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Jainne Martins Ferreira « Experiência sensorial e emocional desagradável associada a danos nos tecidos, efetivos ou potenciais, ou descrita em função desses mesmos danos. » 3 TIPOS DE DOR Referida 4 5 6 Transmissão • A dor é transmitida via nervos periféricos a medula espinhal. • A medula espinhal atua como uma estação de ligação entre dois pontos para informação neurosensitiva. • A informação é recebida da periferia centralmente ( medula espinhal) e do cérebro através dos tratos descendentes. • Todas as informações convergem usando uma via sensorial similare comum. 7 8 CLASSIFICACÃO DO NOCICEPTOR Aβ Aδ C Diâmetro 6 a 12 Mielinizadas 1 a 5 Mielinizadas 0,2 a 1,5 Não mielinizadas Conducão 20 a 35 M/s 20 a 35 M/s 2 M/s Função Proprioceptivos Nociceptor negativo Mecânicos e Térmicos Polimodal: Térmicos, Mecânicos e quimicos Fonte: International association for the study of pain Transducão Sensorial - Axônio – Pré sinapse 9 NERVOS ESPINHAIS Componentes: 1- Eferentes somáticos ; 2-Aferentes Somáticos e Viscerais ; 3- Fibras Autonômicas pré-ganglionar. Dorsal Ventral 10 INERVAÇÃO SENSORIAL CUTÂNEA 11 12 13 Componentes da dor 14 15 Neurotransmissão Somatosensorial: toque, dor e temperatura. 16 17 Teoria do sistema portão de controle da dor (Melzack and Wall, 1965) O centro de processamento na medula espinhal deve aumentar ou diminuir a intensidade da dor como um fenômeno neuroelétrico e então resultar na percepção de uma dor relativamente menor ou maior do que a inicialmente sinalizada. 18 MODULAÇÃO MEDULAR INIBIÇÃO • Mecanismos Espinais Inibitórios: 1. Substância Gelatinosa: (Melzack,1965) 2. Inibição Difusa de Tronco. (Reynolds) - Descoberta dos receptores e opióides endógenos. - Inibição de transmissão na substância gelatinosa. a) Substância cinzenta periaqueductal (PAG). - Descobertos em 1981 ( Fields and Basbaum) b) Núcleo da Rafe maior (NRM) Vias da serotonina e norepinefrina. 3. Inibição de Centros Superiores. Componente modulatório • Impulsos sensoriais são modificados (recebidos, registrados, e avaliados quanto a severidade e o local), assim envolvem o rastreamento no córtex cerebral e os impusts sensoriais periféricos. 20 Modulação • O sinal de dor ascende na medula espinhal para o cótex o que evoca um reação emocional. Esta percepção é individual. 21 A tranmissão, a tradução e a modulação culminam em uma experiência cognitiva- emocional (perceptual) de dor. Componente de percepção 22 23 24 • Os estímulos sensoriais que dão origem à percepção da dor servem como estímulos primários para o comportamento de fuga/luta. • Do ponto de vista anatômico, existe uma superposição considerável entre os substratos neurais que subservem à dor e ao medo ao nível do teto mesencefálico. • Evidências mostram que o medo inibe a dor ou, pelo menos, aquelas reações pelas quais a avaliamos. ASPECTOS MOTIVACIONAIS DA DOR 25 Interação entre processos induzidos por estímulos nociceptivos e por estímulos de medo. 26 • Modelo denominado perceptivo-defensivo- recuperativo (PDR), no qual comportamentos distintos são induzidos pelo medo e pela dor, isto é, a injúria de um lado e a expectativa da dor de outro ativam sistemas motivacionais inteiramente diferentes que servem a funções distintas. 27 Percepção da dor • Baseado na soma dos imputs dolorosos • Consciência da seriedade da injúria • Significado da injúria • Estado de humor presente 28 O modelo perceptivo-defensivo-recuperativo. 29 • A ativação do sistema motivacional da dor induzida pela lesão promove comportamentos recuperativos tais como o repouso e cuidados com o organismo, visando acelerar o restabelecimento do indivíduo. • O medo produzido por estímulos associados a estímulos dolorosos induz o comportamento defensivo, ao mesmo tempo em que inibe a dor e os comportamentos que a acompanham. • A ativação do sistema motivacional do medo, expressa pelo aparecimento da reação de congelamento ou comportamento de fuga, tem como função organizar a percepção dos eventos ambientais que sinalizam perigo e defender o animal contra as ameaças naturais, como a predação. 30 Fase Perceptiva É uma fase muito breve, quando o estímulo traumático é detectado, codificado e memorizado (fase de aprendizagem). Fase Defensiva É a fase em que o animal reage ao trauma, e o comportamento defensivo é mobilizado para a auto-preservação imediata. Esta fase é caracterizada por medo intenso e reduzida sensibilidade à dor. Fase Recuperativa A função desta fase é promover a cura da injúria. O perigo já passou e o sistema motivacional da dor é ativado pelos estímulos provenientes do dano tissular. Nessa fase, prevalecem os comportamentos recuperativos visando ao tratamento da injúria. 31 CONTROLE SUPRA-ESPINAL DA DOR • A capacidade de controlar a dor faz parte de nossa experiência subjetiva. Em momentos de estresse, esforço físico intenso ou grande concentração, estímulos que são normalmente dolorosos, podem ser tolerados. Isto implica a existência de um sistema fisiológico de controle da dor. 32 • Microinjeção de morfina na substância cinzenta periaquedutal do mesencéfalo, nos seus aspectos ventrais (SCPV) produz analgesia. •A substância cinzenta periaquedutal conecta-se densamente com núcleos bulbares, particularmente o núcleo magno da rafe e os núcleos gigantocelular e paragigantocelular. Estes núcleos projetam-se no corno dorsal da medula via funículo dorsolateral e produzem analgesia. 33 34 Opióides endógenos Endorfinas e encefalinas • Encontradas no cérebro, medula espinhal e outros órgãos. • Liberados em resposta ao estresse ou trauma. • Menssagens que descendem do cérebro. SEROTONINA E ANALGESIA 35 O núcleo magno da rafe é o principal núcleo serotoninérgico envolvido na antinocicepção. Acredita-se que suas fibras serotoninérgicas descendentes exerçam um controle inibitório sobre a transmissão da dor no corno dorsal da medula e que a liberação de serotonina pelos terminais nervosos desta via seja a responsável pela analgesia . 36 ANALGESIA INDUZIDA PELO ESTRESSE Um dos componentes mais importantes da resposta do organismo a situações de emergência é a redução da sensibilidade à dor. Estudos que buscam explicar os mecanismos neuro-humorais da analgesia induzida pelo estresse têm mostrado que praticamente todo agente físico estressante produz um aumento dos níveis plasmáticos de ACTH, corticosterona e β-endorfina, mas nem todo agente estressante produz analgesia. Não obstante, são freqüentes os relatos de soldados feridos em batalha ou de atletas contundidos em competições que experimentaram intensa analgesia. É possível que, em homens, o estresse induza analgesia somente em situações extremas ou nas que representem alguma ameaça à vida.
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