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Guia de Estudo Imunidade Inata e Apatativa

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INTRODUÇÃO A IMUNIDADE INATA E ADPTATIVA
Tecnologias de Informação e Comunicação
Professora Priscilla Rochele Barrios
TutorBruno Antunes Soares
Lavras/MG
2011
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[A ser preenchido posteriormente]
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Índice
5UNIDADE 2	�
61Introdução	......�
2 Imunidade Inata................................................................7
2.1Reconhecimento na Imunidade Inata..............................9
2.2 Componentes da Imunidade Inata................................10
2.3Fagocitose de micro-organismos...................................13
2.4Morte de micro-organismo fagocitado...........................14
2.5Células Natural Killer.....................................................14
3 Imunidade Adpatativa ... ................................................15
3.1 Linfócitos T...................................................................19
3.2 Linfócitos B...................................................................23
4Bibliografia.......................................................................18
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UNIDADE 2
OBJETIVO: Conhecer os mecanismos básicos da imunidade inata e adaptativa.
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1 INTRODUÇÃO
	Ao iniciar o estudo dos tipos de defesa em que um organismo é capaz de produzir, precisamos primeiramente determinar o que é imunidade. Imunidade é uma palavra derivada do latim immunitas, e refere-se a resposta quando um organismo é invadido por uma substância que é considerada estranha, o que acarreta o desenvolvimento de várias ações efetoras em busca de se defender contra essa substância. Muitas vezes, essas substâncias estranhas são micro-organismos patogênicos causadores de doenças infecciosas (como a bactéria Mycobacterium tuberculose causadora da Tuberculose). Os componentes como órgãos, células e moléculas que são responsáveis pela imunidade constituem o sistema imunológico, sendo que a resposta desse sistema à introdução de substâncias estranhas é denominado de resposta imunológica (Quadro 1.). A imunologia (logos = estudo) é o estudo da imunidade, ou seja dos eventos celulares e moleculares que ocorrem posteriormente a interação do organismo com as substâncias estranhas.
	As substâncias que podem ser reconhecidas estranhas pelo organismo do hospedeiro é um conjunto de micro-organismos que podem ser patogênicos, como vírus, bactérias, fungos, protozoários e parasitas, assim como toxinas (por exemplo, a toxina do veneno de uma cobra ou toxinas bacterianas), macromoléculas como proteínas e polissacarídeos, e as pequenas substâncias químicas. Em imunologia, essas substâncias quando consideradas estranhas são chamadas de antígenos.
Figura 1. Componentes do sistema imunológico.
	Órgãos
	Células
	Moléculas solúveis
	Medula Óssea Hematógena
 Timo
 Linfonodos
 Placa De Peyer
Agregados Linfoides Intraparietais
Pele
	Fagócitos (Células Dendríticas, Macrófagos e Neutrófilos)
Células Natural-Killer (Nk)
Mastócitos
Basófilos
Eosinófilos
Linfócitos T, B E Nk/T.
	Proteínas Do Complemento
Proteínas De Fase Aguda
Citocinas
Quimiocinas
Anticorpos.
2 IMUNIDADE INATA
A imunidade natural, também chamada de inata e nativa, é a primeira linha de defesa contra agentes invasores (como os micro-organismos), sendo constituída por eventos celulares e bioquímicos que existem no organismo independente de existir ou não uma infecção, e que estão programados para responder rapidamente a infecções e de forma estereotipada. A resposta inata é o mecanismo filogeneticamente mais antigo contra micro-organismos, e está presente em todos os organismos multicelulares. A resposta a essas infecções ocorre sempre da mesma forma, independente de ser o primeiro ou sucessivos contatos com o patógeno. Além disso, os mecanismos da imunidade natural são específicos para estruturas que são comuns a grupos de micro-organismos semelhantes (por exemplo a um tipo de açúcar que compõe a parede celular �
de algumas bactérias) e não conseguem distinguir diferenças discretas entre substâncias estranhas.
Os constituintes do sistema imunológico inato são:
Barreiras físicas e químicas, como epitélio que revestem as superfícies externas e internas do corpo e substâncias antimicrobianas nas superfícies epiteliais;
Células fagocitárias (neutrófilos e macrófagos) que englobam e digerem os micro-organismos invasores
Células Natural Killer (NK) que contribuem na defesa inata do hospedeiro contra vírus, outros patógenos intracelulares e células tumorais;
Proteínas do sistema complemento e proteínas de fase aguda;
Proteínas denominadas citocinas que regulam e coordenam várias atividades das células desse tipo de imunidade.
Existem duas importantes funções na resposta inata. A primeira função é a resposta inicial aos micro-organismos que pode impedir a instalação de uma infecção, controlar ou até elimina-la de um hospedeiro. Entretanto, vários patógenos microbianos desenvolveram um mecanismo de escape da imunidade inata o que permite a instalação de algumas infecções no organismo. Nesses casos, é necessário a ativação da resposta imunológica adquirida, que são mais potentes, especializadas e cruciais para a eliminação de patógenos que resistiram ao mecanismos de defesa imunológica inato.
A segunda função extremamente importante da imunidade inata é a ativação da imunidade adquirida e a influência em suas atividades efetoras para torná-las eficazes. A resposta inata comunica a resposta adaptativa de que uma infecção está presente e a necessidade de uma resposta adquirida para essa infecção. 
2.1 Reconhecimento na Imunidade Natural
O sistema imune natural possui componentes capazes de reconhecer estruturas que são características dos micro-organismos e que estão ausentes nas células normais do hospedeiro, o que capacita distinguir o que é “próprio” do “não-próprio”. Essas estruturas que ativam o sistema inato são denominadas de padrões moleculares associados aos patógenos (PAMPs), e os receptores que interagem com os PAMPs são chamados de receptores de reconhecimento de padrão (RRP). Como exemplos de PAMPs temos RNA de dupla-hélice presentes nos vírus em replicação ou sequências CpG de DNA não-metiladas de bactérias, proteínas bacterianas, lipopolissacarídeos (LPS) que constitui a parede celular de algumas bactérias e oligossacarídeos ricos em manose. Cada PAMP interage com um receptor específico, podendo esses serem receptores semelhantes a Toll presentes em células dendríticas, fagócitos e células endoteliais, lectinas tipo C, receptores varredores entre outros.
Os RRPs da imunidade inata são codificados na linhagem germinativa o que limita o repertório de especificidades. Em contrapartida, na imunidade adquirida, os receptores presentes nas células dessa resposta são formados por recombinação somática de 
genes para gerar os receptores antigênicos. A interação do RRPs com os PAMPs é similar à complementariedade entre antígeno e anticorpo, mas não existe diversidade e nem capacidade adaptativa para a geração de novos receptores ou reconhecimento de outros padrões moleculares que não foram programados no código genético do hospedeiro.
A localização dos RRPs está principalmente em macrófagos, neutrófilos e células dendríticas. Existe uma grande diversidade de RRPs envolvidos em opsonização, ativação de complemento e fagocitose, dentre eles os Toll-like (TLRs) destacam pelo seu papel central na ligação a micro-organismos e iniciação da resposta inflamatória.
Uma capacidade importante do sistema imune inato é o reconhecimento de células do hospedeiro estressadas ou lesadas. Nessas células, ocorre a expressão de moléculas ausentes nas células sadias, como proteínas de choquetérmico, moléculas semelhantes ao complexo de histocompatibilidade (MHC) classe I e fosfolipídeos de membrana alterados.
2.2 Componentes da imunidade inata
	As barreiras epiteliais íntegras constituem uma barreira do patógeno microbiano aos tecidos do hospedeiro. A integridade do epitélio que tem contato com o ambiente evitam a entrada de micro-organismos com potencial patogênico. Além disso, nessas estruturas existe a produção de algumas substâncias antimicrobianas capazes de matar alguns micróbios que interagem com o hospedeiro. Existem duas substâncias estruturalmente 
diferentes de peptídeos antimicriobianos que são as defensinas (produzidas pelas células epiteliais de superfícies mucosas, neutrófilos, células NK e linfócitos T citotóxico) e catelicidinas, expressas por neutrófilos e várias barreiras epiteliais.
As principais células que fazem parte da imunidade natural são os neutrófilos, fagócitos mononucleares, células dendríticas, células natural Killer, células T gama-delta e células B B-1. Outras células também fazem parte do sistema imune intato, como eosinófilos, basófilos, mastócitos, entre outras. �
Os fagócitos possuem como função identificar, ingerir e destruir o patógeno microbiano e produzir citocinas que são importantes nas respostas inatas e adquiridas. A resposta de defesa do hospedeiro mediada por essas células consiste em eventos sequenciais como recrutamento ativo das células para os locais de infecção, reconhecimento dos micróbios, fagocitose e destruição desses micro-organismos.
O recrutamento das células para os locais de infecção é mediado por ligação a moléculas de adesão em células endoteliais e por quimioatraentes produzidos em resposta a infecção. Esse recrutamento é um processo que consiste em quatro etapas (Figura 1)�:
Rolagem dos leucócitos sobre o endotélio mediada por selectina: existem nas células endoteliais que revestem os capilares sanguíneos, proteínas denominadas selectinas que em resposta a infecção e a citocinas ( TNF e IL-1), têm expressão aumentada. A expressão aumentada dessa proteína, permite com que os
 leucócitos se aderem fracamente e rolem sobre o endotélio.
Aumento na afinidade das integrinas mediado por quimiocinas: as quimiocinas são citocinas produzidas pelos macrófagos teciduais, células endoteliais e por outras células, em resposta a produtos microbianos e IL-1 e TNF. As quimiocinas estimulam a atração, a quimiotaxia de células. No endotélio, elas se ligam a receptores específicos na superfície de leucócitos em rolagem, aumentado a afinidade das integrinas dos leucócitos pelos seus ligantes e agregação das integrinas na membrana, aumentando a ligação na superfície endotelial.
Adesão estável dos leucócitos ao endotélio mediada pelas integrinas. Citocinas aumenta a expressão endotelial de ligantes de integrinas permitindo com que os leucócitos possam fixar firmemente ao endotélio.
Posteriormente a fixação dos leucócitos ao endotélio ocorre a transmigração dessas células pela parede endotelial dos vasos, estimulada pelas quimiocinas. Em consequência a esse evento tem-se o acumulo de leucócitos no tecido extravascular em torno dos micro-organismos infecciosos.
Figura 1: Recrutamento de leucócitos para locais de infecção. Mecanismos de rolamento, adesão ao endotélio e migração.
2.3 Fagocitose dos micro-organismos
A fagocitose é um mecanismo pelo qual determinadas células do sistema imune, como os neutrófilos e macrófagos, englobam partículas grandes como micro-organismos patogênicos. Em uma primeira etapa, é necessário o reconhecimento do micro-organismo pelo fagócito. Essas células apresentam a expressão de RRPs para reconhecer os organismos que expressam PAMPs. Além desses receptores, existem também receptores de opsoninas que reconhecem anticorpos, proteínas do complemento e lectinas, os quais podem estar revestindo um micróbio e assim as partes livres que entram em contato com esses receptores vão ativar a fagocitose dessas estruturas.
2.4 Morte do micro-organismo fagocitado
As células fagocíticas como os neutrófilos e macrófagos ativados, tem capacidade de destruir os micróbios fagocitados mediante a interação de moléculas microbicidas nos fagossomos. Ao formar o fagossomo na célula fagocítica, ocorre a junção de vesículas que contém essas moléculas e com isso tem a formação de uma nova estrutura denomina fagolisossoma. Dentro do fagolisossoma, essas células liberam enzimas proteolíticas para que ocorra a destruição desses micro-organismos. Além disso, macrófagos e neutrófilos ativados convertem o oxigênio molecular em derivados reativos do oxigênio (ROS) e produzem intermediários reativos do nitrogênio, como o óxido nítrico (NO) que vão colaborar para a destruição dos micróbios.
2.5 Células Natural Killer
As células Natural Killer (NK) atuam na destruição de células infectadas e células estressadas. As NK possuem receptores de ativação e inibição, e o balanço entre os sinais gerados por eles determina sua ativação. Esses receptores reconhecem moléculas na superfície de outras células e subunidades de sinalização expressos nas células infectadas, estressadas ou células tumorais. Nesse grupo, estão os receptores NKG2D que se liga a uma família de proteínas semelhantes a MHC-I presentes em células infectadas por vírus e células tumorais. Quando ocorre a ligação dos receptores ativadores com seus ligantes, ocorre rápida atividade citotóxica contra as célula alterada.
Os receptores inibidores das células NK vão se ligar a moléculas de MHC-I que são expressas na maioria das células sadias, o que resulta no inativação da célula NK contra a célula do hospedeiro.Acitotoxidade das células NK quando ativada, destroem as células-alvo por exocitose de grânulos de porfirina que levam a criação de poros na membrana da célula alvo e permite a entrada de granzimas dentro do citoplasma da célula, sendo esses responsáveis pela indução da apoptose nas célula.
3 IMUNIDADE ADAPTATIVA
	A resposta imune adaptativa depende da ativação de células especializadas, os linfócitos, e das moléculas solúveis produzidas por eles, através de um grupo de células caracterizadas como células apresentadoras de antígenos(macrófagos e células dendríticas).� Esse tipo de resposta apresenta como principais características a especificidade e a diversidade de reconhecimento, memória, especialização de resposta, autolimitação e tolerância a componentes do próprio organismo.�
As células constituintes do imunidade adaptativa possuem a habilidade de distinguir um determinado patógeno e direcionar nela uma resposta imune mais forte. A capacidade dessas células de reconhecer e responder a antígenos individuais deve-se pela presença na superfície de linfócitos de um grande repertório de receptores antigênicos altamente especializados, o que permite ao hospedeiro a responder virtualmente a qualquer antígeno exposto.
O linfócito virgem produz receptores antigênicos específicos para estruturas químicas únicas, e em sua superfície está presente coletivamente milhões de diferentes receptores. Entretanto, apenas os linfócitos que encontram um antígeno específico do seu receptor será ativado para dividir e produzir muitas progênies com antígenos idênticos, processo chamado de expansão clonal. Estas células clonadas podem secretar anticorpos com especificidade idêntica a do receptor de superfície que desencadeou a expansão clonal. 
O sistema imune adaptativo tem capacidade de produzir memória imunológica. Em um primeiro encontro com o antígeno, o sistema imune é estimulado a ter uma resposta mediadapor células T e produção de anticorpos, mas essa resposta é lenta e menos intensa. Entretanto, exposições posteriores com esse mesmo antígeno, estimula a produção rápida de grandes quantidades de células T e anticorpos específicos contra o antígeno, dado pela memória imunológica. A resposta imune secundária é qualitativa e quantitativamente diferente da primária.
O mecanismo de tolerância imunológica é a ausência de resposta a um antígeno por meio da exposição de linfócitos específicos a esse antígeno. A tolerância a antígenos próprios é uma característica essencial do sistema imunológico normal, e a falha nesses eventos acarreta no aparecimento de doenças autoimunes. Existem duas formas de induzir tolerância. A tolerância central ocorre nos órgãos linfoides primários, como timo e medula ósse, no momento em que os linfócitos imaturos encontram antígenos próprios nesses órgãos. A tolerância periférica acontece durante o reconhecimento de 
antígenos próprios por linfócitos maduros nos tecidos periféricos sob a influência de determinadas condições. 
Um ponto interessante na tolerância é quando o organismo entra em contato com antígenos estranhos que vão induzir preferencialmente tolerância em vez de resposta imunológica. Como exemplo, temos a tolerância oral aos alimentos, que é um mecanimos que evita respostas imunológicas aos antígenos alimentares e às bactérias que normalmente residem como comensais no lúmen intestinal e são necessárias para a digestão e a absorção. Essas tolerâncias podem ser elucidadas pela constante e massiva administração desses antígenos que induz acentuada supressão das respostas imunológicas sistêmicas celulares e humorais para os antígenos em questão. 
As APCs capturam micro-organismos e outros antígenos, processam os componentes dos patógenos em fragmentos menores, denominados antígenos e apresentam os antígenos peptídicos aos linfócitos T, os quais reconhecem por meio de receptores de célula T (TCRs) de superfície celular. A principal célula apresentadora de antígeno responsável por iniciar as respostas das células T é a célula dendrítica. Os macrófagos são responsáveis por apresentar antígenos para as células T durante a resposta imune celular, enquanto os linfócitos B exercem o papel de APCs para as células T auxiliares na resposta imune humoral. Nesse último tipo de resposta, existem outras células especializadas denominadas células dendríticas foliculares 
que atuam em determinandos momentos apresentando antígenos para linfócitos B.
As células dendríticas são capazes de colher e internalizar ativamente os componentes do ambiente tecidual através dos mecanismos de pinocitose e fagocitose. Em sua superfície podem ser expressos vários grupos de receptores de reconhecimento de padrão que ao interagir com os PAMPs, emitem sinais ativadores para dentro da célula. Posteriormente a ativação, essas células se direcionam aos tecidos linfoides regionais ( como os linfonodos) e colaboram na apresentação de peptídeos derivados dos antígenos protéicos aos linfócitos T e na ativação dessas células pela expressão de substâncias co-estimuladoras. Outro grupo de células que atuam como APC´s são os fagócitos mononucleares (monócitos e macrófagos) que são importantes na imunidade natural e na adquirida. Os macrófagos apresentam antígenos as células T efetoras as quais serão responsáveis pela ativação dos macrófagos para a destruição dessas substâncias. Além disso, na resposta imune humoral, os macrófagos ativados fagocitam o complexo antígeno-anticorpo por meio de receptores de superfície.
As célula dendríticas foliculares se localizam entremeadas a grupos de células B ativadas, nos centros germinativos que são regiões presentes nos folículos linfoides dos linfonodos, no baço e no tecido linfoide associado às mucosas. Essas células atuam na apresentação de antígenos que estavam associados a anticorpos ou produtos do complemento, para o reconhecimento pelos linfócitos B.
 A imunidade adaptativa apresenta duas respostas classificadas de acordo com os componentes que exercem 
a defesa contra a substância estranha, sendo essas a resposta celular e humoral. A resposta mediada por células (linfócitos T citotóxicos e T auxiliares) promove a morte de células infectadas por micro-organismos patogênicos através do reconhecimento de antígenos do patógeno presentes nas células infectadas. A resposta humoral, mediada pela presença de anticorpos produzidas pelos linfócitos B, é particularmente mais efetiva contra patógenos extracelulares, como bactérias e os produtos solúveis de patógenos como toxinas.
3.1 Linfócitos T
As células T virgens são ativadas por células apresentadoras de antígenos e se diferenciam em células T efetoras com capacidade de sintetizar todas as moléculas efetoras que desencadeiam efeitos citotóxicos as células infectadas, respostas inflamatórias ou auxiliar na produção de anticorpos pela ativação de linfócitos B.
	As células T virgens podem ser classificadas em células portadoras do correceptor CD28 ou em células portadoras do correceptor CD4 em suas superfícies. Todas as células T CD8 se diferenciam em células T citotóxicas CD8 (linfócitos citotóxicos) que matam as células-alvo que apresentam fragmentos peptídicos de patógenos citosólicos ligados a moléculas do MHC de classe I na superfície celular. 
A destruição das células com o antígeno expresso no MHC-I ocorre pela liberação de grânulos de perforinas e granzimas que vão abrir poros na membrana e induzir a apoptose da célula, respectivamente.
	As células T CD4 se diferenciam em inúmeras células efetoras com diferentes funções. As principais células oriundas dessa diferenciação são as reconhecidas como Th1, Th2, Th17 e as T reguladoras que diferem no modo como são induzidas, nas citocinas que produzem, e no mecanismo efetor que ativam. As subpopulações Th1, Th2 e Th17 são definidas de acordo com as citocinas que elas secretam que não apenas determinam suas funções efetoras, mas também participam no desenvolvimento e expansão dos respectivos subconjuntos. 
As células Th1 têm o IFN-y que promove a diferenciação adicional de Th1 e inibe a proliferação de células Th2. Estas por sua vez, produzem a IL-4 que promove a diferenciação da Th2 e a IL-10 que inibe a ativação da Th1. Portanto, cada subconjunto amplifica a si mesmo e promove a regulação cruzada do subconjunto recíproco, fazendo com que a resposta imunológica se torna cada vez mais polarizada. Outra forma de diferenciar as células Th1 e Th2 é através da expressão diferencial de moléculas de adesão e receptores para quimiocinas e outras citocinas.
As células TCD4 Th1 possuem uma função importante no controle de bactérias que podem causar infecções intravesiculares em macrófagos, as quais sobrevivem dentro dessas células e podem até se replicarem. Essas bactérias escapam do mecanismo de morte, resistindo dentro do fagossoma, de modo que a imunidade natural é incapaz de erradicar infecções por tais micro-organismos.
 A célula Th1 tem a capacidade de reconhecer antígenos bacterianos apresentados na superfície de um macrófago infectado e acentuar a atividade bactericida dos fagócitos. Alguns micro-organismos ou em determinadas situações ocorre o esímulo da produção de certas citocinas como IL-12 e IL-18 e IFN-1. Outros micro-organismos podem levar a secreção dessas citocinas pelo estímulo indireto das células NK que produzem IFN-Y, a qual vai atuar nos macrófagos para induzir a secreção de IL-12. Ambas citocinas são responsáveis pela indução e diferenciação das células Th1.
Outra função da célula Th1 é de estimular a produção de anticorpos contra patógenos extracelulares por meio da produção de sinais coestimuladorespara os linfócitos B virgens ativados pelos antígenos. Além disso, essas células induzem uma mudança de classe nas células B ativadas em busca de produzir determinados isotipos de anticporpos (janeway).
O subgrupo Th2 realizam funções similares na ativação das células B virgens e na indução da mudança de classe da célula B para a produção de anticorpos da classe IgE, que tem grande papel no combate de infecções parasitárias e respostas alérgicas. Essas células, promovem realçoes alérgicas mediadas por eosinófilos e mastócitos, os quais colaboram na proteção contra helmintos. As células TH2 secretam IL-4, IL-5 e IL-13. A IL-4 e IL-13 estimulam a produção de anticorpos IgE específicos para opsonização de helmintos. A IL-5 ativa diretamente os eosinófilos próximos aos helmintos para a destruição desses organismos. Os mastócitos possuem receptores para a IgE e podem ser ativados por helmintos revestidos de IgE, levando a degranulação que gera 
resposta inflamatória local. Os anticorpos produzidos pela Th2 apenas são capazes de neutralizar micróbios e toxinas, não exercendo fagocitose e ativando o complemento. Além dessas funções elucidades, outra consideração ao perfil Th2 é a capacidade de suas citocinas produzidas ativarem os macrófagos resultando em potentes funções microbicidas. Os macrófagos ativados pela IL-4 e IL-13 colaboram na formação do granuloma e remodelação tecidual nas infecções parasitárias crônicas e nas doenças alérgicas.
O perfil Th17, que secreta a citocina IL-17, tem diferenciação inibida pelas citocinas IFN-Y e IL-4. Essas células atuam na indução de reações inflamatórias ricas em neutrófilos. Desta forma, essas células podem ser importantes mediadores de dano tecidual em doenças inflamatórias imunomediadas.
Os linfócitos T são ativados com a expressão de antígenos peptídicos no MHC- II disposto na membrana da célula apresentadora de antígeno e com a ligação dos co-receptores. 
As outras células TCD4 caracterizadas como T reguladoras atuam na supressão das respostas das células T ao invés de ativá-las. O mecanismo de ação desencadeado por essas células, baseia-se na produção de citocinas imunossupressoras que vão suprimir a atividade de outros linfócitos e auxiliar na modulação da resposta imune desenvolvida a diversos antígenos ( antígenos bacterianos, antígenos exógenos, antígenos endógenos e alérgenos).
São células importantes na limitação das resposta imune e na prevenção de doenças autoimunes. Existem dois grupos de células T reguladoras:
Células T reguladoras naturais ( Treg): grupo comprometido com o destino regulador ainda no timo.
Células T reguladoras adpativas: são células possivelmente derivadas das células T CD4 virgens sob a influência de determinados fatores ambientais.
3.2 Linfócitos B
Os linfócitos B são as células responsáveis em gerar anticorpos,. Os receptores de linfócitos B, responsáveis por reconhecer os antígenos são as imunoglobulinas de membrana IgM e IgD que ao interagir com epítopos antigênicos, ativam a célula e estimulam a proliferação e diferenciação dessas em plasmócitos, que produzem anticorpos efetores. 
	Os linfócitos B também podem internalizar, processar e apresentar peptídeos do antígeno ligado ao seu receptor de superfície, funcionando como células apresentadoras de antígenos. Nesses eventos, os peptídeos são expressos na membrana dessas células ligados ao MHC- classe II, para a apresentação aos linfócitos T auxiliares que vão ser ativados a sofrer uma expansão clonal e produzir citocinas que servem como estímulo para a proliferação e diferenciação dos Linfócitos B.
	Dado a interação dos linfócitos B com os antígenos e outras células estimuladoras da resposta imune, os antígenos podem ser classificados como: “antígenos T dependentes” quando a resposta do linfócitos B a antígenos peptídicos necessita da ajuda dos linfócitos T auxiliares, e “antígenos T independentes”, que são antígenos não proteicos, poliméricos com presença de 
epítopos repetitivos que estimulam resposta aos linfócitos B sem o auxílio de outras células.
Os anticorpos possuem como principais funções a neutralização e a eliminação de microrganismos infecciosos e toxinas microbianas. Esses elementos da imunidade humoral são produzidos pelos plasmócitos nos órgãos linfoides e na medula óssea, entretanto suas ações podem ser desempenhadas em locais distantes de sua origem, uma vez que entram na circulação sanguínea e podem atingir o local onde se situa o antígeno.
O processo de formação dos anticorpos requer a ativação dos linfócitos B pela exposição a algum antígeno. A primeira exposição a um antígeno, seja ela natural ou artificial ( vacinas) leva à ativação de linfócitos B naïves, e a sua diferenciação em células produtoras de anticorpo e células de memória. Em uma exposição subsequente ao mesmo antígeno, ocorre a ativação das células de memória culminando em uma resposta mais intensa e mais rápida (Figura 2). As primeiras células, derivadas em um primeiro estágio da resposta imune, as células plasmáticas ou células da zona marginal ou B-1 tendem a possuir uma vida útil pequena. Em contraste, plasmócitos produtores de anticorpos que trocam de classe derivados do centro germinal podem migrar para a medula óssea e permanecer nela mantendo sua produção de anticorpos por vários anos após a eliminação do antígeno. Grande parte das imunoglobulinas G (IgG) presentes no soro de indivíduos normais são originadas desses plasmócitos de vida longa que foram induzidos pela exposição do antígeno as células B de memória e naïves. O resultado da ativação de células B de memória é a produção em grande escala de anticorpos, sendo essa muito maior comparada 
no primeiro momento de exposição, proporcionando ao hospedeiro uma proteção mais efetiva.
O termo imunoglobulina se refere-se à imunidade conferida pela fração gamaglobulina. Entretanto os termos anticorpos e imunoglobulina frequentemente são utilizados como sinônimos. Um aspecto importante dos anticorpos é que de forma geral todos possuem as mesmas características básicas, mas apresentam uma grande variedade nas regiões que conectam os antígenos. Essa variabilidade de regiões de ligação com os antígenos permite uma grande variedade antígenos que podem ser conectados aos anticorpos específicos. As funções efetoras e as propriedades físico-químicas comuns dos anticorpos estão associadas às regiões constantes do anticorpo, sendo essas não ligantes ao antígeno.
Estruturalmente uma molécula de anticorpo pode ser dividido em duas cadeias leves idênticas e duas cadeias pesadas idênticas. Ambas cadeias possuem uma região aminoterminal variável (V) que atua no reconhecimento dos antígenos e de regiões constantes (C) carboxiterminais, essas últimas regiões nas cadeias pesadas possuem funções efetoras.
Figura 2: Produção de anticorpos pela exposição a um antígeno. Na resposta adaptativa, exposições subsequentes ao mesmo antígeno resulta em respostas humorais mais acentuadas devido ao fato da presença de células de memórias.
Abaixo encontra a descrição das imunoglobulinas encontradas em um hospedeiro e suas propriedades:
IgG: presente em grande quantidade no soro, sendo o principal anticorpo circulante, presente no fluído extracelular, sangue, linfa, e tem capacidade de atravessar a placenta. Importantes na opsonização de antígenos para fagocitose pelos macrófagos e neutrófilos, ativação da via clássica do complemento, citotoxicidade medida por células, depente de anticorpos e mediada por células natural Killer; Imunidade neonatal pela transferência de anticorpo materno através da placenta e pelo tubo digestivo; inibição porfeedback da ativação das células B. �
IgM: é o primeiro anticorpo solúvel a aparecer após a primeira imunização. Está presente no sangue, linfa e na superfície de linfócitos B virgens. Atua como receptor a antígenos de linfócito B e como ativador do complemento.
IgA: importante anticorpo circulante, presente nas secreções como saliva, colostro, fluidos celulares e sanguíneos. Promove imunidade de mucosa devido a secreção dentro dos lumens dos tratos gastrointestinal e respiratório. Também atua na ativação de complemento pela via da lectina ou pela via alternativa.
IgD: anticorpo circulante secundário, está no sangue, linfa. Atua como receptor a antígeno dos linfócitos B naïves.�
IgE: presente no sangue, na linfa, se liga a mastócitos e basófilos, tendo papel importante na liberação de histaminas em reações alérgicas e resposta contra parasitos.
4 Bibliografia
ABBAS AK, LICHTMAN AH, PILLAI S. Imunologia Celular e Molecular, 6ª ed. Ed. Saunders, 2007.
CRUVINEL, WILSON DE MELO et al . Sistema imunitário: Parte I. Fundamentos da imunidade inata com ênfase nos mecanismos moleculares e celulares da resposta inflamatória. Rev. Bras. Reumatol., São Paulo, v. 50, n. 4, Aug. 2010 .
JANEWAY CA, TRAVERS P, WALPORT MARK, SHLOMCHIK M. Imunobiologia - O sistema imune na saúde e na doença, 5ed, Editora Artmed, 2002.
MADIGAN, M. T.; MARTINKO, J. M.; DUNLAP, P. V.; CLARK, D. P. Microbiologia de Brock. Porto Alegre: Artmed, 12ed. 2010.
MESQUITA JUNIOR, DANILO et al . Sistema imunitário - parte II: fundamentos da resposta imunológica mediada por linfócitos T e B. Rev. Bras. Reumatol., São Paulo, v. 50, n. 5, Oct. 2010 .
Anotações:
�
Espaço a ser preenchido pela biblioteca
Ficha catalográfica preparada pela Divisão de Processos
Técnicos daBiblioteca Central da UFLA
Espaço a ser preenchido pelo CEAD
�Verifique a formatação aqui... O restante da frase está na outra página.
�Outras células também fazem parte do sistema imune inato: eosinófico, mastócito, entre outras. Coloque que essas são as principais.
�Pode usar essa figura porque ela é mesmo minha e foi feita no meu projeto TICs. Não se esqueça de dar título e colocar legenda.
�Na minha opinião essa frase ficou muito grande e confusa...
�Sugestão: explicar cada uma dessas características...
�Outras funções importantes da IgG?
�Onde você tirou essa informação? Não é absolutamente correta, até onde sei...
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