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Fisiologia da dor

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Prévia do material em texto

Profª Drª Ana Carolina Araruna Alves
@EquipeMySete
@JessicaJulioti
Fisiologia da Dor e 
Analgesia
@scienceeetc
Contexto histórico e 
embasamento das teorias da dor
Aula 1 - Introdução
Neurociência
“Neurociência é um campo de estudos multidisciplinar que analisa o 
sistema nervoso para entender as bases biológicas do 
comportamento.”
• possibilidade de compreensão dos mecanismos das emoções,
pensamentos e ações, doenças e loucuras, aprendizado e
esquecimento, sonhos e imaginação, fenômenos que definem e
constituem os seres humanos
Ribeiro, 2013
Neurociência
Identificar 
e descrever 
relações 
entre
Resposta
Estímulo
Neurociência: 
integra 
metodologias 
e conceitos
Psicológicos
Farmacológicos
Bioquímicos
Anatômico
Genéticos
Neurofisiológicos
•Investigação dos 
mecanismos 
neurofisiológicos 
subjacentes ao 
comportamento 
Ciências 
da 
saúde
•Processamento e 
organização de 
informações que 
geram o 
comportamento
Ciências do 
comportamento
Dor - Definição
1979
• Experiência sensitiva e emocional desagradável
associada a uma lesão tecidual real ou potencial, ou
descrita nos termos de tal lesão.
2020
• Experiência sensitiva e emocional desagradável,
associada, ou semelhante àquela associada, a uma
lesão tecidual real ou potencial.
IASP
Dor 
Entidade sensorial múltipla 
que envolve aspectos:
Devido a tais influências , não se 
pode traçar uma relação constante e 
previsível entre a dor e lesão orgânica
aprendizado cultural 
do significado atribuído à situação em experiências 
anteriores vividas e recordações destas 
bem como nossa capacidade de compreender suas 
causas e conseqüências
Emocionais Sociais Culturais Ambientais Cognitivos 
Individualinvoca emoções e fantasias muitas vezes incapacitantes 
que traduzem
• o sofrimento
• incerteza
• medo da incapacidade 
• da desfiguração e da morte 
• preocupação com perdas materiais e 
sociais 
Dor: pra quê? 
Aspectos positivos 
Escapar, evitar, 
descansar
Sinaliza lesão ou 
doença
Gera 
comportamentos para 
finalizar ou trata-la
Memórias de dor e 
sofrimento do 
passado servem como 
alerta
Após doença ou lesão 
sérias, nos obriga a 
descansar, auxiliando 
o processo de cura
WIREs Cogn Sci 2013
Dor: pra quê?
Aspectos negativos
Sinal de alerta 
que salva vidas 
Destrói número 
incontável de 
outras vidas
• Dores crônicas
• não são sinais de alerta para 
prevenir lesões físicas ou doenças 
• A PRÓPRIA DOENÇA
• resultado de mecanismos neurais 
que deram errado.
WIREs Cogn Sci 2013
Perspectiva histórica
Breve Histórico
Egipcios 
• a dor como causada por influências religiosas
Aristóteles (384–322 AC) 
• a dor como emoção – o coração como o centro de percepção sensorial
Hipócrates (460 AC – ca. 360 AC) 
• dor provocada por um desequilíbrio entre os 4 humores: sangue, fleuma, bile amarela e preta 
Claudio Galeno (130 - 201 DC) 
• físico e cirurgião –o cérebro como o órgão da sensações e o centro do sistema nervoso conectado a nervos periféricos
Avicenna (980–1037 DC) 
• a dor poderia estar dissociada do reconhecimento de toque e temperatura, especialmente na doença, e propôs que ela seria uma sensação 
específica. Propôs que a dor era um dos vários sentidos.
Teorias da Dor
Teoria da Especificidade
Teoria do Padrão de Estimulação 
Teoria das Comportas
Teoria da Neuromatriz
Preâmbulo da
Teoria da Especificidade
“As partículas de fogo pequenas, rapidamente 
movem-se sobre a pele da área afetada fazendo com 
que um fino fio seja puxado. 
Isso abre uma pequena válvula no cérebro e através 
disso o espírito animal é enviado para os músculos 
que retiram o pé. 
Tal qual ocorre quando quando se puxa uma corda em 
um dos seus lados com a intenção de atingir um sino 
que vai tocar no outro extremo”
(Moayedi M, Davis 
KD., 2012)
Teoria da Especificidade
Propõe que uma via específica de dor carregaria mensagens de um receptor de dor 
na pele até o cérebro, sugerindo que cortar essa via aliviaria a dor 
Dor como uma sensação separada, independente dos outros sentidos e com vias 
separadas também 
Dominou a visão sobre a dor por 300 anos!
a) Teoria da especificidade. Fibras grandes (L) 
e pequenas (S) transmitem impulsos de toque 
e dor, respectivamente, em caminhos 
específicos e diretos para os centros de toque 
e dor no cérebro. (Moayedi M, Davis KD., 2012)
Teoria da Especificidade
Charles Bell (1811)
• propôs a existência de diferentes receptores sensoriais e cada um adaptado 
para um tipo de estímulo 
Johannes Müller (1839)
• propôs que um único estímulo poderia produzir diferentes sensações 
dependendo do tipo de nervo estimulado
Início da era moderna da fisiologia sensorial 
(Moayedi M, Davis KD., 2012)
Outros estudiosos
Moritz Schiff (1858)
• o primeiro a propor formalmente a teoria da especificidade 
• demonstrou que o toque e a dor chegavam até o cérebro através de vias medulares separadas:
• o caminho ântero-lateral para a dor e temperatura e os feixes posteriores para sensibilidade tátil 
Magnus Blix (1882) 
• receptores específicos para cada sensação
Maximilian von Frey (1896)
• relatou a existência de “locais de dor” na pele de seres humanos (nociceptores) 
• também descreveu a questão do limiar de estimulação – receptores de baixo limiar estariam relacionados à sensação de toque e receptores de alto limiar à 
sensação de dor 
• Ele foi o primeiro a descrever os receptores do tipo terminações nervosas livres 
Wilhelm Wundt (1879) 
• primeiro laboratório de Psicologia Experimental
• Foi um dos pioneiros da psicofisiologia 
• Descrevia a interação entre processos mentais e corporais na percepção
Outras teorias...
Charles Scott Sherrington (1906)
• notou que a dor era comum na lesão tecidual e sugeriu dar o nome de estímulo “nocivo” 
independente da característica física 
• Ele propôs a sinalização dos eventos nocivos (nocicepção) como função dos órgãos dos sentidos 
responsáveis pela dor e cunhou o termo nociceptor
Spiller e Martin (1912) 
• descreveu que a secção transversal da parte ventro-lateral da medula espinhal
• levou ao desenvolvimento de dor persistente no lado oposto do corpo 
Edinger (1890)
• evidências de que uma via ascendente longa proveniente de neurônios da coluna cruzavam a 
linha média e ascendiam lateralmente na substância branca até o tronco cerebral 
Dejerine e Roussy (1906) bem como Head e Holmes (1911)
• foram os pioneiros em descrever o papel do tálamo na produção da dor 
Nem todos eram a favor ...
Wilhelm Erb (1874)
A dor era causada por qualquer estimulação sensorial 
que fosse intensa o suficiente –Teoria da intensidade 
Foi desbancada em 1986 por Maximilian von Frey com 
a descoberta dos nociceptores
Final do século 19 
3 teorias 
competiam:
1. Mecanismo 
emocional da dor
2. Teoria de 
especificidade
3. Teoria da ativação 
intensa dos sistemas 
aferentes
Nem todos eram a favor ...
John Paul Nafe (1929)
psicólogo americano, propôs que o padrão de descarga é influenciado 
pelas diferentes formas de estimulação 
neurônios aferentes individuais respondem a estímulos com diferentes 
níveis de intensidade
O modo e local de estimulação são indicados pelo padrão composto de 
atividade na população de fibras de uma determinada região do corpo
Os neurônios de projeção central codificam a natureza e o local de 
estimulação pelo padrão e distribuição de suas descargas
Nem todos eram a favor ...
• A beta - input não nociceptivo
• Fibra tipo C - input nociceptivo
Isolamento das fibras 
• no corno dorsal da medula, na substância cinzenta posterior
• foi um dos passos que levou a teoria do portão da dor 
Em 1966 , Mendell e os neurônios wide dynamic range (WRD) 
Teoria do Portão da dor
De acordo com a teoria do 
controle do portão, o espectro de 
neurônios aferentes primários tem 
uma gama de limiares, 
nociceptores especializados e vias 
não específicas para dor 
Fibras aferentes primárias de 
grande diâmetro (Fibras Abeta) se 
adaptam mais rapidamente a 
estímuloscontínuos do que as 
finas (Fibras C) 
(Melzack & Wall, 1965)
Teoria do Portão da dor
Uma porta pré-sináptica na substância gelatinosa (SG) do corno dorsal da 
medula espinhal entre os neurônios aferentes primários e de projeção é 
controlada pelo equilíbrio da atividade entre as fibras Abeta e as fibras C 
Quando a entrada de fibra C (fina não mielinizada) supera a das fibras A 
(grossa mielinizada), o portão se abre, permitindo a ativação de 
neurônios de projeção 
Mecanismos do SNC (controle descendente modulador da nocicepção) 
podem modular o portão 
Década de 70 – a teoria foi muito difundida. Fisioterapeutas ganharam 
espaço através do uso de técnicas de modulação sensorial periférica–
como a TENS
(Melzack & Wall, 1965)
Teoria do Portão da dor
Origem
• Aspectos confirmados das teorias da especificidade e do padrão No SNC e SNP há certo grau de
especialização funcional
• A somação dos estímulos participa do processamento da dor
Contribuição
• considerou o papel do gânglio dorsal (raiz dorsal) e do tálamo na produção da dor
• também considerou o papel do SNC na modulação da dor
Limitações
• Ainda não estava localizada de forma precisa os sistemas envolvidos na inibição medular
• Faltavam correspondência anatômica, eletrofisiológica, neuroquímica e de achados clínicos que
sustentassem a teoria originalmente proposta
• o papel e as diferentes áreas do cérebro envolvidas no processamento da experiência de dor, ainda não
havia sido descrito
(Melzack & Wall, 1965)
Teoria da Neuromatriz
Afasta-se do conceito cartesiano de dor
como sensação produzida por uma lesão,
inflamação ou outra lesão ao tecido.
Dor é uma experiência multidimensional
produzida por múltiplas influências.
Reconhece a dor como uma experiência total
do corpo, da mente e do espírito.
Dor
Espiritual
Psíquica
Social
Física
Teoria da Neuromatriz
O processamento da dor no cérebro envolve 
uma rede de estruturas que conferem à 
experiência dolorosa um caráter pessoal, uma 
assinatura.
Córtex anterior cingulado – Centro de ação
• estabelecer uma valência emocional de dor
• coordenar o seleção e planejamento de uma estratégia de 
resposta comportamental / motora apropriada 
Essas áreas têm outras funções além do 
processamento das ameaças.
Teoria da Neuromatriz
Sistemas que controlam funções 
autonômicas e 
que poder estar envolvidos pela 
percepção da dor 
Endócrino: 
alterações na produção de cortisol 
(stress); 
Imunológico: 
aumento da produção de citocinas 
inflamatórias na glia (tecido de 
sustentação do SNC); 
Simpático: 
aumento de sensibilidade e 
alterações na modulação da dor com 
o aumento da sensibilização; 
Teoria da Neuromatriz
O cérebro é considerado uma massa de redes neurais que evocam as 
saídas, incluindo a produção motora e a dor 
Essa teoria sugere que o processamento da dor é amplamente 
distribuído por toda a neuromatriz e a experiência da dor resulta 
desse processo 
Considera que a dor tem 3 dimensões: motivacionais-afetivas, 
cognitivas-avaliativas e sensório-discriminativas. 
Combinações desses componentes calibram as respostas corporais 
ao estresse
(Melzack and Casey – 1968) 
Dor
motivacionais-
afetivas
cognitivas-
avaliativas 
sensório-
discriminativas
Teoria da Neuromatriz
O cérebro é um gerador de respostas baseadas na informação
sensorial
Uma rede de células (denominada 'neuromatrix'),
determinada geneticamente e/ou com base na entrada
sensorial, produz uma saída perceptual e motora constante
Melzack chamou a rede de neurônios que evocava uma
resposta particular de "neurosignature" – assinatura neural
para a dor, fruto de influências genéticas e sensoriais
(Melzack and Casey – 1968) 
Teoria da Neuromatriz
Estudos de imagem demonstram que não existe 
um único "centro de dor” 
Muitas áreas corticais podem ser ativadas 
durante a dor e existe grande variabilidade intra
e inter indivíduos 
No entanto, algumas áreas corticais estão 
envolvidas com mais frequência do que outras
Teoria da neuromatriz da dor 
permitiu ...
• Reconhece a dor como uma experiência total
do corpo, da mente e do espírito
• Colocar a dor no contexto biopsicossocial e
evoluir o entendimento da experiência
O que é o modelo 
biopsicossocial?
Modelos de Atenção à saúde
promover 
a saúde 
através da consulta
outra ação de saúde
• porque vai permitir saber,
por exemplo, o modo de
vida dos sujeitos que
interagimos e cuidamos.
Conceito de saúde-doença em um contexto 
pensamentos e práticas diferenciadas, mais ou menos eficientes, 
mais ou menos científicas, mais ou menos onerosas, fragmentadas ou 
não.
diferentes conceitos que determinam diferentes maneiras de ver o 
que é ou como se promove a saúde (ou se tratam as doenças). 
Modelos conceituais
Modelos de Atenção à saúde
Saúde x Doença
Modelos de Atenção à saúde
Modelo Biomédico
Século 19 
Flexneriano
explica a doença com base em processos somáticos dentro do corpo – causas apenas biológicas para o seu 
desenvolvimento
desequilíbrios bioquímicos e anormalidades neurofisiológicas 
Alta tecnologia, altos custos, profissionais altamente especializados 
nega a saúde pública, a saúde mental e as ciências sociais
O conhecimento e a prática de saúde são centralizados no profissional médico.
Processos psicológicos e sociais são em grande parte irrelevantes para as doenças biológicas
Modelos de Atenção à saúde
George Engel (1977) - pai do Modelo Biopsicossocial 
É contemporâneo a teoria de neuromatriz – dor tem componentes 
cognitivos, emocionais e sensoriais 
Se contrapôs ao modelo biomédico vigente centrado na doença e 
não no paciente 
O modelo conceitual em que a progressão da Dor decorre 
inicialmente: 
problema físico 
que evolui para 
angústia/sofrimento 
desenvolvimento de 
comportamentos 
relacionados à doença 
E finalmente a adoção 
do papel social de 
doente.
Modelos de Atenção à saúde
John Loeser (1982) – adaptação do modelo 
biopsicossocial de Engel para a dor 
Os nociceptores - células sensoriais nervosas que respondem a danos no corpo 
através de um processo chamado nocicepção
Tal processo resulta em componentes afetivos, sofrimento e comportamentos de 
dor (atos utilizados para comunicar sentimentos associados à experiência de dor) 
O sofrimento refere-se principalmente ao sofrimento emocional causado pela dor 
Estas emoções manifestam-se tipicamente internamente, e podem ser altamente 
desagradáveis
Modelo Biopsicossocial & Dor
Nocicepção & Dor
Nocicepção
• Refere-se o mecanismo pelo qual o dano tecidual, mecânico, térmico ou
químico, excitando um nervo, dá início ao processo que conduz a
informação nociceptiva ao sistema nervoso central
Dor
• é a percepção de uma experiência sensorial nociceptiva (noceo = nocivo),
com conotação afetiva aversiva e desagradável, oposta ao prazer
(Ferreira 1934-2016)
Dor
1974 originou-se a International Association for the Study of Pain – IASP 
Também foi criado o periódico PAIN 
A primeira definição de dor da IASP (1979) 
‘Experiência sensitiva e emocional desagradável associada a uma lesão tecidual real ou potencial, ou descrita nos termos de 
tal lesão.’
• Definição influenciada pela Teoria de Neuromatriz de Melzack
‘Experiência sensitiva e emocional desagradável, associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou 
potencial.’ (IASP , 2020)
Para tratar Dor
Entender a dor como um sinalizador, à percepção, da necessidade de proteger os tecidos do corpo. 
Modelo biopsicossocial em saúde.
Em várias situações clínicas, o fenômeno doloroso não é adequadamente controlado pois , 
frequentemente, muitos dos componentes não-nociceptivos do sofrimento não são enfocados e tratados.
Para tratar a dor
‘a dor pode ser 
modulada por 
crenças’. 
A presença de crenças 
irracionais, 
catastrofização e 
cinesiofobia devem ser 
sempre avaliadas.
‘alfabetizar’ os 
pacientes na moderna 
neurociência da dor, de 
tal modo que eles sejam 
capazes de modificar 
suas atitudes, 
comportamentos,escolhas de tratamento 
e de estilo de vida.
É desafiador
Anatomo-
Fisiologia
MODELO
BIOPSICOSSOCIAL
DA DOR
Modelo da
Biologia
Evolutiva
Paradigmas
da
Neurociência
Paradigmas
Biomédicos
Tradicionais
Paradigmas
Psicológicos
Modelo da
Casca de 
Cebola
Biomecânica
Mecanismos
de Dor e de 
Sensibilização
Neuromatrix e 
Representação
da Dor
Evitação por Medo
Catratrofização
Cinesiofobia
Patologia
dos Tecidos
Sobrevivência
e Proteção
Genética
Para tratar Dor
Dor é a percepção de 
uma nocicepção (sinal 
de alarme contra uma 
lesão tecidual).
Ela pode estar sendo 
modulada por atitudes e 
crenças, pelo sofrimento, 
comportamentos de fuga 
da dor, e pelo ambiente 
social.
Modelo da Casca de Cebola
Para tratar Dor
Loeser JD. In: 
Bonica’s Management of Pain. 
Philadelphia; Lippincott 
Williams & Wilkins: 2001.
Comportamento
Doloroso
Sofrimento
Dor
MODELO MULTIDIMENSIONAL DA DOR
Nocicepção
Teorias Modernas em Dor
Teorias Modernas em Dor
Neuroplasticidade
• O sistema nociceptivo é capaz de sofrer
alterações nos mecanismos de
percepção e condução dos impulsos,
denominados neuroplasticidade.
• A neuroplasticidade pode aumentar a
magnitude da percepção da dor e pode
contribuir para o desenvolvimento de
síndromes dolorosas crônicas
Condicionamento Operante e Dor
• São reações que muitas pessoas
adotam quando estão com dor.
• A dor como uma resposta e, como
consequência, um comportamento: a
postura tensa, expressão facial de
sofrimento e passar a mão na região
dolorida.
• Quando ocorre uma resposta do nosso
organismo levando a um
comportamento e suas consequências,
chamamos de Condicionamento
Operante.
Modelo Medo e evitação
• Quando experimentamos dor (seja lá
qual for o motivo), usamos nossas
experiências passadas e nossas crenças
para agir frente a dor.
• Normalmente, agimos de forma
automática, seguindo 2 caminhos
possíveis a partir de uma experiência
dolorosa:
• encarar de frente ou não encarar, ou
seja, encontro ou desencontro, ou
melhor, confronto ou medo/evitação.
• Se existe confronto, a tendência é se
recuperar bem.
• Se existe receio, a tendência é evitar a
atividade, se sentir vulnerável, reduzir o
nível de atividade e ficar
potencialmente dolorido.
Santos, 2017.
Vamos revisar?
O que nós conversamos na aula de hoje.
Modelos teóricos da Dor
A: com base na Teoria da Especificidade da Dor; cada
modalidade (toque e dor) é codificada em caminhos
separados. Estímulos de toque e dor são codificados por
órgãos dos sentidos especializados. Impulsos para cada
modalidade são transmitidos ao longo de caminhos distintos,
que se projetam para os centros de toque e dor no cérebro,
respectivamente. DRG, gânglio da raiz dorsal.
(Moayedi M, Davis KD., 2013)
Modelos teóricos da Dor
B: baseado na Teoria da Intensidade da Dor; não há caminhos
distintos para estímulos de limiar baixo e alto. Em vez disso, o
número de impulsos nos neurônios determina a intensidade
de um estímulo. Os neurônios aferentes primários fazem
sinapse com os neurônios de 2ª ordem no corno dorsal da
medula espinhal, onde baixos níveis de atividade codificam
estímulos inócuos e níveis mais elevados de atividade,
codificando os estímulos nocivos.
(Moayedi M, Davis KD., 2013)
Modelos teóricos da Dor
C: a Teoria dos Padrões da dor postula que os órgãos dos
sentidos somáticos respondem a uma gama dinâmica de
intensidades de estímulo. Diferentes órgãos dos sentidos têm
diferentes níveis de responsividade aos estímulos. Não há
terminações nervosas específicas para “a dor”. A dor resulta
de uma alta estimulação periférica inespecífica que produz
um “padrão” temporal e espacial de impulsos nervosos
interpretados no cérebro como dor.
(Moayedi M, Davis KD., 2013)
Modelos teóricos da Dor
D:Os sinais produzidos nos aferentes primários da
estimulação da pele foram transmitidos a três regiões dentro
da medula espinhal: 1) a substância gelatinosa, 2) a coluna
dorsal e 3) um grupo de células que eles chamaram células de
transmissão. Eles propuseram que o portão na coluna
vertebral é a substância gelatinosa no corno dorsal, que
modula a transmissão de informações sensoriais do neurônios
aferentes primários para células de transmissão na coluna
vertebral. Este mecanismo de bloqueio é controlado pela
atividade no fibras grandes e pequenas. A atividade da fibra
grande inibe (ou fecha) o portão, enquanto a atividade de
pequenas fibras facilita (ou abre) o portão.
(Moayedi M, Davis KD., 2013)
Neuromatriz da dor
Modelo biopsicossocial & dor
Obrigada!
Referências Bibliográficas
1. Chaves, T.C. Modelos teóricos em dor. Mai/2019.
2. De Oliveira, A.S. Neurofisiologia da Nocicepção & Percepção de dor:
Mecanismos de Modulação central e periférica. Abr/2019.
3. Chacur, M. Introdução à fisiopatologia da Dor: Histórico da dor e
conceitos.
4. KLAUMANN, P. R.; WOUK, A. F. P. F.; SILLAS, T. Patofisiologia da dor.
Archives of Veterinary Science, v. 13, n. 1, p. 1-12, 2008. ISSN 1517-784X.
5. Castro, C. Educação Terapêutica em Dor (ETD) baseada na neurociência:
explicando a dor aos pacientes. Jan/2019.
6. Santos, S. M. P. "A neuroplasticidade em dor crónica.“ Trabalho de
conclusão de curso. Dez/2017.
O conteúdo desse curso foi oferecido pelo 
Centro Educacional Sete de Setembro 
em parceria com
a Profª Drª Ana Carolina Araruna Alves.
@EquipeMySete
@JessicaJulioti
@scienceeetc
Profª Drª Ana Carolina Araruna Alves
@EquipeMySete
@JessicaJulioti
Fisiologia da Dor e 
Analgesia
@scienceeetc
O que já vimos
Modelos teóricos em dor
Definições
Modelo biopsicossocial
Nocicepção e Dor
Nocicepção
• Refere-se o mecanismo pelo qual o dano tecidual, mecânico,
térmico ou químico, excitando um nervo, dá início ao processo que
conduz a informação nociceptiva ao sistema nervoso central
Dor
• é a percepção de uma experiência sensorial nociceptiva (noceo =
nocivo), com conotação afetiva aversiva e desagradável, oposta ao
prazer
Neurofisiologia da Dor 
Aula 2 – Quem são as estruturas que participam da condução da informação 
nociceptiva e percepção da dor 
Neurofisiologia da Dor
Dendritos 
• recebem informações
Corpo celular 
• contém o núcleo e organelas, recebe 
informações e funções integrativas
Axônio 
• conduz informação que é codificada na forma 
de potenciais de ação
Terminação axônica
• finalização da informação 
• Estrutura do neurônio
Neurofisiologia da Dor
• conduzem à medula impulsos originados nos 
receptores situados na superfície (pele) ou 
no interior (vísceras, músculos e tendões) 
Neurônio 
aferente ou 
sensitivo 
• São responsáveis por levar uma informação 
do sistema nervoso central para os músculos 
e/ou glândulas
Neurônios 
eferente ou 
motor 
• Constituem a maior parte dos neurônios. São 
todos aqueles que estão entre um neurônio 
aferente e eferente. Corpos estão dentro do 
SNC (transmitem impulsos de um neurônio 
ao outro).
Neurônio de 
associação ou 
interneurônios 
• Classificação do neurônio quanto à função
Neurofisiologia da Dor
• Classificação do neurônio quanto à função
Neurofisiologia da Dor
Receptores 
sensoriais 
Respondem a um 
estímulo externo 
ou interno 
Transdutores que 
fazem a conversão 
em potenciais de 
ação
Neurofisiologia da Dor
• Classificação quanto ao estímulo
Neurofisiologia da Dor
Neurofisiologia da Dor
Nociceptores
respondem a vários estímulos nocivos intensos
(químico, mecânico ou térmico) que causam ou têm potencial para
causar dano tecidual.
São encontrados na pele, nas articulações, nos músculos, nos ossos
e em vários órgãos internos, mas não no sistema nervoso central
Neurofisiologia da Dor
Neurônios Aferentes de Primeira 
Ordem
Neurônios de 1ª ordem ou aferentes 
primários transmitem impulsos dos 
receptores sensoriais até o corno 
dorsal da medula espinhal
Neurofisiologia da Dor
Transmissão do impulso 
doloroso
fibras nervosas sensitivas aferentes 
primárias
corpos celulares nos gânglios 
sensitivos alcança a medula raízes 
posteriores 
Há fibras sensitivasamielínicas
alcança a medula pelas raízes 
anteriores. 
Fibras aferentes finas
ramos ascendente e descendente
Trato de Lissauer
Projetam-se na substância 
cinzenta da ME
lâminas I,II
Substância Gelatinosa
Neurônios Aferentes de Primeira Ordem
Neurofisiologia da Dor
Neurônios Aferentes de Primeira Ordem
Neurofisiologia da Dor
Neurônios Aferentes de Segunda Ordem
Aferentes de 2ª ordem 
conduzem mensagens sensoriais do corno dorsal para o cérebro, são categorizados como:
wide dynamic range/ largo espectro
recebem inputs das fibras A beta e A gama e A delta 
nociceptive specific/ específicos
respondem exclusivamente à estimulação nociva, 
recebem inputs somente das fibras C
Neurofisiologia da Dor
Neurônios Aferentes de Segunda Ordem
Neurofisiologia da Dor
Neurônios de terceira ordem
Levam as informações aos vários 
centros cerebrais
nos quais as aferências são 
integradas, interpretadas e 
influenciadas
Nocicepção & Sinapses Neuronais
Neurotransmissores
A comunicação da 
informação nociceptiva 
entre neurônios ocorre por 
mediadores químicos -
neurotransmissores
aminoácidos excitatórios ou 
inibitórios e neuropetídeos
são produzidos, 
armazenados e liberados 
tanto nas terminações dos 
nervos aferentes como nos 
neurônios do corno dorsal. 
São sintetizados pelos 
neurônios e armazenados 
em vesículas 
Liberados após um estímulo 
elétrico na fenda sináptica
Ligando-se ao sítio receptor 
do próximo neurônio
Podem ser facilitadores ou 
inibidores
Facilitadores: fazendo o 
neurônio seguinte mais 
responsivo ou reduzindo a 
ação de inibição neuronal 
Inibidores: fazendo o 
neurônio menos responsivo 
ou ativando neurônios 
inibitórios
Neurotransmissores
Neurotransmissores excitatórios 
• Glutamato, Ca, Mg, NMDA – alteração do limiar de excitabilidade da célula de 
transmissão 
• Cininas (substância P, neurocinina A e neurocinina B) 
• SP- informa o SNC a ocorrência da lesão, inflamação, modula ações 
Bombesina - neuropeptídeo age na substância gelationosa
Neurotransmissores inibitórios 
• ácido gamma amino butírico (GABA)
Transmissão Neural
Trato 
neoespinotalâmico
espinotalâmico
lateral 
Fibras A delta
• dor rápida 
Trato 
paleoespinotalâmico
espino(reticulo)talâmico 
Fibras C
• dor lenta 
Via espinotalâmica ântero-lateral
1) velocidades de transmissão entre 8 e 40 m/s; 2) o
grau de localização espacial dos sinais é pequeno; 3) as
gradações de intensidades são também menos
precisas; 4) capacidade de transmitir sinais que se
alteram e se repetem rapidamente é pequena
Áreas de Broadman & somatossensorial
Homúnculo de Penfield
Neurofisiologia da Dor
O “homúnculo de Penfield” é uma representação artística de 
como diferentes pontos da superfície do corpo estão 
“mapeados” nos dois hemisférios do cérebro, para indicar que 
tais partes do corpo têm localização específica em alguma das 
regiões. 
A ideia é a de que o cérebro corresponde a um mapa genérico 
de várias partes do nosso corpo, sendo o homúnculo, portanto, 
um mapa neural.
O mapa cerebral, representado pelo “homúnculo”, reflete a 
capacidade que o cérebro tem de discriminação sensorial, bem 
como a importância motriz referente a cada uma das partes de 
nosso corpo, visto que ele está distribuído ao longo de todo o 
córtex cerebral nos dois hemisférios. 
O conteúdo desse curso foi oferecido pelo 
Centro Educacional Sete de Setembro 
em parceria com a Professora Ana 
Carolina Araruna Alves. 
@EquipeMySete
@JessicaJulioti
@scienceeetc
Neurofisiologia da Dor 
Aula 3 – Como acontece a condução da informação nociceptiva e percepção da 
dor?
Neurofisiologia da Dor
Passo 1 
Transdução
transformação dos 
estímulos ambientais, 
físicos ou químicos intensos 
em potenciais de ação
que são transferidos das 
fibras nervosas do sistema 
nervoso periférico (SNP) 
para o sistema nervoso 
central (SNC).
Neurofisiologia da Dor
Estímulo nocivo (E) 
gera atividade 
elétrica no 
nociceptor
(despolarização da 
membrana da 
terminação 
sensorial)
potencial de ação 
propaga-se para a 
ME
liberação de 
neurotransmissores 
nas terminações 
aferentes centrais 
no CDME
Transdução
Neurônios Aferentes de Primeira Ordem
Estímulos
térmicos
mecânicos
químicos
elétricos
podem ser nociceptivos 
dependendo da 
intensidade e 
frequência 
Receptores nociceptores
Nociceptores
termo-sensíveis
excitados por 
temperaturas acima 
de 45 graus e no 
congelamento. 
Nociceptores
mecano-sensíveis
sensíveis a 
deformações nocivas. 
Nociceptores
quimio-sensíveis
excitados por 
substâncias químicas 
Nociceptores
polimodais
excitados por mais de 
um tipo de estímulo.
Neurofisiologia da Dor
Transmissão
impulso levado a 
estruturas do SNC cuja 
a atividade produz a 
sensação de dor
I. Tavares, et al.: Neurobiologia da Dor: 
Mecanismos de Transmissão e 
Modulação da Informação Nociceptiva. 
Dor (2014) 22.
• Quatro Tipos de 
Neurônios de 1ª 
Ordem: 
• Aα 
• Aβ 
• Aδ
• C
Fibras Aα e Aβ = 
rápidas, de 
grande diâmetro 
Fibras Aδ e C = 
lentas, de 
pequeno 
diâmetro
Neurofisiologia da Dor
Os sinais aferentes dos 
nociceptores são levados 
ao SNC por dois tipos de 
fibras sensoriais primárias: 
• fibras A (A-delta)
• fibras C.
A sensação mais 
comum transmitida por 
essas vias é percebida 
como dor
Dor rápida & lenta e tipos de Fibras
Os neurônios Aδ originam-se dos
receptores localizados na pele e
transmitem “dor rápida”
• A dor rápida, descrita como aguda e localizada
Os neurônios C originam-se dos
tecidos superficiais (pele) e profundos
(ligamentos e músculos) e transmitem
“dor lenta”
• A dor lenta, descrita como surda e mais difusa.
Dor rápida & lenta e tipos de Fibras
Transmissão dos sinais dolorosos “pontual
rápido” e “crônico lento” para a medula
espinal e por ela em direção ao encéfalo. As
fibras Ad transmitem a dor rápida aguda, e
as fibras C transmitem a dor lenta crônica.
Transmissão Neural
Entrada dos axônios de neurônios
nociceptivos pelas raízes dorsais da ME
Fazem sinapse no corno dorsal da ME
(origem dos Neurônios de Segunda Ordem)
Os Neurônios de Segunda Ordem cruzam a
linha média e ascendem contralateralmente
até o tálamo no quadrante anterolateral
Via Anterolateral 
Transmissão Neural
Neurônios de 
Segunda Ordem, 
após cruzarem a 
linha média, 
ascendem até o 
tálamo (Núcleo 
Ventral Posterior 
Lateral) – mesma 
região do tato 
Neurônios de 
Terceira Ordem 
enviam seus 
axônios em 
direção ao córtex 
– Córtex 
Somatossensorial 
Primário na 
região do giro 
pós-central 
Esse trato que vai 
do corno dorsal 
da ME até o 
tálamo é 
chamado de 
ESPINOTALÂMICO
Transmissão Neural
Tran
sm
issão
 N
eu
ral
SCPA
NMR
Coluna 
Dorsal
CAMINHOS DA 
INFORMAÇÃO
DE “DOR” ATÉ O CÉREBRO
Neurofisiologia da Dor
Neurofisiologia da Dor
Vias
Trato 
neoespinotalamico 
Trato 
paleoespinotamico
Neurofisiologia da Dor
Modulação
Corno posterior da 
ME→neurônios de segunda 
ordem. 
Local de modulação 
excitatória e inibitória. 
Transmissão 
do 2º neurônio 
Vias ascendentes da Dor 
→quadrante ântero-lateral 
ME→ principais: trato 
espinotalâmico, 
espinorreticular, 
espinomesencefálico . 
Outros: via pós sináptica da 
coluna dorsal (ipsilateral), 
trato –hipotalâmico e 
espinopontoamigdaliano. 
Percepção
Centros Cerebrais 
Superiores→ formação 
reticular , sistema límbico, 
hipotálamo, tálamo e córtex 
cerebral.
Neurofisiologia da Dor
• Tálamo somatossensorial (VPL/VPM) e córtex (áreas 3a, 3b, 1 e 2)
Neurofisiologia da Dor
Representação somatossensorial no corte e 
plasticidade
Plasticidade
Longa duração do quadro álgico ou alta
intensidade de dor – Sensibilização neuronal,
alterando a representação da área de dor a nível
talâmico e cortical (Woof & Salter, 2000)
Projeções centrais
Modulação da Dor:
Sensibilização periférica & central
Periférica Central
Modulação da Dor:
Sensibilização periférica
Limiar da Dor
O estímulo mínimo necessário para ativar um receptoré
conhecido como limiar
assim como a despolarização mínima necessária para
disparar um potencial de ação é chamada também de limiar
Corresponde a mínima intensidade de um estímulo que é
percebida como dolorosa.
Sensibilização Central
Lesão Tecidual 
Aumento da 
atividade neural 
“Wind-Up"
Despolarização 
Excessiva 
Excitotoxidade 
Diminuição da 
inibição 
Aumento da Dor 
Expansão dos 
Campos Receptores 
Hiperexcitabilidade
Aumento da Dor
Sensibilização Central
Transmissão Neural
Modulação Ascendente na Medula
Estímulos sensoriais suaves
(massagem, por exemplo)
competem com os estímulos
nocivos na medula.
Assim, a medula faz parte do
nosso sistema de controle interno
da dor. Teoria das Comportas da Dor
Melzack e Wall (1965)
Neurofisiologia da Dor
Modulação descendente da Dor
A neuroquímica da modulação 
descendente é complexa mas 
assenta na libertação de serotonina 
e noradrenalina na medula espinha
Neurofisiologia da Dor
Percepção
Estímulo
Fechamento
Como tais mecanismos podem 
auxiliar no manejo do meu 
paciente?
O conteúdo desse curso foi oferecido pelo 
Centro Educacional Sete de Setembro 
em parceria com a Professora Ana 
Carolina Araruna Alves. 
@EquipeMySete
@JessicaJulioti
@scienceeetc
Profª Drª Ana Carolina Araruna Alves
@EquipeMySete
@JessicaJulioti
Fisiologia da Dor e 
Analgesia
@scienceeetc
Neurofisiologia da Dor 
Aula 3 – Como acontece a condução da informação nociceptiva e percepção da 
dor?
Neurofisiologia da Dor
Passo 1 
Transdução
transformação dos 
estímulos ambientais, 
físicos ou químicos intensos 
em potenciais de ação
que são transferidos das 
fibras nervosas do sistema 
nervoso periférico (SNP) 
para o sistema nervoso 
central (SNC).
Neurofisiologia da Dor
Estímulo nocivo (E) 
gera atividade 
elétrica no 
nociceptor
(despolarização da 
membrana da 
terminação 
sensorial)
potencial de ação 
propaga-se para a 
ME
liberação de 
neurotransmissores 
nas terminações 
aferentes centrais 
no CDME
Transdução
Neurônios Aferentes de Primeira Ordem
Estímulos
térmicos
mecânicos
químicos
elétricos
podem ser nociceptivos 
dependendo da 
intensidade e 
frequência 
Receptores nociceptores
Nociceptores
termo-sensíveis
excitados por 
temperaturas acima 
de 45 graus e no 
congelamento. 
Nociceptores
mecano-sensíveis
sensíveis a 
deformações nocivas. 
Nociceptores
quimio-sensíveis
excitados por 
substâncias químicas 
Nociceptores
polimodais
excitados por mais de 
um tipo de estímulo.
Neurofisiologia da Dor
Transmissão
impulso levado a 
estruturas do SNC cuja 
a atividade produz a 
sensação de dor
I. Tavares, et al.: Neurobiologia da Dor: 
Mecanismos de Transmissão e 
Modulação da Informação Nociceptiva. 
Dor (2014) 22.
• Quatro Tipos de 
Neurônios de 1ª 
Ordem: 
• Aα 
• Aβ 
• Aδ
• C
Fibras Aα e Aβ = 
rápidas, de 
grande diâmetro 
Fibras Aδ e C = 
lentas, de 
pequeno 
diâmetro
Neurofisiologia da Dor
Os sinais aferentes dos 
nociceptores são levados 
ao SNC por dois tipos de 
fibras sensoriais primárias: 
• fibras A (A-delta)
• fibras C.
A sensação mais 
comum transmitida por 
essas vias é percebida 
como dor
Dor rápida & lenta e tipos de Fibras
Os neurônios Aδ originam-se dos
receptores localizados na pele e
transmitem “dor rápida”
• A dor rápida, descrita como aguda e localizada
Os neurônios C originam-se dos
tecidos superficiais (pele) e profundos
(ligamentos e músculos) e transmitem
“dor lenta”
• A dor lenta, descrita como surda e mais difusa.
Dor rápida & lenta e tipos de Fibras
Transmissão dos sinais dolorosos “pontual
rápido” e “crônico lento” para a medula
espinal e por ela em direção ao encéfalo. As
fibras Ad transmitem a dor rápida aguda, e
as fibras C transmitem a dor lenta crônica.
Transmissão Neural
Entrada dos axônios de neurônios
nociceptivos pelas raízes dorsais da ME
Fazem sinapse no corno dorsal da ME
(origem dos Neurônios de Segunda Ordem)
Os Neurônios de Segunda Ordem cruzam a
linha média e ascendem contralateralmente
até o tálamo no quadrante anterolateral
Via Anterolateral 
Transmissão Neural
Neurônios de 
Segunda Ordem, 
após cruzarem a 
linha média, 
ascendem até o 
tálamo (Núcleo 
Ventral Posterior 
Lateral) – mesma 
região do tato 
Neurônios de 
Terceira Ordem 
enviam seus 
axônios em 
direção ao córtex 
– Córtex 
Somatossensorial 
Primário na 
região do giro 
pós-central 
Esse trato que vai 
do corno dorsal 
da ME até o 
tálamo é 
chamado de 
ESPINOTALÂMICO
Transmissão Neural
Tran
sm
issão
 N
eu
ral
SCPA
NMR
Coluna 
Dorsal
CAMINHOS DA 
INFORMAÇÃO
DE “DOR” ATÉ O CÉREBRO
Neurofisiologia da Dor
Neurofisiologia da Dor
Vias
Trato 
neoespinotalamico 
Trato 
paleoespinotamico
Neurofisiologia da Dor
Modulação
Corno posterior da 
ME→neurônios de segunda 
ordem. 
Local de modulação 
excitatória e inibitória. 
Transmissão 
do 2º neurônio 
Vias ascendentes da Dor 
→quadrante ântero-lateral 
ME→ principais: trato 
espinotalâmico, 
espinorreticular, 
espinomesencefálico . 
Outros: via pós sináptica da 
coluna dorsal (ipsilateral), 
trato –hipotalâmico e 
espinopontoamigdaliano. 
Percepção
Centros Cerebrais 
Superiores→ formação 
reticular , sistema límbico, 
hipotálamo, tálamo e córtex 
cerebral.
Neurofisiologia da Dor
• Tálamo somatossensorial e córtex (áreas 3a, 3b, 1 e 2)
Neurofisiologia da Dor
Representação somatossensorial no corte e 
plasticidade
Plasticidade
Longa duração do quadro álgico ou alta
intensidade de dor – Sensibilização neuronal,
alterando a representação da área de dor a nível
talâmico e cortical (Woof & Salter, 2000)
Projeções centrais
Modulação da Dor:
Sensibilização periférica & central
Periférica Central
Modulação da Dor:
Sensibilização periférica
Limiar da Dor
O estímulo mínimo necessário para ativar um receptor é
conhecido como limiar
assim como a despolarização mínima necessária para
disparar um potencial de ação é chamada também de limiar
Corresponde a mínima intensidade de um estímulo que é
percebida como dolorosa.
Sensibilização Central
Lesão Tecidual 
Aumento da 
atividade neural 
“Wind-Up"
Despolarização 
Excessiva 
Excitotoxidade 
Diminuição da 
inibição 
Aumento da Dor 
Expansão dos 
Campos Receptores 
Hiperexcitabilidade
Aumento da Dor
Sensibilização Central
Transmissão Neural
Modulação Ascendente na Medula
Estímulos sensoriais suaves
(massagem, por exemplo)
competem com os estímulos
nocivos na medula.
Assim, a medula faz parte do
nosso sistema de controle interno
da dor. Teoria das Comportas da Dor
Melzack e Wall (1965)
Neurofisiologia da Dor
Modulação descendente da Dor
A neuroquímica da modulação 
descendente é complexa mas 
assenta na libertação de serotonina 
e noradrenalina na medula espinha
Neurofisiologia da Dor
Percepção
Estímulo
Fechamento
Como tais mecanismos podem 
auxiliar no manejo do meu 
paciente?
O conteúdo desse curso foi oferecido pelo 
Centro Educacional Sete de Setembro 
em parceria com a Professora Ana 
Carolina Araruna Alves. 
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Fisiologia da Dor e 
Analgesia
@scienceeetc
Como classificar a dor?
Aula 4
Dor Fisiológica e Patológica
Dor fisiológica
induz respostas protetoras, como o reflexo de 
retirada (ou reação de fuga), com intuito de 
interromper a exposição ao estímulo nocivo.
inatividade temporária e o comportamento 
protetor
Sintoma de alguma doença
Dor patológica
Estados dolorosos prolongados estimulam 
persistentemente os aferentes nociceptivos 
induzindo alterações que aumentam os efeitos 
deletérios da dor 
é uma doença propriamente dita, sendo nociva 
independente ao estímulo que a gerou
A dor persistente pode ser subdividida segundo sua origem
Dor Fisiológica e Patológica
Como classificar a dor?
Dor
Local 
Periférica Central Visceral Somática
Localizada, Difusa, 
Irradiada, Referida 
ou Generalizada
Tempo
AgudaCrônica ou 
persistente
Recorrente
Mecanismo
Nociceptiva Neuropática Nociplástica
Classificação quanto ao tempo
DOR AGUDA
se manifesta transitoriamente 
durante um período relativamente 
curto, de minutos a algumas semanas
associada a lesões em tecidos ou 
órgãos, ocasionadas por inflamação, 
infecção, traumatismo ou outras 
causas.
Normalmente desaparece com a cura 
dos tecidos 
DOR CRÔNICA/PERSISTENTE
Tem duração prolongada, que pode 
se estender de vários meses a vários 
anos. 
A dor crônica pode ser resultante de 
uma condição crônica (como a artrite 
reumatoide) e também por 
consequência de uma lesão já 
previamente tratada ou curada. 
Exemplos: Dor ocasionada pela artrite 
reumatoide (inflamação das 
articulações), fibromialgia ou dor 
relacionada a esforços repetitivos 
durante o trabalho
DOR RECORRENTE
Apresenta períodos de curta duração 
que, no entanto, se repetem com 
frequência, podendo ocorrer durante 
toda a vida do indivíduo. 
Um exemplo clássico deste tipo de 
dor é a enxaqueca
Características do estado doloroso
(Adaptado de Crue & Pinsky, 1984)
Classificação quanto ao local
Visceral
provocada por distensão de 
víscera oca, mal localizada, 
profunda, opressiva e 
constritiva, comumente se 
associa a náuseas, vômitos 
e sudorese. 
Localizada
a topografia da dor 
corresponde à da imagem 
corporal que o paciente 
tem da estrutura que julga 
doente.
Periférica 
por lesão neural, por 
desaferentação - privação 
de um neurônio de suas 
aferências
Central
quando secundária às 
lesões do sistema nervoso 
central
Dor 
referida
os sinais transmitidos pela 
ativação de nociceptores de 
uma víscera podem ser 
percebidos como dor em 
uma região cutânea 
distante.
Classificação quanto ao mecanismo
DOR 
NOCICEPTIVA
Compreende dor somática e 
visceral 
ocorre diretamente por 
estimulação química ou física de 
terminações nervosas normais 
é resultado de danos teciduais 
mais comuns e frequentes nas 
situações inflamatórias, 
traumáticas e invasivas, ou 
isquêmicas .
“Dor relacionada a lesão real ou 
ameaça a um tecido não neural 
devida a ativação de nociceptores” 
DOR 
NEUROPÁTICA
Resulta de alguma lesão a um 
nervo ou de função nervosa 
anormal em qualquer ponto ao 
longo das linhas de transmissão 
neuronal, dos tecidos mais 
periféricos ao SNC 
“Dor causada por lesão ou doença 
do sistema nervoso 
somatossensorial 
DOR 
NOCIPLÁSTICA
de plasticidade nociceptiva, que 
reflete mudança na função das vias 
nociceptivas 
“Dor relacionada a nocicepção 
alterada a despeito da clara 
evidência de que não há dano 
tecidual real ou potencial causando 
de ativação dos nociceptores 
periféricos ou evidencias de lesão 
no sistema somatossensório” 
DOR DE ORIGEM 
DESCONHECIDA
Não há um mecanismo 
evidenciado 
Mais de um mecanismo pode estar 
presente
Nociplastia & a melodia da dor
Quando a dor persiste, 
o alarme do sistema de 
perigo torna se mais 
sensível 
Os neurônios 
mensageiros de perigo 
(2ª ordem) tornam-se 
mais excitáveis e 
produzem mais 
receptores para as 
substâncias químicas 
excitatórias 
O cérebro começa a 
ativar neurônios que 
liberam substâncias 
químicas excitatórias 
no corno dorsal da 
medula 
O sistema de resposta 
se tornam mais ativos e 
começam a contribuir 
para o problema 
O Cérebro se adapta 
tornando mais 
eficiente em produzir 
dor (a melodia da dor) 
os receptores de perigo 
dos tecidos contribuem 
cada vez menos para 
mensagem de perigo 
que chega ao cérebro
Dor Referida
Frequentemente, a pessoa sente dor 
em uma parte do corpo que fica 
distante do tecido causador da dor. 
Essa é a chamada dor referida. Por 
exemplo, a dor em órgãos viscerais 
geralmente é referida à área na 
superfície do corpo
Na figura, ramos das fibras para a dor 
visceral fazem sinapse na medula 
espinal, nos mesmos neurônios de 
segunda ordem (1 e 2) que recebem os 
sinais dolorosos da pele.
Quando as fibras viscerais para a dor 
são estimuladas, os sinais dolorosos 
das vísceras são conduzidos pelo 
menos por alguns dos mesmos 
neurônios que conduzem os sinais 
dolorosos da pele, e a pessoa tem a 
impressão de que as sensações se 
originam na pele.
Dor no membro fantasma
O membro não está mais lá mas a 
via remanescente e o mapa do 
corpo ainda estão preservados.
Evolução da dor nociceptiva
Ocorre quando os nociceptores
(receptores de perigo) são 
ativados devido a uma lesão, 
inflamação ou outro irritante. 
Os sinais nociceptivos de alarme 
são transmitidos para a medula 
espinhal e para o córtex através 
de vias nociceptivas 
ascendentes, resultando na 
percepção da dor. 
A sensibilização periférica 
(inflamatória) amplifica a 
experiência da dor. 
A dor nociceptiva é aguda e 
localizada, como em uma 
entorse de tornozelo. 
No SNC, os sinais nociceptivos 
são modulados pelas vias 
descendentes corticais e do 
tronco cerebral, que podem ser 
inibitórias ou facilitadoras. 
Estes sinais podem também ser 
modulados pelos componentes 
emocionais da dor.
Processo de Cura dos Tecidos
Nas dores nociceptivas, não importa
qual tecido tenha sido lesado,
sempre ocorre um processo de cura
semelhante. A maioria dos tecidos se
cura entre 6 semanas a 3 meses.
Curou? Acabou a ameaça. Acabou a dor! Normal! Dor normal...
Dores nociceptivas , Inflamação & 
Reparação Tecidual
Fases do Processo de 
Reparação:
1. Fase Inflamatória: Do 
momento da lesão – 3 (2-5) dias
2. Fase Proliferativa: De 3 
a 21 dias
3. Fase de Maturação: De 21 
dias a 18-24 meses
Considerar Especificidade da Reparação 
dos Tecidos
Tecidos Moles
• Epitelial (Pele)
• Conjuntivo 
• Tendões, ligamentos, cartilagem 
• Musculoesquelético
• Nervoso 
• Cérebro, medula e nervos
Tecido Ósseo
E se a dor persiste?
A nocicepção persistente pode 
ser um comando para 
reorganização cortical 
(neuroplasticidade) 
Estímulos físicos, cognitivos ou 
comportamentais repetidos ou 
intensos causam reorganização 
por efeito da sensibilização 
“Falha” de habituação à 
estimulação prolongada ou de 
intensidade forte 
Alterações funcionais e químicas 
no cérebro com ampliação de 
receptores, canais iônicos 
abertos por mais tempo, 
aumento de campo receptor e 
envolvimento de mais regiões 
Redução da modulação 
inibitória da nocicepção 
Provável contribuição de células 
da glia (neuroinflamação) 
Mudança de comportamento -
condicionamento operante
Neuroinflamação
E se a dor persiste?
O aspecto negativo da dor persistente
Na maioria das vezes o estímulo 
nocivo não é transitório e pode 
estar associado com inflamação e 
injúria nervosa significativa. 
•Sob tais circunstâncias, alterações dinâmicas 
no processamento da informação nociva são 
evidentes nos sistemas nervoso periférico e 
central. 
Envolve desconforto e 
sensibilidade anormal na 
sintomatologia clínica do paciente.
Pode surgir de diferentes tecidos e 
pode ser classificada com dor 
nociceptiva (envolvendo estruturas 
somáticas ou viscerais) ou 
neuropática (envolvendo lesões do 
sistema nervoso). 
A dor crônica persiste além do 
período esperado de uma doença 
ou injúria e tem sido 
arbitrariamente definida como 
aquela com duração maior que 3 a 
6 meses. 
Pode manifestar-se 
espontaneamente ou ser 
provocada por vários estímulos 
externos. 
A resposta é tipicamente 
exagerada em duração, amplitude, 
ou ambas
Possui um significante impacto 
sobre a qualidade de vida do 
paciente e caracteriza-se por uma 
resposta pobre às terapias 
analgésicas convencionais
Neuroplasticidade
Reorganização dos mapas somatotópicos corticais 
Alterações de campos receptivos e de sinapses
Evidências mostram que
tanto a arquitetura sináptica quanto a expressão dos neuropeptídeo são modificados por aferências 
sensoriais, incluindo as nóxicas 
A representação de uma área especifica do corpo no córtex somatossensorial irá tornar-se mais 
detalhada em resposta à repetição da transmissão sináptica proveniente de uma área em especialou ainda pode ser reduzida quando a nocicepção persistente
Neuroplasticidade
A neuroplasticidade decorrente da dor pode acontecer em diferentes níveis
O sistema nociceptivo é capaz de sofrer 
alterações nos mecanismos de percepção e 
condução dos impulsos
A neuroplasticidade pode aumentar a 
magnitude da percepção da dor e pode 
contribuir para o desenvolvimento de 
síndromes dolorosas crônicas
Além do dano tecidual:
O que pode influenciar a Sensibilização Periférica?
Lesão 
tecidual
Inflamação
Problemas 
no sono
Estresse 
Respostas 
imunológicas
Nociceptores podem sofrer 
plasticidade e permanecer 
“sensibilizados” mesmo após o 
evento inicial ter cessado
Reichling e Levine Trends in Neuroscience 2009 
Schuh-Hofer et al 2013 
McMahon et al Nature Neurosciene 2015
Mecanismos biológicos & fatores 
psicossociais.
Educando o profissional: 
Mitos
Educando o profissional:
Mitos
Educando o paciente
Educando o paciente:
Mecanismos de controle da Dor
& o Movimento
Influência do 
exercício 
sobre a 
modulação 
descendente
Intervir sobre o sistema 
de movimento ajuda a 
reduzir as respostas 
motoras que exacerbam 
a dor e/ou àquelas que 
melhoram a função, 
minimizando os efeitos 
motores sobre a dor. 
Educando o paciente:
Mecanismos de controle da Dor
& o Movimento
Da mesma forma que nocicepção não é 
suficiente ou necessária para a percepção de 
dor, não deve ser impedimento para o 
movimento
"Considere como é difícil mudar a si mesmo e 
você vai entender o quanto é difícil tentar 
mudar os outros.“ 
(Nick Ng - Editor-in-Chief Massage & Fitness Magazine)
Educando o paciente:
Comportamento & pensamento
Catastrofização
Cinesiofobia
Somatização
Stress
Depressão
Crenças
Pensamentos
Crenças
Expectativas
Sentimentos
Emoções
Experiências prévias
e outros fatores …
Principais barreiras no 
Enfrentamento da dor
Adversários & Aliados 
Por que continuar estudando dor?
“Os conhecimentos atuais sobre a fisiopatologia da dor, permitem 
melhor compreensão de seus aspectos bio-psíquicos, favorecendo a 
evolução de novas formas de tratamento, para as diversas síndromes 
e condições dolorosas existentes.”
Neuroanatomia Funcional –Angelo e Machado- Ed. Atheneu
O conteúdo desse curso foi oferecido pelo 
Centro Educacional Sete de Setembro 
em parceria com a Profª Drª Ana Carolina 
Araruna Alves. 
@EquipeMySete
@JessicaJulioti
@scienceeetc

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