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MODULO I PROBLEMA 3: SERÁ QUE FAZ MAL? OBJETIVOS: 1. COMPREENDER A MECÂNICA RESPIRATÓRIA (Musculo esquelético) Caminho O ar é distribuído, nos pulmões, pela traqueia, brônquios e bronquíolos. O sistema respiratório é classificado em duas formas tanto estrutural como funcional em trato respiratório superior e trato respiratório inferior. Trato respiratório superior: inclui nariz externo, cavidade nasal, a faringe com suas estruturas associada a laringe. Trato respiratório inferior: inclui traqueia, os brônquios e suas ramificações os (bronquíolos) e os pulmões. Na parte funcional o sistema respiratório é dividido em duas regiões. Zona condutora: é exclusivamente para a passagem de ar e entende-se do nariz aos bronquíolos. Zona respiratória: localiza-se dentro dos pulmões e é o local aonde ocorrem as trocas gasosas entre o ar e o sangue. Nariz o nariz consiste em nariz externo e cavidade nasal, o nariz externo é a estrutura visível que forma a parte proeminente da face. A maior parte do nariz externo é composta por placas de cartilagem hialina. Faringe Ao atingir a faringe, órgão atuante nos sistemas digestivo e respiratório, existe uma cartilagem denominada epiglote que trabalha como uma válvula impedindo que alimentos atinjam as vias respiratórias, e assim o ar é conduzido até a laringe. Laringe A laringe além de conduzir o ar que se dirige ao s pulmões, é o local onde se localiza m a s cordas vocais fundamentais para a fala. Traqueia A traqueia, é turbo membranoso ligado á laringe, constituído de tecido conectivo denso regular e musculatura lisa reforçada com 15 a 20 anéis com formato de C, constituído por cartilagem hialina, a parede posterior apresenta é desprovida de cartilagem, contendo membrana ligamentosa de elástica e feixes de fibra muscular lisa chamada de musculo traqueal, essa contrações pode estreitar o diâmetro da traqueia, a mucosa que reveste a traqueia é constituída de epitélio colunar pseudoestratificado ciliado com inúmeras células caliciformes que iram produzir muco, que captura partículas estranhas que são inaladas. Esse cílios iram mover o muco e as partículas estranhas até a laringe e são deglutidos. Nos fumantes podem fazer o epitélio traqueal se transformar em epitélio escamoso estratificado úmido desprovido de cílios e de células caliciformes. Brônquios Os brônquios são formados por 2 ramificações da traqueia que chegam até o s pulmões, a cartilagem mais inferior da traqueia forma uma quilha chamada de carina que irá separar as aberturas para os brônquios principais. Entram nos pulmões onde sofrem várias bifurcações sendo transformados em bronquíolos. A carina é sensível á estimulação mecânica, e partículas que chegam nessa área estimulam um intenso reflexo de tosse Alvéolos pulmonares Formadas por células epiteliais com características achatadas os alvéolos pulmonares são pequenos sacos localizados no final dos menores bronquíolo s. São rodeados de vasos sanguíneos, onde ocorre a hematose (trocas gasosas). Pulmões Os pulmões são órgãos esponjosos, envolvidos por uma camada de tecido denominado pleura. São constituídos pelos bronquíolos, alvéolos e vasos sanguíneos e linfáticos. Mecânica da Ventilação Pulmonar Músculos que Produzem a Expansão e a Contração Pulmonares Os pulmões podem ser expandidos e contraídos por duas maneiras: (1) por movimentos de subida e descida do diafragma para aumentar ou diminuir a cavidade torácica e (2) pela elevação e depressão das costelas para aumentar e diminuir o diâmetro anteroposterior da cavidade torácica. Durante a inspiração, a contração diafragmática puxa as superfícies inferiores dos pulmões para baixo. Depois, durante a expiração, o diafragma simplesmente relaxo, e a retração elástica dos pulmões, da parede torácica e das estruturas abdominais comprime os pulmões e expele o ar. O segundo método para expansão dos pulmões é elevar a caixa torácica. Isso expande os pulmões porque, na posição de repouso natural, as costelas se inclinam para baixo, possibilitando, desta forma, que o esterno recue em direção à coluna vertebral. Quando a caixa torácica é elevada, no entanto, as costelas se projetam quase diretamente para frente, fazendo com que o esterno também se mova anteriormente para longe da coluna, aumentando o diâmetro anteroposterior do tórax por cerca de 20% durante a inspiração máxima, em comparação com a expiração. Todos o s músculos que elevam a caixa torácica são classificados como músculos da inspiração, e os que deprimem caixa torácica são classificados como músculos da expiração. Os músculos mais importantes que elevam a caixa torácica são os intercostais externos, mas outros que auxiliam são (1) músculos esternocleidomastóideos, que elevam o esterno; (2) serráteis anteriores, que elevam muitas costelas; e (3) escaleno s, que elevam as duas primeiras costelas. Os músculos que puxam a caixa torácica para baixo, durante a expiração, são principalmente o (1) reto abdominal, que exerce o efeito poderoso de puxar para baixo as costelas inferiores, ao mesmo tempo em que, em conjunto com outros músculos abdominais, também comprime o conteúdo abdominal para cima contra o diafragma e (2) os intercostais internos. As costelas durante a expiração estão anguladas para baixo, e os intercostais externos estão alongados anterior e inferiormente. Conforme eles se contraem, puxam as costelas superiores para frente com relação às inferiores, o que causa mecanismo de alavanca nas costelas, para as levantar, produzindo inspiração. Os intercostais internos funcionam exatamente de modo oposto, atuando como músculos expiratórios, porque se angulam entre as costelas, na direção contrária, e produzem a alavanca oposta. Pressões que Causam o Movimento do Ar para dentro e para fora dos Pulmões O pulmão “flutua” na cavidade torácica, cercado por fina camada de líquido pleural que lubrifica o movimento dos pulmões dentro da cavidade. Pressão pleural é a pressão do líquido no estreito espaço entre a pleura visceral e a pleura parietal. A pressão pleural normal no início da inspiração é de cerca de -5 centímetros de água, que é a quantidade de sucção necessária para manter os pulmões abertos no seu nível de repouso. Pressão alveolar Pressão Alveolar - Quando a glote está aberta a pressão alveolar se iguala à pressão atmosférica mas para que aja o influxo de ar para os alvéolos durante a inspiração a pressão alveolar precisa estar um pouco menor que a atmosférica. Pressão Transpulmonar - é a diferença entre a pressão alveolar e a pressão pleural. Pressões que Causam o Movimento do Ar para dentro e para fora dos Pulmões Os pulmões são estruturas elásticas que colapsam, como um balão, e expele todo o ar pela traqueia, toda vez quenão existe força para mantê-lo inflado. Também não existem conexões entre os pulmões e as paredes da caixa torácica, exceto onde ele está suspenso no hilo a partir do mediastino,região situada no meio da caixa torácica. Em vez disso, o pulmão “flutua” na cavidade torácica, cercado por fina camada de líquido pleural que lubrifica o movimento dos pulmões dentro da cavidade. Além disso, a sucção contínua do excesso de líquido para os canais linfáticos mantém leve tração entre a superfície visceral da pleura pulmonar e a superfície parietal da pleura da cavidade torácica. Portanto, os pulmões são presos à parede torácica, como se estivessem colados; no entanto, eles estão bem lubrificados e podem deslizar livremente quando o tórax se expandee contrai. Pressão Pleural e suas Variações durante a Respiração Pressão pleural é a pressão do líquido no estreito espaço entre a pleura visceral e a pleura parietal. Como observado antes, normalmente ocorre leve sucção entre os folhetos pleurais, o que significa discreta pressão negativa. A pressão pleural normal no início da inspiração é de cerca de -5 centímetros de água, que é a quantidade de sucção necessária para manter os pulmões abertos no seu nível de repouso. Então, durante a inspiração normal, a expansão da caixa torácica traciona os pulmões para diante com força maior e cria mais pressão negativa, que chega a cerca de -7,5 centímetros de água. 2. EXPLICAR O PROCESSO DE TRANSPORTE GASOSO NO ORGANISMO. Para que ocorra difusão, é preciso haver fonte de energia que é provida pelo movimento cinético das próprias moléculas, a difusão efetiva do gás ocorrerá da área de alta concentração para a área de baixa concentração. A pressão do gás nas superfícies das vias respiratórias e dos alvéolos é proporcional à soma das forças de impacto de todas as moléculas daquele gás que atingem a superfície em determinado instante, a pressão é diretamente proporcional à concentração das moléculas de gás. A pressão parcial de gás em solução é determinada não só por sua concentração como também pelo seu coeficiente de solubilidade. Alguns tipos de moléculas, especialmente a do dióxido de carbono, são física ou quimicamente atraídas pelas moléculas de água, enquanto outras são repelidas. Quando as moléculas são atraídas, muito mais delas podem ser dissolvidas sem gerar excesso de pressão parcial dentro da solução. Por outro lado, no caso das que são repelidas, a pressão parcial elevada se desenvolverá. DIFUSÃO EFETIVA DO GÁS a difusão efetiva é determinada pela diferença entre as duas pressões parciais. Se a pressão parcial for maior na fase gasosa nos alvéolos, no caso do oxigênio, então mais moléculas se difundirão para o sangue do que na outra direção. Por outro lado, se a pressão parcial do gás for maior no estado dissolvido no sangue, no caso do dióxido de carbono, então a difusão efetiva ocorrerá para a fase gasosa nos alvéolos. Quanto maior a solubilidade do gás, maior o número de moléculas disponíveis para se difundir em determinada diferença de pressão parcial. Quanto maior a área de corte transversal da via de difusão, maior o número total de moléculas que se difundem, quanto maior a distância necessária para as moléculas se difundirem, mais tempo levará para que elas se difundam por toda a distância. Difusão dos Gases através dos Tecidos Os gases de importância respiratória são todos muito solúveis nos lipídios e consequentemente são altamente solúveis nas membranas celulares. Composição do ar alveolar e ar atmosférico O ar alveolar não tem as mesmas concentrações dos gases no ar atmosférico, o ar alveolar é substituído apenas parcialmente pelo ar atmosférico. O oxigênio é constantemente absorvido pelo sangue pulmonar do a alveolar. Já o dióxido de carbono se difunde constantemente do ar pulmonar para os alvéolos. O ar atmosférico seco que entra nas vias respiratórias é umidificado ate o mesmo antes de atingir os alvéolos. Quando o ar atmosférico entra nas vias respiratórias, ele é exposto a líquidos que recobrem as superfícies respiratórias. Quanto mais rápido o oxigênio for absorvido, menor sua concentração nos alvéolos; por outro lado, quanto mais rápido o oxigênio é respirado pelos alvéolos, vindo da atmosfera, maior fica a sua concentração. Unidade Respiratória. A unidade respiratória (também denominada “lóbulo respiratório”), composta do bronquíolo respiratório, duetos alveolares, átrios e alvéolos. As paredes alveolares são extremamente finas e, entre os alvéolos, existe malha de capilares interconectados, aonde os gases alveolares estão bastante próximos do sangue dos capilares pulmonares. a troca gasosa entre o ar alveo-lar e sangue pulmonar se dá através das membranas de todas as porções terminais dos pulmões, e não apenas nos próprios alvéolos. Essas membranas são conhecidas coletivamente como a membrana respiratória, também denominada membrana pulmonar. Diferentes camadas da membrana respiratória: 1. Camada de líquido revestindo o alvéolo e contendo surfactante, que reduz a tensão superficial do líquido alveolar. 2. Epitélio alveolar, composto por células epiteliais finas. 3. Membrana basal epitelial. 4. Espaço intersticial delgado entre o epitélio alveolar e a membrana capilar. 5. Membrana basal capilar que, em muitos locais, se funde com a membrana basal do epitélio alveolar. 6. Membrana endotelial capilar. A quantidade total de sangue nos capilares dos pulmões a qualquer momento é de 60 a 140 milímetros. O diâmetro médio dos capilares pulmonares é de apenas 5 micrômetros, o que significa que as hemácias precisam se espremer ao passar por eles. A membrana das hemácias em geral toca a parede capilar, de maneira que não é preciso que o oxigênio e o dióxido de carbono atravessem o plasma. Fatores que Afetam a Intensidade da Difusão Gasosa através da Membrana Respiratória Os fatores que determinam a rapidez com que um gás atravessará a membrana são (1) a espessura da membrana, (2) a área superficial da membrana, (3) o coeficiente de difusão do gás na substância da membrana e (4) a diferença de pressão parcial do gás entre os dois lados da membrana. 3. ENTENDER O EXAME DE ESPIROMETRIA (complacência, tensão superficial e resistências da vias respiratórias) A espirometria (do latim spirare = respirar + metrum = medida) é a medida do ar que entra e sai dos pulmões. Pode ser realizada durante respiração lenta ou durante manobras expiratórias forçadas. A espirometria é um teste que auxilia na prevenção e permite o diagnóstico e a quantificação dos distúrbios ventilatórios. A espirometria deve ser parte integrante da avaliação de pacientes com sintomas respiratórios ou doença respiratória conhecida. A espirometria permite medir o volume de ar inspirado e expirado e os fluxos respiratórios, sendo especialmente útil a análise dos dados derivados da manobra expiratória forçada. Um espirometro consiste em cilindro invertido sobre uma câmara de água, com o cilindro contrabalançado por peso. O interior do cilindro está cheio com gás respiratório, geralmente, ar ou oxigênio; tubo conecta a boca com a câmara de gás. Quando se respira para dentro e para fora da câmara, o cilindro sobe e desce, e o registro apropriado é feito em forma de papel que se move. O teste costuma ser repetido cerca de três vezes para garantir a precisão dos resultados. No entanto, antes da repetição, o paciente recebe uma medicação broncodilatadora, e deve esperar cerca de 20 minutos para iniciar o segundo teste. Os medicamentos broncodilatadores são substâncias que dilatam os brônquios, facilitando a respiração em indivíduos com crises asmáticas e bronquite, por exemplo. São utilizados no exame a fim de comparar a respiração normal do indivíduo com a respiração sob efeito do medicamento. Volumes Pulmonares 1.O volume corrente é o volume de ar inspirado ou expirado, em cada respiração normal; é de cerca de 500 mililitros no homem adulto. 2.O volume de reserva inspiratório é o volume extra de ar que pode ser inspirado, além do volume corrente normal, quando a pessoa inspira com força total; geralmente, é de cerca de 3.000 mililitros. 3.O volume de reserva expiratório é o máximo volume extra de ar que pode ser expirado na expiração forçada, após o final de expiração corrente normal; normalmente é de cerca de 1.100 mililitros. 4.O volume residual é o volume de ar quefica nos pulmões, após a expiração mais forçada; esse volume é de cerca de 1.200 mililitros. Capacidades Pulmonares 1.A capacidade inspiratória é igual ao volume corrente mais o volume de reserva inspiratório. É a quantidade de ar (cerca de 3.500 mililitros) que a pessoa pode respirar, começando a partir do nível expiratório normal e distendendo os pulmões até seu máximo. 2.A capacidade residual funcional é igual ao volume de reserva expiratório mais o volume residual. É a quantidade de ar que permanece nos pulmões, ao final de expiração normal (cerca de 2.300 mililitros). 3.A capacidade vital é igual ao volume de reserva inspiratório mais o volume corrente mais o volume de reserva expiratório. É a quantidade máxima de ar que a pessoa pode expelir dos pulmões, após primeiro enchê-los à sua extensão máxima e então expirar, também à sua extensão máxima (cerca de 4.600 mililitros). 4.A capacidade pulmonar total é o volume máximo a que os pulmões podem ser expandidos com o maior esforço (cerca de 5.800 mililitros); é igual à capacidade vital mais o volume residual COMPLACÊNCIA PULMONAR É a medida da capacidade de distensão do pulmão e do tórax. É o aumento do volume para cada unidade de mudança da pressão intra-alveolar, normalmente é expressa por litros(volume do ar) por mmHg (pressão) em uma pessoa normal, a complacência dos pulmões e do tórax é de 0,18L/mmHg; ou seja para cada 1mmHg de alteração da pressão intra-alveolar, o volume altera 0,18L. Quando há uma complacência menor do que a normal significa uma maior dificuldade em expandir os pulmões e tórax. Algumas condições para diminuir essa complacência envolve a deposição das fibras não elásticas no tecido pulmonar(fibrose pulmonar) o colapso dos alvéolos (síndrome da angústia respiratória do recém nascido e edema pulmonar), o aumento da resistência ao fluxo aéreo provocado pela obstrução das vias aéreas (asma, bronquite e câncer de pulmão), e deformidade da parede do torácica que reduzem sua expansão e aumentam do volume do tórax. Quanto for maior a complacências, mais fácil será a alteração na pressão que promove a expansão pulmonar. Por exemplo a distribuição de tecido pulmonar elástico provocado por enfisema reduz a força de retração elástica dos pulmões, tornando a expansão mais fácil e resultando em maior complacências do que o normal, doença que resultam na diminuição da complacência podem afetar significativamente a quantidade de energia necessária para a ventilação e aumentar em até 30% o gasto energético do corpo. RESISTÊNCIAS DAS VIAS AÉREAS As resistências das vias aéreas (RAW) é a diferença de pressão por unidade de débito de gás que flui para dentro ou para fora dos pulmões. A RAW resulta da razão entre a diferença da pressão na boca e da pressão alveolar e o débito medido ao nível da boca. Esta diferença de pressões é causada primariamente pelo atrito das moléculas de gás em contato com as vias aéreas. A resistência ao fluxo das vias aéreas depende do tipo de fluxo (laminar ou turbulento), das dimensões da vias aéreas e da viscosidade do gás. A RAW é registada em cmH2O/Litros/s. Na prática, o fluxo é determinado por pneumotacografia a diferença de pressão é determinada medindo diretamente a pressão na boca, enquanto a pressão no alvéolo é inferida a partir das modificações da pressão numa câmara de pletismografia. O método tem a vantagem de não necessitar do mesmo nível de colaboração que necessitam as manobras de expiração forçada. 4. DESCREVER O FUNCIONAMENTO DA REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO. Centro Respiratório Se compõe por diversos grupos de neurônios localizados bilateralmente no bulbo e na ponte do tronco cerebral. Esse centro respiratório se divide em três agrupamentos principais de neurônios: (1) o grupo respiratório dorsal, situado na porção dorsal do bulbo, responsável principalmente pela inspiração; (2) o grupo respiratório ventral, localizado na parte ventrolateral do bulbo, encarregado basicamente da expiração; e (3) o centro pneumotáxico, encontrado na porção dorsal superior da ponte, incumbido essencialmente do controle da frequência e da amplitude respiratória. Grupo respiratório dorsal. Desempenha o papel mais importante no controle da respiração e se situa no interior do núcleo do trato solitário (NST). O NTS corresponde à terminação sensorial dos nervos vago e glossofaríngeo, que transmitem sinais sensoriais para o centro respiratório partir de (1) quimiorreceptores periféricos, (2) barorreceptores e (3) vários tipos de receptores nos pulmões. Sinal Inspiratório em ―Rampa". O sinal nervoso, transmitido para o diagrama, não representa surto instantâneo dos potenciais de ação. Ao contrário disso, na respiração normal esse sinal exibe início débil com elevação constante, na forma de rampa por cerca de 2 segundos. Então o sinal apresenta interrupção abrupta durante aproximadamente os próximos 3 segundos, o que desativa a excitação do diafragma e permite a retração elástica dos pulmões e da parede torácica, produzindo a expiração. Existem duas qualidades da rampa inspiratória passíveis de controle: 1.Controle da velocidade do aumento do sinal em rampa, de modo que durante respiração mais intensa a rampa aumenta com rapidez e, dessa forma, promova a rápida expansão dos pulmões. 2.Controle do ponto limítrofe da interrupção súbita da rampa. Esse é o método usual de controle da frequência respiratória; ou seja, quanto mais precocemente a rampa for interrompida, menor será a duração da inspiração. Isso também reduz a duração da expiração. Consequentemente, ocorre aumento da frequência respiratória. O Centro Pneumotáxico Limita a Duração da Inspiração e Aumenta a Frequência Respiratória O efeito primário desse centro é o de controlar o ponto de “desligamento” da rampa inspiratória, controlando assim a duração da fase de expansão do ciclo pulmonar. Assim, Quanto mais forte for o sinal pneumotáxico, menor o tempo de inspiração (0,5s). Quanto mais fraco é o sinal, maior o tempo de inspiração (5s) A função do centro pneumotáxico é basicamente a de limitar a inspiração. Essa ação apresenta o efeito secundário de aumento na frequência respiratória, já que a limitação da inspiração também reduz a expiração e o ciclo total de cada movimento respiratório. Grupo Respiratório Ventral de Neurônios —Funções Tanto na Inspiração como na Expiração A função desse grupo neuronal difere do grupo respiratório dorsal em vários aspectos importantes: Os neurônios do grupo respiratório ventral permanecem quase que totalmente inativos durante a respiração normal e tranquila. Os neurônios respiratórios ventrais parecem não participar da oscilação rítmica básica responsável pelo controle da respiração. A estimulação elétrica de alguns dos neurônios no grupo ventral provoca inspiração, enquanto a estimulação de outros leva à expiração. Portanto, esses neurônios contribuem tanto com a inspiração quanto com a expiração. Sinais de Insuflação Pulmonar Limitam a Inspiração —O Reflexo de Insuflação de Hering-Breuer Os sinais sensoriais neurais provenientes dos pulmões também ajudam a controlar a respiração. Existem receptores de estiramento, situados nos brônquios e nos bronquíolos responsáveis pela transmissão de sinais pelos nervos vagos para o grupo respiratório dorsal de neurônios. Quando os pulmões são excessivamente insuflados, os receptores de estiramento ativam resposta de feed-back apropriada que “desativa” a rampa inspiratória e, consequentemente, interrompe a inspiração.Esse evento recebe o nome de reflexo de insuflação de Hering-Breuer. Controle Químico da Respiração O excesso de dióxido de carbono ou de íons hidrogênio no sangue atua basicamente de forma direta sobre o centro respiratório, gerando grande aumento da intensidade dos sinais motores inspiratórios e expiratórios para os músculos respiratórios. O oxigênio, por sua vez, não apresenta efeito direto significativo sobre o centro respiratório no controle da respiração. Ao contrário, esse elemento atua quase que exclusivamente sobre os quimiorreceptores periféricos situados nos corpos carotídeos e aórticos Controle Químico Direto da Atividade do Centro Respiratório pelo Dióxido de Carbono e pelos íons Hidrogênio Acredita-se que nenhum das 3 áreas do centro respiratório seja diretamente influenciada pelas variações de concentração sanguínea de Co2 ou de íons de hidrogênio. Em vez disso, existe outra área neural, a área quimiossensível. Essa área é muito sensível às alterações sanguíneas da Pco2ou da concentração dos íons hidrogênio. Tal área, por sua vez, estimula outras porções do centro respiratório. O Dióxido de Carbono Estimula a Área Quimiossensível Embora o dióxido de carbono apresente pequeno efeito direto sobre a estimulação dos neurônios na área quimiossensível, ele tem efeito indireto potente. Tal função ocorre mediante reação com a água dos tecidos, de modo a formar o ácido carbônico que se dissocia em íons hidrogênio e íons bicarbonato; os íons hidrogênio, então, exercem intenso efeito estimulatório direto sobre a respiração. Isso se deve à baixa permeabilidade da barreira hematoencefálica aos íons hidrogênio e à alta permeabilidade ao dióxido de carbono que atravessa a barreira como se ela não existisse. 5. RELACIONAR PERFUSÃO E VENTILAÇÃO PULMONAR. Em condições normais a ventilação alveolar e a perfusão dos capilares pulomonares, que flui pelos capilares alveolares, permitem uma troca gasosa ocorrem de forma eficaz entre o ar e o sangue. A relação normal entre a ventilação alveolar e a perfusão dos capilares pulmonares pode ser afetada de duas formas. A ventilação alveolar pode exceder a capacidade de o sangue captar o oxigênio, que pode ocorrer devido a um débito cardíaco. A ventilação alveolar pode não ser suficiente para promover o oxigênio necessário para oxigenar o sangue que flui pelos capilares alveolares. O sangue que não é completamente oxigenado é denominado sangue desviado, existem duas origem de sangue desviado nos pulmões. Shunt (desvio) anatômico resulta quando o sangue desoxigenado dos brônquios e bronquíolos se mistura com o sangue das veias pulmonares. A outra origem do sangue desviado é quando o sangue flui pelos capilares pulmonares, mais não é totalmente desoxigenado O shunt fisiológico é a combinação do sangue desoxigenado do shunt anatômico e desoxigenado pelos capilares pulmonares. 6. CONHECER A GASOMETRIA ARTERIAL. Gaso -> Gás Metria-> Medida ou análise Arterial -> Sangue é arterial Mas gasometria poder ser: Arterial, Venosa e Mista GASOMETRIA Gasometria ou gasometria arterial é o exame que visa medir o oxigênio (O2), o gás carbônico (CO2) e o pH no sangue arterial para avaliar o equilíbrio acidobásico de um paciente. Esse exame é utilizado principalmente para verificar se os pulmões estão sendo capazes de fazer corretamente a troca do oxigênio pelo dióxido de carbono nos seus alvéolos. A gasometria utiliza o sangue retirado por punção de uma artéria, em que o oxigênio e o dióxido de carbono podem ser medidos antes de entrar nos tecidos corporais. O sangue venoso não pode ser usado para avaliação do oxigênio. Em geral, o exame é realizado por meio da punção da artéria radial. Geralmente a gasometria é pedida quando há um problema respiratório que implique alterações na troca oxigênio-gás carbônico ou a possibilidade de um desequilíbrio acidobásico. A gasometria arterial por si só não fornece informações suficientes para diagnosticar uma doença, mas ajuda a determinar se um paciente tem ou não necessidade de suplementação de oxigênio. Em resumo, a gasometria deve ser pedida para ajudar a diagnosticar e monitorar doenças pulmonares, metabólicas ou renais que possam causar desequilíbrio ácido-base ou dificuldades respiratórias. No exame são avaliados os seguintes parâmetros: – pH (Potencial Hidrogeniônico): determina o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade do sangue. O valor que vai de 0 a 14, sendo 7 o valor mais neutro possível, o mais próximo do 14 indica alcalinidade e mais próximo do 0 indica acidez. Um pH dentro dos limites da normalidade não significa, necessariamente, a ausência de distúrbio ácido-básico, visto que podem haver mecanismos compensatórios em ação momento da avaliação. – pO2 (Pressão Parcial de Oxigênio): exprime a eficácia das trocas de O2 entre os alvéolos e capilares pulmonares, medido em mmHg. Depende diretamente da pressão parcial de oxigênio no alvéolo e da capacidade de difusão deste gás. – pCO2 (Pressão Parcial de Gás Carbônico): exprime a eficácia da ventilação alveolar, medido em mmHg. Assim como o oxigênio, a troca é realizada por meio da hematose, obedecendo o grau de difusão dos gases pulmonares. – HCO3 (Bicarbonato): metabólito que participa do processo do sistema tampão, cujas alterações sugerem desequilíbrios de natureza metabólica. Expresso em mEq/L. – SpO2 (Saturação de Oxigênio): exprime a saturação, em proporção (%), das oxiemoglobinas carreadoras do oxigênio, ou seja, mede a capacidade das células de reter e distribuir o oxigênio para os tecidos. – BE (Base Excess): indica o grau (índice) de retenção ou excreção de bases pelo organismo. Se abaixo do valor de referência, indica que o organismo perdeu bases e, se acima, indica a retenção de bases. VALORES DE REFERÊNCIA E INTERPRETAÇÃO pH = 7,35 a 7,45 pO2 = 80 a 100 mmHg pCO2 = 35 a 45 mmHg HCO3 (Bicarbonato) = 22 a 28 mEq/L Saturação de O2 ≥ 95% BE = -2 a +2 A interpretação deste exame, para identificação do tipo e etiologia do distúrbio, depende da análise conjunta dos dados, uma vez que eles estão inter- relacionados. O pH abaixo dos valores de referência indica meio ácido e acima indicam meio alcalino. Qualquer fator que reduza a ventilação pulmonar, retém CO2 e aumenta a concentração deste na corrente sanguínea, e consequentemente, do ácido carbônico por conta da reação H2O (água) + CO2 (gás carbônico) = H2CO3 (ácido carbônico), o que contribui para a diminuição do pH, resultando em Acidose Respiratória. Esta pode possuir diversas causas como lesão no centro respiratório, obstrução das vias aéreas, infecções respiratórias agudas, edema pulmonar, entre outras. Quando a ventilação pulmonar está aumentada, a pressão parcial de CO2 diminui, ou seja, há aumento na difusão entre CO2 e O2 ocorrendo uma maior liberação de gás carbônico, consequentemente a liberação de íons H+ é menor, bem como a reação do ácido carbônico, aumentando do pH que resulta em Alcalose Respiratória.
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