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JUSTIÇA PENAL CONSENSUAL E JUSTIÇA RESTAURATIVA


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<http://www.agenciadanoticia.com.br/noticias/policia/973193/mulher-agride-vizinha-com-peixeira-apos-discussao>.
Analise a notícia de jornal e relacione o caso com o material estudado, respondendo:
Todas as formas de solução de conflitos são verticalizadas?
O Direito Penal consegue intervir sobre todos os conflitos da sociedade?
Chave de resposta: Verificamos que não. O Estado não consegue cumprir com seu papel, inclusive por ser humanamente impossível, tendo em vista a limitação de seus recursos e a quantidade de infrações cometidas, o que gera a cifra negra da criminalidade.
Pode-se dizer que a finalidade do Código de Hamurabi foi estabelecer uma proporcionalidade entre a lesão sofrida e a resposta a ser dada.
Verdadeiro
Surgiu a necessidade de se regulamentar as condutas e definir as possíveis sanções, as quais devem ser de responsabilidade de uma ou mais pessoas previamente escolhidas, sendo o Código de Hamurabi uma das primeiras legislações que estabeleceu certa razoabilidade.
FCC – AL – Procurador – 2013 - A Lei nº 7.210/84 dispõe que a execução penal tem por objetivo efetivar as disposições da condenação criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado (Artigo 1º ). Como nítido no item 13 da respectiva Exposição de Motivos, tem-se aí, por inteiro, tributo à teoria da pena denominada: Mista ou eclética
Trata-se da teoria adotada no Brasil, prevista expressamente no Artigo 59 do CP, que traz como finalidade da pena a retribuição, a prevenção e a ressocialização.
Existem duas formas de se intervir sobre um conflito: de forma horizontal, entre as partes, ou verticalizada, hipótese em que existirá uma terceira pessoa, dotada de poder e que decidirá e aplicará a medida. Verdadeiro
No processo penal brasileiro adota-se a forma verticalizada, haja vista que a autotutela, salvo raríssimas situações, é vedada no ordenamento jurídico brasileiro.
Segundo o vídeo com a entrevista com o prof. Zaffaroni e o conteúdo das aulas, podemos afirmar que a teoria agnóstica da pena defende que a sanção penal: Não possui qualquer fundamento legítimo, por ser um mero ato político.
Segundo essa teoria, que possui fundamento nos modelos ideais de estado de polícia e de estado de direito, a pena estaria cumprindo apenas o papel degenerador da neutralização, já que comprovada de forma empírica a impossibilidade de ressocialização do apenado, ou seja, a finalidade de reintegração do condenado ao convívio social deve ser revista e estruturada de uma maneira diferente.
José, ex-empregado do Sr. Lisboa, encontra-se preso, acusado de ter subtraído um relógio de seu patrão, o que foi encontrado junto a seus pertences. Entretanto, Sr. Lisboa encontra-se viajando pela Europa, usufruindo dos ganhos de várias falcatruas, como fraudes no INSS, corrupção ativa etc. Comparando essas duas realidades, marque a opção que melhor explica tal situação, segundo nossa aula sobre criminalização secundária.
A seletividade do sistema faz com que incida sobre aqueles que atendam ao estereótipo de criminoso e que estejam mais vulneráveis, pela sua situação na pirâmide social.
Sabe-se que é inviável a plena satisfação do “dever ser” imposto pela norma, sendo impossível julgar e sancionar todos os crimes realizados. Para tanto, o sistema penal deve funcionar de forma seletiva, ou seja, nem todos os crimes passarão pelas estatísticas penais, gerando a denominada cifra negra da criminalidade.
Segundo os estudos da presente aula sobre as possibilidades de solução de conflitos, marque a opção correta: Tendo em vista a cifra negra é possível afirmar que ainda hoje vários conflitos tiveram que ser resolvidos pelas partes.
A cifra negra da criminalidade se refere ao total da maioria de crimes que são praticados diariamente e o agente não será preso, investigado, processado, julgado e, muito menos, sancionado.
O que poderia explicar os dilemas que marcaram a adoção, por parte das elites políticas latino-americanas, de modelos mais “modernos” e civilizados de organização dos sistemas carcerários após 1830? Chave de resposta: A adoção da penitenciária como novo padrão de encarceramento na Europa e nos Estados Unidos no início do século XIX combinava um desenho arquitetônico baseado no pan-ótico de Bentham com uma rotina altamente regimentada de trabalho e de instrução, um severo sistema de vigilância sobre os detidos, um tratamento “humanitário” e o ensino de religião aos presos.
De acordo com Guido Neppi Modona, em sua apresentação do livro de Melossi e Pavarini (2006), o cárcere, segundo Foucault, se apresenta como o modelo de organização do poder disciplinar explicitado e exercitado no contexto social de quem detém o próprio poder, assumindo aspectos quase que metafísicos e que, devido à sua generalização e abstração, perde sua dimensão histórica precisa. Assim, no que se refere à adoção do encarceramento como modalidade de punição penal em si, é possível afirmar que:
I – A generalização da prática do encarceramento como punição pela agressão a bens jurídicos considerados relevantes em nossas sociedades (as sociedades do capitalismo contemporâneo) encontra-se diretamente relacionada à crescente limitação do alcance do Direito Penal, limitação esta que vem se produzindo, há algum tempo, em virtude da crescente desregulamentação do modelo de organização socioprodutiva capitalista contemporânea.
II – A crise das sociedades do chamado Antigo Regime Europeu (crise esta que se configurou a partir da segunda metade do século XVIII) possibilitou, a partir de todo um conjunto de transformações sociais, políticas, econômicas, jurídicas e ideológicas, a emergência de regimes políticos de perfil liberal-representativo-constitucional, responsáveis pela adoção progressiva do encarceramento como forma exclusivou melhor, dominante – de punição penal.
Após analisar cada uma das afirmativas acima (verificando se elas estão corretas ou erradas), assinale a opção que melhor reflete o resultado de sua análise.
Somente a afirmativa II está correta
A adoção do encarceramento como uma modalidade de punição penal em si começou a se configurar a partir de um conjunto de transformações de natureza social, política, econômica, ideológica e jurídica, que se consubstanciaram na chamada Crise do Antigo Regime Europeu e que proporcionaram a emergência de regimes políticos de perfil liberal, marcados por processos de constitucionalização do ambiente jurídico-político das sociedades ocidentais e pela crescente consolidação de economias de mercado de perfil capitalista.
De um modo geral, podemos afirmar que o encarceramento sempre se constituiu na principal modalidade de punição penal adotada indistintamente por todas as sociedades humanas desde os primeiros tempos da revolução agrícola. Falso
Por muito tempo, o encarceramento funcionava como uma espécie de antessala para outras modalidades de punição, como, por exemplo, o banimento, o castigo físico e a execução.
O processo histórico que marcou o fenômeno da chamada “acumulação primitiva de capital”, que se desenvolveu a partir dos séculos XIV e XV em algumas regiões da Europa Ocidental, representou a dissolução econômica, social, política, ideológica e de costumes do modelo de organização socioprodutiva feudal (modelo este que dava aos camponeses algumas garantias consuetudinárias de uso comunal da terra), deve ser sempre entendido como pano de fundo para o surgimento de instituições que se encontram na gênese dos sistemas penitenciários da Europa Moderna. Assim, com relação à origem da instituição carcerária moderna na Europa, é correto afirmar que: Com o aumento descontrolado da mendicância em Londres, a “política social inglesa” do século XVI teve que ir além do açoite, do desterro e da pena de morte, e, por influência do clero inglês, a monarquia permitiu que se instalasse, no castelo de Bridewell, uma instituição voltada para o acolhimento e reforma moral daqueles que pertenciam às “classes perigosas”, por meio do trabalho obrigatório e da disciplina.Até a metade do século XVI, diante do aumento descontrolado da mendicância em Londres, por sugestão de algumas das figuras mais importantes do clero inglês, a Coroa Inglesa autorizou a utilização do castelo de Bridewell para o “acolhimento” de vagabundos, ociosos, ladrões e perpetradores de delitos de pouca importância (na linguagem atual, autores de delitos de pequeno ofensivo).
O objetivo da instituição criada a partir da cessão do castelo de Bridewell para o acolhimento dos que pertenciam às “classes perigosas” era promover a reforma dos internos por meio do trabalho obrigatório e da disciplina.
Em Amsterdã, sob a influência de reformadores religiosos, por ocasião do final do século XVI, verificou-se a criação de instituições (de casas de acolhimento) voltadas para a punição daqueles que cometiam delitos através do isolamento e do silêncio absolutos, sem qualquer atividade laboral que viesse a atrapalhar o confinamento considerado essencial à contrição e ao arrependimento pelo crime cometido. Falso
Essa instituição funcionava a partir de uma base celular, onde vários detentos conviviam em uma mesma cela, podendo o trabalho ser desenvolvido na cela ou no pátio central, dependendo da estação do ano. Tal instituição vinculava-se ao modelo produtivo dominante, ou seja, à manufatura.
A imagem legalista dos regimes políticos implantados na América Latina, após a independência, escondia sociedades rigidamente hierarquizadas e discriminatórias, o que significa dizer que, neste contexto, as prisões desempenharam, contraditoriamente, um papel significativo (porém, não primacial) na adoção de procedimentos de democratização das relações sociais no período pós-independência. Falso
As prisões desempenharam um papel significativo na adoção de procedimentos de dominação/controle social no período pós-independência.
Durante o período colonial na América Ibérica, as prisões se constituíam no alicerce fundamental dos mecanismos de controle social e de castigo, lembrando que, o Livro V das Ordenações Filipinas, vigente no Império Português a partir de 1603 (durante a União Ibérica) e confirmado por D. João IV, o primeiro monarca da dinastia portuguesa de Bragança posterior à União Ibérica, caracterizava-se pela fixação da pena de prisão para a maioria dos crimes nele tipificados. Falso
As prisões tratavam-se, na verdade, de locais de detenção para suspeitos que estivessem aguardando julgamento ou para condenados que estivessem aguardando a execução da sentença.
A adoção da penitenciária como novo padrão de encarceramento na Europa e nos Estados Unidos no início do século XIX combinava um desenho arquitetônico baseado no pan-ótico de Bentham. Verdadeiro
Trata-se de um modelo com uma rotina altamente regimentada de trabalho e de instrução, um severo sistema de vigilância sobre os detidos, um tratamento “humanitário” e o ensino de religião aos presos.
Tendo em vista a superlotação de algumas cadeias, já houve casos de juízes e até delegados mais sensíveis e audaciosos que diante da impossibilidade de transferência dos presos preferiram dar a liberdade a estes, tendo como exemplo as seguintes reportagens: Superlotação leva juiz a soltar presos - Zero Hora e Enquanto polícia enxuga gelo prendendo marginais, a justiça solta alegando superlotação da cadeia.
Diante de tal prática é possível afirmar que essas autoridades praticaram alguma ilegalidade ao soltar os presos ou, na verdade, estariam acobertados por um princípio maior? Chave de resposta: Sendo casos de afronta ao princípio da dignidade da pessoa humana, as referidas autoridades agiram baseados apenas em respeito à Constituição, sendo esse princípio mais importante que a segurança cautelar do processo, exatamente por ser um alicerce do Estado Democrático de Direito.
Segundo a aula ministrada é possível afirmar que o controle social informal: É uma realidade e, na maioria das vezes, funciona mais que o controle formal.
O controle informal, então, é realizado pelas várias instituições sociais pelas quais o indivíduo passa ao longo de sua vida. Inserido em um grupo que desenvolveu e cultiva uma série de valores, deve absorvê-los e vivenciá-los, estando submetido à constante vigilância.
“O garantismo penal é um instrumento de salvaguarda de todos, desviantes ou não, visto que, sendo estereótipo de racionalidade, tem o escopo de minimizar a violência social e garantir a paz” (Salo de Carvalho). Segundo a assertiva, o garantismo penal pode ser aplicado para assegurar direitos de um réu ou um condenado. Qual a principal fundamentação dada pelo garantismo para legitimar o Direito Penal? A limitação do poder punitivo do Estado pela constitucionalização do Direito Penal.
Segundo leciona Alice Bianchinni, “o garantismo parte da proteção da sociedade através da prevenção geral de delitos, acolhe, por sua vez, as tendências humanizadoras, expressa o estado até agora mais evoluído de desenvolvimento das atitudes político-criminais básicas, a síntese dos esforços em prol de um melhor Direito penal, e constitui a plataforma necessária para abordar de modo realista e progressista os problemas teóricos e práticos do Direito Penal”.
João, com a ajuda de mais dois amigos, assalta alguns apartamentos de um prédio da Barra da Tijuca. Ocorre que ele trabalhou em um dos apartamentos por seis meses, que atualmente está alugado, e ainda assim não foi reconhecido por nenhum dos moradores. Segundo ele, “nunca ninguém olhou para sua cara”. Segundo a Teoria Ecológica da escola de Chicago, analise o ocorrido e aponte o principal fundamento para a prática do delito. A mobilidade social torna todos estranhos, o que facilita a prática de crimes.
Nas grandes cidades a mobilidade social leva o indivíduo a uma rotina tão veloz e imprevisível que dificulta a criação de laços, ou seja, as pessoas não têm mais tempo para se conhecerem, para criar vínculos. Não sabemos quem são nossos vizinhos, não sabemos o nome de quem trabalha na sala ao lado, não sabemos quem é o pai do menino que estuda com nosso filho.
Assinale a alternativa que NÃO SE AJUSTA à doutrina do garantismo penal, em sua concepção clássica: Na aplicação da lei penal, o julgador, preocupado com a legitimação da atividade jurisdicional e com a adesão social a seus atos, deve orientar suas decisões em conformidade com o consenso geral da população.
O juiz é livre para apreciar a totalidade das provas trazidas aos autos de forma a proferir sua decisão de forma motivada.
Analise as duas afirmativas:
1. O “garantismo penal” é um modelo normativo de direito que obedece à estrita legalidade, típico do Estado Democrático de Direito, voltado a minimizar a violência e maximizar a liberdade, impondo limites à função punitiva do Estado.
2. Busca representar o equilíbrio entre os modelos do abolicionismo e do direito penal máximo.
As duas são verdadeiras. Busca de solução dos conflitos pelas partes poderia nos levar de volta ao Estado de Natureza, à vingança privada.
Segundo a aula ministrada é possível afirmar que em um Estado Democrático de Direito o bem jurídico penal: São valores reconhecidos e protegidos pela norma.
O Sistema Penal é o mecanismo de intervenção mais rigoroso e lesivo do Estado. É pacífico, portanto, que este não pode ser utilizado para qualquer situação, mas, tão somente, nas mais lesivas, aquelas que colocam em risco os bens jurídicos considerados mais relevantes.
Uma lei acaba de entrar em vigor criminalizando a conduta de comercializar o próprio corpo com fins sexuais na intenção de lucro, o que, até então, era atípica à prática da prostituição. Analisando a aula ministrada e os princípios gerais de Direito Penal, marque a opção correta: Esta lei afronta o princípio da lesividade, pois tal conduta não lesiona qualquer bem jurídico.
De acordo com o princípio da lesividade, não é possível haver a criminalização de condutas que não ultrapassem o âmbito do próprio autor.
Segundo a aula ministrada sobre o princípio da insignificância, pesquise na doutrina e jurisprudência asassertivas abaixo e marque a opção correta: Os Tribunais vêm entendendo que não se aplica o princípio quando o agente é reincidente.
O princípio da insignificância deve levar em consideração sempre o desvalor da conduta do agente e não somente o desvalor do resultado.
Após a instrução criminal, um juiz condena o réu pela prática de vários delitos, os quais levaram a uma pena de reclusão de 180 anos. Considerando que o Artigo 75 do Código Penal define como limite da execução da pena um máximo de 30 anos, é expedida a Súmula 715 do STF, segundo a qual esse prazo não pode ser considerado para fins de cálculo de benefícios, como progressão de regime e livramento condicional. Com isso, segundo o conteúdo da presente aula e os demais princípios e normas pertinente à execução da pena, qual critério deve ser adotado para o cálculo de tais benefícios segundo o modelo de Estado Democrático de Direito?
Chave de resposta: Considerando que o fim da pena é ressocializar, o critério da súmula vai de encontro a este paradigma, pois o cumprimento integral da pena não estimula esta integração, devendo-se respeitar o limite de 30 anos, inclusive para se calcular tais benefícios.
É possível afirmar que a meta informal do Estado na execução da pena privativa de liberdade: É evitar fugas e rebeliões.
Conforme estudado anteriormente, as autoridades se preocupam apenas com aquilo pelo qual recaem as verdadeiras expectativas, que são a ausência de fugas e rebeliões, ou seja, a manutenção da ordem. O que a sociedade quer é se esquecer da existência daqueles presos.
Entre as ideias estruturantes ou princípios abaixo, todos especialmente importantes ao direito penal brasileiro, NÃO tem expressa e literal disposição constitucional o da: Proporcionalidade
O princípio da proporcionalidade não possui previsão expressa na Constituição, estando os demais previstos no Artigo 5º, II; Artigo 5º, XLVI; Artigo 5º, XLV e Artigo 1º, III respectivamente.
No que diz respeito aos princípios aplicáveis ao direito penal, assinale a opção correta: O princípio da adequação social do fato não se confunde com a teoria do risco permitido, ainda que tenham como pressuposto fundamental a existência de uma lesão ao bem jurídico que não chega a constituir um desvalor do resultado, o qual é obtido por uma interpretação teleológica restritiva dos tipos penais, na adequação social, e, no risco permitido, ocorre pelo desvalor da ação que repercute no desvalor do resultado.
De acordo com o princípio da adequação social, pode-se observar que, muitas vezes, a sociedade não mais se abala com a existência de certas condutas consideradas criminosas e, por força disso, deve-se afastar o âmbito de incidência da Lei Penal.
Julgue a afirmativa a seguir: de acordo com o princípio da fragmentariedade, a lei penal só deverá intervir quando for absolutamente necessária, para a sobrevivência da comunidade, como ultima ratio. A afirmativa é falsa
O direito penal só deve se ocupar com ofensas de fato consideradas graves aos bens jurídicos protegidos. Entende-se que devem ser tidas como atípicas as ofensas mínimas ao bem jurídico. Não se confunde com o princípio da intervenção mínima (ultima ratio) que é aquele segundo o qual o direito penal somente poderá atuar quando nenhum outro ramo do direito for capaz de solucionar adequadamente a questão.
Segundo a aula ministrada sobre a reincidência, analise as assertivas abaixo e marque a opção correta: Seu índice demonstra a falência do fim ressocializador da pena.
A reincidência é um ótimo termômetro para se medir o grau de falência deste sistema penal, bem como de sua habilidade em manipular conceitos a seu favor, violando garantias e subvertendo o princípio da dignidade da pessoa humana, uma vez que não orienta suas políticas para o bem-estar e melhora do ser humano, mas sim para a opressão e controle das camadas menos favorecidas.
Excluídas as situações normativas do Artigo 64 do Código Penal, não é tecnicamente reincidente o agente que, nessa ordem sucessiva, tenha cometido no Brasil ilícitos penais com a natureza de: Contravenção penal e contravenção penal.
Não há previsão legal acerca da reincidência, quando o agente praticar contravenção penal e, logo após o trânsito em julgado desta, praticar um novo crime.
Em 18/2/2011, às 21 horas, na cidade X, João, que planejara detalhadamente toda a empreitada criminosa, Pedro, Jerônimo e Paulo, de forma livre e consciente, em unidade de desígnios com o adolescente José, que já havia sido processado por atos infracionais, decidiram subtrair para o grupo uma geladeira, um fogão, um botijão de gás e um micro-ondas, pertencentes a Lúcia, que não estava em casa naquele momento. Enquanto João e Pedro permaneceram na rua, dando cobertura à ação criminosa, Paulo, Jerônimo e José entraram na residência, tendo pulado um pequeno muro e utilizado grampos para abrir a porta da casa. Antes da subtração dos bens, Jerônimo, arrependido, evadiu-se do local e chamou a polícia. Ainda assim, Paulo e José se apossaram de todos os bens referidos e fugiram antes da chegada da polícia. Dias depois, o grupo foi preso, mas os bens não foram encontrados. Na delegacia, verificou-se que João, Pedro e Paulo já haviam sido condenados anteriormente pelo crime de estelionato, mas a sentença não havia transitado em julgado e que Jerônimo tinha sido condenado, em sentença transitada em julgado, por contravenção penal. Pode-se, dessa forma, dizer que Jerônimo não é considerado reincidente. A afirmativa é falsa
Isso porque a prática de contravenção penal com trânsito em julgado e logo após a prática de um crime não caracterizam a reincidência por ausência de previsão legal.
Sobre a reincidência, marque a opção correta: Não influi no prazo da prescrição da pretensão punitiva.
A modalidade de prescrição que sofre influência da reincidência é a prescrição da pretensão executória, seja em se tratando de reincidência de fato antecedente ou reincidência de fato subsequente.