sua maior parte por filtração glomerular.Creatinina sérica → reflete tardiamentea ↓ da TFG → só começa a se elevar após perda de + de 50% da TFGColeta de urina de 24h → útil na mensuração da excreção de creatinina → erros de coleta e variações diárias na excreção de creatinina TFG pode ser medida pela depuração da creatinina ou clearance de creatinina ( Clcr ) A capacidade funcional dos rins pode ser avaliada com base no ritmo de filtração glomerular ou taxa de filtração glomerular (TFG) Clearance é o volume de plasma por unidade de tempo que é depurado pelo rim de uma determinada substância Valor de normalidade = 100 ± 10 ml/min/1,73m2 26 Estágio TFG (ml/min/1,73 m Descrição 1 ≥ 90 Lesão renal, com TFG normal ou aumentada2 60 – 89 Lesão renal com diminuição leve da TFG3 30 – 59 Lesão renal com diminuição moderada da TFG4 15 – 29 Lesão renal com diminuição grave da TFG5 < 15 Insuficiencia renal terminal ou fase dialítica Estadiamento da doença renal crônica TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA TRATAMENTO CONSERVADOR 2 FASES Terapia de substituição da função renalTerapia para retardar a progressão da doença renal ▪ Sódio ▪ Líquidos ▪ Potássio ▪ Fósforo ▪ Proteínas ▪ Calorias É muito importante seguir rigorosamente sua recomendação dietética e monitorar a ingestão de: Individualizado ORIENTAÇÕES GERAIS DRC RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NA DRC em TTO CONSERVADOR (Cuppari et al, 2014) Cetoácidos •Análogos de AAE sem o N; •Fígado (transaminação): N incorporado à cadeia carbônica → AAE correspondente; •↓ Disponibilidade de N → ↓ formação de compostos nitrogenados tóxicos provenientes de seu metabolismo; •1 comprimido p/ cada 5Kg de peso corporal; •Suplementação com vitaminas → dieta muito restrita; •Excluir fontes de ptn de origem animal; Benefícios da terapia com cetoácidos ■ ê mais acentuada de sintomas urêmicos ■ ê Acidose metabólica ■ ê Hiperfosfatemia ■ ê Resistência à insulina Limitações ■ Difícil adesão à dieta hipoprotéica (vegetal) ■ Custo elevado (Ketosteril - Fresenius kabi) ■ Grande nº de comprimidos (Riella e Martins, 2013) Restrição Protéica !Ingestão protéica Degradada em uréia e outros compostos nitrogenados ! Eliminados pelos rins !DRC !↓ TFG Acúmulo dos produtos nitrogenados ! Síndrome urêmica ! ↓ Alimentos fontes de proteínas Ameniza sintomatologia urêmica, ↓ níveis séricos de P e K, ↓ formação de ácidos e ↓ oferta de gordura saturada e sódio, ↓ velocidade de progressão IRC Efeitos da Restrição Protéica • Pressão Intraglomerular ! • Proteinúria ! • Retenção de Fosfato ! • Lipídeos Séricos ! • Acidose Metabólica Redução: Proteína Vegetal SOJA •↓ P, colesterol e maior relação de energia/ proteína •Alguns estudos → dieta hipoproteica à base de soja → retarda a progressão da doença renal: - ↓ estímulo sobre a filtração glomerular em relação à ptn animal - ↓ níveis de colesterol total - Isoflavonas → efeito antiinflamatório 5 g de sal de cozinha = 2000mg de sódio = ˜87 mEq de Na SÓDIO !Redução da ingestão de sódio → auxilia no controle da hipertensão e do edema; 1 tampinha de caneta BIC de Sal = 1g de Sal; ATENÇÃO: Não fazer confusão entre Na e NaCl!!! • Hiper e Hipocalemia: fatores de risco para arritmias cardíacas e morte súbita ! •Balanço neutro: ingestão e absorção pelo intestino = eliminação pelas fezes e urina ! • TFG < 30ml/min → Hipercalemia POTÁSSIO Causas:↑ ingestão, Oligúria,↑ catabolismo, Acidose Metabólica, Medicamentos que dificultam eliminação do K pelos rins (antihipertensivos inibidores de ECA), Constipação intestinal MEDICAMENTOS QUE ↑ K RESTRIÇÃO DE POTÁSSIO K é perdido na água de cocção (60%) !Cortar os alimentos e deixar de molho no vinagre. No dia seguinte, joga a água, cozinha com bastante água e de preferência trocar a água do cozimento. ! EVITAR: - Café solúvel, chá, sal dietético - Sopas - Coco, água de coco, leite de coco CARAMBOLA ! TÓXICA – proibida sua ingestão para pacientes DRC devido a presença de caramboxina (neurotóxica). Ingestão pode levar a sintomas neurológicos, podendo ser fatal. ! Sintomas: 2,5 a 14h após ingestão → dormência nos membros, soluço persistente, distúrbio de consciência, diminuição da força muscular, dispnéia e parestesia. TERAPIAS DE SUBSTITUIÇÃO RENAL ! Pacientes com IRC terminal com sintomas de uremia e aqueles em que o tto conservador que não é capaz de manter a qualidade de vida sem prejuízo do seu estado nutricional ou agravamento de complicações crônicas da uremia. ! TFG (Clcr) < 15 mL/min/1,73 m2 (~ 15 % da função renal) ! INDICAÇÃO TERAPIAS DE SUBSTITUIÇÃO RENAL HEMODIÁLISE DIÁLISE PERITONEAL AMBULATORIAL CONTÍNUA DIÁLISE PERITONEAL AUTOMÁTICA TRANSPLANTE RENAL OBJETIVOS DO TRATAMENTO NUTRICIONAL ◆Alcançar e manter um bom estado nutricional ◆Prevenir ou melhorar a toxicidade urêmica e de outros distúrbios metabólicos influenciados pela nutrição Recomendação Nutricional na HD (Riella e Martins, 2013) Recomendação Nutricional na DP (Riella e Martins, 2013) (Riella e Martins, 2013) Oferta involuntária de glicose absorvida (dialisato) → contribui com ≅ 1/3 das necessidades diárias Glicose absorvida: 60 a 80% do total infundido Recomendação Nutricional na DP (Riella e Martins, 2013) ! PRÉ-Tx ! PÓS-Tx IMEDIATO ! PÓS-Tx TARDIO 4 a 6 semanas após Tx Restante da vida ou do enxertoEstágio 5 DRC TRANSPLANTE RENAL ! PRÉ-Tx ! PÓS-Tx IMEDIATO ! PÓS-Tx TARDIO 4 a 6 semanas após Tx Restante da vida ou do enxertoEstágio 5 DRC FASES DO Tx RENAL ! Estado nutricional (Desnutrição e Obesidade) interferem no processo cirurgico do Tx ! PRÉ-Tx ! PÓS-Tx IMEDIATO ! PÓS-Tx TARDIO 4 a 6 semanas após Tx Restante da vida ou do enxertoEstágio 5 DRC FASES DO Tx RENAL ! Estado nutricional (Desnutrição e Obesidade) interferem no processo cirurgico do Tx ! Estresse metabólico da cirurgia + Altas doses dos imunossu- pressores ! PRÉ-Tx ! PÓS-Tx IMEDIATO ! PÓS-Tx TARDIO 4 a 6 semanas após Tx Restante da vida ou do enxertoEstágio 5 DRC FASES DO Tx RENAL ! Estado nutricional (Desnutrição e Obesidade) interferem no processo cirurgico do Tx ! Estresse metabólico da cirurgia + Altas doses dos imunossu- pressores Problemas devido uso crônico imunossupressores: obesidade, DM, HAS, DLP, Hipercalemia, Alterações metab. Ca, P e Vit D Energia: 30 – 35kcal/kg/dia Proteínas: 1,3 – 1,5 g/kg/dia Lipídios: 30-35% do VCT Carboidratos: 50% do VCT (CHO complexos) Fibras: 25-30g/dia RECOMENDAÇOES NUTRICIONAIS NO PÓS-TRANSPLANTE IMEDIATO ! Líquidos: variam dependendo do nível de função renal ! ! (Riella e Martins, 2013) Sódio: até 3g/dia (HAS ou retenção hídrica: 1 a 2g/dia) Potássio: individualizada, restrição (1 a 3g) se hiperpotassemia e/ou oligúria HIPERTENSÃO DIABETES DISLIPIDEMIA Complicações pós Tx: PESO CORPORAL Prevalência 80 % Fatores risco: doador cadáver, rins nativos, obesidade, tempo prolongado isquemia, recorrência doença levou DRC Prevalência 80-90 % Associadas grau função enxerto, obesidade, aumento ingestão energética e gorduras, alterações metabólicas prévias Tx AZA - ↑TG / CsA + Pred – ↑col / Sirolimus+ Csa+ Pred – ↑col e ↑ TG Prevalência 2-54 % Fatores risco: ↑ 40 anos, história familiar DM, intolerância glicose, obesidade, síndrome metabólica, terapia imunossupressora ↑ Peso – prevalência 40%(↑ 10% no 1° ano pós-Tx) Estilo de vida, liberação restrições alimentares, imunossupressores ↓ Peso – prevalência 15-20% Comorbidades, insuficiência enxerto, infecções, efeito catabólico dos imunossupressores ! Energia: 25 – 30kcal/kg/dia (depende do EN) 20 – 25 kcal/kg (sobrepeso/obesidade) 35 – 45 kcal/kg (estresse metab, infecção, febre) Proteínas: 0,8 g/kg/dia ! ! ! Perda crônica função enxerto: 0,6-0,8 g ptn/kg/dia, com ingestão > 25kcal/kg e Pred ≤ 0,2 mg/kg/dia Doses elevadas corticóide: ingestão ptn normal ou levemente aumentada. (Riella e Martins, 2013) RECOMENDAÇOES NUTRICIONAIS NO PÓS-TRANSPLANTE TARDIO ! ! ! ! Lipídios: ≤ 30% do VCT [ 10% sat, ≥ 10% mono, 10% poli (4 a 13% n-6, 1 a 2% n-3, < 2% trans), colesterol < 300 mg/dia] ! ! Recomendação não efetiva, recomenda-se, no mínimo 6 meses: ≤ 25% VCT (>7% sat, 10-15% mono, ≥10% poli, < 200mg/dia colesterol (Riella e Martins, 2013) RECOMENDAÇOES NUTRICIONAIS NO PÓS-TRANSPLANTE TARDIO LESÃO RENAL AGUDA (LRA) Geralmente: rins anteriormente saudáveis Caracterizada por uma ↓ abrupta da função renal Normalmente reversível Períodos variáveis de tempo (alguns dias a várias semanas) Desenvolve-se em ≅ 5% dos pacientes em alguma fase do período de suas hospitalizações. inabilidade dos rins em exercer suas funções básicas de excreção e manutenção da homeostase hidroeletrolítica do organismo Hipercatabolismo na LRA HIPER CATABO- LISMO Sangramento Perda de nutrientes Diálise Aumento das citocinas Redução da ingestãoEventos associados (sepse, choque) Anormalidades endócrinas Imobilização Toxinas urêmicas Acidemia Conduta Nutricional LRA Melhorar o Estado Nutricional; Reduzir a alta taxa de mortalidade; Pacientes têm: - Uremia; - Acidose metabólica; - Desequilíbrio de líquidos e eletrólitos; - Estresse fisiológico (↑ necessidades protéicas); Objetivos: Estratégia Nutricional na LRA Paciente eutrófico e retoma dieta normal em 1 semana → não necessita Terapia Nutricional específica; Pacientes catabólicos → a Terapia Nutricional deve ser iniciada precocemente. Geralmente, a LRA caracteriza-se por intenso catabolismo, com balanço nitrogenado muito negativo, com perdas de nitrogênio de até 150-200g/diaNão há terapia que interrompa o hipercatabolismo, dessa maneira, a teapia nutricional deve ser dirigida para minimizar a perda protéica (Riella e Martins, 2013) - Ingestão individualizada conforme níveis séricos - Depende da função renal, método e frequência diálise -Potássio → até 3g/dia - Repor perdas na fase diurética POTÁSSIO - A ingestão hídrica deve ser equilibrada; - Depende da função renal, método e frequência diálise - Sódio → 0,5 a 4,0 g/dia - Líquidos → 500 a 750mL + diurese LÍQUIDOS E SÓDIO Estágios iniciais → paciente moribundo e incapaz de se alimentar NPT + diálise precoce → impacto positivo na sobrevida PROTEÍNAS: Quantidade depende da causa de base, do grau de catabolismo e da necessidade de diálise Não é a LRA que determina a necessidade de suporte nutricional, mas o tipo e a severidade da doença subjacente e o grau de catabolismo associado. Estratégia Nutricional na LRA Leitura SugeridaRIELLA MC, MARTINS C. Nutrição e o rim. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013 CUPPARI, L; AVESANI, CM; KAMIMURA MA. Nutrição na doença renal crônica. Barueri, SP: Manole, 2013. MAHAN, L.K.; ALIN, M.T. KRAUSE. Alimentos, nutrição e dietoterapia. 12 ed. São Paulo: Rocco, 2010. CUPPARI, L. Nutrição nas doenças crônicas não transmissíveis. Barueri, SP: Manole, 2009. CHEMIN, SS; MURA JDP. Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia. São Paulo: Rocca, 2007 CUPPARI, L. Nutrição Clínica do Adulto. 3 ed. São Paulo:Manole, 2014 AJZEN H, SCHOR N. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar: Nefrologia. Barueri, SP: Manole, 2002 !
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