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MPF TRIBUTÁRIO

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TRIBUT�RIO - AULA 06- 01-04-13 - C�pia.doc
�TURMA MPF 
 Aula 006– Direito Tributário- Professor Mauricio Andreioulo- 01.04.13
MATERIAL EXCLUSIVO PARA USO DO GRUPO DE ESTUDO 
A VENDA E A DIVULGAÇÃO SÃO PROIBIDAS
Já falamos da capacidade contributiva, já falamos da problemática da capacidade contributiva a luz da CF/88. Já desenvolvemos a capacidade contributiva na sua terminologia, capacidade econômica, capacidade financeira, capacidade contributiva. Já vimos a problemática da capacidade contributiva quanto a sua natureza jurídica, limitação constitucional ao poder de tributar. Já desenvolvemos também o alcance da capacidade contributiva, indagando se a capacidade contributiva era afeta exclusivamente afeta aos impostos ou se a capacidade contributiva era também extensiva às demais espécies tributárias. 
E dentro dessa ótica fomos além discutindo inclusive se o poder judiciário pode ou não calibrar a aplicação ótima desse principio denominado principio da capacidade contributiva ou por outro lado se o principio da capacidade contributiva é um atributo do poder legislativo ladeado pelo poder executivo. 
Dentro da principiologia a capacidade contributiva seria chamada de principio, e o principio da capacidade contributiva seria subordinado a um protoprincipio denominado justiça. A ideia de protoprincipio principio e subprincipio não é apenas uma concepção doutrinária, porque já vem sendo utilizada em acórdãos do STF. Protoprincipio é um principio sobre princípios, como por exemplo, a justiça, a segurança, a liberdade.
O principio nada mais é do que uma norma fundamental que condiciona e informa todas as demais e dentro dos princípios nessa cadeia de gradação existem os subprincipios, que são princípios também cuja fundamentação está em princípios anteriores e maiores. 
Nessa ótica de principio e subprincipio aparece a capacidade contributiva, a capacidade contributiva é um principio cujo subprincipio se divide em progressividade, seletividade, pessoalidade e proporcionalidade, como vimos no último encontro. 
Vou começar a falar do subprincipio da progressividade, por duas razões. Em primeiro lugar ele é quantitativamente cobrado, e em segundo lugar ele é desafiado pela jurisprudência diuturna do STF mais do que pela jurisprudência do STJ. 
 Progressividade:
O que se entende por progressividade e qual é a natureza jurídica do principio da progressividade? 
Vamos começar pela natureza jurídica. A progressividade em uma escola positiva é um princípio tributário, já a progressividade em uma escola pós-moderna é um subprincipio do principio da capacidade econômica, ou a progressividade é um subprincipio do principio da capacidade contributiva. 
Como definir o principio da progressividade? Ai eu digo assim: A progressividade enquanto subprincipio da capacidade contributiva determina que a intensidade da tributação funcionará na razão direta da elevação da base de cálculo. Repito, na progressividade subprincipio da capacidade contributiva a tributação girará em torno de uma ideia, ideia de variação da alíquota em relação a variação da base de cálculo. Na progressividade quanto maior for a base de cálculo maior será a alíquota. 
Fechando, progressividade é um principio tributário, na verdade a progressividade é um subprincipio do principio maior da capacidade contributiva, entende-se por progressividade o principio tributário que ancorado no ideal da capacidade contributiva determina que a variação da alíquota funcionará na razão direta da elevação da base de cálculo. Quanto maior for a base de cálculo maior será a alíquota com objetivo de progredir a intensidade da tributação e com isto atingir o principio da capacidade contributiva atingindo o principio da capacidade contributiva concretizar o protoprincipio da justiça fiscal. 
Olha que caminho complexo, mas muito dedutivo, complexo pela riqueza dos elementos, complexo pela riqueza dos valores, mas não aqui um caminho caótico , é um caminho lógico completamente deduzido.Repito a progressividade em uma visão positiva é apenas uma limitação constitucional ao poder de tributar. Eu sugiro a você que transfira essa visão positiva para uma visão pós-positiva, pós-moderna enfatizando a principiologia da progressividade. E nessa ótica pós-moderna a progressividade enquanto subprincipio da capacidade contributiva também busca o atingimento do ideal da justiça através de um binômio quanto maior a base de cálculo maior será a alíquota viabilizando a tributação da exteriorização e riqueza.
Qual o nó divisor de águas da jurisprudência e o nó divisor de águas da prova que a gente enfrenta cotidianamente? O STF, o divisor de águas é o STF. Em que momento eu tenho essa divisão de águas?Quando o STF julgou a problemática da COSIP, contribuição social destinada ao custeio da iluminação pública previsto no art. 149 A do nosso texto constitucional. Os municípios e DF poderão instituir contribuição na forma das respectivas leis para o custeio do serviço de iluminação pública observado o disposto no art. 150 I, III CF/88.
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; (Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
VI - instituir impostos sobre: (Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
Nessa linha de COSIP inaugurada pela emenda constitucional 39/02 um determinado município com competência constitucional para instituir o novo tributo criou a lei e na lei estipulou que a COSIP seria progressiva, portanto a depender do consumo a alíquota subiria. A lei municipal criou uma COSIP progressiva. 
E ai entra um problema secular na pauta da jurisprudência do STF. O principio da progressividade exige ou não previsão expressa na constituição? Exige ou não reserva de constituição? A luz dessa pergunta é o que o STF vem se posicionando na atualidade.
Tradicionalmente a jurisprudência do STF é no sentido negativo, tradicionalmente o STF diz: Se não houver expressa previsão constitucional, se não houver determinação constitucional a autorizar a utilização da progressividade na tributação qualquer lei que venha instituir a progressividade será declarada inconstitucional, porque a progressividade é uma exceção constitucional e não uma regra. 
O principio da progressividade na linha tradicional do STF é tratado com uma exceção
na medida em que progressividade tende a atingir o mínimo existencial do contribuinte, a progressividade tende a invadir o patrimônio propriamente dito do contribuinte e não viabilizar a ideia da capacidade contributiva, mas sim vilipendiar o principio do não confisco. Essa é a tradição da jurisprudência do STF 	que eu vou repetir. 
Tradicionalmente a jurisprudência do STF é no sentido de determinar sim a possibilidade da aplicação do principio da progressividade se e somente se houver expressa previsão constitucional, do contrário a progressividade ao invés de viabilizar a capacidade contributiva estará ofendendo o principio da igualdade e com ele a propriedade e com ela o principio do não confisco. Tese tradicional do STF. 
Divisor de águas, nova jurisprudência, novo posicionamento STF gabarito do nosso concurso. Com o advento da emenda 39 e com ela a inauguração da contribuição social destinada ao custeio da iluminação pública por alguns chama-se COSIP, por outro chamado de CIP, o art. 149 A CF/88 viabilizou sim ainda que tacitamente,porém sistematicamente a possibilidade de lei ordinária municipal instituir COSIP progressiva. É essa a visão que o STF tem na atualidade o STF a partir da COSIP entendeu que o principio da capacidade contributiva informa o princípio da progressividade de maneira que lei infraconstitucional pode sim criar hipótese de progressividade desde que fundamente a progressividade no atingimento do principio maior da capacidade contributiva e na concretização do protoprincipio da justiça fiscal. 
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)
Concluindo: Progressividade infraconstitucional é constitucional ainda que não exista previsão na constituição bastando que a lei infraconstitucional inauguradora da progressividade vincule a aplicação desse principio ao atingimento da capacidade contributiva e com tal atingimento a concretização da justiça fiscal.
Caso COSIP dividindo águas art. 149 A CF/88 que é omisso em relação a progressividade ele é omisso, veio a jurisprudência recente do STF e disse: A omissão constitucional não impede o legislador infraconstitucional de positivar a progressividade desde que cotejada com os princípios maiores da capacidade contributiva e da justiça fiscal.
Eis que recentemente o STF dando continuidade ao seu raciocínio esticando a sua visão de justiça entendeu 	que lei infraconstitucional a prever a progressividade do ITD MC ou ITD CM ou ITMCD art. 155 imposto incidente sobre doação e causa mortis, pode sim prever hipótese de progressividade. 
A doutrina naturalmente olhou para o art. 155 e viu que compete aos Estados e DF instituir impostos sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos. E tendo chegado ao § 1º do art. 155 CF/88 não encontrou o fundamento positivo da aplicação da progressividade.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 1.º O imposto previsto no inciso I: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal;
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar:
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior;
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior;
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;
O que a doutrina questionou? Se a progressividade não encontra previsão expressa na constituição poderá uma lei infraconstitucional usar tal principio? Resposta do STF na jurisprudência recente: Sim tal qual ocorre com a COSIP o ITD MC progressivo é constitucional sim desde que venha a exteriorizar a ideia da capacidade contributiva como principio e o conceito de justiça fiscal como protoprincipio. 
Conclusão: Na atual linha da jurisprudência do STF o principio da progressividade pode encontrar sustentação na constituição ou pode encontrar sustentação fora da constituição, a depender da hipótese, dentro ou fora da constituição o principio da progressividade será validado se exteriorizar, se espelhar o principio maior da capacidade contributiva com o objetivo de concretizar o protoprincipio da justiça fiscal.
Como isso vai aparecer na prova e como isso vai aparecia na prova?
Questões de prova:
A primeira questão clássica do MPF e se você for um candidato audaz que eu espero que seja vai estar fazendo diariamente os exercícios porque você vai ver que o corte da prova te dá o perfil, fazer a seguinte ilação: Caro candidato em que hipótese o IPTU será progressivo? Essa é uma questão antiga no quadrante de MPF. 
Ai o candidato respondia assim: O IPTU será progressivo na forma do art. 182 § 4º II CF/88:
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei têm por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
Repara então como era o primeiro gabarito histórico da prova do MPF. Candidato em que hipótese o IPTU será progressivo? Resposta vinha na letra A, no tempo. A progressividade do IPTU será no tempo, na forma do art. 182 § 4º II CF/88.
No outro concurso a mesma questão aparecia com uma pergunta diferenciada, ai vinha a pergunta assim: É correto afirmar que o IPTU progressivo no tempo tem finalidade?Olha a pergunta, é correto afirmar que o IPTU progressivo no tempo tem finalidade? 
Fiscal.
Extrafiscal.
Parafiscal. 
NRA.
A resposta é extrafiscal. O art. 182 § 4º II CF/88 prevê sim o fenômeno da progressividade junto a incidência do IPTU e determina que o IPTU progressivo será efetivado no tempo se e quando o proprietário de imóvel urbano não viabilizar a sua função social adequada. 
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei têm por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo
no tempo;
Repare quando o IPTU é progressivo? Quando o proprietário deixa de exercer função social da propriedade e o que acontece nessa hipótese? A progressividade do IPTU passa a ter uma finalidade predominante extrafiscal e extrafiscal por quê? A finalidade da progressividade não está focada na arrecadação está focada na intervenção do Estado no domínio econômico. A municipalidade estará intervindo junto a propriedade do particular, estará intervindo junto ao exercício do direito de propriedade do particular com o objetivo social de fazer com que o exercício da propriedade atinja sua função constitucional. 
A propriedade não é apenas exteriorização de patrimonialidade ou riqueza, a propriedade deve exercer uma função socioeconômica, essa é a discussão da constituição. Ora se a propriedade detém uma função social a constituição previu expressamente que cabe ao poder público viabilizar a função social da propriedade inclusive através de uma ferramenta extrafiscal denominada IPTU progressivo no tempo. Fechava o gabarito dessa maneira, o IPTU será progressivo no tempo, o IPTU progressivo no tempo é um exemplo de extrafiscalidade. Acabava a prova. 
Agora vamos evoluir. A emenda 29/00 trouxe novidade para o nosso tema, propõe criou uma outra hipótese de progressividade para o IPTU basta ver o que está descrito no art. 156 § 1º CF/88:
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
Repare a emenda 29/00 inaugurou uma nova hipótese de progressividade do IPTU e determinou que além da progressividade no tempo o IPTU poderia vir a ser progressivo em razão do valor do imóvel. Ai a prova mudou de perfil. 
É correto afirmar que o IPTU progressivo se dá no tempo e em razão do valor do imóvel? Certo, a partir do advento da emenda 29/00, portanto a partir dos concursos posteriores o gabarito mudou, o IPTU é progressivo?Sim, o IPTU é progressivo em que hipóteses?E a resposta é: No tempo e em função do valor do imóvel.
Ai o examinador vai provocar uma segunda questão, esse IPTU progressivo tem a mesma finalidade?Não o meu candidato dirá: Não, são progressividades sim com finalidades distintas, são hipóteses válidas de progressividade com objetivos diferentes.
O IPTU progressivo no tempo previsto no art. 182 § 4º II tem uma finalidade preponderantemente extrafiscal, já o IPTU progressivo em função do valor do imóvel descrito no art. 156 § 1º I fruto da emenda constitucional 29/00 tem outra finalidade, tem uma finalidade preponderantemente fiscal. São progressividade sim, mas com finalidades distintas. Essa é a ideia da progressividade do IPTU nas provas de concurso que a gente enfrenta. 
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei têm por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
Só que não é apenas o IPTU que é progressivo, existem outros impostos progressivos dentro da constituição e fora da constituição. O IR é um imposto progressivo porque assim determina expressamente o texto constitucional no seu art. 153 § 2º I CF/88.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
§ 2º - O imposto previsto no inciso III:
I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei;
Então o nosso quadrante é: Quais são os tributos progressivos no sistema tributário nacional?
IPTU. IPTU originário no art. 182 § 4º II e IPTU derivado no art. 156 § 1º I. 
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
IR. IR é progressivo por força da constituição. A constituição prevê expressamente a progressividade do IR no art. 153 § 2º I CF/88. Olha a progressividade aparecendo expressamente no tocante ao IR.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
§ 2º - O imposto previsto no inciso III:
I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei;
Como funciona a progressividade no IR? Agora atenção, na forma da lei. O IR é progressivo na forma da lei diz o art.153 § 2º I. E essa indagação gerou uma enorme polêmica referente a atualização monetária da base de cálculo do IR, especificamente no tocante a atualização monetária de deduções que fazem parte da base de cálculo do IR. 
Como isso funcionou? Funcionou da seguinte forma: A época da averiguação da base de cálculo do IR houve a atualização do salário mínimo. Então adveio uma lei que atualizou o salário mínimo dos empregados em geral. A atualização do salário mínimo aparentemente gerou mais renda um acréscimo patrimonial para o contribuinte.
No entanto a base de cálculo do IR não funciona apenas em função da renda, funciona também em função das deduções junto a renda tributável. Em uma linha de equação a base de cálculo do IR é a diferença entre a renda auferida e as deduções legais, as deduções autorizadas pela legislação tributária. Então ficaria assim, base de cálculo do IR é igual a R- D, é igual a receita auferida menos deduções na forma da legislação.
O que aconteceu dentro dessa matemática? A lei atualizou a renda, a lei atualizou o salário mínimo, a lei atualizou o rendimento e ficou omissa no tocante a atualização monetária das deduções. 
Repare a base de cálculo do IR é igual a R- D , é a diferença entre o total de rendimentos auferidos e as deduções totais previstas na legislação. Se uma lei aumenta a renda através da atualização monetária do salário mínimo e congela a atualização monetária das deduções o que está acontecendo? A lei está determinando que determinados contribuintes que não participavam da base de cálculo tributável adentrem ao campo da tributação na medida em que esses contribuintes eram isentos e deixaram de ser isentos para participar do mínimo exigido pela legislação como tributável para fins de IR. 
E mais grave os contribuintes que já estavam dentro do campo de tributação em uma alíquota, por exemplo, de 15% tendo aumentado a base de cálculo no tocante a renda tributável tendo havido uma congelação da dedução, entraram em uma alíquota de 27, 5% . Foi um grito, contribuintes que nada pagavam passaram a pagar na alíquota base e contribuintes que pagavam na alíquota base passaram a pagar em uma alíquota mais elevada.
O que o fisco disse? Sinto muito o nome disso é técnico e se chama progressividade. A luz da progressividade aumentando-se a base de cálculo aumenta-se a alíquota e nada mais ocorreu do que a aplicação do art. 153 § 2º I CF/88, o principio da progressividade foi efetivado.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
§ 2º - O imposto previsto no inciso III:
I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei;
Os contribuintes muito cônscios dos seus direitos constitucionais ingressaram em juízo e em juízo deduziram a seguinte pretensão: Queremos que o poder judiciário promova a atualização monetária da base de cálculo do IR, queremos que o poder judiciário promova a correta atualização monetária da base de cálculo do IR, a correta atualização da base de cálculo do IR exige que a atualização monetária incida sobre renda, sobre o salário e também sobre o total das despesas dedutíveis, total das despesas a deduzir. Do contrário a atualização unilateral da base de cálculo do IR que é uma base de cálculo composta gerará uma progressividade ficta, gerará uma progressividade fria, porque não corresponderá de fato a verdade das circunstâncias. 
O fisco, portanto se valendo de um ardil atualiza unilateralmente a renda e se esquece de atualizar a despesa dedutível conclusão, o contribuinte pagará mais porque a renda aumentou e as deduções ficaram congeladas. O poder judiciário foi provocado e tendo sido provocado eu tive uma percepção, a minha percepção foi: O poder judiciário vai declarar com certeza absoluta que a medida está equivocada e que o fisco tem a obrigação de atualizar a base de cálculo em seu conjunto composto, na medida em que houve a atualização da renda no tocante ao salário mínimo é imperativo por isonomia atualizar com a mesma medida a dedução da base de cálculo porque a capacidade contributiva na linha da progressividade não pode ser fria, não pode ser ficta, não pode ser formal. 
A progressividade só atinge o ideal da capacidade contributiva, a progressividade só atinge o ideal da justiça fiscal se for uma progressividade real. Como se falar em progressividade real se por conta do que acabamos de visualizar a renda é atualizada e a dedução é congelada? O poder judiciário enfrentou a questão no nível concentrado e no nível abstrato e data máxima vênia foi digno de vergonha. 
Qual foi a visão do poder judiciário a partir do STF? Em primeiro lugar não cabe ao poder judiciário aquilatar o princípio da capacidade contributiva a priori, a aplicação do principio da capacidade contributiva a priori é atributo do poder legislativo. Em segundo lugar não cabe ao poder judiciário estabelecer atualização monetária da base de cálculo de tributo, se a lei é omissa em relação a determinação da base de cálculo não cabe ao poder judiciário criar um índice de atualização monetária do contrário o poder judiciário estará intervindo nas atribuições próprias do poder legislativo e por isso estará ofendendo o pacto republicano na linha da separação entre os poderes. 
Data máxima vênia a jurisprudência deu show de covardia. Eu repito o STF entendeu que o caso não era de atualização monetária da base de cálculo do IR à medida que entendeu que se tratava de uma vontade política do legislador atualizar o salário mínimo e congelar as deduções. E entendeu que essa era uma progressividade fruto da vontade do legislador e não cabia a ele STF controlar a vontade do legislador em nome da aplicação da progressividade enquanto principio da capacidade contributiva. Não vou negar para você que nessa época sinceramente eu passei a desacreditar um pouco no sistema.
Indo adiante outro exemplo de progressividade na tributação diz respeito ao ITR. O ITR ao lado do IR, o ITR ao lado do IPTU também encontra progressividade constitucional. A progressividade do ITR é expressamente positivada, tipificada no art. 153 § 4º I CF/88:
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Em uma prova de MPF a pergunta do examinador vai ser muito clara: Doutor o ITR é progressivo? A resposta será: Sim na forma do art. 153 § 4º I CF/88. E ato continuo o examinador provocará: A progressividade do ITR é igual a progressividade do ITPU? Olha a pegadinha, a progressividade
do ITR é igual a progressividade do ITPU? E o candidato dirá: Depende, o IPTU é progressivo em duas vertentes. O IPTU pode vir a ser progressivo no tocante ao valor do imóvel e naquele momento haverá uma finalidade preponderantemente fiscal. Por outro lado o IPTU poderá vir a ser progressivo no tempo procurando viabilizar a função social da propriedade e nessa ocasião a progressividade do IPTU será extrafiscal.
O art. 153 § 4º I prevê que o ITR será progressivo e que será progressivo com a finalidade preponderante de atingir a função social da propriedade no que toca a propriedade produtiva. Neste caso a progressividade do ITR tem uma finalidade predominante, o ITR é progressivo na finalidade extrafiscal. 
Voltando, doutor, doutora, a progressividade do IPTU é a mesma progressividade do ITR?Só no que toca a extrafiscalidade, nesse ponto IPTU e ITR são progressivos em razão da intervenção do Estado no domínio econômico, mas tem uma diferença, o IPTU é progressivo no tempo o ITR pode ser progressivo desde o inicio, progressividade constitucionalmente tutelada. IR, IPTU, ITR questões clássicas de progressividade constitucional. 
Observação: A jurisprudência atual do STF é clara o principio da progressividade pode sim encontrar sustentação válida legitima em norma infraconstitucional, lei infraconstitucional municipal, lei infraconstitucional estadual, poderá sim criar hipótese de progressividade desde que trate de progressividade justificada pelo principio da capacidade contributiva com o objetivo final de atingir o protoprincipio da justiça fiscal. Exemplo de progressividade inconstitucional na própria jurisprudência recente do STF, art. 149 A CF/88 no tocante a COSIP e art. 155 I CF/88 no tocante ao ITD MC.
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
O que está por vir? Anota ai, ainda em 2103 a jurisprudência deverá decretar a constitucionalidade do ITBI progressivo. O ITBI não é progressivo nunca e a jurisprudência do STF e do STJ é claríssima ITBI progressivo é inconstitucional porque a progressividade do ITBI não encontra previsão no texto constitucional. A capacidade contributiva do ITBI é notada na base de cálculo apenas. A minha profecia jurídica é que ainda em 2013 no rastro da jurisprudência do STF o ITBI vai ser decretado como constitucional se progressivo. 
Agora eu vou profetizar trevas. O ISS também vai ser e vamos ter um problema magnânimo de ofensa às garantias constitucionais do contribuinte. Se o STF legitimou a progressividade da COSIP, se o STF legitimou a progressividade do ITD, se o STF tende a legitimar a progressividade do ITBI é porque ele está sinalizando para a ideia de que a progressividade deixa de ser um principio com reserva de constituição para ser um principio infraconstitucional fruto de uma mera e singela opção política do legislador local. 
Lamentável, uma pena. A função do meu candidato é estar com ouvidos e olhos atentos porque neste momento o seu objetivo é ser aprovado no concurso público, porém no meta objetivo, que é ser um operador de excelência eu lhe digo lamentável. 
Fechamos a problemática da progressividade. E agora eu preciso desenvolver um outro subprincipio que ladeia o principio da progressividade e eu já antecipei que é o subprincipio da seletividade.
Seletividade:
Eu gosto demais do subprincipio da seletividade, acho que é um principio muito nobre e que gera nuances interessantes quando o tema é tributação e justiça. Então vamos lá.
Qual a natureza jurídica do principio da seletividade? Principio da tributação para os positivistas. Em uma linha positiva em uma escola tradicional o principio da seletividade vai ladear o principio da progressividade que vai ladear o principio da capacidade contributiva. 
Porém em uma escola contemporânea, em uma escola pós-moderna, em uma escola pós-positiva o principio da seletividade vai ser trabalhado em um contexto maior, e nós podemos afirmar que o principio da seletividade é um subprincipio da capacidade contributiva, e que ao lado da capacidade contributiva visa a atingir o protoprincipio da justiça fiscal também. A seletividade, portanto não é examinada sozinha, ela não é examinada isoladamente a seletividade é examinada ao lado da capacidade contributiva. Essa é a visão contemporânea da seletividade.
Diferente da progressividade isso é importante consignar a história da jurisprudência nunca condicionou a aplicação do principio da previsão prévia da constituição. O principio da seletividade nunca exigiu reserva de constituição. A jurisprudência usualmente determinou no decorrer da sua historia que o principio da seletividade estará previsto na lei não havendo necessidade de reserva constitucional. 
Dentro dessa ótica aparece uma pergunta importante. Doutor, doutora, a seletividade é um principio que encontra reserva constitucional? Olha a pergunta maliciosa, a seletividade é um principio que encontra reserva constitucional ou não? Nesse ponto meu aluno vai ter que ter sangue frio, respirar, alinhar o pensamento, fazer o mapa mental e lembrar que na ótica dele, ele está assim: Seletividade está aqui, a progressividade está aqui, a capacidade contributiva está aqui, e vem a pergunta: A seletividade encontra reserva de constituição? 
A resposta será: Depende. Doutor, doutora, o principio da seletividade encontra necessidade de expressa previsão constitucional? E a resposta será: Depende, e depende de que? Depende do tributo sob exame, a depender do tributo a ser examinado a seletividade será uma condicionante ou uma mera opção política do legislador infraconstitucional. 
Olha o nível da pergunta e olha o nível da resposta. Em um lugar comum, isso é importante colocar, o candidato dirá: Diferente da progressividade a seletividade não guarda reserva de constituição. Isso é lugar comum na historia da jurisprudência. O meu candidato não pode responder isso, o meu candidato tem que responder a fundo, ele tem que ir ao vertical, ele é o cara, é assim que eu vejo você, então você tem que ter uma visão de mapa da constituição. 
Nessa visão de mapa ele dirá: Depende excelência, qual tributo a excelência quer que eu examine. A depender da espécie tributária o tributo será necessariamente seletivo ou não por força de norma constitucional. Então a resposta é depende, existem tributos que guardam reserva de constituição para seletividade, e existem tributos que não guardam. Exemplo: Art. 153 IV. 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
IV - produtos industrializados;
Agora vamos para o § 3º que é o parágrafo do IPI: 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
§ 3º - O imposto previsto no inciso IV:
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores;
III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
O IPI é seletivo por força de constituição.
Vamos ver outra hipótese, art. 155 II da CF/88:
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
Ai vamos adiante, art. 155 II § 2º: E nessa decorrência ele vai ter uma previsão muito peculiar.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;
II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes;
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação;
V - é facultado ao Senado Federal:
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;
VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais;
VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á:
a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;
b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;
VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior, caberá ao Estado da localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual;
IX - incidirá também:
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios;
X - não incidirá:
a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica;
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º;
d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos;
XII - cabe à lei complementar:
a) definir seus contribuintes;
b) dispor sobre substituição tributária;
c) disciplinar o regime de compensação do imposto;
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços;
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a"
f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias;
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (Vide Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
Art. 155 § 2º III:
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;
No meu caderno nas minhas anotações eu vou colocar assim: Art. 153 § 4º I, IPI será seletivo. Art. 155 § 2º III o ICMS poderá ser seletivo. 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 2.º O imposto previsto
no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;
E vamos adiante. Ainda dentro do art. 155 tem um artigo muito sutil que nunca vi em prova ainda, art. 155 § 6º II :
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 6º O imposto previsto no inciso III: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Se vocês tiverem anotando contorna essa palavra porque ela é uma conjunção coordenada aditiva sindética e vai fazer uma diferença na nossa interpretação. Ao lado do art. 155 § 6º II eu peço a você a gentileza de fazer uma conjugação lá com CTN. Ver CTN art. 178:
Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. (Redação dada pela Lei Complementar nº 24, de 7.1.1975)
Ai eu quero que vocês peguem o “e” do art. 178 e contornem também, conjunção coordenada sindética aditiva. O STF já julgou o art. 178 e prova virá que o examinador mais alto nível vai perguntar: Doutor como que esse “e” do IPVA seletivo?Ainda não veio essa prova, virá confiem em mim. 
Há outras hipóteses de seletividade na constituição, exemplo, art. 156 quando fala de IPTU, art. 156 § 1º II. O art. 156 § 1º II também é uma hipótese de seletividade. Repara que o art. 156 § 1º I faz alusão a progressividade em razão do valor do imóvel e neste momento nós estamos falando de seletividade em razão do uso e da localização do imóvel, art. 156 § 1º II, sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art.182 § 4º II o IPTU poderá ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e uso do imóvel. IPTU seletivo, IPTU seletivo em razão do uso, IPTU seletivo em razão da localização do imóvel. Particularmente eu sublinharia de novo a conjunção coordenada sindética aditiva “e”.
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
Mauricio existem outras hipóteses de seletividade no corpo da constituição? Existem, as contribuições sociais também são seletivas, elas também funcionam de acordo com a razão do produto, a razão da destinação. Exemplo, mais um exemplo de seletividade constitucional: art. 177 § 4º I a CF/88. Aqui estamos falando de contribuição de intervenção no domínio econômico, a chamada CIDE combustíveis, é uma contribuição de intervenção no domínio econômico destinada a regulação do mercado de combustíveis. 
Art. 177. Constituem monopólio da União:
I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos; (Vide Emenda Constitucional nº 9, de 1995)
II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades previstas nos incisos anteriores;
IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos de petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem;
V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção, comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob regime de permissão, conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 desta Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
I - a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
a) diferenciada por produto ou uso; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
Ai vem o art. 177 § 4º I e coloca:
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
I - a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
a) diferenciada por produto ou uso; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
O que é isso? Seletividade autorizada pela constituição.
No entanto dando continuidade a ideia, a seletividade não precisa encontrar respaldo na constituição essa é jurisprudência dos nossos tribunais. Diferentemente da historia dos tribunais no tocante a aplicação da progressividade , quando os tribunais entendiam que a progressividade guardava reserva de constituição, no tocante a seletividade não há reserva de constituição. No tocante a seletividade basta que exista a vontade do legislador para que se viabilizada a aplicação do principio da seletividade, ressalva feita as hipóteses estatuídas na constituição. Nas hipóteses constitucionais a seletividade passa a ser uma condicionante para a cobrança do tributo afinal de contas a linha da constituição endereçou ao legislador infraconstitucional o poder dever de tributar seletivamente. 
Fechando o nosso balão, questões: Doutor, doutora é correto afirmar que o IPI sempre será seletivo?
Resposta: Sim, é correto afirmar que o IPI sempre será seletivo. O art. 153 § 4º I outorga a estrutura do IPI o perfil de seletividade.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Segunda questão: Doutor, doutora é correto afirmar a seletividade do ICMS é uma faculdade do legislador infraconstitucional afinal de contas o art. 155 § 2º III CF/88 utilizou-se da palavra poderá e largou mão da expressão será. Qual a força da palavra poderá? Um poder dever, uma faculdade?A doutrina tem informado a jurisprudência e neste ponto doutrina e jurisprudência tendem a um lugar comum.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;
Na linha da boa doutrina e na linha da jurisprudência que se forma ICMS será seletivo em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços, a expressão poderá ser seletivo não traduz apenas uma faculdade do legislador, traduz na verdade um poder dever do legislador e do administrador em viabilizar a aplicação do principio da capacidade contributiva com o objetivo de atingir o protoprincipio da justiça fiscal. Sublinha a expressão poderá e faz remição ao art. 153 § 4º I “será”.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Observação: Muito cuidado com provas de múltipla escolha sem consulta, geralmente provas de múltipla escolha sem consulta não desafiam juízo de valor, cobram do candidato memória. Se você estiver diante de um perfil de prova em que você sente pela leitura do contexto que o examinador não está cobrando juízo de valor, seja porque não aponta para doutrina, seja porque não aponta para a jurisprudência atenha-se a letra da constituição. O ICMS poderá ser seletivo em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços. 
Em um juízo critico que é onde eu espero que o examinador venha nos examinar a expressão poderá é um poder dever, não é uma faculdade na medida em que a seletividade visa a atingir o grau melhor da justiça fiscal. 
Dentro dessa ótica eu tenho outra questão. Doutor em que hipótese o IPVA será seletivo? Ai na letra A da prova virá assim: IPVA será seletivo em função da origem do veiculo. Isso é certo? Eu vou sublinhar a palavra origem e vou responder errado. A palavra origem não funciona dentro da progressividade do IPVA que foi consignada através de emenda, a seletividade do IPVA apareceu com a emenda 42 /03 e a origem não diz respeito a possibilidade da seletividade do IPVA. 
Olha a mesma pergunta com outro vocabulário: Doutor, eu posso através de lei criar seletividade de IPVA levando em conta a nacionalidade do veiculo? Veiculo nacional, veiculo importado? Não, a nacionalidade é sinônimo de origem e a nacionalidade não é parâmetro para legitimar a aplicação do principio da seletividade. O art. 155 § 6º CF/88 fruto do advento da emenda constitucional 42/03 prevê que a seletividade do IPVA girará em torno de um binômio, binômio aglutinado através de uma conjunção coordenada sindética aditiva, portanto, através de uma condição cumulativa. O IPVA será seletivo sim, se a lei que o instituir criar a seletividade levando—se em conta o tipo e utilização do veiculo. Não apenas a origem e não apenas a nacionalidade. 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 6º O imposto previsto no inciso III: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Exemplo dessa configuração que a meu ver é um exemplo livresco porém extremamente útil diz respeito a Ferrari, ao Audi TT. Audi TT branco, Ferrari branca, pode ter uma alíquota de IPVA lá embaixo ainda que se trate de um carro extremamente esportivo? O tipo é esporte, o tipo é conversível, o tipo é acima de 400 cavalos, a seletividade poderá aportar nessas hipóteses? Sim, caso nas laterais e no capo haja uma cruz vermelha e eu use esses veículos como instrumento de resgate em vias de alta velocidade. Tipo e utilização, tipo e finalidade. A finalidade condiciona o tipo na aplicação ótima da seletividade junto ao IPVA daí eu dizer que a palavra “e” caracteriza uma condicionante e na profetização da jurisprudência, já que a jurisprudência ainda não cuidou desse tema, eu remeto meu candidato ao art. 178 do CTN.
No art. 178 CTN a lei já fala em “ e” quando cuida de isenção condicionada que, aliás, é um tema de prova. Lá no art. 178 consta:
Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. (Redação dada pela Lei Complementar nº 24, de 7.1.1975)
Como o STF interpreta o art. 178 CTN? Isenção outorgada por prazo determinado e mediante condição gera direito adquirido não pode ser revogada em nome do principio da segurança e condição, prazo certo e condição. E se a isenção for outorgada apenas por prazo certo? Pode ser revogada. E se a isenção for outorgada apenas sob condição? Pode ser revogada. Na estatura constitucional a única isenção que gera direito adquirido na forma da interpretação
do art. 178 CTN é a isenção outorgada por prazo certo e mediante condição. 
MUTADIS MUTANDIS transferindo aquela palavra para o contexto da seletividade eu me autorizo a dizer que o IPVA será seletivo se a lei que o instituir levar em conta o tipo e a utilização do veiculo. Exemplo clássico são os super carros, hiper esportivos destinados ao resgate em vias expressas. 
Bom dentro dessa ótica de seletividade aparece uma questão hiper importante atinente ao IPTU, o IPTU é progressivo e seletivo a depender do MODUS OPERANDI. O art. 156 § 1º I prevê o IPTU progressivo e o art. 156 § 1º II prevê o IPTU seletivo sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182 § 4º II o imposto previsto no inciso I poderá ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
O que é isso, localização e uso? Localização, zona sul, zona norte, perto da praia, perto do metrô. E uso? Residencial, comercial, industrial, hospitalar, alimentar. A depender da realização e do uso o IPTU poderá a vir a trabalhar com alíquotas seletivas também, IPTU seletivo, IPVA seletivo, ICMS seletivo, IPI seletivo, a seletividade rondando o protoprincipio da justiça fiscal. 
Observação ainda na prova: Doutor e o ITBI? O ITBI pode ser progressivo? Estou falando de seletividade, estou provocando uma pergunta incidental. E o ITBI pode ser progressivo? Resposta do meu candidato: Ainda não, ainda não existe jurisprudência a autorizar o ITBI progressivo apesar de ser uma tendência da jurisprudência do STF que já viabilizou a COSIP progressiva e já viabilizou o ITD MC progressivo, porém o ITBI pode ser seletivo a jurisprudência aceita a seletividade do ITBI apesar de não haver previsão constitucional expressa em relação a isto.
O ITBI enquanto imposto municipal está previsto no art. 156 II:
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
Quando eu leio o art. 156 II eu chego a problemática do ITBI seletivo. A constituição não autorizou a seletividade do ITBI a constituição sequer sinalizou para o ITBI seletivo, em que pese a completa omissão da constituição a jurisprudência dos Estados principalmente prevê a configuração do ITBI seletivo. Fundamento: A constituição não veda, portanto desde muito tempo o ITBI seletivo é legitimado pela jurisprudência dos tribunais principalmente dos tribunais locais. 
Imóvel destinado a fins comerciais, ITBI diferenciado. Imóvel destinado a funções sociais, ITBI diferenciado. Olha mas ai você está levando em conta a progressividade. Grande erro anota, a progressividade se aproxima da seletividade, fato, a progressividade e seletividade são princípios que se aproximam na medida em que são subprincipios do principio da capacidade contributiva, na medida em que tanto a progressividade quanto a seletividade buscam atingir o ideal da justiça tributária. Quanto a isso não há duvida. Existe um ponto de aproximação entre a progressividade e seletividade. 
No entanto a progressividade e a seletividade se distinguem na definição, se distinguem na estrutura, a progressividade enquanto subprincipio da capacidade contributiva determina que o QUANTUM DEBEATUR variará de acordo com a correlação entre a base de cálculo e a alíquota. A determinação da alíquota estará vinculada a elevação da base de cálculo de forma que quanto maior for a base de cálculo maior será a alíquota em uma progressão.
Já a seletividade funciona em termos de essencialidade do bem, essencialidade do produto, essencialidade do serviço, essencialidade do uso, a seletividade é o subprincipio da capacidade contributiva a luz do qual a intensidade da tributação será constatada na razão inversa da essencialidade do produto objeto dessa tributação. 
O que eu quero dizer é que quanto mais essencial for o bem menor será a tributação na seletividade, por outro lado quanto mais supérfluo for o bem maior será a tributação a luz da seletividade. Essa é a noção de seletividade por conceito. 
Fechando, na progressividade a alíquota é elevada na razão direta da elevação da base de cálculo, e na seletividade a alíquota funciona na razão inversa da essencialidade do bem. Na seletividade a alíquota é estipulada na razão inversa da essencialidade do bem. Essa é a diferença conceitual entre o principio da progressividade e o principio da seletividade.
Agora vamos colocar isso na prática, reparem a estrutura, fizemos o desenvolvimento da seletividade, colocamos questões de seletividade agora vou partir para um ponto prático e meu aluno precisa ter essa noção a partir do momento que eu como seu instrutor tenho a função de te colocar em um ponto ótimo de performance. Então deixa eu te mostrar a seletividade acontecendo em um momento horroroso de jurisprudência. 
Determinado momento o governo federal decidiu tirar da cesta básica o açúcar e excluiu o açúcar da cesta básica fazendo com que incidisse sobre esse bem a carga ordinária da tributação. Claro que os contribuintes impugnaram e em uma visão geral alegaram que retirar o açúcar da cesta básica fazendo com que sobre ele incidisse uma carga tributária ordinária era ofender a capacidade contributiva dos contribuintes afinal de contas o açúcar é um produto básico a subsistência digna da esmagadora maioria dos brasileiros. 
A questão foi posta em juízo, o poder judiciário se posicionou e de que maneira? Não cabe ao poder judiciário a opção política de determinar o que é e o que não é essencial a subsistência digna do particular. Se o poder judiciário tomasse para si tal incumbência estaria vilipendiando o principio da separação entre os poderes, estaria invadindo uma seara que não é a sua, cabe ao poder legislativo e ao governo federal determinar um e outro o que é seletivo e o que não é seletivo para fins de tributação. Neste momento não vou negar também meu coração desacreditou um pouco mais no sistema judicial. 
Deixamos com isso a problemática da seletividade, o segundo principio focado na capacidade contributiva. O terceiro subprincipio é a pessoalidade.
Pessoalidade:
O terceiro subprincipio se chama principio da pessoalidade ou principio da personalização. Está descrito no art. 145 § 1º na primeira parte do dispositivo ao afirmar que:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
 
Qual é a ênfase da pessoalidade? A pessoalidade é uma norma programática eu diria, ela é uma intenção e ela convida o legislador infraconstitucional a prestar atenção na figura do sujeito passivo da obrigação tributária, a enfatizar a realidade subjetiva da relação tributária, menos do que a exteriorização pura e simples da riqueza a tributar.
Não há efetivamente uma ordem clara no tocante a pessoalidade ou no tocante a personalização, porém o meu candidato pode colher nuances dentro e fora da letra da lei no intuito de concretizar o principio da pessoalidade na tributação. Exemplo de pessoalidade: Art. 156 § 1º I :
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
Aqui já aparece uma questão de jurisprudência, uma questão, portanto de prova real. Doutor, doutora o IPTU é pessoal ou real? O IPTU está subordinado ao principio da pessoalidade ou não? Em uma linha doutrinaria que eu particularmente concordo muito e em uma linha de jurisprudência do STJ a resposta é positiva. Com o advento da emenda 29 do ano de 2000 o IPTU deixou de ser um imposto predominantemente real para ser um imposto de caráter eminentemente pessoal. Olha a pessoalidade, uso, localização, estou enfatizando a figura do proprietário que usufrui daquele bem e não apenas a figura da propriedade. 
Entretanto a jurisprudência do STF tem sido rude ao entender que o IPTU continua a ser um imposto de caráter real, antes ou depois do advento da emenda 29 do ano de 2000. E sendo um imposto de caráter real dirá a jurisprudência tradicional do STF não se aplicará o principio da capacidade contributiva porque o principio da capacidade contributiva está atrelado a pessoalidade. Se o IPTU é um imposto de caráter real o IPTU não pode ser calibrado pelo principio da capacidade contributiva. Essa é uma visão tradicional de STF e devo alertar meu candidato uma visão que a meu ver é completamente ultrapassada. 
Apesar de não conhecer nenhuma jurisprudência recente de STF sobre IPTU progressivo pessoal, eu tenho a meu ver que essa visão de STF é completamente dissonante da visão atual que o STF tem sobre a aplicação do principio da capacidade contributiva. 
Devo, no entanto dizer que o que se colhe da jurisprudência histórica do STF é a seguinte visão: A pessoalidade é um condicionante para aplicação do principio da capacidade contributiva. O IPTU continua a ser o imposto de caráter real, sendo imposto de caráter real não se lhe aplica o principio da capacidade contributiva. É um problema de pessoalidade no IPTU. 
Outra visão de pessoalidade na capacidade contributiva diz respeito a figura da responsabilidade tributária, é uma forcação de barra eu não vou negar, mas eu já faço uma alavanca para você. Quando eu falo de pessoalidade eu remeto você para o art. 135 e para o art. 136 CTN. Ali vamos ter um debate muito forte, muito acalorado sobre o direito tributário penal subjetivo e nós podemos começar a visualizar essa problematização a luz do principio da pessoalidade a informar a capacidade contributiva, não mais que isso. A pessoalidade não é um tema de capacidade contributiva, mas didaticamente deve ser colocada junto com os demais subprincipios da capacidade contributiva.
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.
O quarto e último subprincipio da capacidade contributiva se chama proporcionalidade. 
Proporcionalidade:
Proporcionalidade como eu já alertei no final do nosso último encontro não se confunde neste momento com a cláusula do devido processo legal, com a cláusula da razoabilidade proporcionalidade propriamente dita que é um principio magnífico que nós vamos cuidar. 
Não, proporcionalidade na linha didática do Ricardo Lobo Torres, que é um dos grandes autores do direito tributário, neste momento exterioriza apenas a quantificação da carga tributária. Dirá ele: A proporcionalidade enquanto subprincipio da capacidade contributiva determina que o QUANTUM DEBEATUR esteja atrelado a base de cálculo e não a alíquota. A quantidade de tributação variará de acordo com a majoração da base de cálculo, o quantum debeatur variará de acordo com a base de cálculo. Quanto maior a base de cálculo maior o tributo, quanto maior a base de cálculo maior a capacidade contributiva. A alíquota será fixa. O tributo não, o tributo variará de acordo com a base de cálculo. É a base de cálculo que determinará a capacidade contributiva a luz da proporcionalidade. A capacidade contributiva será concluindo proporcional a base de cálculo, quanto maior a base de cálculo maior a capacidade contributiva. Essa é a noção de proporcionalidade. 
Observação: Regra geral o principio da capacidade contributiva gira em torno da proporcionalidade, a exteriorização da capacidade contributiva gira em torno da base de cálculo excepcionalmente a capacidade contributiva girará em torno da progressividade. Excepcionalmente o legislador poderá e deverá usar a progressividade porque na regra a exteriorização de riqueza tributável através da delimitação da base de cálculo já é mais do que suficiente para caracterizar a capacidade contributiva do sujeito passivo. 
Conclusão geral: O principio da capacidade contributiva é o principio mais complexo da tributação, tem nuances em subprincipios, merece uma enorme atenção, seja porque é belo, seja porque é quantitativamente importante no ramo de provas para MPF. 
Já falamos do principio da legalidade tributária, já falamos do principio da capacidade contributiva, temos uma visão sinceramente muito profunda da principiologia a luz da doutrina e da jurisprudência e agora eu te convido a trabalhar comigo um princípio que eu particularmente já gostei muito, e hoje eu entendo como um principio menor no campo da tributação que é o principio da anterioridade tributária. Devo te dizer que é um principio que tem muito apelo de prova, cai muito demais em concursos públicos inclusive no concurso do MPF, porém não é um principio charmoso como

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