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2018.01 CONCEITO DE CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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‘ C AVALCANTE 
C ONSULTORES 
 ® 
 
UP-TO-DATE® - No 233 – CONSOLIDAÇÃO DAS DE
AJUSTES E ELIMINÇÕES
 
CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS: 
AJUSTES E ELIMINAÇÕES IMPORTANTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Afonso Celso B. Tobias (afonso@fcavalcante.com.br) 
 
• Consultor da Cavalcante Consultores, responsável n
• Administrador de Empresas e Contador pela Univers
• Atuou durante 10 anos como consultor financeiro pe 
Finance e Planejamento e Análise de Negócios e 3 a 
Banco Real de Investimento e Banco Alfa de Investim
• Mestrando pela Universidade Mackenzie em Admin 
Econômico-financeira. 
• Pós-graduado em Economia pela Universidade Mac 
pela Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP. 
• Professor de pós-graduação em Planejamento e Con 
Financeira pela Fundação Armando Álvares Pentead
 
? Qual o objetivo da consolidação? 
 
 
? O que precisa ser consolidado? 
 
? Quais são as técnicas de 
consolidação? 
 
? Como considerar a participação 
dos acionistas minoritários? 
 
? Como tratar o imposto de renda 
na consolidação? 
 
? Quais os principais ajustes e 
eliminações? 
a área de treinamento e consultoria financeira. 
idade Mackenzie. 
la Coopers & Lybrand nas áreas de Corporate
nos como gerente de fusões e aquisições pelo
ento 
istração de Empresas com ênfase em Gestão
kenzie e Planejamento e Controle Empresarial
trole Empresarial e Administração Contábil e
o – FAAP. 
MONSTRAÇÕES FINANCEIRAS: 
 IMPORTANTES 
1 
‘ C AVALCANTE 
C ONSULTORES 
 ® 
 
UP-TO-DATE® - No 233 – CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS: 
AJUSTES E ELIMINÇÕES IMPORTANTES 
 
2 
 
 
 
ÍNDICE 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................3 
2. QUAL O OBJETIVO DA CONSOLIDAÇÃO?..................................................................................3 
3. QUAL A OBRIGATORIEDADE?.....................................................................................................3 
4. QUAIS SÃO AS OUTRAS CONDIÇÕES IMPORTANTES?............................................................4 
5. QUAIS SÃO AS TÉCNICAS DE CONSOLIDAÇÃO?......................................................................5 
6. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS AJUSTES DE ELIMINAÇÕES?.......................................................6 
7. CONSOLIDAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DE MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO.............8 
8. CONSOLIDAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS .....8 
9. IMPOSTO DE RENDA NO CONSOLIDADO ..................................................................................8 
10. COMPARAÇÃO ENTRE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL E CONSOLIDADO.........................10 
11. DIVULGAÇÃO E NOTAS EXPLICATIVAS ................................................................................10 
12. CASO PRÁTICO .........................................................................................................................12 
13. SOLUÇÃO DO CASO PRÁTICO ................................................................................................13 
 
 
 
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C ONSULTORES 
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UP-TO-DATE® - No 233 – CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS: 
AJUSTES E ELIMINÇÕES IMPORTANTES 
 
3 
 
1. Introdução 
 
Com o desenvolvimento da contabilidade no Brasil, a partir da Lei 6.404/76 (Lei da Sociedade por Ações) e normas 
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), tornou-se obrigatório, em algumas situações a preparação e 
divulgação das demonstrações financeiras consolidadas. 
Na prática, vários grupos empresariais, mesmo não tendo a obrigatoriedade citada acima, vêm preparando suas 
demonstrações financeiras consolidadas com o objetivo de divulgar a posição patrimonial e financeira do grupo. 
 2. Qual o objetivo da consolidação? 
 
A preparação de um balanço consolidado, tem como principal objetivo à apresentação da posição de um grupo em relação 
ao mundo exterior, em uma única peça contábil. 
Este balanço não representa a situação de uma entidade jurídica e sim de uma entidade teórica, uma unidade 
econômica constituída de todas as unidades jurídicas que compõem o grupo. 
As demonstrações financeiras consolidadas possibilitam aos acionistas, instituições financeiras e demais interessados, uma 
visão mais realística da situação patrimonial e financeira do grupo. 
3. Qual a obrigatoriedade? 
 
De acordo com o art. 249 da Lei das Sociedades por Ações (nº 6.404, de 15.12.76), temos que: 
As Companhias Abertas que tiverem mais de 30 por cento do valor de seu patrimônio líquido representado por 
investimentos em sociedades controladas, deverão elaborar e divulgar, juntamente com suas demonstrações 
financeiras, as demonstrações consolidadas. 
Diz ainda no parágrafo único do referido artigo: 
A CVM poderá expedir normas sobre as sociedades cujas demonstrações devam ser abrangidas na consolidação, e: 
• Determinar a inclusão de sociedades que, embora não controladas, sejam financeiras ou administrativamente 
dependentes da Companhia; 
• Autorizar, em casos especiais, a exclusão de uma ou mais sociedades controladas. 
 
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AJUSTES E ELIMINÇÕES IMPORTANTES 
 
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No art. 243 da referida Lei, acha-se definido o que vem a ser sociedade controlada, ou seja, 
 
Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular 
de diretos de sócios que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de 
eleger a maioria dos administradores. 
 
4. Quais são as outras condições importantes? 
 
Conforme comentado acima, a primeira condição para a consolidação é o controle financeiro através da participação 
majoritária no capital votante da controlada, porém para que a consolidação atinja os seus objetivos devemos analisar as 
seguintes condições complementares: 
 
1. Correlação entre o caráter das atividades das Companhias 
Esta idéia é baseada no fato de que só é conveniente se preparar demonstrações consolidadas quando todas as companhias 
do grupo tenham atividades semelhantes, supletivas ou auxiliares. 
Se, por exemplo, entre as Companhias de um grupo industrial se inclui uma instituição financeira, as demonstrações 
financeiras de tal Companhia distorceriam a estrutura das demonstrações financeiras consolidadas. 
 
2. Data do encerramento do exercício social para consolidação 
As demonstrações financeiras objeto da consolidação devem ser levantadas na mesma data ou em datas próxima, com a 
finalidade do consolidado é apresentar a posição do grupo em um determinado momento. 
Os artigos 9 e 10 da instrução da CVM nº 15, estabelecem: 
• As demonstrações financeiras das controladas, devem ser levantadas na mesma data ou até no máximo 60 dias da data 
das demonstrações financeiras da controladora, e 
• Quando a controladora encerrar suas demonstrações financeiras em data anterior à da controladora, devem ser 
observados os eventos significativos ocorridos no período intermediário, procedendo-se aos ajustes necessários na 
elaboração das demonstrações financeiras consolidadas. 
 
3. Princípios e critérios contábeis semelhantes 
A preparação de demonstrações financeiras consolidadas exige uniformidade de princípios e critérios contábeis adotados 
pelas Empresas a serem consolidadas. 
A semelhança de princípios e critérios contábeis é fundamental para que o consolidado expresse a realidade dos fatos do 
grupo como um todo. 
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AJUSTES EELIMINÇÕES IMPORTANTES 
 
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4. Empresas controladas não consolidadas 
Antes de se iniciar o trabalho de consolidação deve ser analisada a posição individual de cada controlada. 
Ás vezes, não é conveniente incluir certa controlada no consolidado, por exemplo: Companhia concordatária ou falida, 
porque fatalmente provocaria sérias distorções na posição do grupo. 
O artigo nº 7 da Instrução CVM nº 15 estabelece em que casos especiais justificados, e mediante prévia autorização da 
CVM, podem ser excluídas da consolidação as sociedades controladas cuja inclusão nas demonstrações financeiras 
consolidadas venha distorcer a representação da unidade econômica. 
 
 5. Quais são as técnicas de consolidação? 
 
A consolidação de demonstrações financeiras envolve uma séria de regras técnicas, desde as mais simples até as mais 
complexas, dependendo evidentemente do tamanho da complexidade das demonstrações financeiras das Companhias a 
serem consolidadas. 
Descrevemos abaixo as técnicas básicas para a preparação do consolidado: 
1. Agrupamento de saldos 
Baseado nas demonstrações financeiras individuais, ou seja, da controladora e das controladas, faz-se a somatória dos 
saldos sem considerar quaisquer ajustes, surgindo desta forma um “novo balanço” e “nova demonstração de resultados”. 
A técnica mais recomendada é a de padronizar os planos de contas (controladora e controladas) evitando desta forma, 
reclassificações de contas. 
2. Ajustes de eliminação do consolidado 
Evidentemente que o agrupamento citado acima não representa uma demonstração financeira consolidada, isto porque, 
diversos saldos ou transações realizadas entre as empresas do grupo devem ser eliminados, conforme estabelecido no artigo 
250 da Lei 6.404/76. 
Para determinação dos ajustes de eliminações do consolidado, são utilizados, na prática, alguns controles que asseguram a 
integridade dos ajustes, tais como: 
• Conciliações periódicas de saldos intercompanhias; 
• Informações sobre a totalidade de transações intercompanhias (Exemplo: receitas e despesas); 
• Detalhes sobre a participação acionária nas controladas; 
• Detalhes sobre os lucros não realizados; 
• Evidenciar de forma clara e ordenada os ajustes necessários; e 
• Estabelecer disciplinas e datas limites para obtenção dos dados junto às controladoras. 
 
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AJUSTES E ELIMINÇÕES IMPORTANTES 
 
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6. Quais são os principais ajustes de eliminações? 
 
1. Investimentos 
Para efeito de consolidação e de acordo com as normas gerais, os investimentos nas subsidiárias são eliminados contra a 
correspondente proporção no patrimônio líquido das subsidiárias. 
De acordo com a Lei das Sociedades Anônimas, todos os investimentos relevantes devem ser avaliados pelo método de 
equivalência patrimonial, portanto, por acasião da consolidação teremos o valor dos investimentos registrados pela 
controladora na mesma proporção de participação no patrimônio das controladas. 
Ajuste no consolidado: 
 D: Patrimônio Líquido (controlada) 
 C: Investimentos (controladora) 
 
2. Saldos Intercompanhias 
Todas as transações de débito e crédito existentes entre as companhias do grupo devem ser eliminadas. 
Por ocasião da preparação das demonstrações financeiras consolidadas, todos os saldos devedores e credores entre 
controladora e controladas devem ser identificados e eliminados. 
Ajuste no consolidado: 
 D: Contas a Pagar (empresas do grupo) 
 C: Contas a Receber (empresas do grupo) 
 
3. Lucros nos estoques não realizados 
Os lucros nos estoques não realizados são decorrentes das transações de compra e venda entre a controladora e controladas. 
No consolidado, o saldo dos estoques é obtido através da somatória dos saldos das contas de estoque de cada Companhia 
consolidada, e representativa dedução da parcela de lucros não realizados nos estoques, por não ter sido transacionado com 
terceiros. 
Na eliminação do lucro não realizado dos estoques surge o aspecto da facilidade ou dificuldade na determinação do custo 
correspondente à venda. 
Na prática, vem se adotando o critério de estimar a margem de lucros. 
Esta margem pode ser obtida através dos controles da contabilidade, ou em alguns casos, através da demonstração de 
resultados das empresas. 
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Ajuste do consolidado: 
D: Vendas 
C: Custo de Vendas 
C: Estoques 
 
4. Lucros no ativo imobilizado não realizados 
Os lucros no ativo imobilizado não realizados devem ser tratados isoladamente, devido à seguinte peculiaridades: 
• São de caráter permanente 
• Estão sujeitos a correção monetária, e 
• São depreciados normalmente. 
Quando da transação, deve ser determinado o lucro na operação. 
Este lucro terá idêntico tratamento aos dos estoques. 
Recomendamos a manutenção de um controle contábil permanente para cada transação, com o intuito de se eliminar, nos 
exercícios subseqüentes, as parcelas de lucros e respectiva depreciação. 
 
5. Participação dos acionistas minoritários 
A participação dos acionistas minoritários ocorrem quanto a Companhia controladora não possue, direta ou indiretamente, 
a totalidade das ações da controlada. 
Então, a parcela de capital, reservas e lucros dos minoritários deve aparecer isoladamente do patrimônio líquido 
consolidado, isto porque, tal patrimônio pertence exclusivamente aos sócios da controladora. 
A participação dos acionistas, minoritários é integral ou seja, na proporção dos seus direitos de participação, mesmo que 
existam resultados não realizados no patrimônio líquido das controladas. 
A participação dos acionistas minoritários dever ser reclassificada para um novo grupo, entre o passivo exigível a longo 
prazo e o patrimônio líquido. 
Ajuste no consolidado: 
D: Patrimônio Líquido - controladora 
C: Participação minoritária - passivo consolidado 
 
6. Ajustes na Demonstração de Resultado 
Para a consolidação da demonstração de resultados, similarmente aos procedimentos de consolidação dos balanços 
patrimoniais, são agregados num total dos valores representando operações com companhias ou pessoas estranhas ao 
grupo, eliminando-se aqueles valores recíprocos de receitas e de despesas, levando-se em consideração os ajustes de ativos 
e passivos. 
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7. Consolidação da Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido 
 
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido do consolidado é idêntica à demonstração das mutações do 
patrimônio líquido da controladora. 
E isso é verdade, tanto que a CVM dispensa a publicação de mutação consolidada do patrimônio líquido ou da 
demonstração consolidada dos lucros ou prejuízos acumulados. 
 
8. Consolidação da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos 
 
A elaboração e publicação da demonstração consolidada das origens e aplicações de recursos é obrigatória. 
Em situação normal, a controladora e controladas prepararam individualmente a demonstração das origens e aplicações de 
recursos. 
Portanto, já se conhece os movimentos monetários e não monetários dos exercícios. 
Recomenda-se tomar como base todos os movimentos a partir dos saldos iniciais e finais do balanço patrimonial 
consolidado, e a partir daí seguir as mesmas técnicas de preparação das demonstrações individuais. 
9. Imposto de Renda no Consolidado 
 
Devido ao fato do resultado consolidado alterar-se em função dos ajustes de eliminação não realizados, é de fundamentalimportância analisarmos a influência no imposto de renda do consolidado. 
O artigo 14 da Instrução da CVM nº 15 estabelece que os encargos dos impostos correspondentes ao lucro ou ao prejuízo 
não realizados que tenham decorrido dos negócios entre controladora e as controladas, devem ser eliminados dos resultados 
e apresentados no ativo circulante ou no passivo circulante - imposto diferidos - no balanço patrimonial. 
Exemplificando: 
A controladora (A) vendeu produtos para a controlada (B) e, conseqüentemente, apurou um lucro em que contribuiu na 
formação da despesa de imposto de renda do período. 
Neste caso poderíamos nos defrontar com as seguintes situações: 
a. A controlada (B) vendeu para terceiros 100 por cento dos produtos adquiridos da controladora (A). Portanto, não há 
efeito de imposto de renda no consolidado face à tributação do valor das vendas menos o respeito custo, ou seja, o 
lucro obtido; 
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b. A controlada (B) vendeu para terceiros apenas 40 por cento dos produtos adquiridos da controladora (A). A parte 
não vendida gerou lucros não realizados nos estoques da controlada (B) e despesa de imposto de renda no 
resultado da controladora (A). Este imposto de renda será compensado com o valor menor a ser registrado pela 
controlada (B), no ano seguinte, quando da realização dos estoques. 
 
Ajustes necessários: 
 $ 
Lucros nos estoques 60.000 
Alíquota 35% 
Imposto de Renda 21.000 
 
Histórico Débito Crédito 
Imposto de Renda Diferido (Ativo Circulante) 21.000 
Despesa de Imposto de Renda (L&P) 21.000 
Pela constituição do imposto de renda diferido 
Despesa de Imposto de Renda (L&P) 21.000 
Imposto de Renda Diferido (Ativo Circulante) 21.000 
Pela conversão do IR Diferido face à realização dos lucros 
 
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10. Comparação entre equivalência patrimonial e consolidado 
 
O método de equivalência patrimonial consiste na avaliação do investimento com base no valor do patrimônio líquido da 
controlada. 
O artigo 248 da Lei 6.404 define que: 
 “...no valor do patrimônio líquido não serão computados os resultados não realizados decorrentes de negócios 
com a Companhia, ou com , outras sociedades coligadas à Companhia, ou por elas controladas” 
Conforme visto anteriormente, a consolidação representa a agregação das demonstrações financeiras da controladora e das 
controladas, ou seja, pela somatória de saldos das contas do ativo, passivo, receitas e despesas, e respectivos ajustes 
decorrentes de operações entre as empresas do grupo. 
Nota-se que não eliminados as transações da controladora com as controladas e vice-versa. 
Portanto, a diferença básica entre os dois critérios é que na equivalência patrimonial é feita a “consolidação” de uma 
linha, ou seja, na conta de investimentos da controladora. 
E no consolidado agrupa-se linha por linha das demonstrações financeiras. E no consolido agrupa-se por linhadas 
demonstrações financeiras as demonstrações financeiras do grupo, possibilitando aos interessados maiores condições de 
avaliação da situação patrimonial e financeira do grupo.. 
11. Divulgação e Notas Explicativas 
 
1. Divulgação 
• Lei das Sociedades Anônimas (Artigo 249) 
Ficou estabelecido que as Companhias obrigadas a preparar demonstrações financeiras consolidadas deverão 
...”elaborar e divulgar, juntamente com suas demonstrações financeiras, demonstrações consolidadas ...”. 
• Instrução CVM nº 15 
A CVM estabeleceu que as demonstrações financeiras consolidadas (balanço patrimonial consolidado, 
demonstração consolidada do resultado do exercício, demonstração consolidada das origens e aplicações de 
recursos, notas explicativas, e outros quadros analíticos), sejam: 
o Divulgadas; 
o Incluídos os valores correspondentes ao exercício anterior; 
o Auditadas por auditores independentes devidamente registrados na CVM; e 
o Divulgadas juntamente com as demonstrações financeiras da controladora. 
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2. Notas Explicativas 
O Artigo 21 da instrução CVM nº 15 estabeleceu que as notas explicativas devem divulgar: 
• Critérios adotados na consolidação; 
• Denominação das sociedades controladas incluídas na consolidação, bem como o percentual de participação da 
controladora em cada sociedade controlada englobando participação indireta através de outras sociedades 
controladas; 
• Exposição das razões que determinaram a exclusão de sociedades controladas na elaboração das demonstrações 
financeiras consolidadas; 
• Base e fundamentos para amortização do ágio ou do deságio não absorvido na consolidação; 
• Eventos subseqüentes à data de encerramento do exercício social que tenham, ou possam vir a ter, efeito 
relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros consolidados; 
• Eventos que ocasionaram qualquer diferença entre o montante do patrimônio líquido e do lucro líquido da 
controladora, em confronto com os correspondentes montantes do patrimônio líquido e do lucro líquido 
consolidado apresentados nas demonstrações financeiras consolidadas. 
 
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12. Caso Prático 
 
Dados importantes: 
a) ABC - Controladora 
XYZ - Controlada 
b) A Companhia ABC participa em 90 por cento do capital da controlada XYZ. 
c) Toda a venda realizada pela XYZ foi remetida à base ABC. 
d) Cálculo do lucro nos estoques: 
• Margem de Lucro: 56 por cento (conforme demonstração de resultado: lucro bruto / vendas da XYZ) 
• Saldo em estoque: ABC proveniente de compras junto a XYZ ($10.000) 
 $ 
Valor de Compras 10.000 
Margem 56% 
Lucro nos Estoques 5.600 
 
e) Na data de encerramento do exercício, foi feita a equivalência patrimonial da seguinte forma: 
 Patrimônio 
Líquido 
Lucro do 
Exercício 
XYZ 67.200 20.800 
Participação 90% 90% 
 60.480 18.720 
Lucro nos estoques 5.600 (5.600) 
 54.880 13.120 
 
f) Imposto de Renda Diferido 
 $ 
Lucro nos estoques 5.600 
Alíquota no IR 30% 
IR a Diferir 1.680 
 
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13. Solução do Caso Prático 
 
 Histórico Débito Crédito 
1. D: Contas a Pagar – Associadas 45.000 
 C: Contas a Receber – Associadas 45.000 
 Pela eliminação do saldo de contas a receber 
(controlada) e contas a pagar (controladora) 
 
 
2. D: Vendas 80.000 
 C: Custo dos Produtos Vendidos 74.400 
 C: Estoques 5.600 
 Pela eliminação das vendas e lucros não realizados 
 
3. D: Capital 22.500 
 D: Reservas 9.000 
 D: Resultado do Exercício 13.120 
 D: Lucros acumulados 10.260 
 C: Investimentos 54.880 
 Pela eliminação da participação acionária 
 
4. D: Capital 2.500 
 D: Reservas 1.000 
 D: Lucros Acumulados 1.140 
 D: Resultado do Exercício 2.080 
 C: Participação acionistas minoritários 6.720 
 Contabilização da participação minoritária 
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 Histórico Débito Crédito 
5. D: Imposto de Renda Diferido (ativo circulante) 1.680C: Despesa com imposto de renda (L&P) 1.680 
 Pela contabilização do imposto diferido a ser revertido 
quando da realização do lucro no estoques 
 
 
6. D: Lucros Acumulados 19.120 
 C: Resultado do Exercício 19.120 
 Pelo encerramento dos lançamentos efetuados no 
resultado 
 
 
Conciliação (controladora x consolidado) 
 Em $ 
 Patrimônio 
Líquido 
Resultado do 
Exercício 
• Controladora 200.440 61.924 
• IR Diferido sobre lucros não realizados 1.680 1.680 
• Consolidado 202.120 63.604 
 
 
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 Ajustes 
 Balanço Patrimonial ABC XYZ TOTAL Débito Crédito Consolidado 
 
ATIVO 
 Circulante 
 Disponibilidades 2.500 300 2.800 2.800 
 Contas a Receber - Clientes 82.500 7.100 89.600 89.600 
 Contas a Receber - Associada - 45.000 45.000 (1) 45.000 - 
 Estoques 60.000 8.000 68.000 (2) 5.600 62.400 
 Outras Contas 3.000 600 3.600 (5) 1.680 5.280 
 Total do Circulante 148.000 61.000 209.000 1.680 50.600 160.080 
 
 Permanente 
 Investimento 54.800 - 54.880 (3) 54.880 - 
 Imobilizado 110.000 12.000 122.000 122.000 
 Diferido 49.560 - 49.560 49.560 
 Total do Permanente 214.360 12.000 226.440 - 54.880 171.560 
 Total do Ativo 362.360 73.000 435.440 1.680 105.480 331.640 
 
PASSIVO 
 Circulante 
 Fornecedores 32.000 2.800 34.800 34.800 
 Obrigações Trabalhistas 11.000 600 11.600 11.600 
 Obrigações Tributárias 16.000 900 16.900 16.900 
 Instituições Financeiras 58.000 1.500 59.500 59.500 
 Contas a Pagar - Associada 45.000 - 45.000 (1) 45.000 - 
 Total do Circulante 162.000 5.800 167.800 45.000 - 122.800 
 
 Partic. Acionistas Minoritários - - - (4) 6.720 6.720 
 
 Patrimônio Líquido 
 Capital 100.000 25.000 125.000 (3) 22.500 100.000 
 (4) 2.500 
 Reservas 16.000 10.000 26.000 (3) 9.000 16.000 
 (4) 1.000 
 Lucros Acumulados 
 Anos anteriores 22.516 11.400 33.916 (3) 10.260 22.516 
 (4) 1.140 
 Exercício atual 61.924 20.800 82.724 (6) 19.120 63.604 
 Total do Patrimônio Líquido 200.440 67.200 267.640 65.520 - 202.120 
 Total do Passivo 362.440 73.000 435.440 110.520 6.720 331.640 
 
 
‘ C AVALCANTE 
C ONSULTORES 
 ® 
 
UP-TO-DATE® - No 233 – CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS: 
AJUSTES E ELIMINÇÕES IMPORTANTES 
 
16 
 Ajustes 
 Demonstrativo de Resultado ABC XYZ TOTAL Débito Crédito Consolidado 
 
 Vendas 700.000 80.000 780.000 (2) 80.000 700.000 
 (-) Custo dos Produtos Vendidos (380.000) (35.000) (415.000) - (2) 74.400 (340.600) 
 Lucro Bruto 320.000 45.000 365.000 80.000 74.400 359.400 
 
 Despesas Operacionais 
 Administrativas 127.040 5.000 132.040 - - 132.040 
 Vendas 65.000 1.000 66.000 - - 66.000 
 Financeiras 39.000 400 39.400 - - 39.400 
 Outras 12.000 200 12.200 - - 12.200 
 Lucro Operacional 76.960 38.400 115.360 80.000 74.400 109.760 
 
 Outras Rec. e Desp. não Operac. 13.500 (8.600) 4.900 - - 4.900 
 
 Result. da Partic. em Controlada 13.120 - 13.120 (3) 13.120 - - 
 
 Lucro ante do IR e CS 103.580 29.800 133.380 93.120 74.400 114.660 
 Provisão para IR e CS (41.656) (9.000) (50.656) - (5) 1.680 (48.976) 
 Lucro Líquido do Exerc. 61.924 20.800 82.724 93.120 76.080 65.684 
 
 Particip.dos acionistas minoritários (4) 2.080 - (2.080) 
 
 Lucro Líquido Consolidado 95.200 76.080 63.604 
 
 
(6) 19.120

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