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1 adaptações na gestação

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Bibliografia Básica
Esse período é importante?
PORQUE?
O QUE O TORNA ESPECIAL?
Você já imaginou que suas primeiras decisões têm a possibilidade de influenciar a saúde, as habilidades físicas e de aprendizado do seu filho?
PRIMEIROS 1000 DIAS DE VIDA
PRIMEIROS 1000 DIAS DE VIDA
É no comecinho da vida que se pode influenciar o que será do resto dela. Afinal, é nesse período que cada célula do corpo está sendo formada e programada. 
Esse período é considerado um INTERVALO DE OURO, que pode mudar radicalmente o destino da criança.
Na gestação, quando uma mãe escolhe se alimentar de uma forma saudável, já está fazendo uma programação genética para a saúde do seu filho na vida adulta.
Atualmente, os estudos sugerem que a nutrição no período da gestação e nos primeiros 2 anos de vida pode determinar efeitos, a curto e a longo prazo, na saúde e no bem-estar até a vida adulta. 
PRIMEIROS 1000 DIAS DE VIDA
A genética não é soberana na determinação do potencial de crescimento e desenvolvimento do indivíduo.
20% 
dos nossos genes são influenciados por fatores hereditários
80% 
dos nossos genes são influenciados por fatores ambientais: estresse, exercícios e a NUTRIÇÃO.
Uma alimentação adequada durante a gestação, associada ao aleitamento materno, à correta introdução da alimentação complementar e à manutenção de bons hábitos alimentares, é requisito básico para o crescimento e desenvolvimento infantil.
ABELHA RAINHA
ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS DA GESTAÇÃO
Prof.ª Msc. Silvia Gomes
Nutrição materna e infantil
Gestação
Processo fisiológico que compreende uma sequência de adaptações ocorridas no corpo da mulher após a fertilização. 
Com o objetivo de adequá-lo as necessidades do complexo materno-fetal.
Mudanças fisiológicas, psicológicas e anatômicas.
ACCIOLY, 2012.
Gestação
Gestação normal – 37 a 42 semanas (40º semanas ou 280 dias).
1º trimestre – concepção até 13º semana (alterações hormonais, náuseas e vômitos);
2º trimestre – 14º a 26º semana;
3º trimestre – 27º até o parto (40º semana);
Conhecimentos básicos
DUM: data da última menstruação;
Idade gestacional (IG): é calculada a partir do 1º dia do último período menstrual normal, sendo expressa em semanas ou dias completos; (altura uterina, toque vaginal ou ultrassonografia);
DPP: data provável do parto; Somar 7 dias a DUM e subtrair 3 meses ao mês da DUM (ou somar 9 meses, se a DUM ocorrer no meses de Jan a Mar);
Cartão da gestante: contém informações importantes sobre a gestação, parto e puerpério imediato.
Cartão da gestante
Cartão da gestante
Cartão da gestante
Cartão da gestante
Gestação
Modificações:
Cardiocirculatórias, respiratórias, gastrointestinais, metabólicas e hematológicas.
 
Os profissionais envolvidos no pré-natal, precisam esta atentos as transformações, visando o desenvolvimento adequado da gestação.
Accioly, 2012.
Placenta
Órgão complexo, vascularizado que visa as trocas de gases, nutrientes e eletrólitos entre a circulação materna e fetal.
Secreção de hormônios (estrogênio e progesterona), controle do crescimento e amadurecimento fetal, atuando como interconexão imunológica entre mãe e feto.
Pesa 600 a 650g ao final da gestação.
VITOLO, 2008; ACCIOLY, 2012.
Transferência de nutrientes
Indispensável ao crescimento fetal.
Glicose- fornecimento de energia, essencial para o crescimento fetal.
Proteína – indispensável para a fase de hiperplasia, fornecimento inadequado pode causar danos irreversíveis ao crescimento.
Ácidos graxos essenciais – fundamentais para o arcabouço celular cerebral e vascular e formação placentária adequada. 
Accioly, 2012.
Papel dos hormônios da gestação
Responsáveis pela modificações corporais e vão permitir o desenvolvimento e amadurecimento fetal, o parto e lactação.
Hormônios:
Produção é influenciada pelo estado geral de saúde e
 pelo estado nutricional da gestante.
Progesterona 
Estrogênio
Gonadotrofina coriônica humana (hCG)
Lactogênio placentário humano
Accioly, 2012.
Papel dos hormônios da gestação
É detectada no sangue 8 dias após a fecundação e em 15 dias na urina
Accioly, 2012.
Adaptações metabólicas
Taxa Metabólica Basal
Aumento de 15 a 20% a partir do 3º mês
Custo energético da gestação
Aumento do peso, maior demanda de O2,
Maior produção hormonal
Aumento das funções renal e cardíaca
Accioly, 2012.
Adaptações metabólicas
Metabolismo glicídico
No 1º trimestre prevalece o efeito da utilização da glicose materna pelo feto. Com tendência a hipoglicemia e redução da insulina.
No 2º trimestre ocorre aumento gradual da resistência a insulina em razão dos hormônios gestacionais.
No 3º trimestre a sensibilidade a insulina diminui em 50%.
Accioly, 2012.
Adaptações metabólicas
Metabolismo glicídico
O hormônio lactogênio placentário é o principal responsável pela resistência a insulina.
Cortisol, estrógeno, progesterona e prolactina também contribuem para a redução da sensibilidade a insulina.
A resistência a insulina na gestação tem o objetivo de fornecer nutrientes preferencialmente para o feto .
Situações de jejum materno prolongado: o feto continua a extrair glicose e aminoácidos da circulação materna causando diminuição fisiológica dos níveis de glicemia materna.
Accioly, 2012.
Adaptações metabólicas
Metabolismo proteico
Necessárias para a síntese tecidual
Deficiência – acarretará alterações de tecidos e estruturas de órgãos, redução do peso do concepto, modificação enzimática e bioquímica.
Os efeitos da desnutrição intrauterina depende da fase de desenvolvimento. Sendo mais intensos e permanentes quanto mais precoce a desnutrição.
Accioly, 2012.
Adaptações metabólicas
Metabolismo lipídico
Triglicerídeos - 300%. 
Colesterol - 50%.
Ácidos graxos e lipoproteínas.
Ocorre:
Conservação de glicose: feto e sistema nervoso materno;
Maior mobilização de gordura corporal para produção de energia para o metabolismo materno.
Essas mudanças são influenciadas pelos hormônios envolvidos na gravidez (estrogênio, progesterona, lactogênio placentário humano)
É mais acentuado no 3º trimestre.
Accioly, 2012.
Adaptações fisiológicas
Modificações do sistema circulatório
Elevação do volume sanguíneo, do debito cardíaco e da frequência cardíaca.
Nos estágios iniciais observa-se redução da pressão arterial, em razão da redução da resistência vascular secundária a atuação dos hormônios gestacionais.
Durante o trabalho de parto há aumento do consumo de oxigênio, débito cardíaco e da pressão arterial.
VITOLO, 2014; ACIOLLY, 2012.
Adaptações fisiológicas
Modificações hematológicas
Hipertrofia e dilatação uterina – aumento da vascularização e maior perfusão sanguínea.
Elevação do fluxo sanguíneo uteroplacentário.
O volume sanguíneo aumenta de 40 a 50%, devido ao aumento do volume plasmático e da massa de eritrócitos e leucócitos na circulação.
Essa expansão é maior no 2º trimestre (pico na 24º semana).
Accioly, 2012.
Adaptações fisiológicas
Modificações hematológicas
A elevação dos eritrócitos ocorre em menores proporções (aprox. 30%) e mais tardiamente (a partir da 16º a 20º semana) do que o volume plasmático, ocasionando hemodiluição.
Essa situação é uma adaptação do organismo ás necessidades de transporte de oxigênio para o feto, é fisiológico. 
As anemias nutricionais (ferro e ácido fólico) são comuns durante a gestação
Accioly, 2012.
Adaptações fisiológicas
Modificações hepáticas
O fluxo sanguíneo hepático permanece inalterado.
Há um aumento nos níveis de colesterol e transaminases.
As taxas de proteínas séricas (albumina/globulinas) estarão diminuídas pelo aumento do volume plasmático, facilitando o desenvolvimento de edema.
Accioly, 2012.
Adaptações fisiológicas
Modificações renais
No 1º trimestre há uma rápida elevação do fluxo plasmático renal e da filtração glomerular.
No 3º trimestre esses valores diminuem lentamente em direção a normalidade.
No final da gestação, o crescimento uterino comprime as estruturas
pélvicas, aumentando a predisposição á infecção do trato urinário.
Accioly, 2012.
Adaptações fisiológicas
Modificações gastrointestinais
1º trimestre
Náuseas e vômitos (níveis crescentes de estrogênio) acarretando anorexia;
Perda de peso;
Aumento do apetite e “desejos”.
Accioly, 2012.
Adaptações fisiológicas
Modificações gastrointestinais
Gengivas edemaciadas e hiperêmicas. Sangram com facilidade, devido a ação da hCG, progesterona e estrogênio;
Diminuição do pH salivar: propicia o desenvolvimento de cárie dentária;
Accioly, 2012.
Adaptações fisiológicas
Modificações gastrointestinais
Hipotonia do sistema gastrointestinal (ação da progesterona);
Compressão das estruturas abdominais pelo útero gravídico.
Favorece episódios de refluxo, induzindo quadro de pirose e naúseas.
Aumentam o tempo de trânsito intestinal, favorecendo a constipação intestinal e hemorroidas.
Accioly, 2012.
Hipotonia do intestino delgado: maior absorção de nutrientes e água.
Adaptações fisiológicas
Modificações posturais
Lordose lombar
Alteração do centro de gravidade -> Mecanismo compensatório para manter o equilíbrio
Referências Bibliográficas
ACCIOLY, E; SAUNDERS, C; LACERDA, EMA. Nutrição em obstetrícia e pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica: Guanabara Koogan, 2009. 
VITOLO, MR. Nutrição da Gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Ed. Rubio, 2014. 
OLIVEIRA, SMJV. Medida da pressão arterial na gestante. Rev. Bras. Hipertens. 2000.

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