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EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA PERIODONTAL
A epidemiologia é a área do conhecimento que tem como objetivo estudar a distribuição e determinantes dos estados de saúde ou eventos, além da aplicação desse conhecimento no controle dos problemas de saúde. Qualquer evento que ocorra em uma determinada população e que possa interferir no processo saúde-doença é objeto de estudo da epidemiologia. A partir desses dados coletados, são implementadas ações que visam mudar aquela condição de saúde. Por isso, fazemos o levantamento epidemiológico, que permite o estudo da condição de saúde de uma determinada população para a partir disso, serem propostas as diretrizes citadas anteriormente.
CLASSIFICAÇÃO DA DOENÇA PERIODONTAL
Já foi visto que a doença periodontal pode se apresentar como gengivite e periodontite. A gengivite está relacionada com o biofilme supragengival (que possuem bactérias gram-positivas) e que tem como principal sinal o sangramento gengival. Já a periodontite evolui na região subgengival (onde já existe a presença de bactérias gram-negativas), tendo como fatores patognomônicos não só o sangramento gengival, mas a perda de inserção clínica e presença de perda óssea, além de se apresentar em maior prevalência nas formas mais leves e em menor prevalência nas formas mais severas/avançadas.
Além disso, existem as formas mais específicas. Vamos nos deparar geralmente com a gengivite associada à presença do biofilme. Mas, existem outros tipos de gengivite: medicamentosa, associada a presença de vírus, associada a alguma condição sistêmica, gengivite idiopática, entre outros. Em relação à periodontite, existem também outras formas.
É importante que saibamos fazer um diagnóstico com precisão, considerando que a forma que vou tratar depende disso. Geralmente o tratamento é a raspagem, mas, a raspagem que eu faço em um paciente com periodontite agressiva é diferente do que tem gengivite: São formas, áreas, acessos, controle, graus de formação, graus de destruição tecidual, bactérias diferentes.
Classificação aceita hoje (1999) – QUE VAMOS ENCONTRAR COM MAIS FREQUÊNCIA!
Gengivite induzida pela presença de placa: é uma condição totalmente controlável através das raspagens, tendo como fatores modificadores a diabetes e o fumo.
Como visto antes, a periodontite é uma condição que afeta o periodonto de proteção. Existem dois tipos de periodontite mais prevalentes: A Periodontite Crônica e a Periodontite Agressiva. Na PC, o caráter evolutivo é lento (começa na adolescência e por volta de 50 anos de idade observa-se perdas ósseas grandes), sendo uma doença que evolui muito lentamente, ela se instala mas a perda óssea ocorre devagar. Então, se inicia quando a pessoa é jovem e vai se agravando com o passar do tempo (adulto-idosa). Além disso, o tipo de absorção óssea predominante é a horizontal (podemos observar também a vertical), que é aquela em que o paciente perde osso uniformemente, onde radiograficamente a linha óssea desceu (dentes inferiores) ou subiu (dentes superiores) de forma uniforme. Além disso, esse tipo de periodontite se relaciona com o índice de placa do paciente, ou seja: o índice de destruição periodontal é compatível com o índice de placa que ele tem. O grau de perda óssea. As bactérias relacionadas são: Porphyronomas gingivalis, Tanerella forsythia, Prevotella intermedia, Eikenella corrodens, Treponema denticola (TODAS podem ser encontradas também na periodontite agressiva).
A Periodontite Agressiva tem um caráter evolutivo rápido (Ex: A doença se instala quando o paciente tem 15 anos e com 30 anos a perda tecidual já é muito extensa: 8,9, 10mm de PS) e um padrão de evolução óssea vertical (radiograficamente o osso se encontra com alturas diferente). Nesses pacientes, o grau de perda óssea não é compatível com o índice de placa, ou seja, existem muitos pacientes com um índice de placa relativamente baixo porém com grandes destruições ósseas. Assim como na crônica, a predominância bacteriana é de bactérias gram-negativas. Nesse tipo, existe uma bactéria chamada Aggregatibacter actinomycetemcomitans, que é altamente patogênica e leva a um grau muito grande de destruição tecidual, visto que é uma bactéria invasiva, de difícil erradicação e com um potencial de destruição feroz, repopulando a região subgengival rapidamente. Ela está relacionada fortemente com essa periodontite (predominante), mas, também pode ser encontrada em algum sítio na periodontite crônica.
Tanto a periodontite crônica quanto a agressiva podem ser subclassificadas em LOCALIZADA e GENERALIZADA. Isso é baseado no número de sítios afetados pela doença, lembrando que cada dente possui 6 sítios (3 vestibulares e 3 linguais/palatinos). A periodontite é localizada até 30% dos sítios presentes estão afetados pela doença. Ela é generalizada quando há acima de 30% dos sítios presentes afetados. 
Além de localizada ou generalizada, a Periodontite crônica é classificada em LEVE, MODERADA e SEVERA. A agressiva só pode ser classificada em localizada e generalizada, com citado anteriormente. A periodontite crônica é considerada leve quando a profundidade de sondagem é 4 mm. É moderada quando há 5-6mm e severa quando há 7mm ou mais de PS. 
EX: Paciente W.M, 20 anos de idade, índice de placa de 30% e com profundidade de sondagem de 7mm (16,26,11,14,15), 4mm (15, 34 e 35), 5mm (31). Qual é o diagnóstico da condição periodontal dessa paciente? Periodontite Agressiva
Perda óssea = PERIODONTITE
Evolução rápida = AGRESSIVA (paciente relativamente jovem que possui grandes perdas ósseas.
O índice de placa não está compatível com o grau de perda óssea (visto que há PS de 7mm): presença do Aggregatibacter actinomycetemcomitans.
LOCALIZADA: Existem 32 dentes, mas, nos cálculos, consideramos apenas 28 dentes (excluindo os terceiros molares). Para fechar o diagnóstico, sempre consideramos a pior condição (ou seja, os dentes com PS de 7mm).
5 (dentes) x 6 (sítios) = 30 sítios que estão afetados pela doença na sua condição pior.
28 (dentes ao total) x 6 (sítios) = 168 sítios 
168 sítios ---------- 100%
30 --------------------- X
X = 17,85 % 
PACIENTE M.A.I, 57 anos, 73% de índice de placa, fumante, recessão gengival, Ausência dentária (17,15,25,27), PS 5mm (11,21,45,46) e 7mm (36).
DIAGNÓSTICO: Periodontite crônica severa localizada
PERIODONTITE: Perda óssea
CRÔNICA: caráter evolutivo lento: grandes perdas ósseas quando a pessoa está mais velha
SEVERA: níveis de profundidade de sondagem de 7mm presente
LOCALIZADA:
24 dentes x 6 = 144 sítios 
1 (dente) x 6 = 6 sítios
144 sítios ---------- 100%
6 sítios ----------- x 
X = 4,1% 
PACIENTE D.R.L, 39 anos, índice de placa de 30%, PS de 8mm (sítios mesiais e centrais: 15,14 e 13) E 6mm (34,35), presença de pseudobolsas de 6mm (34,35)
PERIODONTITE AGRESSIVA: caráter evolutivo rápido, além do índice de placa não estar compatível com o grau de destruição do paciente
LOCALIZADA: Menos de 30% de sítios afetados
Sítios mesiais: 2 x 3 (dentes) = 6 
Sítios centrais: 2 x 3 = 6 
SM + SC: 12 sítios
28 dentes x 6 sítios = 168 sítios 
168 sítios --------------- 100%
12 sítios -------------- x 
X = 7,14% 
PACIENTE A.M.S, 39 anos, IP de 30%, presença de sangramento gengival, halitose, ausência dentária (15,17), presença de pseudobolsas 6mm (34,25)

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