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(20170518190422)Trabalho Psicológico para Atletas

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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM TREINAMENTO 
ESPORTIVO. 
 
 
 
 
 
 
GHEYSA BITTENCOURT GUAREZI 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO PSICOLÓGICO COM ATLETAS DE 
ALTO NIVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRICIUMA, NOVEMBRO 2008 
 
GHEYSA BITTENCOURT GUAREZI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO PSICOLÓGICO COM ATLETAS DE 
ALTO NÍVEL 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à Diretoria de Pós-
graduação da Universidade do Extremo Sul 
Catarinense- UNESC, para a obtenção do título 
de especialista em Treinamento Esportivo. 
 
Orientadora: Profª. Daniela da Silva Nunes 
 
 
 
 
 
CRICIUMA, NOVEMBRO 2008 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
A Deus, a meu esposo, a meus pais, meu 
irmão, meus avós, meus amigos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Quem quer que esteja fisicamente bem 
preparado pode fazer coisas incríveis com 
seu corpo. Mas quem junta a um corpo em 
forma uma cabeça bem cuidada é capaz de 
feitos excepcionais”.(Alexander Popov, 
melhor nadador da Olimpíada de 1996). 
 
RESUMO 
 
 
O referido trabalho consiste em apresentar a importância do trabalho psicológico 
com atletas de alto nível, demonstrando a contribuição do mesmo, e os fatores que 
influenciam para o treinamento psicológico com essas atletas, com isso descrever 
sobre a psicologia esportiva e a prática sistemática de habilidades mentais e 
psicológicas, relacionando os princípios e fatores do treinamento psicológico, 
apontando os tipos de treinamento, e alguns exemplos de como trabalhar o 
psicológico das atletas de alto nível. Em decorrência destes fatores estudados, 
conseguirmos chegar ao consenso do qual importante é trabalhar o psicológico 
juntamente com o físico das atletas de alto nível. 
 
 
Palavras-chave: Psicologia Esportiva. Trabalho Psicológico. Fatores do treinamento 
psicológicos. Atletas. 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................7 
2 PSICOLOGIA...........................................................................................................9 
2.1 Psicologia do Esporte.......................................................................................10 
2.2 O Treinamento de Habilidades Psicológicas ..................................................12 
2.3 Princípios do Treinamento Psicológicos ........................................................13 
2.3.1 Iniciativa própria ...............................................................................................14 
2.3.2 Compreensão...................................................................................................14 
2.3.3 Confiança .........................................................................................................15 
2.3.4 Individualidade .................................................................................................15 
2.3.5 Disciplina ..........................................................................................................15 
2.3.6 Método .............................................................................................................16 
2.3.7 Economia .........................................................................................................16 
2.3.8 Integração ........................................................................................................16 
2.3.9 Aconselhamento...............................................................................................16 
2.3.10 Sucesso..........................................................................................................17 
2.3.11 Transferência .................................................................................................17 
2.4 Fatores psicológicos.........................................................................................18 
2.4.1 Motivação .........................................................................................................19 
2.4.2 Ativação...........................................................................................................20 
2.4.2.1 Ativação no Esporte .....................................................................................21 
2.4.2.2 Técnicas de Ativação ....................................................................................21 
2.4.3 Estresse ...........................................................................................................22 
2.4.3.1 Fases e Sintomas do Estress........................................................................23 
 
2.4.3.2 Estress em Atletas.........................................................................................23 
2.4.4 Ansiedade ........................................................................................................24 
2.4.4.1 A Ansiedade no Esporte................................................................................25 
2.4.5 Emoção ............................................................................................................26 
2.4.6 Influência de pais, técnicos e torcida................................................................27 
2.5 Tipos de Treinamento Psicológicos.....................................................................29 
2.5.1 Mentalização ....................................................................................................29 
2.5.2 Concentração ...................................................................................................31 
2.5.3 Personalidade ..................................................................................................32 
2.5.4 Imaginação.......................................................................................................34 
2.5.5 Treinamento mental..........................................................................................35 
2.5.6 Regulação da ativação.....................................................................................38 
2.5.7 Auto confiança..................................................................................................39 
2.5.8 Exercício de bem estar psicológico ..................................................................40 
2.6 A Psicologia do Esporte: Como é vista ...............................................................41 
4. CONCLUSÃO .......................................................................................................43 
REFERÊNCIAS.........................................................................................................45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
 
Engana-se quem pensa que um atleta só precisa de bom preparo físico e 
uma técnica apropriada para alcançar os resultados desejados. Os aspectos 
psicológicos são fundamentais para o desempenho esportivo, pois aqueles que 
sabem manejar suas emoções estarão a frente em qualquer competição. 
Trabalhar pensamentos disfuncionais, a concentração, a autoconfiança, a 
motivação, e a capacidade de se manter calmo, entre outros, ajuda o atleta a 
otimizar seu rendimento em treinos e competições. 
O atleta assim como qualquer pessoa também pode estar passando por 
momentos difíceis em sua vida pessoal, como lesões, problemas com a família, com 
companheiros de equipe, com finanças,entre outros. Para atuar nessas 
circunstâncias, o profissional mais indicado é o psicólogo do esporte. O trabalho do 
psicólogo com atletas de alto nível pode ser feito no grupo todo ou atendimento 
individual. 
Em decorrência da autora do trabalho passar parte da vida envolvida 
jogando voleibol e passando por dificuldades no psicológico dentro da quadra, em 
momentos de decisão, não só a autora, mas o time todo, que resolveu fazer este 
trabalho referente a importância do trabalho psicológico com atletas. 
O tipo de pesquisa usado neste projeto é bibliográfica, segundo o autor 
Mezzaroba; Monteiro, (2004), a modalidade teórica de pesquisa pressupõe que você 
irá trabalhar com um arsenal bibliográfico suficiente e de excelente qualidade para 
se aproximar dos problemas. Sustentando a abordagem de seu objeto. Obviamente 
que pesquisa bibliográfica compreende uma gama de materiais disponíveis; podem 
7 
 
ser livros de qualquer tipo, compilações, artigos em revistas especializadas, material 
bibliográfico encontrado nos meios eletrônicos como a Internet, o CD-ROM, e assim 
por diante. 
Apontando como tema: A Contribuição do Treinamento Psicológico com 
Atletas de Alto Nível. 
Como problema: Quais os fatores que influenciam para o treinamento 
psicológico com atletas de alto nível? 
Tendo como objetivo geral: Analisar os fatores do treinamento psicológico com 
atletas de alto nível (uma revisão bibliográfica). 
E como objetivo específico: Descrever sobre a psicologia esportiva e a prática 
sistemática de habilidades mentais e psicológicas; Relacionar os princípios e fatores 
do treinamento psicológico; Apontar os tipos de treinamento psicológico no 
treinamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
2 PSICOLOGIA 
 
 
A psicologia é a ciência do comportamento. Usando a abordagem, os 
métodos e valores da ciência, os psicólogos formulam questões e desvendam 
princípios sobre o comportamento das pessoas. O tema próprio da psicologia 
cientifica é o comportamento observável dos indivíduos.(EDWARDS, 1995). 
De acordo com Edwards “a principal finalidade da psicologia é descobrir 
as leis que relacionam o comportamento com as situações, condições e outras 
condutas”.(1995 p.13). 
A psicologia procura entender, predizer e controlar, como todas as 
disciplinas que usam métodos científicos. As metas de todas as disciplinas que 
empregam métodos científicos são ditadas pelos desejos dos cientistas.(EDWARDS, 
1995, p.13). 
“A principal diferença entre a psicologia cientifica e outras disciplinas 
cientificas é a escolha do assunto. Os psicólogos estão primordialmente 
interessados em observar e compreender o comportamento”.(EDWARDS, 1995, p 
14). 
Em linhas gerais a Psicologia é uma ciência que tem como prioridade 
compreender as emoções, a forma de pensar e o comportamento do ser 
humano. Embora existam diversas áreas e linhas de atuação, a Psicologia 
busca o conhecimento e o desenvolvimento humano individualmente ou em 
grupo.(CALBUCCI, 2006). 
 
Dentre as diversas áreas trabalhadas pela psicologia, está a psicologia do 
esporte a qual auxilia atletas amadores ou profissionais a aproveitarem melhor seu 
potencial, e a buscar saúde mental e qualidade de vida. 
 
 
9 
 
2.1. Psicologia do esporte 
 
Psicologia do esporte é uma ciência que estuda o comportamento 
humano antes, durante e depois de uma atividade esportiva ou de lazer, 
(MARCONI,2008). 
 De acordo com Do Valle( 2008), Em competições de alto rendimento, 
como nas Olimpíadas, sempre é possível presenciar vitórias tidas como certas que 
escapam ao alcance de atletas extremamente preparados. Dentre algumas 
explicações que podem ser dadas, certamente uma das mais apontadas é a da falta 
de preparação psicológica dos atletas e equipes. dificuldade em lidar com as 
pressões para obter resultados cada vez mais expressivos pode ser a principal 
responsável por uma performance fraca. E, nesta hora, o papel do profissional de 
psicologia que se especializa no “treinamento” das emoções de esportistas é 
fundamental. 
Há algum tempo têm sido desenvolvidos conhecimentos (prático e teórico) 
em Psicologia do Esporte no Brasil. Trata-se de uma área de conhecimento com um 
grande crescimento e considerada muito importante e como sub-área da Psicologia, 
acarretando na necessidade de construção, e, sobretudo divulgação dos 
conhecimentos específicos da atuação profissional.(MARKUNAS, 2003, p. 33). 
Falando de modo um pouco mais simples, Psicologia do Esporte é o 
estudo científico de pessoas e seus comportamentos em contextos esportivos e as 
aplicações práticas de tal conhecimento. Os psicólogos do esporte identificam 
princípios e diretrizes que os profissionais podem usar para ajudar adultos a 
participarem e se beneficiarem de atividades esportivas.(WEINBERG E GOULD, 
2001). 
A maioria das pessoas estuda psicologia do esporte tendo em mente dois 
10 
 
objetivos (A) tentando entender como os fatores psicológicos afetam o desempenho 
físico de um indivíduo e (B) entender como a participação em esportes e exercícios 
afeta o desenvolvimento psicológico, a saúde e o bem estar de uma pessoa. 
.(WEINBERG E GOULD, 2001). 
 Psicólogos do esporte e do exercício procuram entender e ajudar atletas 
de elite, crianças, indivíduos físico e mentalmente incapacitado, idoso e praticantes 
em geral a alcançarem um desempenho máximo, satisfação pessoal e 
desenvolvimento por meio de participação.(WEINBERG E GOULD, 2001). 
De acordo com Samulski (2002, p. 3), “a psicologia do esporte representa 
uma das disciplinas da Ciência do Esporte e constitui um campo da Psicologia 
Aplicada”. 
A Psicologia do Esporte segundo a Federação Européia de Associações de 
Psicologia do Esporte – Fepsac , refere-se aos fundamentos psicológicos, 
processos e conseqüências da regulação psicológica das atividades 
relacionadas ao esporte, de uma ou mais pessoas praticantes do mesmos. 
A Psicologia do esporte e do exercício é o estudo cientifico de pessoas e 
seus comportamentos no contexto do esporte e dos exercícios físicos e a 
aplicação desses conhecimentos.(SAMULSKI, 2002, p.3). 
 
A Psicologia do Esporte não deve ser interpretada somente como uma 
matéria especial da Psicologia Aplicada. O esporte e as ações esportivas têm suas 
regras próprias, suas estruturas e seus princípios, tendo a necessidade da psicologia 
do esporte utilizar seus métodos, psicofisiológicos, para ser aplicado nas situações 
esportivas especificas.(SAMULSKI, 2002). 
A Psicologia do Esporte apresenta diversas possibilidades que variam 
muito de modalidade para modalidade, de atleta para atleta e de situação para 
situação, cada circunstância reflete em um tipo de atuação por parte do profissional. 
Muitos vinculam as práticas da Psicologia do Esporte apenas a situações extremas, 
como um atleta em depressão profunda, ou com qualquer outro problema 
psicológico crítico, esquecendo que esse tipo de trabalho pode ser feito para a 
11 
 
melhoria da performance do atleta em quadra.(OPPERMANN, 2008). 
Uma destas possibilidades é o Treinamento de Habilidades Psicológicas 
(THP), que tem por objetivo trabalhar a mente para estar em sintonia com o corpo 
para executar as praticas corporais da melhor forma possível. 
 
2.2 O Treinamento de Habilidades Psicológicas 
 
Treinamento de Habilidades Psicológicas (THP) refere-se a prática 
sistemática de habilidades mentais ou psicológicas. Técnicos e atletas sabem que as 
habilidades físicas devem ser praticadas sempre e repetidas por milhares e milhares 
de vezes. Tal como as habilidades físicas, habilidades psicológicas como manter e 
focalizar a concentração, regular os níveis de ativação, aumentar a confiança emanter a motivação precisam ser sistematicamente treinadas.(WEINBERG E 
GOULD, 2001). 
Conforme Samulski (2002, p. 9), “o objetivo e a meta do treinamento 
psicológico é a modificação dos processos e estados psíquicos(percepção, 
pensamento, motivação), ou seja, as bases psíquicas da regulação do movimento. 
Essa modificação será alcançada com a ajuda de procedimentos psicológicos”. 
Os objetivos principais podem ser alcançados com medidas psicológicas 
de treinamento: 1) A melhoria planejada e sistemática das capacidades e 
habilidades psíquicas individuais do rendimento; 2) A estabilização e otimização do 
comportamento na competição; 3) A aceleração e otimização de processos de 
recuperação e regeneração psicológica; 4) A otimização dos processos de 
comunicação social. 
 E reforça que no treinamento psicológico, deveriam ser considerados os 
seguintes princípios éticos: 1) A participação no treinamento psicológico deve 
12 
 
acontecer por interesses próprio e sem pressão externa; 2) Antes de aplicar o 
treinamento psicológico, deve-se informar os atletas sobre seus objetivos, métodos, 
indicações e efeitos; 3) Os métodos aplicados no treinamento psicológicos devem 
ser cientificamente aprovados; 4) O treinamento psicológico deve contribuir para o 
desenvolvimento da personalidade e desenvolver saúde, bem-estar, 
autodeterminação e responsabilidade social. 
É importante destacar que o tempo de trabalho é o que determina o 
tempo da atuação, para situações de curto-prazo são utilizadas técnicas intensivas 
voltadas para o principal aspecto que influência no desempenho do atleta, já para 
situações de médio-prazo o treinamento pode enfocar uma série de aspectos, com o 
acompanhamento de resultados e desenvolvimento de plano de metas realistas, por 
fim, nos de longo-prazo as técnicas podem ser mais bem elaboradas e colocadas 
em momentos ideais, enfatizando além do desempenho, a qualidade de vida 
emocional do atleta.(OPPERMANN, 2008). 
Além do THP o atleta pode contar com acompanhamento psicológico 
quando relacionados a superação de medos e inseguranças, desenvolvimento de 
autoconfiança, estabelecimento de relação competitividade x qualidade de vida e 
outras atuações, de acordo com sua necessidade.(OPPERMANN, 2008). 
Para um melhor entendimento sobre os benefícios que a psicologia pode 
proporcionar ao treinamento, há necessidade de compreender primeiramente os 
princípios do treinamento psicológico e de como podem ser trabalhados, 
vislumbrando resultados mais precisos. 
 
2.3 Princípios do treinamento psicológico 
 
13 
 
Os princípios do treinamento, abaixo relacionados, são considerados o 
fundamento para uma correta aplicação do treinamento psicológico. Para os autores, 
Junior, (1998) e Samulski (2002), são princípios do treinamento psicológico: 
 
2.3.1 Iniciativa própria 
 
Os próprios atletas devem tomar a iniciativa de participar de um programa 
de treinamento psicológico. O treinamento psicológico não deve ser imposto por 
terceiros, sejam eles treinadores, psicólogos do esporte ou qualquer outra pessoa. A 
própria vontade ou iniciativa de participar de um programa de treinamento 
psicológico prepara o caminho que leva ao desenvolvimento do potencial individual 
do atleta. Somente a decisão própria possibilita o surgimento da confiança no 
método e na pessoa responsável pela condução dos exercícios. 
 
2.3.2 Compreensão 
 
Um atleta que tenha se decidido por algum dos diferentes métodos de 
treinamento psicológico deverá, primeiramente, fazer um exercício geral do método 
para melhor compreende-lo. Só se deve dar inicio ao treinamento quando a técnica 
e a estrutura básica dos exercícios forem compreendidas. Para isso, recomenda-se 
que se observem não somente as instruções para os exercícios, mas também a 
forma pela qual o exercício alcança seu efeito, o local onde eles deverão ser 
realizados, o tempo de duração dos exercícios e a repetição. Quem entende o 
sentido e o objetivo de um exercício pode criar uma necessária relação pessoal e 
individual para com a aplicação prática do treinamento. 
14 
 
2.3.3 Confiança 
 
A compreensão de um exercício leva à confiança da sua utilidade e 
prática. Dúvida e insegurança predispõem o treinamento psicológico ao fracasso, ao 
mesmo tempo em que a confiança no sentido e objetivo dos exercícios constitui a 
base para o sucesso. A confiança intuitiva gera uma maior concentração de forças 
na busca de um objetivo. 
 
2.3.4 Individualidade 
 
 Um método de treinamento psicológico deveria estar adaptado às 
necessidades pessoais dos atletas ou das atletas. Nenhum exercício é, em si, bom 
ou ruim. Ele deve ser adequado à personalidade e posicionamento pessoais e à 
condição atual dos atletas. Os métodos de treinamento devem, portanto, ser 
concebidos de forma individual. 
 
2.3.5 Disciplina 
 
O treinamento está submetido a um sistema organizado. Isso é valido 
tanto para o treinamento físico, quanto para o treinamento psicológico. Se o objetivo 
do treinamento psicológico for levar ao sucesso, este deve, então, ser aplicado e 
conduzido a longo prazo, para assim se tornar um hábito. A disciplina representa 
uma espécie de fundamento do treinamento psicológico, incluindo aspectos como 
regularidade, continuidade e conseqüência. 
 
15 
 
2.3.6 Método 
 
 O método de ação de uma forma especifica de treinamento psicológico 
baseia-se no seu exercício até o domínio seguro da técnica em questão. Somente 
com o surgimento dos primeiros efeitos dos exercícios é que se dá inicio à fase de 
utilização da técnica em competição. 
 
2.3.7 Economia 
 
O princípio da economia preconiza a crença de quanto menos melhor, ou 
o tanto quanto for o necessário. O efeito de economia é tanto maior, quanto melhor 
quando um exercício ou técnica for dominado, pois, com isso, o dispêndio de tempo 
é menor até que o efeito desejado seja alcançado. 
 
2.3.8 Integração 
 
O treinamento psicológico e o treinamento físico deveriam andar de mãos 
dadas. Isso significa desenvolver-se até a formação de uma unidade. Psicologia 
demais se transforma em exercícios “secos demais”; treinamento físico em excesso 
sem embasamento mental se torna nada mais que trabalho braçal sem sentido. Os 
programas de treinamento dos atletas devem levar em conta esses dois aspectos e 
integrá-los às formas de treinamento de maneira bem distribuída. 
 
2.3.9 Aconselhamento 
 
16 
 
O objetivo do treinamento psicológico é fazer com que os atletas possam 
utilizar sozinhos os métodos e técnicas escolhidas. É vantagem, no entanto, durante 
a escolha e adaptação individual, ser orientado por uma pessoa com formação em 
psicologia do esporte. Esse profissional também estaria à disposição dos atletas, em 
caso de necessidade. A pré-condição mais importante para a qualidade do trabalho 
conjunto é, no entanto, a confiança mútua entre ambas as partes: atleta e orientador. 
 
2.3.10 Sucesso 
 
O uso bem sucedido do treinamento psicológico pode se manifestar tanto 
na estabilização do estado mental do atleta, como também na melhoria do 
rendimento esportivo. Entretanto, o bom condicionamento físico é sempre uma 
condição básica para o sucesso. O treinamento psicológico sozinho é insuficiente. 
Não se deve esquecer de que a utilização de um programa de treinamento 
psicológico não é garantia de sucesso. 
 
2.3.11 Transferência 
 
A maioria dos métodos de treinamento citada pode ser transferida para 
aspectos da vida alheios ao esporte. Eles auxiliam também na superação de outras 
situações difíceis, tais como, exames, entrevistas de apresentação ou reuniões 
importantes. Assim como no esporte, tais métodos valem tambémpara a vida. Em 
cada um de nós está um grande potencial, que deve ser explorado. Por meio do uso 
sistemático do treinamento psicológico, cada um pode aprender a desenvolver e 
aplicar o seu próprio potencial. 
17 
 
Depois de tudo isso, é importante verificar nos atletas os fatores 
psicológicos que podem interferir ou ajudar na sua performance. 
 
2.4 Fatores psicológicos 
 
Os principais objetivos do treinamento psicológico podem ser entendidos 
como: desenvolvimento das capacidades psíquicas do rendimento, criação de um 
bom estado emocional durante os treinos e as competições e, finalmente, 
desenvolver uma boa qualidade de vida dos atletas, técnicos e outras pessoas 
envolvidas no esporte.(SAMULSKI, 2002) 
O treinamento psicológico precisa ser considerado como um elemento 
indispensável do treinamento diário do atleta e também do técnico. Antes de aplicar 
um treinamento psicológico, é necessário um diagnóstico preciso das condições 
psíquicas iniciais do atleta por um profissional bem qualificado nos diferentes 
métodos aplicados.(SAMULSKI, 2002). 
Os atletas, assim como as pessoas em seu dia-a-dia devem sempre 
buscar a vitória. Temos que acreditar sempre! Cabe lembrar aqui uma antiga fala 
grega: “Nem sempre o mais forte mais longe o disco lança, mas sim aquele que 
acredita”.(RIBEIRO, 2003, p. 41). 
Para Samulski.(2002 p. 13) O treinamento psicológico deveria ser 
aplicado aos atletas, técnicos, dirigentes, árbitros, pais de atletas, jornalistas 
esportivos e outras pessoas vinculadas ao meio do esporte competitivo, para que 
todos possam ter o melhor aproveitamento das atividades que desenvolvem. 
Alguns tipos de fatores psicológicos são: 
 
18 
 
2.4.1 Motivação 
 
 Uma possibilidade de aplicação das técnicas de preparação psicológica 
para o aperfeiçoamento do desportista, é a área de motivação, fator considerado 
como de importância fundamental para o sucesso, não somente no esporte como, 
de forma geral, na vida.(JUNIOR, 1998, p.18). 
De acordo com Cratty (1984), o termo motivação denota os fatores e 
processos que levam as pessoas a uma ação ou à inércia em diversas situações. De 
modo mais específico, o estudo dos motivos implica no exame das razões pelas 
quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas com maior empenho do que 
outras ou, ainda, persistir numa atividade por longo período de tempo. 
A motivação é caracterizada como um processo ativo, intencional, e 
dirigido a uma meta, o qual depende de interação de fatores pessoais (intrínsecos) e 
ambientais (extrínsecos). Segundo esse modelo, a motivação apresenta uma 
determinante energética (nível de ativação) e uma determinante de direção do 
comportamento (intenções, interesses, motivos e metas). Segundo essa visão, a 
motivação para a prática esportiva depende da interação entre a personalidade 
(expectativas, motivos, necessidades, interesses) e fatores do meio ambiente como 
facilidades, tarefas atraentes, desafios e influências sociais.(SAMULSKI, 2002). 
De acordo com autor citado acima, “no decorrer da vida de uma pessoa, a 
importância dos fatores pessoais e situacionais acima mencionados podem mudar, 
dependendo das necessidades, interesses e oportunidades atuais”. 
A motivação é o combustível para o atleta. Por isso, não pode prescindir 
dela. É através desse elemento que o atleta vai conseguir empenhar-se, dedicar-se 
e até superar obstáculos dentro do meio esportivo.(MARQUES, 2003, p. 99). 
19 
 
 
O atleta deve estar em plena consciência de que sua vida será muito 
desgastante, pois para conquistar seus ideais e sonhos, tem de se dedicar 
muito, além de abrir mão de várias coisas, como o convívio familiar, festas, 
brincadeiras com amigos. As rotinas de treinamentos e competições 
desgastam muito o esportista. Tendo ainda a cobrança de bons resultados, 
por parte do próprio atleta como dos pais e técnicos.(MARQUES, 2003, p. 
100). 
 
 Os pais e treinadores exercem uma função importante na formação de 
um jogador, desde o momento que os incentivam, fornecendo-lhes o combustível 
que precisam para se dedicar cada vez mais nos treinos e nos campeonatos / 
competições. Mas essa motivação tem de vir de dentro pra fora, e não ao contrário, 
pois se o processo for inverso, o custo será muito alto, e o resultado será o grande 
desgaste do atleta em pouco tempo.(MARQUES, 2003). 
 
2.4.2 Ativação 
 
Ativação é uma mistura de atividades fisiológicas e psicológicas em uma 
pessoa e refere-se às dimensões de intensidade de motivação em um determinado 
momento. Indivíduos altamente ativados são mentais e fisicamente excitáveis; eles 
têm os batimentos cardíacos, respiração, e sudorese aumentada. A ativação não 
está automaticamente associada a eventos agradáveis ou desagradáveis. Você 
pode ficar altamente ativo ao saber que ganhou 10 milhões de dólares. Você pode 
ficar proporcionalmente agitado ao saber da morte de uma pessoa 
querida.(WEINBERG E GOULD, 2001). 
 
Quando os indivíduos estão claramente ativados, demonstram diferenças 
individuais altamente específicas ao se medir seus sistemas fisiológicos e 
musculares. Alguns retesam toda a musculatura, enquanto outros o fazem 
em determinados grupos musculares.(CRATTY, 1984, p.52). 
 
No esporte, é muito importante que o atleta esteja preparado para todos 
os momentos de competição, até mesmo em treinamento, para isso é necessário 
20 
 
compreender como trabalhar com ele e o que fazer para que o mesmo possa estar 
adaptado a todos os ambientes esportivos. 
 
2.4.2.1 Ativação no Esporte 
 
A ativação pode-se manifestar tanto a nível fisiológico, cognitivo ou motor. 
É bem provável que estas formas de manifestações estejam presentes ao mesmo 
tempo, mas uma das formas é provável que predomine sobre as demais. No 
momento de pré-competição, o atleta no vestiário pode perceber a ativação 
fisiológica, através da freqüência cardíaca ou do suor nas mãos.(JUNIOR, 
SAMULSKI, 1998). 
Quando se aborda o contexto esportivo, parece ser mais adequado situar 
este extremo inferior na condição de vigília do atleta, em calma total, com ausência 
total da excitação para se obter melhores resultados. 
Uma das principais preocupações dos técnicos é como “acender” o atleta 
ou o time para as competições. A maior parte das discussões entre eles diz respeito 
às maneiras de ativar o atleta de modo a dar o máximo de si. O objetivo é dar 
condições ao atleta que possibilitarão a sua melhor atuação, sem estimulá-lo a um 
grau tal que possa prejudicar seu desempenho. Muitos consideram a ativação como 
uma escala de medida que indica os graus de prontidão para o desempenho, indo 
do sono mais profundo a um estado altamente excitado.(Cratty 1984). 
 
2.4.2.2 Técnicas de Ativação 
 
Algumas das técnicas de ativação para Junior e Samulski.(1998 p.67) 
utilizada pelos desportistas, principalmente em atletas de elite, são as seguintes: 
21 
 
Biofeedback: É a técnica que ensina às pessoas usarem os 
recurso naturais do aprendizado de modo intencional, valendo-se de sinais 
fisiológicos captados por monitores eletrônicos. 
Técnica Becker: É uma técnica somático-sugestiva que, através de uma 
vivência intensa de respiração, oportuniza modificações nos níveis de relaxamento e 
nos estados de humor do praticante. 
Visualização: É um tipo de treinamento mental que oportuniza ao 
praticante o aperfeiçoamento do movimento, através de uma imaginação do mesmo, 
sem sua realização simultânea. É a habilidade para usar todos os sentidos para criar 
ou recriar uma experiência na mente. 
 
2.4.3 Estresse 
 
De uma forma geral o estresse é produto da interação do homem com o 
seu meio ambiente físico e sociocultural. Existem fatores pessoais (processospsíquicos e somáticos) e ambientais (ambiente físico e social) que interagem no 
processo do aparecimento e gerenciamento do estresse.(SAMULSKI, 2002, p.157). 
Muitas pessoas acreditam que o estresse se tornou um dos principais 
problemas de saúde dos tempos modernos. Respostas fisiológicas do tipo: “lute ou 
corra”, que eram necessárias para a sobrevivência dos povos primitivos, podem não 
ser saudáveis em sociedades altamente complexas.(SHARKEY, 1998, p. 44). 
O estresse ocorre quando há um desequilíbrio substancial entre as 
demandas físicas e psicológicas impostas a um indivíduo e sua capacidade de 
resposta, e sob condições em que a falha em satisfazer tais demandas tem 
conseqüências importantes.(WEINBERG E GOULD, 2001). 
22 
 
2.4.3.1 Fases e sintomas do Estresse 
 
O primeiro pesquisador a utilizar o termo estresse foi Selye (1976), 
referindo-se a um grupo de sintomas que incluíam falta de apetite, hipertensão 
arterial, desânimo e fadiga; e definiu-o como sendo um conjunto de reações 
desenvolvidas pelo organismo quando submetido a uma situação que exige um 
esforço para que se consiga a adaptação. O autor identificou as três fases em que o 
processo de estresse subdivide-se: 
Fase de alerta: é a primeira reação de estresse, e desenvolve-se quando as 
pessoas percebem uma ameaça a seu organismo e preparam-se para agir, lutar ou 
fugir. 
Fase de resistência: nesta fase ocorre a tentativa do restabelecimento do equilíbrio 
interno com a utilização da energia que seria empregada em outras funções vitais do 
organismo. É decorrente de estressores de longa duração ou com intensidade 
demasiada para a resistência da pessoa. Alguns dos sintomas percebidos são: 
insônia, falhas de memória, desgaste do organismo, irritabilidade excessiva. 
Fase de Exaustão: é a ultima fase do estresse, quando toda a energia que o 
individuo possui já foi utilizada durante a fase de resistência provocando a entrada 
de um estado de exaustão física e psicológica. Nesta fase reaparecem alguns 
sintomas da fase de alerta em conjunto com outros mais graves como: ulcera, 
enfarto, depressão, problemas dermatológicos graves, apatia, fadiga crônica, 
insônia, isolamento, diminuição do interesse sexual, ambigüidade de 
sentimentos.(BURITI, 2001). 
 
2.4.3.2 Estresse em atletas 
23 
 
 
Um dos principais objetivos dos atletas que buscam desenvolver seu 
desempenho é alcançar um nível em que consiga atingir seu potencial máximo. 
Entretanto, existem inúmeros fatores que podem interferir em seu desempenho, que 
são denominados estressores. O ambiente competitivo apresenta inúmeros fatores 
estressantes para o atleta.(RUBIO, 2000). 
O exercício físico é comumente utilizado como instrumento no controle do 
estresse, isto, quando é aeróbio, quando contém movimentos rítmicos e 
coordenados e quando evita paradigmas competitivos; entretanto, quando sua 
prática está ligada à competição ou quando é praticado em excesso ou de forma 
inadequada, pode representar um poderoso estressor.(BURITI, 2001, p.126). 
O atleta possui algumas habilidades psicológicas que são alcançadas 
através da própria prática esportiva, entre as habilidades estão a auto-estima 
positiva e a capacidade de enfrentamento de ansiedade.(BURITI, 2001). 
 
 
2.4.4 Ansiedade 
 
A ansiedade é estar com a cabeça onde o corpo não está; É estar 
preocupado com um problema antes de ele acontecer; É como o próprio nome diz: 
estar pré-ocupado querendo antecipar a ocupação. O grande problema é que o 
trabalho que o espera ou determinada ocupação com a qual você tem de se 
envolver no dia seguinte não está ali naquele momento, então só atrapalha ficar 
pensando nisso. O mínimo que você pode fazer para a sua cabeça, para a sua 
saúde, é envolver-se com o problema quando chegar o momento de resolvê-
lo.(RIBEIRO, 2003). 
Observa-se que em muitos estudos e pesquisas na área da Psicologia do 
24 
 
Esporte os termos ansiedade e estresse têm sido considerados quase sempre sem 
uma distinção, ou seja, são considerados sinônimos. A ansiedade é considerada 
uma emoção típica do fenômeno estresse “entendem emoções como um processo 
em que os aspectos cognitivos, motivacionais, volitivos neurofisiológicos 
interagem”.(WEINBERG E GOULD, 2001, p. 303). 
A ansiedade é um fator comum na vida do ser humano, se faz presente 
em várias situações, principalmente nos momentos em que a pessoa não tem 
confiança ou controle da situação.(MARQUES, 2003, p. 86). 
 
 
A ansiedade está quase sempre presente na vida do atleta devido a grande 
pressão que o mesmo é exposto. Essa pressão vem devido a enorme 
cobrança de bons resultados, tanto pelo técnico quanto pelos pais, e assim 
vai se manifestar de forma maléfica para o atleta, criando um momento 
desagradável e não proveitoso. Além disso, a ansiedade se refere a um 
sentimento de insegurança causado pelo temor de algum perigo ou 
ameaça, onde na verdade a ansiedade deveria ocorrer de uma forma 
saudável e positiva.(MARQUES, 2003, p. 86). 
 
Deve-se levar em consideração de como é importante a psicologia do 
esporte estar atenda aos aspectos que levam o atleta a sentir a cobrança na prática 
da sua modalidade esportiva. Quantos atletas desistiram do esporte devido ao 
excesso de cobrança e pressão, sem que os fatores causadores desse abandono 
fossem identificados? Identificando esses fatores, podemos mudar a concepção de 
competição do atleta, para que ele possa novamente praticar com satisfação e 
tranqüilidade o seu esporte preferido.(MARQUES, 2003). 
 
2.4.4.1 A ansiedade no Esporte 
 
Uma competição a vista é motivo de ansiedade independendo da 
importância da prova, se é uma grande final, ou um simples amistoso, e este fator 
25 
 
pode ser determinante no seu desempenho. O comportamento ansioso é expresso 
de diferentes formas em cada pessoa, mas no dia anterior à competição e nos 
momentos que a precedem estes comportamentos podem determinar o bom ou mau 
desempenho.(OPPERMANN, 2008). 
É fácil notar que algo não está normal, difícil é manter isso sob controle, 
por exemplo: pensar incessantemente na competição, gerando aquele frio na 
barriga, ou preocupar-se com a hidratação e beber líquidos seguidamente. 
(OPPERMANN, 2008). 
O fato é que, embora muitas vezes não pareça, isso traz prejuízos de 
grande escala para o atleta, seja naquele frio na barriga (uma crise de ordem bio-
psíquica, que aumenta os batimentos cardíacos e altera funções básicas do corpo 
como o suor excessivo e outras coisas mais); como na hiper hidratação (que gera 
desconforto no sono, por interrompê-la para que se possa expelir o excesso de 
líquidos ingeridos, e durante a prova, a mesma necessidade do corpo pode ser 
expressa tanto pela urina, como pelo vômito, ou pelo simples mal-
estar).(OPPERMANN, 2008). 
 
2.4.5 Emoção 
 
Emoções devem ser entendidas como um sistema complexo de inter-
relações entre o sistema psíquico (processos cognitivos), o sistema fisiológico (nível 
de ativação) e o sistema social (relações sociais).(SAMULSKI 2002, p. 134), 
Para entender as funções fundamentais das emoções no esporte 
precisamos analisar as ações esportivas dentro de um contexto situacional, 
interação entre pessoa, tarefa e meio ambiente.(SAMULSKI, 2002, p.135). 
26 
 
 
As emoções exercem duas funções básicas: a função de organizar, 
orientar e controlar as ações (ex: os atletas orientados ao fracasso 
planificam suas ações de forma diferente que os orientados ao êxito) e a 
função energética e de ativação (ex: um esportista alegre participa mais 
ativamente no treinamento do que um desmotivado).(SAMULSKI, 2002, 
p.135). 
 
É a emoção que vai servir de referência ao nosso cérebro, para que ele 
ordene a forma de agir diante dos acontecimentos,e não os acontecimentos em si 
que impõem essa ordem.(RIBEIRO, 2003, p. 42). 
O ser humano é movido a emoções, isso significa dizer que se adotar 
uma atitude mental positiva, provavelmente terá cinqüenta por cento de chances de 
alcançar o resultado tão esperado.(RIBEIRO, 2003). 
A emoção tem de ser duramente trabalhada por muito tempo. Não adianta 
dizer: “Eu Vou vencer”, o desenvolvimento do corpo emocional virá por meio de um 
esforço continuo e depois de muito trabalho e não apenas no dizer de algumas 
frases ou palavras.(RIBEIRO, 2003, p. 43). 
Felizmente as pessoas estão começando a se voltar para o poder da 
emoção e não apenas para o poder da sua inteligência, e assim começam a 
desenvolver-se espiritualmente, melhoram mentalmente, ou seja, cuidam da saúde 
em todos os aspectos, melhorando também com isso a sua saúde e qualidade de 
vida.(RIBEIRO, 2003). 
 
2.4.6 Influência de Pais, Técnico e Torcida. 
 
Nos últimos tempos esta cada vez mais evidente a importância dos 
vínculos afetivos nas relações entre as pessoas envolvidas no contexto esportivo, 
quer sejam atletas entre si, técnicos e profissionais ligados a eles, sua família e 
27 
 
amigos e mesmo a torcida, ou seja, quanto mais intenso mais favorável estará ao 
sucesso. Trata-se de relações que muitas vezes negligenciadas abrem espaço para 
tantos problemas e dificuldades na obtenção de resultados e na qualidade de vida 
dos envolvidos.(MARKUNAS, 2008). 
Sabemos que o atleta, o técnico, a torcida, o arbitro, os dirigentes, enfim 
todas aquelas pessoas que estão envolvidas com o esporte em geral ou atividade 
física, estão vulneráveis a qualquer tipo de ação que possa interferir em suas 
relações interpessoais.(MACHADO, 1997, p. 59). 
A torcida é repleta de sonhos, alegrias, tristezas, empolgações para com 
seus ídolos e clubes, no entanto deve-se ter consciência de sua influência na vida 
de uma atleta, pois em alguns momentos pode fazer com que o atleta se sinta o 
melhor de todos, da mesma forma que pode transformar no pior atleta, necessitando 
de muita cautela.(MARQUES, 2003). 
O Técnico é um dos principais alicerces do esporte, se não o principal. É 
ele o grande gênio que, através de suas fórmulas e técnicas, consegue transformar 
adolescentes em atletas e pessoas de caráter. Ele influência na educação dos 
jovens desportistas, uma vez que é uma referência, além é claro dos pais. Por isso, 
é necessário verificar quais os pontos em que o atleta acredita ser necessária a 
ajuda da Psicologia do esporte em sua relação com o treinador.(MARQUES, 2003). 
Os pais devem ser primeiramente pais, logicamente quando os pais tem 
compreensão de sua função na estrutura esportiva de seu ou sua filho(a), podem 
contribuir veementemente na sua formação esportiva.(MARQUES, 2003). 
Os pais têm um papel extremamente fundamental no bem-estar do filho 
atleta. O jovem poderá ter ou não prazer no esporte conforme o apoio recebido dos 
pais. O que ocorre é que muitas vezes os pais se tornam exaltados torcedores que, 
28 
 
ao invés de incentivar o seu filho, acabam prejudicando-o. Algumas vezes propõem 
táticas que fazem com que a cabeça do filho/atleta “entre em parafuso”, pois eles 
acabam ficando sem saber quem ouvir, o técnico ou os pais.(MARQUES, 2003). 
Com isso a necessidade de que as pessoas envolvidas com o esporte 
tenham conhecimento de como agir frente a estas situações, e para isso há 
necessidade de conhecer os tipos de treinamento psicológicos que podem ser 
utilizados pelos técnicos, pais e outros envolvidos nesta prática. 
 
2.5 Tipos de Treinamento Psicológicos 
 
2.5.1 Mentalização 
 
Segundo Weinberg e Gould.(2001, p. 307), por meio de mentalizações 
você pode recriar experiências positivas anteriores ou retratar novos eventos para 
preparar-se mentalmente para o desempenho. 
 
Se você visualizar mentalmente um cenário, ele deixará de ser estranho 
para você. Se você visualizar uma partida de voleibol, então você pode se 
preparar melhor quando ela ocorrer. A visualização mental permite ao 
jogador se familiarizar com uma competição antes de ela realmente 
acontecer. Isto dá uma sensação de controle, autoconfiança e alivia o 
stress.(BRANDÃO, 2008). 
 
A mentalização é uma forma de criar ou recriar experiência na mente; de 
simulação, que envolve recuperar da memória pedaços de informações lá 
armazenadas sobre todos os tipos de experiências e moldá-las em imagens 
significativas. A mentalização pode ser usada para diversas coisas, inclusive para a 
redução da ansiedade, estabelecimento de confiança, aumento da concentração, 
recuperação de lesões e prática de habilidades e estratégias específicas.(WEINBER 
29 
 
E GOULD, 2001). 
É importante lembrar que a mentalização não toma o lugar do exercício 
físico. Basicamente, a mentalização precisa ser adicionada à sua prática física 
normal. Entretanto a prática mental auxilia na melhora do desempenho mais do que 
qualquer outra prática. Portanto, a mentalização deve ser vista como uma forma de 
treinar a mente em conjunto com treinamento físico, não como um substituto dos 
exercícios físicos.(WEINBERGE GOULD, 2001). 
 
 
Para quebrar o elo dessa cadeia de pensamentos negativos que funcionam 
como armadilha para auto-estima deve-se levar em consideração 
programações mentais bem positivas, atentas às vacilações emocionais e 
a intromissão de pensamentos negativos, mentalizando a capacidade de 
realização do que se deseja alcançar.(RIBEIRO, 2003, p. 40). 
 
Ela pode ser usada antes e depois de treinos, com duração de 
aproximadamente 10 minutos, focalizando a atenção no que será trabalhado no 
treino (antes) e fazendo uma re-memorização das habilidades trabalhadas, para criar 
imagens mais claras e detalhadas (depois). Também deve ser aplicada antes e 
durante as competições, revendo as diferentes estratégias, refrescar sua memória 
com relação às ações motoras que serão realizadas (antes), fortalecer a fotocópia e 
a memória muscular das habilidades bem-sucedidas e avaliar e corrigir possíveis 
pontos negativos (depois). Também, pode-se mentalizar durante intervalos, 
principalmente em esportes com descansos, como tênis, ou nos intervalo entre os 
tempos de jogo, como no futebol, no basquete, entre outros. Finalmente, pode ser 
usada na recuperação de lesões.(ABES, 2008). 
O piloto Ayrton Senna era mestre em visualizar as corridas. Logo que 
chegava em um autódromo, a primeira coisa que fazia era caminhar por toda a pista. 
Depois, quando ia para o hotel, visualizava cada metro da pista, a forma de guiar, os 
30 
 
pontos de ultrapassagem, freadas, etc. Na hora da prova, ele barbarizava, ou seja, 
utilizava deste conhecimento e mentalização para o seu sucesso.(BRANDÃO, 2008). 
 
2.5.2 Concentração 
 
Concentração é um estado de conscientização importante para todo o 
atleta que deseja dar o melhor de si. É um estado em que a atenção é direcionada 
apenas para um objeto e todos os outros pensamentos, desejos, objetivos são 
excluídos.(JUNIOR E SAMULSKI, 1998, p. 104). 
 
Concentração é um estado no qual se está acordado, mas de uma 
maneira relaxada, um estado que não é mantido através da força de vontade, mas 
uma capacidade de deslocar a sua atenção para o fator definido a ser 
trabalhado.(JUNIOR E SAMULSKI, 1998, p. 104). 
 
 
A concentração em ambientes esportivos e de atividades física geralmente 
envolve focalizar nos sinais relevantes do ambiente, mantendo o foco 
durante todo o tempo e estando consciente das mudanças na situação. Os 
atletas que descrevem seus melhores desempenhos inevitavelmente 
mencionam que estão completamente absorvidos no presente, focalizados 
na tarefa e realmente conscientes de seus próprios corpos e do ambiente 
externo. As pesquisastambém demonstram que um componente-chave do 
desempenho ideal é a capacidade da pessoa de focalizar a atenção e ficar 
totalmente absorvida no jogo. Os atletas experientes usam vários sinais de 
atenção, captando esses sinais mais rapidamente que os iniciantes, para 
ajudá-los a realizarem suas habilidades mais rápidas e 
efetivamente.(WEINBERG E GOULD, 2001, p. 372). 
 
Praticar técnicas e exercícios simples tanto dentro quanto fora da quadra 
ajudará a melhorar as habilidades de concentração dos atletas. Estes incluem 
atividades como usar simulações, empregar palavras-sinal, usar pensamento não-
critico, desenvolver planos de competição e estabelecer rotinas. Certamente, se os 
atletas conseguissem centrar-se no jogo, desenvolveriam bem mais as suas 
31 
 
potencialidades.(WEINBERG E GOULD, 2001). 
A concentração é um dos fatores mais importantes, se não o mais 
importante, para o bom desempenho do atleta, e é o que mais sofre a influência de 
outros aspectos, como ansiedade, motivação, agressividade, pais, torcida. Qualquer 
fator que consiga manifestar-se negativamente no atleta prejudica-lhe a 
concentração. É também o fator que os atletas adolescentes consideram o mais 
importante de ser trabalhado pela Psicologia do Esporte.(MARQUES, 2003). 
Um exercício que pode ser utilizado no treinamento da concentração é: 
Sente-se em uma cadeira que tenha um encosto reto, coloque os dois pés no chão e 
coloque as mãos relaxadas sobre o colo. Feche os olhos, inspire profundamente e 
devagar expire, comece a se relaxar iniciando pela cabeça. Quando você se sentir 
completamente relaxado, preste atenção na sua respiração e conte cada período da 
respiração (inspiração e expiração = um período) sem perder o ritmo. Quando você 
contar dez períodos, começar no período um novamente. Caso ocorra um erro na 
contagem, ou por engano você contar além de dez períodos, pare, pense e tente 
regressar ao pensamento que passou pela cabeça nesse instante. Então comece 
novamente no período um. 8 minutos são o suficiente para esse exercício.(JUNIOR 
E SAMULSKI, 1998, p. 107). 
 
2.5.3 Personalidade 
 
Personalidade refere-se às características ou à mistura de características que 
tornam um indivíduo único. Ela é composta de três níveis separados, porém 
relacionados: um núcleo psicológico, o nível mais básico e estável da personalidade; 
respostas típicas, ou as formas como cada pessoa aprende a ajustar-se ao 
32 
 
ambiente; e comportamentos relacionados ao desempenho de papéis, ou como uma 
pessoa age com base em como ela percebe a situação. O comportamento 
relacionado ao desempenho de papeis é o aspecto mais variável da personalidade. 
É importante entender personalidade para melhorar a efetividade do ensino e do 
treinamento daqueles com os quais interagimos. .(WEINBERG E GOULD, 2001). 
Para medir personalidade, os traços psicológicos (o estilo típico de comportamento 
de um indivíduo) e os estados psicológicos (os efeitos da situação sobre o 
comportamento) devem ser avaliados em uma abordagem internacional. Embora 
escalas gerais de personalidade forneçam alguma informação útil sobre estados e 
traços de personalidade, existem medidas especificas de situação (p.ex., para o 
esporte) podem prever comportamentos com mais segurança.(WEINBERG E 
GOULD, 2001). 
O estado psicológico do atleta é fator determinante para o seu máximo 
rendimento, pois toda ação mecânica relaciona-se diretamente ao estado 
emocional do indivíduo. Essa relação entre movimento e estado emocional 
deve ser considerada para a otimização dos processos do treino desportivo. 
Assim, o sucesso no desporto dependerá não apenas da preparação dos 
aspectos físicos (força, velocidade, resistência, flexibilidade, coordenação), 
mas também dos aspectos mentais (concentração, auto-estima, motivação, 
ansiedade). (AUGUSTINI, 2008). 
 
As influências dos aspectos físicos e mentais não se dão separadamente, 
mas simultaneamente, pois consideramos que as reações do organismo não 
ocorrem exclusivamente de maneira psicológica ou fisiológica, mas em decorrência 
conjunta dessas duas partes, ou seja, psicofisiologicamente. (AUGUSTINI, 2008). 
No esporte de alto rendimento, a preparação física, técnica e tática dos 
atletas das diversas modalidades encontram-se num nível de desenvolvimento 
equivalente. O que fará a diferença entre o vencedor e o perdedor é o estado 
emocional do atleta ou de toda a equipe diante das situações do confronto 
33 
 
competitivo. Portanto, o estado psicológico ótimo é necessário para se poder 
reverter o treinamento para um desempenho vitorioso. (AUGUSTINI, 2008) 
 
2.5.4 Imaginação 
 
Para Samulski (2002, p. 253), um atleta pode reconstruir, através da 
imaginação, experiências positivas do passado ou visualizar eventos futuros com o 
fim de preparar-se mentalmente para uma boa performance durante o jogo. 
A imaginação é o processo de comunicação entre a emoção, percepção e 
mudança corporal. Importante causa tanto da saúde quanto da doença, a 
imaginação é a maior e mais antiga fonte de cura e aperfeiçoamento do rendimento 
e da performance.(COZAC, 2008). 
Os exercícios de visualização e as demais técnicas viso-motoras 
representam as principais formas de atuação e intervenção psicológica no 
esporte.(COZAC, 2008). 
Através da imaginação é possível vivenciar uma situação sem estar 
presente no ambiente em que ela se desenrola. Este ensaio de vivência produz um 
relato bastante fiel sobre as emoções e pensamentos envolvidos no ato em questão. 
Este tipo de exercício mental já é considerado um treinamento esportivo em vários 
países do mundo. O ser humano, ao longo da história, desenvolveu sua fé, valores, 
princípios e autoconhecimento através dos magos e gurus. Ressalvo, apenas, que 
vivemos uma nova Era e, com ela, novas tendências e necessidades evidenciam a 
necessidade de se revolucionar o método e a intervenção.(COZAC, 2008). 
O ser humano pode direcionar o caminho que pretende trilhar através de 
sua postura imaginativa. Pode optar pela saúde ou doença. A mente assume um 
34 
 
caráter determinista e final no processo evolutivo de nossa espécie. No esporte, a 
motivação, concentração, controle de ansiedade e gerenciamento do estresse 
representam apenas a ponta do iceberg mental que deve ser cuidado.(COZAC 
2008). 
 
2.5.5 Treinamento mental 
 
Treinamento mental é “a imaginação de forma planejada, repetida e 
consciente de habilidades motoras, técnicas esportivas e estratégias táticas”. 
Entende-se por treinamento mental a repetição da imagem do movimento correto 
que deseja executar, a fim de treinar a mente para executar o exercício 
correto.(SAMULSKI 2002). 
O Treinamento Mental é a utilização da força, poder e energia mental de 
uma forma sistematizada e organizada, com o intuito de se obter um alto rendimento 
esportivo. É constituído por diferentes tipos de técnicas, como: de respiração e 
relaxamento, atividades com imagens (visualizações), frases afirmativas ou auto-
sugestões, vivências integrativas e hipnose. (RIZZO, 2008). 
A mente é um fator muito importante em tudo o que realizamos, porém 
nem sempre temos informações e conhecimentos de como utilizá-la somente para 
atividades positivas, de tê-la como uma grande aliada, para atingirmos os nossos 
objetivos. (RIZZO, 2008). 
O treinamento mental no esporte está estabelecido dentro da perspectiva 
do desenvolvimento do potencial atlético e existencial dos participantes, 
visando a um rendimento máximo. Este rendimento máximo não ocorre por 
acaso, ele é fruto de um trabalho global e eficiente que envolve o 
treinamento em seus aspectos externos (parte física, técnica/tática) e 
interno (mental/psicológico). (RIZZO, 2008). 
 
O treinamento mental no esporte podeser desenvolvido em atletas de 
35 
 
diversos níveis de atuação, tanto para o atleta iniciante, quanto para o atleta de alto 
nível. Todos se beneficiam com esta eficiente ferramenta, que os auxilia a entrar em 
contato com as suas melhores qualidades e habilidades mentais, que eles já 
possuem dentro de si, mas talvez não utilizavam. Com mais determinação, coragem, 
confiança, serenidade etc., os atletas poderão aprimorar e melhorar ainda mais o 
seu rendimento, a sua performance. E assim estarão evoluindo, tanto no esporte 
quanto na vida pessoal.(RIZZO, 2008). 
A igualdade no desempenho entre os atletas de alto rendimento sugere 
que o controle mental, o poder de concentração e as técnicas de relaxamento têm 
determinado os grandes vencedores. Por esse e por outros motivos a psicologia 
desportiva tem sido bastante valorizada, principalmente pelo fato dos indivíduos já 
não mais associarem o treinamento mental à “loucura”.(OLIVEIRA, 2008). 
Para que o leitor possa ter um melhor entendimento do que é e como 
trabalhar o treinamento mental, utilizou-se este espaço para citar um exercício 
proposto por Junior e Samulski.(1998, p.117), como segue: 
Escolha um local onde não será incomodado. Sente-se em uma cadeira, 
coloque os pés paralelos ao chão e as mãos relaxadas sobre o colo. Feche os olhos 
e relaxe o corpo começando pela cabeça até as pontas dos pés. 
Agora imagine-se no local onde você possa trabalhar parte do seu 
rendimento esportivo que você deseja melhorar. Imagine exatamente o ambiente a 
sua volta. Onde você se encontra? Dentro ou fora? Se dentro, que tamanho tem o 
ginásio e que tipo de iluminação predomina? Você pode ouvir o zunido do 
ventilador? Alguém o observa? Se você se encontra do lado de fora, como está a 
estação do ano, o tempo, que horas são? Que tipo de cor se sobressai? Que tipo de 
roupa as pessoas ao seu redor usam? Como elas cheiram? O que você pode ouvir? 
36 
 
Utilize todos os seus sentidos a fim de imaginar a cena o mais exato possível. 
De repente, observe como você entra nessa cena e comece a se preparar 
para o treinamento. Se você tem algum aparelho esportivo nas mãos observe como 
você o segura. Como você se prepara agora para o treinamento. Observe-se 
exatamente. 
Agora comece com o treinamento. Preste atenção especialmente em 
fatores relevantes e que você deseja melhorar na sua modalidade esportiva. 
Observe a si mesmo, como é que você executa um movimento perfeito. Como é 
introduzido esse movimento, como você mantém o equilíbrio, como você mantém a 
cabeça e os braços, qual importância tem as pernas e o quadril. Conscientize-se do 
máximo de detalhes possível. 
Volte novamente ao inicio, concentre-se um momento e visualize, como 
você executa a mesma seqüência importante de movimentos, distinga tantos 
detalhes quanto possíveis. Então pare um momento, inspire fundo e visualize o 
cenário novamente, enquanto você expira lentamente. 
Mude a sua posição, agora como espectador, a fim de que você possa 
observar você próprio de outro local, de um outro ângulo talvez, ou de uma distancia 
pequena ou grande. 
 De um novo local, observe-se novamente, como você executa para o mesmo 
movimento. Preste bastante atenção no que for bem executado. Não tente arrancar 
com violência um quadro claro de consciência, mas deixe que este quadro se torne 
nítido sozinho. Se parte dessa observação for mal definida, não tem problema. Caso 
você veja um quadro nítido, concentre-se no que chamar sua atenção deste novo 
ponto de vista. Se a seqüência de exercicios for pequena, deixe-a correr algumas 
vezes pelos seus olhos. Então volte novamente para a sala onde você se encontra. 
37 
 
Com os olhos fechados inspire fundo novamente e relaxa durante a expiração, antes 
de você iniciar novamente a visualização. 
Desta vez concentre sua total atenção em sua mão. Você vai averiguar, 
de repente, como sua própria pessoa é colocada em cena e sentir, como um 
movimento será realizado. Você sente o sol ou a névoa no rosto? Você sente o 
contato de roupas sobre a sua pele? Qual parte do corpo você sente que está 
especialmente carregada de energia? Olhe a sua volta: o que você vê, qual objeto, 
qual cor chama a sua atenção? Você pode ouvir algo, você pode cheirar algo? 
Agora comece com o movimento novo e concentre-se no que você sente 
quando o movimento é executado com perfeição. Torne consciente, como você se 
sente bem. Caso a seqüência de movimentos seja curta, repita-a algumas vezes. 
Relaxe novamente e concentre-se na visualização de um aspecto do 
movimento. Pode ser relacionado a uma técnica que no passado causou-lhe 
dificuldades, ou em parte do corpo que você até o presente momento não deu muita 
atenção. Preste atenção como a técnica traz sucesso, como a parte do corpo 
funciona perfeitamente, como você executa com facilidade a seqüência de exercicios 
durante a visualização. Alegre-se com a fluência do movimento integrado, quando 
você vivenciar mais uma vez a evolução do movimento. 
Antes de você terminar com esse exercício, transfira-se para dentro do 
seu próprio corpo, a fim de tornar bem consciente todas as sensações. É importante 
a sensação/percepção da execução mental do movimento sem esforço e 
fluentemente. 
 
2.5.6 Regulação da Ativação 
 
O primeiro passo que o atleta pode dar em direção ao controle de níveis 
38 
 
de ativação é ter consciência das situações no esporte competitivo que lhe causam 
ansiedade e como o atleta responde a tais eventos. Para isso, eles podem ser 
instruídos a rememorarem seus melhores e piores desempenhos, e recordarem seus 
sentimentos nessas ocasiões. Além disso, também é útil usar um diário para 
monitorizar seus sentimentos durante treinos e competições.(WEINBERG E GOULD, 
2001). 
As técnicas de preparação psicológicas há muito tempo são utilizadas 
como um instrumento para acalmar os atletas nervosos ou preocupados. Relaxar a 
um atleta nervoso, entretanto, nem sempre garante que ele atuará bem na 
competição. Oxendine (1970 apud JUNIOR E SAMULSKI, 1998) refere que este 
nível ideal depende do tipo de tarefa realizada pelo desportista. Para tarefas simples 
de força-potência, é necessário um alto grau de ativação o que para as de precisão 
seria prejudicial. Como se pode ver, é necessário que o atleta possa empregar uma 
técnica adequada a seu caso especifico para auto-regular seu nível de ativação. Um 
atleta poderá necessitar produzir sua ativação, outro necessitará mantê-la e um 
terceiro terá que incrementa-la. Uma das condições básicas para que o atleta possa 
apresentar um rendimento máximo na competição é que ele consiga controle do seu 
nível de ativação.(JUNIOR E SAMULSKI, 1998). 
 
2.5.7 Autoconfiança 
 
A autoconfiança tem sido definida como a crença de que você pode 
realizar com muito sucesso um comportamento que muitas vezes desejou. Altos 
níveis de autoconfiança podem intensificar as emoções positivas do atleta, aumentar 
a concentração, estabelecer metas mais desafiadoras, aumentar o esforço e 
39 
 
desenvolver estratégias competitivas efetivas. As estratégias para aumentar a 
autoconfiança incluem agir com confiança, pensar com confiança, usar 
mentalização, estar em boas condições físicas e preparar-se mentalmente e 
fisicamente para os desempenhos que virão, para poder executar o exercício com 
confiança e da maneira mais eficaz.(WEINBERG E GOULD, 2001). 
A autoconfiança é questão importante tanto para amadores quanto para 
profissionais. Estes, principalmente, têm demonstrado maior senso de confiança em 
seu talento e habilidade. Mas isso pode não se aplicar a todos os aspectos de um 
esporte. Em outras palavras, mesmo em nível profissional, pode muito bem haver 
algumaspecto do jogo em que o atleta não estará totalmente confiante.(GARRAT, 
2000). 
A autoconfiança é um dos componentes imprescindíveis para uma boa 
performance esportiva. Como relatado por Loehr (1982, 1989) atletas com um nível 
de autoconfiança elevado, tendem a jogar de forma mais relaxada, tranqüila, a sentir 
menos a pressão nos momentos importantes e decisivos de um jogo e a resolver 
melhor os problemas esportivos. (BRANDÃO E JUNIOR). 
 
2.5.8 Exercício de Bem Estar Psicológico 
 
De acordo com Weinberg e Gould, (2001), diversas pessoas sofrem 
problemas devido à depressão e à ansiedade, e o exercício físico está relacionado a 
reduções nesses estados emocionais negativos. Os efeitos tanto agudos quanto 
crônicos do exercício foram estudados, e reduções na ansiedade e na depressão 
são maximizadas com exercícios regular de intensidade moderada, ou seja, 20 a 30 
minutos de duração, de natureza aeróbia e agradável. Entretanto, é importante 
40 
 
observar que a relação entre exercício e bem-estar psicológico é de natureza mais 
correlacional do que causal. Foi demonstrado que a pratica regular de exercícios 
está relacionado a mudanças em estados de humor, tais como diminuições na fadiga 
e na raiva e aumentos no vigor, no estado de alerta e na energia. Essas mudanças 
positivas são maximizadas com exercícios de baixa intensidade, que podem ser de 
natureza aeróbia e anaeróbia. 
Temos de estar ligados na vigilância do pensamento. Não podemos 
esquecer que somos o que pensamos. Se você se pensa vitorioso, você se faz 
vitorioso. Se, por outro lado, você se pensa derrotado, já se faz derrotado. Há que 
adotar, sempre, uma atitude mental positiva para ser sempre positivo.(RIBEIRO, 
2003, p. 39). 
 
2.6 A Psicologia no Esporte: Como é Vista 
 
Atualmente, a psicologia do esporte está mais popular do que nunca. 
Entretanto, é um erro pensar que ela se desenvolveu apenas recentemente. A 
psicologia do esporte remonta à virada do século XX (Wiggins, 1984, apud 
WEINBERG, GOULD, 2001, p. 32). 
Acredita-se que a psicologia esportiva é uma área que tem muito a 
crescer, a aprender e a contribuir, devido a importância que vêm adquirindo no meio 
esportivo. Embora tenham aumentado os debates e estudos sobre ela, pouco ou 
quase nada se escreveu sobre como o atleta a percebe e quais os fatores 
envolvidos e que ele considera os mais importantes a serem trabalhados. 
(MARQUES, 2003, p. 39). 
A Psicologia do Esporte vem conquistando cada vez mais o seu espaço 
41 
 
no meio esportivo, e os clubes já solicitam seu trabalho. Apesar disso, ela muitas 
vezes é interpretada de forma errônea, chegando-se a ponto de a caracterizarem 
como uma área mística. (MARQUES, 2003, p. 29). 
A importância da psicologia esportiva fica evidente a partir do momento 
em que não há ainda muitas pessoas trabalhando nesta área, de que os 
profissionais que trabalham nesta área estão a cada dia mostrando resultados 
surpreendentes quando relacionado a performance. O que há necessidade é de 
profissionais com conhecimento específico, que trabalhem muitas das informações 
citadas neste trabalho, desde os primeiros anos de vida até a sua formação de 
adulto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
4. CONCLUSÃO 
 
 Por meio deste trabalho pode se concluir que o trabalho psicológico com 
atletas tem sido a cada dia mais valorizado no âmbito esportivo. 
 A psicologia do Esporte que ainda não é muito conhecida pode crescer 
quando menos esperarmos, pois verificamos o quanto indispensável ela é para o 
ótimo desempenho de atletas de alto nível. 
 O treinamento psicológico é um trabalho feito pelo profissional da área da 
psicologia esportiva, que tem como objetivo desenvolver a mente do atleta para a 
sua melhor performance na competição, ou até mesmo na sua vida pessoal tendo 
uma qualidade de vida mental adequada. Com o treinamento psicológico o atleta de 
alto rendimento pode chegar em uma competição sem estresse, causador de muitas 
“derrotas” na vida esportiva, sem medo do fracasso, substituindo-os pela auto-
estima, confiança, motivação. 
 Devido à conturbação do dia-a-dia, o atleta deve estar bem preparado 
psicologicamente, e para isso o trabalho psicológico oferece diversas maneiras de 
ajudar o atleta, não só o atleta, mas também toda a equipe técnica, demonstrando 
para os mesmos alguns aspectos psicológicos necessários, tais como a 
compreensão, a confiança, o sucesso, dentre outros. 
O referido trabalho também demonstrou diversos fatores psicológicos que 
podem ajudar ou não o atleta na sua vida esportiva, sendo que ele, tendo a 
consciência e deixando o profissional ajuda-lo, terá sempre a melhor opção para 
conseguir bons resultados, alguns trabalhos feitos com os atletas para trabalhar o 
seu psicológico é o próprio treinamento mental, ou também a visualização, que tem 
como objetivo influenciar o atleta a parar e pensar na sua forma de jogar e de como 
encarar um desafio, fazendo com que o mesmo consiga através de técnicas mentais 
43 
 
imaginar como ele quer que seja a sua atuação na competição, ou como foi a sua 
atuação, tentando através dessa técnica corrigir o erro efetuado ou evitar que o erro 
possa a ser cometido, trazendo assim para o atleta mais confiança na hora do jogo. 
 Diante disso, podemos observar que com o trabalho psicológico, muitos 
fatores poderão ser resolvidos, tais como ajudar o atleta a superar suas dificuldades, 
que até então não eram reconhecidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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