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QUESTIONÁRIO AV1

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AULA 
 
Rio 16/02/2016 
 
1-Noções introdutórias 
1.1 O Direito Civil como ramo do Direito Privado 
1.2 O fenômeno da condificação 
2– O Código Civil de 2002 
 2.1 Princípio Norteadores 
 A) Eticidade (art. 422- Ética – Boa fé objetiva c/principio norteadores do CC) 
 B) Socialidade (art. 421- 1228 $1– Princípio basilar) 
 C) Operabilidade (art. 205 – 206 – Fora art. 205 e 206, são decadência) 
3- A constitucionalização do Direito Civil 
 
Lei 10.406/2002 
Três pricnipios dão base a codificação civil brasileira: Eticidade, Socialidade e Operabilidade 
 
LINDB (anterior era LICC) – Dec. 4657/42 
 
A LINDB regulamenta: 
 Vigência (Dependendo do que está escrito ou 45 dias da Vacacio Leg) 
 Validade (Dependendo aceitação e de seguir os trâmites) 
 Eficácia (Aceite pela sodiedade) 
 Conflito de normas no tempo e no espaço (Hermenêutica / cronológica) 
 Hermenêutica (Interpretação do Direito) 
 
Total 
REVOGAÇÃO 
 Parcial 
 
 Expressa 
 Tácita 
 
 
Obs: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; 
 
RETROATIVIDADE DAS LEIS 
Inicialmente, o Decreto-Lei n. 4.657/1942, em sua redação original, tinha como ementa: “Lei de Introdução ao Código 
Civil Brasileiro” (LICC). Porém, com a entrada em vigor da Lei n. 12.376/2010, o título do referido decreto-lei foi alterado 
para “Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro” (LINDB). Essa mudança ocorreu em virtude de a LINDB não ser 
parte integrante do Código Civil, e sim uma lei autônoma. 
As normas previstas na LINDB não regulam apenas as partes integrantes do Código Civil, mas todas as normas 
previstas no ordenamento jurídico. Ela não rege a vida das pessoas, como é o caso do Código Civil, mas sim as próprias 
normas jurídicas, alcançando tanto o direito privado, quanto o direito público. 
Segundo Tartuce, a LINDB: “[...] é um conjunto de normas sobre normas, ou uma norma de sobredireito (lex legum), eis 
que disciplina as próprias normas jurídicas, prevendo a maneira de sua aplicação no tempo e no espaço, bem como a 
sua compreensão e o entendimento do seu sentido lógico, determinando também quais são as fontes do direito, em 
complemento ao que consta na Constituição Federal.” 
Feita as devidas considerações sobre a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, passemos a análise da 
celeuma que envolve o instituto “conflito de leis no tempo”, regulado pela referida lei, em especial sobre a possibilidade 
ou não de uma lei retroagir para alcançar o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
 
CONFLITO DE LEIS TEMPO 
Como é de conhecimento de todos, a lei, em regra, é feita para valer para o futuro. 
Segundo Maria Helena Diniz, quando uma lei modifica ou regula, de forma diferente, a matéria versada pela lei anterior, 
seja em decorrência da ab-rogação (revogação total da lei anterior) ou pela derrogação (revogação parcial da lei 
anterior), podem surgir conflitos entre as novas disposições e as relações jurídicas já consolidadas sob a égide da velha 
norma revogada. 
Sendo assim, o doutrinador Carlos Roberto Gonçalves faz o seguinte questionamento: Será que é possível a aplicação 
da lei nova às situações anteriormente constituídas? 
Para solucionar tal questão, a doutrina utiliza dois critérios. O primeiro critério diz respeito às disposições transitórias, às 
quais são elaboradas pelo legislador, no próprio texto normativo, destinadas a evitar e a solucionar conflitos que poderão 
surgir do confronto da nova lei com a antiga lei. Tais normas são temporárias e conciliam a nova lei com as relações já 
definidas pela norma anterior. O segundo critério, como bem explica Maria Helena Diniz, diz respeito ao princípio da 
retroatividade e da irretroatividade das normas. 
A regra adotada pelo ordenamento jurídico é de que a norma não poderá retroagir, ou seja, a lei nova não será aplicada 
às situações constituídas sobre a vigência da lei revogada ou modificada (princípio da irretroatividade). Este princípio 
objetiva assegurar a segurança, a certeza e a estabilidade do ordenamento jurídico. 
É possível afirmar, ainda, que o referido princípio apresenta duplo fundamento, sendo um de ordem constitucional e 
outro de ordem infraconstitucional. Vejamos: 
O art. 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal prevê que: “A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico 
perfeito e a coisa julgada.” [5] Já o art. 6º, da LINDB diz o seguinte: “A lei em vigor terá efeito imediato e geral, 
respeitando o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.” 
Sendo assim, tendo como parâmetro estes dois fundamentos, é possível observar que a regra da irretroatividade não é 
absoluta, tendo em vista que convive com outro preceito de direito intertemporal, que é o da eficácia imediata e geral da 
lei nova. Ou seja, em alguns casos a lei nova poderá retroagir. Além disso, Carlos Roberto Gonçalves afirma que a 
irretroatividade das leis não possui caráter absoluto, por razões de políticas legislativas, que por sua vez podem 
recomendar que, em determinadas situações, a lei seja retroativa, atingindo os efeitos dos atos jurídicos praticados sob o 
império da norma antiga. 
Nessa perspectiva, é possível se olvidar que a lei nova alcance os casos pendentes e futuros decorrentes de situações 
pretéritas que se realizem sob a égide da lei revogada, não abrangendo os fatos passados, nos quais se incluem o ato 
jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
Em meio a essas explanações, vale aduzir o que venha ser ato jurídico perfeito, direito adquirido e coisa julgada. 
Sobre o assunto, Flávio Tartuce assevera que: “Direito adquirido: é o direito material ou imaterial já incorporado ao 
patrimônio de uma pessoa natural, jurídica ou ente despersonalizado.” 
Pela previsão do § 2º do art. 6º da LINDB: “consideram-se adquiridos assim os direitos que seu titular, ou alguém por 
ela, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha tempo prefixo ou condição preestabelecida inalterável, 
a arbítrio de outrem”. 
Isso quer dizer que o direito adquirido não se restringe apenas ao direito que já se incorporou ao patrimônio de seu 
titular, mais também o exercício de um direito que depende de um termo prefixo ou condição preestabelecida e que seja 
inalterável, pelo arbítrio de outrem. 
Com relação ao ato jurídico perfeito, Maria Helena Diniz diz que é o ato: “[...] já consumado, seguindo a norma vigente 
ao tempo em que se efetuou. Já se tornou apto para produzir os seus efeitos.” 
Por fim, a coisa julgada, também chamada de caso julgado, consiste na imutabilidade de uma sentença, ou seja, é a 
decisão prolatada da qual não caiba mais recurso. 
Dessa forma, é possível perceber que a Constituição Federal, como a LINDB, adotaram a Teoria de Francesco Gabba, 
que se apoia em total respeito ao direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, no intuito de preservação da 
segurança jurídica. 
Desta maneira, é possível concluir que a regra é a irretroatividade no que diga respeito ao direito adquirido, ao ato 
jurídico perfeito e a coisa julgada, e a possibilidade da retroatividade no que diga respeito a casos pendentes e futuros. 
Logo, a regra é que a lei só pode retroagir, para atingir fatos consumados quando não ofender o ato jurídico perfeito, o 
direito adquirido e a coisa julgada, e quando o legislador, expressamente, mandar aplicá-la a casos passados, mesmo 
que a palavra “retroatividade” não seja usada. 
Diante disso, a doutrina reconhece três tipos de retroatividade, quais sejam: 
Retroatividade máxima, também chamada de restitutória, que é aquelaem que a lei nova ataca fatos pretéritos, ou seja, 
fatos já consumados sob a vigência da lei revogada, prejudicando assim o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a 
coisa julgada. 
Retroatividade média, que é aquela em que a lei nova atinge efeitos pendentes de atos jurídicos verificados antes da 
nova lei, como por exemplo, um contrato, em que uma prestação esteja vencida, mas ainda não foi paga. 
Retroatividade mínima, também chamada de temperada ou mitigada, na qual a lei nova alcança e atinge os efeitos 
futuros de situações passadas consolidadas sob a vigência da lei anterior, como por exemplo, uma prestação decorrente 
de um contrato que não venceu e ainda não foi paga. Inclusive, existem alguns autores que defendem que neste aspecto 
não seria nem caso de retroatividade. Com isso, não se verifica propriamente a retroatividade, o que ocorre é tão 
somente a aplicação imediata da lei nova, que por sua vez seria uma situação intermediária entre a retroatividade e a 
irretroatividade. 
 
REPRISTINAÇÃO 
Ocorre quando uma lei é revogada por outra e posteriormente a própria norma revogadora é revogada por uma terceira 
lei, que irá fazer com que a primeira tenha sua vigência reestabelecida caso assim determine em seu texto legal. A lei 
revogada não se restaura apenas por ter a lei revogadora perdido a vigência, pois a repristinação só é admitida se for 
expressa. 
Exemplo: A lei 2 revogou a 1. A lei 3 revogou a 2. A repristinação ocorreria se a lei 1 retornasse a vigência. 
 
Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue 
§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. 
 
 
REVOGAÇÃO 
A revogação é o fenômeno pelo qual uma lei perde a sua vigência. Esse fenômeno deve ocorrer haja vista o dinamismo 
da vida social e a complexidade das relações, se fazendo necessárias inúmeras adaptações da Ordem Jurídica. 
Uma lei perde sua vigência em algumas situações específicas, quais sejam: revogação por outra lei, desuso e decurso 
de tempo. 
Quando for revogada por outra lei: nesse caso a nova lei terá algumas opções, podendo revogar a totalidade do 
conteúdo da lei anterior, (resultando a ab- rogação) ou revogar tão somente alguma parte determinada (verificando a 
derrogação). 
Poderá a nova lei, também, ser expressa quanto à revogação, dizendo claramente qual lei ou parte dela que perderá 
seus efeitos, ou tácita, quando a lei nova não diz expressamente o que veio revogar, mas se mostra incompatível com a 
norma existente (lei anterior revoga a anterior), ou a lei nova regulamenta a totalidade do assunto abordado em uma 
anterior (lei especial prevalece sobre lei geral). 
Quando ocorre o desuso: é verificado quando a lei não é aplicada da forma prevista, ou seja, a autoridade a quem 
incumbia garantir a observância da lei não a aplica. Pode o desuso se dar também de forma espontânea, quando as 
pessoas deixam, aos poucos, de observar a norma em suas relações sociais. 
As características do desuso são: a falta de observância da lei por um considerável período de tempo, e que essa 
inobservância ocorra em todos os âmbitos de atuação da lei, expressando assim seu caráter genérico. 
 
COISA JULGADA 
Ocorre quando a sentença judicial se torna irrecorrível, ou seja, não admite mais a interposição de qualquer recurso. 
Tem como objetivo dar segurança jurídica às decisões judiciais e evitar que os conflitos se perpetuem no tempo. A coisa 
julgada pode ser formal, quando a sentença não pode ser alterada dentro do mesmo processo, porém poderá ser 
discutida em outra ação, ou material, quando a sentença não pode ser alterada em nenhum outro processo. 
Em outras palavras: é a qualidade conferida à sentença judicial contra a qual não cabem mais recursos, tornando-a 
imutável e indiscutível. Sua origem remonta ao direito romano (res judicata), onde era justificada principalmente por 
razões de ordem prática: pacificação social e certeza do final do processo. 
 
LACUNA 
É um vazio ou uma incompletude do ordenamento legislativo por inexistência de uma norma jurídica aplicada in 
concreto, ou seja, inexistência de dispositivo aplicável ao caso concreto ou de um critério para que se saiba qual norma 
aplicar. 
 
Regras sobre a vigência e eficácia das normas jurídicas - Ex: Art. 1º da LINDB 
Quando não houver no texto da lei publicada a indicação de quando essa lei começará a ser vigente, de acordo com o 
Art. 1º da LINDB, ela começará a valer 45 dias após oficialmente publicada. 
 
Mecanismos do Preenchimento de Lacunas das Leis - Ex: Art. 4º da LINDB 
Quando as leis forem omissas sobre determinado assunto, a LINDB ajuda o juiz a preencher essas lacunas advindas 
dessas omissões. O juiz irá preencher essas lacunas com a analogia, os costumes e os princípios gerais de Direito. 
 
Regras de Hermenêutica (Interpretação) - Ex: Art. 5º da LINDB 
Como as leis devem ser interpretadas. Se o juiz está em dúvidas em como aplicar a lei, ele a aplicará atendendo aos fins 
sociais a que ela se dirige e as exigências do bem comum. 
 
INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS 
 
A) Quanto a origem: 
 Autêntica: é aquela que provém do legislador que redigiu a regra a ser aplicada, de modo que demonstra no 
texto legal qual a mens legis ( espiríto do legislador) que inspirou o dispositivo legal. 
 
 Doutrinária: é dada pela doutrina, ou seja, pelos cientistas jurídicos, estudiosos do Direito que inserem os 
dispositivos legais em contextos variados, tal como relação com outras normas, escopo histórico, entendimentos 
jurisprudenciais incidentes e demais complementos exaustivos de conhecimento das regras. 
 
 Jurisprudencial: produzida pelo conjunto de sentenças, acórdãos, súmulas e enunciados proferidos tendo por 
base discussão legal ou litígio em que incidam a regra da qual se busca exaurir o processo hermenêutico. 
 
B) Métodos de interpretação 
 Literal: busca o sentido do texto normativo, com base nas regras comuns da língua, de modo a se extrair dos 
sentidos oferecidos pela linguagem ordinária os sentidos imediatos das palavras empregadas pelo legislador. 
 
 Histórico: busca o contexto fático da norma, recorrendo aos métodos da historiografia para retomar o meio em 
que a norma foi editada, os significados e aspirações daquele período passado, de modo a se pode 
compreender de maneira mais aperfeiçoada os significados da regra no passado e como isto se comunica com 
os dias de hoje. 
 
 Sistemático: considera em qual sistema se insere a norma, relacionando-a às outras normas pertinentes ao 
mesmo objeto, bem como aos princípios orientadores da matéria e demais elementos que venham a fortalecer a 
interpretação de modo integrado, e não isolado. 
 
 Teleológico: busca os fins sociais e bens comuns da norma, dando-lhe certa autonomia em relação ao tempo 
que ela foi feita. Tratando-se de hermenêutica jurídica, o termo significa a interpretação do Direito (seu objeto), 
que pode - e deve - passar por uma leitura constitucional e política. 
 
B) Quanto ao resultado: 
 Declarativo: há compatibilidade do texto da norma com o seu sentido. (in claris cessat interpretatio) 
 
 Restritivo: O texto da Lei (verba legis) se restringe a disposição legal. 
 
 Extensivo: O texto da Lei é menos conclusivo que a sua intenção. Amplia-se o significado literal para a obtenção do 
efeito prático. (p. ex.: "os pais" devem ser entendidos como o pai e a mãe) 
 
 Ab-rogante: O texto da Lei não pode ser aplicado, pois é inconstitucional ou foi revogado tacitamente por Lei 
posterior com ela incompatível. 
 
A PESSOA NATURAL 
 
Pessoa natural é sinônimo de pessoa física, é todo ser humano. Toda pessoa natural é dotada de personalidade 
(aptidão genérica para ser titular de direitos e contrair obrigações).Enuncia o art. 2º do CC que: 
Art. 2o Apersonalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os 
direitos do nascituro. 
Mas, afinal, o nascituro tem ou não personalidade civil? 
O art. 2 do CC/2002 faz colidir duas teorias, quais sejam, teoria NATALISTA e teoria CONCEPCIONISTA. 
As principais teorias que tratam do inicio da personalidade. 
 
a)Teoria natalista: 
A teoria natalista é a corrente que prevalece entre os autores clássicos do Direito Civil, para quem o nascituro não 
poderia ser considerado pessoa, pois é exigido para tanto o nascimento com vida. Assim, tal sujeito teria apenas mera 
expectativa de direito, a qual se concretizaria no momento em que ele respirasse fora do ventre materno. 
O autor Flávio Tartuce critica a teoria natalista tendo em vista que esta acaba por considerar o nascituro como uma 
coisa, a partir do momento em que ele só teria mera expectativa de direito. Outra crítica presente no panorama civilista 
atual com relação à teoria legalista é que esta se encontra totalmente distante do surgimento das novas técnicas de 
reprodução assistida, bem como da proteção dos direitos do embrião, temas estes que não podem mais ser ignorados, 
haja vista a desenvolvimento da ciência da Medicina nesse sentido. 
 
 Advém de uma interpretação literal e simplificada da lei. 
 
 O nascituro não tem personalidade, não havendo assim proteção a sua imagem, alimentos, nome, paternidade e etc. 
 
b) Teoria da personalidade condicional ( também chamada de teoria mista) 
A teoria da personalidade condicional traz em tela uma visão de reconhecimento do inicio da personalidade jurídica da 
pessoa humana no momento da concepção, entretanto, sendo esta de maneira condicional. Segundo tal pensamento, a 
personalidade civil começa com o nascimento com vida, mas os direitos do nascituro estão sujeitos a uma condição 
suspensiva, ou seja, são direitos eventuais. 
Os adeptos da teoria da personalidade condicionada afirmam que nascendo com vida, a existência do indivíduo, no 
tocante aos seus interesses, retroagiria ao momento da concepção. Os direitos assegurados ao nascituro se 
encontrariam em estado potencial, ou seja, esperando a realização do nascimento com vida para que fossem 
seguramente efetivados. 
Afirma Carlos Roberto Gonçalves: 
Poder-se-ia até mesmo afirmar que na vida intra-uterina tem o embrião, concebido in vitro personalidade jurídica formal, 
no que atina aos direitos personalíssimos, visto ter carga genética diferenciada desde a concepção, seja ela in vivo ou in 
vitro, passando a ter personalidade jurídica material, alcançando os direitos patrimoniais, que se encontravam em estado 
potencial, somente com o nascimento com vida. Se nascer com vida adquire personalidade jurídica material, mas se tão 
não ocorrer nenhum direito patrimonial terá. 
 
 Os direitos da personalidade começam com o nascimento com vida, MAS, os direitos do nascituro ficam 
SUSPENSOS por estarem condicionados a um evento futuro, qual seja, o nascimento com vida. 
 O nascituro não tem direitos efetivamente, mas essa teoria os condiciona, há uma expectativa de direito. 
 É uma teoria essencialmente patrimonialista, deixando suspensos direitos subjetivos. 
 
c) Teoria Concepcionista: 
A teoria concepcionista surge como um buscar de inovação no pensamento de alguns doutrinadores, os quais passam a 
admitir que o nascituro é pessoa humana, tendo direitos resguardados pela lei. A principal precursora da tese 
concepcionista no Brasil foi Silmara Juny Chinellato, a qual explana que: 
O nascimento com vida apenas consolida o direito patrimonial, aperfeiçoando-o. O nascimento sem vida atua, para a 
doação e a herança, como condição resolutiva, problema que não se coloca em se tratando de direitos não patrimoniais. 
De grande relevância, os direitos da personalidade do nascituro, abarcados pela revisão não taxativa do art. 2º. Entre 
estes, avulta o direito à vida, à integridade física, à honra e à imagem, desenvolvendo-se cada vez mais a indenização 
de danos pré-natais, entre nós com impulso maior depois dos Estudos de Bioética. 
Como explanado, a citada autora levanta o argumento de que o nascimento com vida não é o marco inicial para o 
alcance dos direitos patrimoniais, mas apenas consolida os mesmos, na medida em que passa a se tornar perfeita a 
possibilidade de defendê-los. Quanto aos direitos da personalidade referente à vida, à integridade física, à honra e à 
imagem, estes seriam atributos do nascituro desde o momento da sua concepção, razão pela qual deve ser protegido 
pela possibilidade de indenização pelos danos que lhes sejam causados. 
A tese sustentada por Silmara Juny Chinellato restou acompanhada por diversos doutrinadores, como Pontes de 
Miranda, Rubens Limongi França[18], Flávio Tartuce[19], Gustavo Rene Nicolau, Renan Lotufo e Maria Helena Diniz. 
 
 O nascituro é uma pessoa humana e tem seus direitos resguardados pela lei. 
 É a atual posição do STJ e do CJF: CJF, Enunciado 1 da I Jornada de Direito Civil. 
 A lei dos alimentos gravídicos reforça essa teoria. 
 A lei de 11.105/2005 (Biossegurança) Reforça essa teoria ao prever a tutela da integridade física do embrião. 
 
CAPACIDADE DE DIREITO 
Capacidade de Direito, também chamada de Capacidade de Gozo, consiste na possibilidade que toda pessoa tem de 
ser sujeito de Direito, isto é, figurar num dos pólos da Relação Jurídica. É característica inerente ao ser humano, e 
nenhum pode ser privado dessa capacidade pelo ordenamento jurídico, como está no Art. 1º do Código Civil: "Toda 
pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil". 
 
CAPACIDADE DE FATO 
Capacidade de Fato consiste na possibilidade de estar a frente de seus direitos e deveres (é o que os incapazaes não 
podem fazer). Ou seja, é a aptidão que o ser humano tem ou não de exercer os seus direitos, o que relaciona a 
Capacidade de Fato com a de Direito e, ao contrário desta, pode ser retirada caso seja entendido que a pessoa não 
possui discernimento o suficiente para tal. 
Uma pessoa física pode adquirir a capacidade de fato ao longo de sua vida, tanto como pode perdê-la. Mas como 
adquiri-la? A regra geral é que a pessoa humana adquire a capacidade de fato quando: 
 ao completar 18 (dezoito) anos; 
 pela concessão dos pais (emancipação); 
 pelo casamento; 
 pelo exercício de emprego público efetivo; 
 pela colação em curso de ensino superior; 
 pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o 
menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. 
 
PERDA CAPACIDADE DE FATO 
A mesma pode ser “perdida” por intervenção judicial, desde que comprovado que determinada pessoa humana se 
encaixe em pelo menos um dos itens da listagem abaixo: 
 que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática dos atos da vida 
civil; 
 os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade; 
 os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; 
 os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; 
 e os pródigos. 
 Concluindo, os incapazes relativamente ou absolutamente, não podem ter a capacidade de fato. 
 
INCAPACIDADE Absoluta e Relativa 
 
Incapacidade absoluta são para os débeis, os menores de 16, os com capacidade de discernimento diminuída e para os 
índios; 
art. 3° do Código Civil, qualquer ato praticado pelas pessoas mencionadas neste artigo é nulo, ou seja, nao existe. 
 
Incapacidade relativa são para os maiores de 16 e menores de 18, os temporariamente impossibilitados de exercer atos 
da vida civil, como os militares que não podem votar e os que estejam com a capacidade de discernimento, 
temporariamente prejudicados. 
art. 4° do Código Civil, qualquer ato praticado pelas pessoas mencionadas nesteartigo é anulável, ou seja, a partir do 
momento em que se consumam produzem efeitos até que seja declarado a sua invalidade. 
 
Uma diferença fundamental entre os atos de incapazes e relativamente incapazes é que aqueles nao tem tempo para 
pedir sua invalidade, isto é, pode ser perdida a qualquer momento. Já a anulabilidade do ato dos relativamente 
incapazes se não for impugnada dentro do prazo de 4 anos( art. 178 do Código Civil) se torna um ato perfeito produzindo 
efeitos como se não houvesse acontecido o fato que gerou o direito para pleitear-se a anulação. 
 
 
 
SUPRIMENTO DE INCAPACIDADE: Representação e Assitência 
Representação: quando não é permitido ao indivíduo incapaz exercer os seus direitos individualmente, tem de surgir um 
terceiro que actue no seu lugar, ajudando-o a exercer os seus direitos (art. 258º, efeitos de representação). Os actos 
realizados pelo representante são da inteira responsabilidade do incapaz. 
Assistência: apesar do incapacitado poder exercer livremente os seus direitos, não os pode exigir sozinho. Ou seja, o 
suprimento da incapacidade impõe que outra pessoa actue juntamente com o incapaz. Para que os actos sejam aceites, 
é necessário que haja um acordo de vontade entre o inabilitado e o assistente. Ele pode agir pessoalmente mas não 
livremente. 
 
EMANCIPAÇÃO 
É o ato jurídico que antecipa os efeitos civis da aquisição da maioridade da capacidade civil plena, para data anterior 
àquela em que o menor atinge a idade de 18 anos. Com a emancipação, o menor passa a ser capaz, embora não deixe 
de ser menor. Via de regra, é definitiva, irretratável e irrevogável. 
 
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os 
atos da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente 
de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função 
deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. 
 
Emancipação pode ser Voluntária 
A emancipação voluntária ocorre pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento 
publico, desde que o menor haja completado dezesseis anos. A emancipação é irrevogável, mas os pais podem ser 
responsabilizados pelos danos causados pelo filho emancipado. 
 
Emancipação pode ser Judicial 
Aquela concedida pelo juiz, ouvido o tutor, se o menor conta dezesseis anos completos. O juiz, nesses casos, deverá 
comunicar a emancipação ao oficial de registro, de ofício, se não constar dos outros haver sido efetuado este em oito 
dias. Antes do registro, a emancipação não produzirá efeito. 
 
Hipóteses da emancipação legal 
Casamento: Realizado o matrimônio, mediante autorização judicial, não há como deixar de reconhecer que poderá 
ocorrer em situação excepcional, a emancipação do menor. Mesmo havendo a dissolução da sociedade conjugal, o 
emancipado não retorna à anterior situação de incapacidade civil. Só poderá retornar à situação de incapacidade a 
pessoa que agir de má fé ao contrair o casamento, sendo tal ato considerado nulo ou anulável. 
 
Exercício de emprego público efetivo: O indivíduo que mantém, com o estado ou entidades de sua administração direta 
ou indireta, relação de trabalho de natureza profissional e caráter não eventual, sob vínculo de dependência. Esta forma 
de emancipação é difícil, pela circunstância de que dificilmente a lei admitirá o provimento efetivo em cargo público antes 
dos dezoito anos, até mesmo porque esta é a idade mínima admitida para a capacidade plena trabalhista. 
 
Colocação de grau em curso de ensino superior: É causa legal de emancipação. Dificilmente alguém se emancipará 
desta forma, dada a longa extensão dos cursos. Quando vier a receber o grau, o estudante terá certamente atingido a 
maior idade. 
 
Maior de dezesseis com economia própria: Poderá se emancipar quando o maior de dezesseis possuir renda própria 
através de emprego ou por meio da manutenção de estabelecimento comercial. 
 
ATENÇÃO: UMA NORMA RESTRITIVA JAMAIS PODE ANALISAR DE FORMA AMPLIATIVA 
 
1. O NOME CIVIL 
 
 O nome civil integra a personalidade do ser humano, exercendo as funções precípuas de individualização e 
identificação das pessoas nas relações de direitos e obrigações desenvolvidas em sociedade. Inicia-se com o registro 
que, em regra, acontece logo após o nascimento, e acompanha a pessoa natural por toda a vida, podendo haver 
reflexos, inclusive, após sua morte. 
 Os direitos ao nome, bem como os outros direitos da personalidade são valores fundamentais da pessoa. Admite-se 
que este é o primeiro a ser empregado. O direito ao nome esta previsto nos artigos 16 a 20. Assim, compreende-se que 
o sobrenome, o pseudônimo e o prenome são essenciais ou se não de direito da pessoa natural. 
 
LEI Nº 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973. 
Art. 16. Os oficiais e os encarregados das repartições em que se façam os registros são obrigados: 
 1º a lavrar certidão do que lhes for requerido; 
 2º a fornecer às partes as informações solicitadas. 
Art. 17. Qualquer pessoa pode requerer certidão do registro sem informar ao oficial ou ao funcionário o motivo ou 
interesse do pedido. 
Art. 18. Ressalvado o disposto nos artigos 45 e 96, parágrafo único, a certidão será lavrada independentemente de 
despacho judicial, devendo mencionar o livro do registro ou o documento arquivado no cartório. 
Art. 19. A certidão será lavrada em inteiro teor, em resumo, ou em relatório conforme quesitos e devidamente 
autenticada pelo oficial ou por seus substitutos legais, não podendo ser retardada por mais de cinco (5) dias. 
 § 1º É facultado o fornecimento de certidão de inteiro teor, mediante reprodução por sistema autorizado em lei. 
 § 2º A certidão de nascimento mencionará sempre à data em que foi lavrado o assento. 
Art. 20. No caso de recusa ou retardamento na expedição da certidão, o interessado poderá reclamar à autoridade 
competente, que aplicará, se for o caso, a pena disciplinar cabível. 
 Parágrafo único. Para a verificação do retardamento, o oficial, logo que receber alguma petição, fornecerá à parte 
uma nota de entrega devidamente autenticada. 
Art. 21. Sempre que houver qualquer alteração posterior ao ato cuja certidão é pedida, deve o oficial mencioná-la, 
obrigatoriamente, não obstante as especificações do pedido, sob pena de responsabilidade civil e penal. 
 
Quem poderá ser registrado LEI Nº 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973. 
 
Art. 29. Serão registrados no registro civil de pessoas naturais: 
 I - os nascimentos; 
 II - os casamentos; 
 III - os óbitos; 
 IV - as emancipações; 
 V - as interdições; 
 VI - as sentenças declaratórias de ausência; 
 VII - as opções de nacionalidade; 
 VIII - as sentenças que deferirem a legitimação adotiva. 
 
AS POSSIBILDIADE DE ALTERAÇÃO NOME CIVIL - Volutárias 
 
CASAMENTO 
A lei 10.406/02 explícitas nos artigos 1.565 e 1571 autoriza junto ao casamento a alteração do sobrenome, este tanto 
para inclusão ou em caso de dissolvido do matrimônio, retorno ao nome de solteiro. 
 
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 
Institui o Código Civil. 
SUBTÍTULO I 
Do Casamento 
Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e 
responsáveis pelos encargos da família. 
§ 1o Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro. 
 
CC- Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 
Institui o Código Civil. 
SUBTÍTULO I 
Do Casamento 
Art. 1.571. A sociedade conjugal termina: 
§ 2o Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de casado; salvo, 
no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial. 
 
ERRO GRÁFICO 
O erro gráfico ocorre quando há um evidente erro na grafia do assento de nascimento, sendo possível a retificação do 
registro. Pode ser citado como exemplo de erro gráfico o nome “Nerson”, em vez de Nelson. 
Em qualquer caso de retificação do prenome, mesmo o mais evidente erro gráfico, deve o interessado requerer o 
pronunciamento judicial, não sendo válido o ato do oficial de proceder de ofício para a retificação no registro do 
prenome. 
O art. 58, parágrafo único, da Lei n. 6.015/73, ao tratar do assunto em questão, previa que: “Quando, entretanto, for 
evidente o erro gráfico do prenome, admite-se a retificação, bem como a sua mudança mediante sentença do juiz, a 
requerimento do interessado, no caso do parágrafo único do art. 55, se o oficial não o houve impugnado”. 
Com as alterações trazidas pela Lei n. 9.708/98, o dispositivo acima transcrito foi suprimido, entretanto, não houve a 
derrogação da parte que trata da correção do nome por erro de grafia na Lei dos Registros Públicos, subsistindo sua 
regulamentação no art. 213, que prevê: “A requerimento do interessado, poderá ser retificado o erro constante do 
registro, desde que tal retificação não acarrete prejuízo à terceiro”. 
O procedimento para a retificação do registro por erro gráfico processar-se-á no próprio serviço de registro civil, que o 
autuará e o submeterá ao órgão do Ministério Público, fazendo os autos conclusos ao juiz competente da comarca, e, 
após sentença, o oficial averbará a retificação à margem do registro (art. 110 da Lei n. 6.015/73). 
 
ALTERAÇÃO IMOTIVADA 
 
LEI Nº 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973. 
Art. 56. O interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil, poderá, pessoalmente ou por procurador 
bastante, alterar o nome, desde que não prejudique os apelidos de família, averbando-se a alteração que será publicada 
pela imprensa. 
 
ALTERAÇÃO FUNDADA POR COAÇÃO 
 
Alteração fundada em coação ou ameaça decorrente de colaboração com a apuração de crime. 
 
LEI Nº 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973. 
Art. 57 - Qualquer alteração posterior de nome, somente por exceção e motivadamente, após audiência do Ministério 
Público, será permitida por sentença do juiz a que estiver sujeito o registro, arquivando-se o mandato e publicando-se a 
alteração pela imprensa. 
§ 1º Poderá, também, ser averbado, nos mesmos termos, o nome abreviado, usado como firma comercial registrada ou 
em qualquer atividade profissional. 
§ 2º A mulher solteira, desquitada ou viúva, que viva com homem solteiro, desquitado ou viúvo, excepcionalmente e 
havendo motivo ponderável, poderá requerer ao juiz competente que, no registro de nascimento, seja averbado o 
patronímico de seu companheiro, sem prejuízo dos apelidos próprios, de família, desde que haja impedimento legal para 
o casamento, decorrente do estado civil de qualquer das partes ou de ambas. 
§ 3º O Juiz competente somente processará o pedido, se tiver expressa concordância do companheiro, e se da vida em 
comum houverem decorrido, no mínimo, 5 (cinco) anos ou existirem filhos da união. 
§ 4º O pedido de averbação só terá curso, quando desquitado o companheiro, se a ex-esposa houver sido condenada ou 
tiver renunciado ao uso dos apelidos do marido, ainda que dele receba pensão alimentícia. 
§ 5º O aditamento regulado nesta Lei será cancelado a requerimento de uma das partes, ouvida a outra. 
§ 6º Tanto o aditamento quanto o cancelamento da averbação previstos neste artigo serão processados em segredo de 
justiça". 
 
ENTEADO/ENTEADA 
 
ECA - Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990 
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. 
Subseção IV 
Da Adoção 
Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita no registro civil mediante mandado do 
qual não se fornecerá certidão. 
§ 1º A inscrição consignará o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de seus ascendentes. 
LEI Nº 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973. 
Art. 57 
Vide Lei acima 
 
ALTERAÇÃO NOME ESTRANGEIRO 
 
A alteração do nome estrangeira tem autorização quando não é permitido ou possível tradução 
 
LEI Nº 6.815, DE 19 DE AGOSTO DE 1980. 
Art. 30. O estrangeiro admitido na condição de permanente, de temporário (incisos I e de IV a VI do art. 13) ou de asilado 
é obrigado a registrar-se no Ministério da Justiça, dentro dos trinta dias seguintes à entrada ou à concessão do asilo, e a 
identificar-se pelo sistema datiloscópico, observadas as disposições regulamentares 
Art. 43. O nome do estrangeiro, constante do registro (art. 30), poderá ser alterado: (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 
09/12/81) 
 I - se estiver comprovadamente errado; 
 II - se tiver sentido pejorativo ou expuser o titular ao ridículo; ou 
 III - se for de pronunciação e compreensão difíceis e puder ser traduzido ou adaptado à prosódia da língua portuguesa. 
 § 1° O pedido de alteração de nome deverá ser instruído com a documentação prevista em Regulamento e será 
sempre objeto de investigação sobre o comportamento do requerente. 
 § 2° Os erros materiais no registro serão corrigidos de ofício. 
 § 3° A alteração decorrente de desquite ou divórcio obtido em país estrangeiro dependerá de homologação, no Brasil, 
da sentença respectiva. 
 § 4° Poderá ser averbado no registro o nome abreviado usado pelo estrangeiro como firma comercial registrada ou em 
qualquer atividade profissional. 
Art. 44. Compete ao Ministro da Justiça autorizar a alteração de assentamentos constantes do registro de estrangeiro. 
 
LEI Nº 6.964, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1981. 
§ 3º Qualquer mudança de nome ou de prenome, posteriormente à naturalização, só por exceção e motivadamente será 
permitida, mediante autorização do Ministro da Justiça. 
 
EXPOSIÇÃO DO PORTADOR DO NOME AO RIDÍCULO 
 
Questão muito polêmica é a possibilidade de alteração do nome por exposição ao ridículo de seu portador, tratando-se 
de matéria de difícil interpretação e solução, por se tratar de noção subjetiva. 
Primeiramente, os oficiais de registro civil não deverão registrar os nomes que expõem o portador ao ridículo, 
entendendo ser o nome exótico ou ridículo, deverão submeter a questão à apreciação do Judiciário. Nesse sentido, 
determina: 
Art. 55 da Lei n. 6.015/73 que: 
Os oficiais do registro civil não registrarão prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores. Quando os 
pais não se conformarem com a recusa do oficial, este submeterá por escrito o caso, independente da cobrança de 
quaisquer emolumentos, à decisão do juiz competente. 
Ao discorrer sobre a exposição ao ridículo do prenome, ensina Walter Ceneviva que: “É noção variável de pessoa a 
pessoa, subjetiva. O delegado agirá com moderação, respeitando tais convicções, só acolhendo a escolha quando 
aberrante da normalidade”. 
De observar-se que a recusa somente poderá ocorrer em relação ao prenome, não sendo lícita eventual impugnação 
aos nomes de família pelo oficial. 
Após o registro, verificando situação vexatória para o indivíduo, poderá este ingressar com ação judicial, pleiteando a 
alteração do prenome, devendo constar no pedido prova da mencionada situação. 
 
A ALTERAÇÃO NOME - Maioridade civil 
 
O titular do nome poderá alterá-lo durante o período do primeiro ano ao atingir a maioridade, requerendo ao Judiciário a 
resolução da questão. 
Art. 56 da Lei de Registros Públicos (Lei n. 6.015/73) 
O interessado, no primeiro ano após atingir a maioridade civil, poderá, pessoalmente ou por procurador bastante, alterar 
o nome, desde que nãoprejudique os apelidos de família, averbando-se a alteração que será publicada pela imprensa. 
O interstício para a pessoa requerer a alteração do nome é no decurso do décimo nono ano de vida, ou seja, entre o 
primeiro dia que completar dezoito anos de idade até o último dia desta mesma idade, mesmo que a decisão seja 
posterior a este período. 
 Há divergências sobre a necessidade de intervenção judicial para que se processe a alteração do nome após o 
interessado atingir a maioridade, surgindo o debate sobre a possibilidade ou não de tal questão ser resolvida na esfera 
administrativa. 
Sobre a questão, leciona o professor Wilson de Souza Campos Batalha que: “Não há necessidade de interferência 
judicial, bastando simples requerimento do interessado, ou procurador especial. Naturalmente, se houver dúvida, poderá 
suscitá-la o oficial, a fim de que se pronuncie o juízo competente”. 
 
CONCEITO DE DIREITO DA PERSONALIDADE 
Os direitos da personalidade abrangem o direto à vida, à imagem, ao nome, à privacidade, e, além disso, os direitos de 
família puros, como, no caso, o direito ao reconhecimento da paternidade. Enfim, os direitos da personalidade tratam-se 
de todo o direito inerente à pessoa humana, constitutivos de sua identidade e intimidade. 
Por se tratar de direitos que buscam resguardar a dignidade da pessoa humana, não é permitido a ninguém, 
voluntariamente, dispor de sua liberdade, de sua privacidade, permitir que outra pessoa utilize seu nome de registro e, 
até mesmo, renunciar ao direito de pedir alimentos. 
Conforme já mencionado, os direitos de personalidade são intransmissíveis, irrenunciáveis, absolutos, ilimitados, 
impenhoráveis, inexpropriáveis, imprescritíveis e vitalícios; dessa forma, devem ser respeitados a todo e qualquer tempo, 
seja durante a vida do indivíduo ou até mesmo após a sua morte. 
 
ESTADO CIVIL 
Este possui 3 ordens de Estado: 
 
a) Individual / físico 
Sexo; 
Idade; 
Saúde... 
 
 
 
 
b) Família 
 
Solteiro 
É a pessoa que nunca se casou, independente se possui um relacionamento estável ou não. 
Casado 
É o indivíduo que possui uma união matrimonial através do casamento civil, independente do regime de bens adotado. 
Separado 
É quem não vive mais com o companheiro, porém ainda não está divorciado (a). A pessoa que está separada, pode 
decretar a separação judicial, para acabar com os deveres da sociedade conjugal. 
Divorciado 
É a pessoa que teve homologado seu pedido de divórcio através da justiça, ou de uma escritura. 
Viúvo 
É o indivíduo que o cônjuge faleceu. 
 
c) Político (Nacional / Estrangeiro) 
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 
Art. 12. São brasileiros: 
I - natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a 
serviço de seu país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da 
República Federativa do Brasil; 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição 
brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de 
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007) 
II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua 
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos 
ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.(Redação dada pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão 
atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.(Redação dada pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta 
Constituição. 
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa(Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 
1994) 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de 
Revisão nº 3, de 1994) 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como 
condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional 
de Revisão nº 3, de 1994) 
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. 
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. 
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios. 
 
DOMICÍLIO 
 
LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. 
 
Residência 
Residência é o local onde a pessoa mora com intuito permanente, que pode coincidir com o domicílio legal. Diferente das 
moradas provisórias, como os casos de hotéis ou aquelas temporadas em casa de um amigo ou um parente. A 
residência exige o intuito de permanência. 
Um indivíduo pode ter varias residências. 
Domicílio 
Já o Domicílio, conforme definição do dada pelo Código Civil, pode ser o local onde a pessoa estabelece sua residência 
definitiva, ou local onde a pessoa exerce suas atividades profissionais. Uma pessoa pode ter vários domicílios. 
O nosso Código Civil estabelece alguns domicílios legais, independente da residência ou atividade profissional, 
conforme artigos abaixo transcritos. 
 
Elemento objetivo = a fixação à pessoa em determinado lugar 
Elemento subjetivo = a intenção de aí fixar-se definitivamente. 
 
PESSOA NATURAL 
 
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. 
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio 
seu qualquer delas. 
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde está é 
exercida. 
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as 
relações que lhe corresponderem. 
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada. 
Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar. 
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, 
e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem. 
 
PESSOA JURÍDICA 
 
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: 
I - da União, o Distrito Federal; 
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; 
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal; 
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde 
elegerem domicílioespecial no seu estatuto ou atos constitutivos. 
§ 1o Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado 
domicílio para os atos nele praticados. 
§ 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no 
tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela 
corresponder. 
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. 
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em 
que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do 
comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, 
o lugar em que cumprir a sentença. 
Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde 
tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o 
teve. 
Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os 
direitos e obrigações deles resultantes. 
 
COMORIÊNCIA 
 
LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. 
Comoriência significa a morte simultânea de duas ou mais pessoas em um mesmo acontecimento, sem hipótese de 
averiguação sobre qual delas morreu primeiro. 
Trata-se de uma presunção legal fundamentada pelo Código Civil Brasileiro do ano de 2002, que dispõe no Artigo 8°: 
 
Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes 
precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. 
 
AUSÊNCIA 
 
LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. 
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou 
procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério 
Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. 
 
Fase: 
A) CURADORIA DOS BENS DO AUSENTE: 
O curador cuida dos bens do ausente por conta do eventual retorno deste. 
 
Procedimento: Comunicada a ausência ao juiz, este determinará a arrecadação dos bens do ausente e os entregará ao 
curado. 
A curadoria preconiza-se por 1 ano (São publicados editai a cada 2 meses) 
Transcorridos 3 anos abra-se a sucessão provisória. 
 
B) SUCESSÃO PROVISÓRIA 
Legitimados: 
 
Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram interessados: 
I - o cônjuge não separado judicialmente; 
II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários; 
III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte; 
IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas. 
 
A sentença que decreta a sucessão provisória somente produz efeitos após 180 dias: 
 
Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias depois 
de publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, e ao 
inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido. 
 
Aberta a sucessão provisória, são entregues os bens aos herdeiros em caráter provisório e condicional. 
 
C) SUCESSÃO DEFINITIVA 
 
10 ANOS depois de passada e julgado a sentença de abertura da sucessão provisória ou se o ausente contar 80 anos 
de idade e ultrapassar 5 anos de suas últimas notícias. 
 
Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, 
poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas. 
Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e 
que de cinco datam as últimas notícias dele. 
 
MORTE PRESUMIDA, SEM DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA. 
 
LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. 
Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a 
lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. 
 
LEI nº 9.140 de 04 de Dezembro de 1995 
Reconhece como mortas pessoas desaparecidas em razão de participação, ou acusação de participação, em atividades 
políticas, no período de 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979, e dá outras providências. 
Art. 1o São reconhecidos como mortas, para todos os efeitos legais, as pessoas que tenham participado, ou tenham 
sido acusadas de participação, em atividades políticas, no período de 2 de setembro de 1961 a 5 de outubro de 1988, e 
que, por este motivo, tenham sido detidas por agentes públicos, achando-se, deste então, desaparecidas, sem que delas 
haja notícias. (Redação dada pela Lei nº 10.536, de 2002) 
 
DIREITO DA PERSONALIDADE 
1- Consideram-se como da personalidade os direitos reconhecidos à pessoa humana tomada de si mesmo e em suas 
projeções na sociedade, previstos no ordenamento jurídico exatamente para a defesa de valores inatos no homem, 
como a vida, a higidez física, a intimidade, a honra, a intelectualidade e outros tantos. 
 
2 - CARACTERISTICAS 
 
 Intransmissíveis e Irrenunciáveis - não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. Na verdade, pode haver 
uma limitação voluntária dos direitos da personalidade, desde que não seja permanente ou geral (reality shows.) 
 
 Indisponível - impede que o titular possa deles dispor em caráter permanente ou total, preservando a sua própria 
estrutura física, psíquica e intelectual, muito embora possa, eventualmente, ceder (temporariamente) o exercício de 
determinados direitos da personalidade. Indisponibilidade no sentido de que os direitos da personalidade não podem 
ser transferidos a terceiros. No entanto, assevera que alguns direitos são disponíveis, tais como “os autorais, os 
direitos à imagem, ao corpo, aos órgãos, etc, por meio de contratos de concessão, de licença ou de doação”. Por 
isso, melhor que simplesmente se falar em indisponibilidade é falar em relativa indisponibilidade. 
 
 Imprescritível - Não se perdem pelo não uso. a imprescritibilidade impede que a lesão a um direito da personalidade 
venha a convalescer com o passar do tempo, obstando a pretensão de assegurar o livre exercício do direito da 
personalidade. Não se confunde, todavia, com a prescritibilidade da pretensão indenizatória de eventual dano 
decorrente da violação de direito da personalidade. 
 
 Inatos ou Originários – Teoria Natalista (conforme o art. 2º, primeira parte do Código Civil), a personalidade da 
pessoa começa a partir do nascimento com vida. Já para uma segunda teoria, a Teoria Concepcionista, o nascituro 
já tem personalidade desde a concepção, apenas adquirindo capacidade, no entanto, a partir do nascimento com 
vida. Nesse sentido, quem é concebido já é pessoa, mas a capacidade só advém do nascimento com vida. 
 
 Extrapatrimoniais - Por não comportarem avaliação econômica. É certo e incontroverso que a honra, a privacidade e 
demais bens jurídicos da personalíssimos de uma pessoa não comportam avaliação pecuniária. Não são susceptíveis 
de aferição monetária. Entretanto, uma vez violados tais bens jurídicos, independentemente de causar prejuízo 
material, surge a necessidade de reparação do dano moral caracterizado, como forma de diminuir o prejuízo da 
vítima e sancionar o lesante, inclusive com o caráter educativo (preventivo) de impedir novos atentados. 
 
 Absoluto - Os direitos da personalidade são absolutos porque possuem eficácia contra todos (ou seja, oponíveis erga 
omnes), impondo-se à coletividade o dever de respeitá-los. É um verdadeiro dever geral de abstenção dirigido a 
todos. 
 
 Vitalício - nasceme morrem com a pessoa. Ou seja, extinguem-se “com a morte do titular, como corolário de seu 
caráter intransmissível”. 
 
3- 5 GRANDES ÍCONES DIREITO PERSONALIDADE 
 
I. Vida e integridade física-psíquica; 
 
II. Nome; 
 
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 
Institui o Código Civil. 
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. 
 
III. Imagem – Retrato 
 Atributo 
 
O direito à imagem é o direito da personalidade conferido a todos os seres humanos para que possam controlar o uso e 
a exploração de sua imagem, como a representação fiel de seus aspectos físicos (fotografia, retratos pintados, gravuras 
e etc.) 
Além da Constituição Federal, o Código Civil também veio proteger o direito à imagem ao dispor que, “salvo se 
autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, 
a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser 
proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a 
respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais” (art. 20). 
 
Imagem-retrato como sendo "a projeção dos elementos visíveis que integram a personalidade humana, é a emanação 
da própria pessoa, é o eflúvio dos caracteres físicos que a individualizam. A sua reprodução, consequentemente, 
somente pode ser autorizada pela pessoa a que pertence, por se tratar de direito personalíssimo, sob pena de acarretar 
o dever de indenizar que, no caso, surge com a sua própria utilização indevida". A proteção da imagem-retrato é prevista 
no art. 5, inciso X da CF. 
Imagem-atributo é consequência da vida em sociedade. O homem moderno, em seu ambiente familiar, profissional ou 
mesmo em suas relações de lazer, tende a ser visto de determinada forma pela sociedade que o cerca. 
 
Definimos que possuímos duas imagens no texto constitucional: a primeira, a imagem-retrato, decorrente da expressão 
física do indivíduo; a segunda, a imagem-atributo, como o conjunto de características apresentados socialmente por 
determinado indivíduo. 
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à 
imagem; 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização 
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive 
nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos 
criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; 
 
IV. Honra 
 
Honra subjetiva: é o sentimento que a pessoa tem de si mesma, sentimentos internos de autoestima e dignidade. 
Honra objetiva: é a forma como a pessoa é vista pelas outras pessoas, o seu conceito perante a sociedade, sua 
reputação. 
 
V. Intimidade 
 
Enquanto a privacidade protege os aspectos externos da vida humana, como seus hábitos, e-mails, telefones e cartas, 
a intimidade refere-se aos aspectos internos da existência humana, como o segredo, o relacionamento amoroso, as 
situações de pudor, o sofrimento em razão de enfermidade ou a perda de uma pessoa próxima. 
 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização 
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, 
salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação 
criminal ou instrução processual penal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o 
exigirem; 
 
4 - DIREITO A PROTEÇÃO 
 
Medidas preventivas 
As medidas preventivas ou inibitórias têm por objetivo influir de forma eficaz na vontade daquele que possa vir a violar 
direitos da personalidade. Essas medidas judiciais podem, inclusive, apresentar-se por tutela inaudita altera pars (ou 
seja, antes mesmo de a parte supostamente agressora ser ouvida pelo juiz), visto que a atuação deverá ser efetiva e 
primar pela proteção do bem jurídico de maior valor no caso concreto. 
O Código de Processo Civil tutela as formas de coibir lesão a direitos prevendo multas, remoção de pessoas e coisas, 
desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, garantindo inclusive a possibilidade de requisição policial 
para seu cumprimento (art. 536, § 1º). Como exemplo concreto de tais medidas, podemos citar a exclusão de sites na 
internet contendo fotos não autorizadas. 
 
Medidas reparatórias 
As medidas reparatórias têm por objetivo amenizar as consequências da violação ao direito da personalidade (em 
observância do princípio da satisfação compensatória). Devemos lembrar que o dano moral é a lesão a qualquer 
direito da personalidade e não deve ser confundido com as suas consequências: dor, angústia, tristeza, depressão etc. 
Embora não se confundam, o objetivo da reparação do dano moral é justamente o de afastar as consequências da 
violação ao direito da personalidade, proporcionando à vítima algo que amenize o sofrimento suportado. 
Na jurisprudência, restou afastada a discussão do passado sobre a impossibilidade de se pleitear indenização por dano 
material cumulada com indenização por dano moral. Na atualidade, o entendimento pela possibilidade da cumulação é 
pacífico e sedimentado no STJ. Nesse sentido, a Súmula 37 do STJ dispõe que “são cumuláveis as indenizações por 
dano material e dano moral oriundos do mesmo fato” (publicada em 17-3-1992). 
 
5 - ATOS DE DISPOSIÇÃO DO PRÓPRIO CORPO 
 
LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. 
Institui o Código Civil 
 
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição 
permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei 
especial. 
 
LEI Nº 9.434, DE 4 DE FEVEREIRO DE 1997. - 
Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e dá outras 
providências. 
 
Art. 9o É permitida à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, 
para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou parentes consanguíneos até o quarto grau, inclusive, na forma 
do § 4o deste artigo, ou em qualquer outra pessoa, mediante autorização judicial, dispensada esta em relação à medula 
óssea. 
§ 3º Só é permitida a doação referida neste artigo quando se tratar de órgãos duplos, de partes de órgãos, tecidos ou 
partes do corpo cuja retirada não impeça o organismo do doador de continuar vivendo sem risco para a sua integridade 
e não represente grave comprometimento de suas aptidões vitais e saúde mental e não cause mutilação ou deformação 
inaceitável, e corresponda a uma necessidade terapêutica comprovadamente indispensável à pessoa receptora. 
§ 4º O doador deverá autorizar, preferencialmente por escrito e diante de testemunhas, especificamente o tecido, órgão 
ou parte do corpo objeto da retirada. 
§ 5º A doação poderá ser revogada pelo doador ou pelos responsáveislegais a qualquer momento antes de sua 
concretização. 
§ 6º O indivíduo juridicamente incapaz, com compatibilidade imunológica comprovada, poderá fazer doação nos casos 
de transplante de medula óssea, desde que haja consentimento de ambos os pais ou seus responsáveis legais e 
autorização judicial e o ato não oferecer risco para a sua saúde. 
§ 7º É vedado à gestante dispor de tecidos, órgãos ou partes de seu corpo vivo, exceto quando se tratar de doação de 
tecido para ser utilizado em transplante de medula óssea e o ato não oferecer risco à sua saúde ou ao feto. 
§ 8º O autotransplante depende apenas do consentimento do próprio indivíduo, registrado em seu prontuário médico ou, 
se ele for juridicamente incapaz, de um de seus pais ou responsáveis legais. 
Art. 9o-A É garantido a toda mulher o acesso a informações sobre as possibilidades e os benefícios da doação 
voluntária de sangue do cordão umbilical e placentário durante o período de consultas pré-natais e no momento da 
realização do parto. 
 
RESOLUÇÃO FEDERAL DE MEDICINA (ADEQUAÇÃO SEXO) 
 
 Enunciado 276 – Art.13. O art. 13 do Código Civil, ao permitir a disposição do próprio corpo por exigência médica, 
autoriza as cirurgias de transgenitalização, em conformidade com os procedimentos estabelecidos pelo Conselho 
Federal de Medicina, e a consequente alteração do prenome e do sexo no Registro Civil. 
 Enunciado 277 – Art.14. O art. 14 do Código Civil, ao afirmar a validade da disposição gratuita do próprio corpo, com 
objetivo científico ou altruístico, para depois da morte, determinou que a manifestação expressa do doador de órgãos 
em vida prevalece sobre a vontade dos familiares, portanto, a aplicação do art. 4º da Lei n. 9.434/97 ficou restrita à 
hipótese de silêncio do potencial doador. 
 Enunciado 401 - Art. 13. Não contraria os bons costumes a cessão gratuita de direitos de uso de material biológico 
para fins de pesquisa científica, desde que a manifestação de vontade tenha sido livre e esclarecida e puder ser 
revogada a qualquer tempo, conforme as normas éticas que regem a pesquisa científica e o respeito aos direitos 
fundamentais. 
 Enunciado 402 - Art. 14, parágrafo único. O art. 14, parágrafo único, do Código Civil, fundado no consentimento 
informado, não dispensa o consentimento dos adolescentes para a doação de medula óssea prevista no art. 9º, § 6º, 
da Lei n. 9.434/1997 por aplicação analógica dos arts. 28, § 2º (alterado pela Lei n. 12.010/2009), e 45, §2º, do ECA. 
 Enunciado 532 – É permitida a disposição gratuita do próprio corpo com objetivos exclusivamente científicos, nos 
termos dos arts. 11 e 13 do Código Civil. Artigos: 11 e 13 do Código Civil - Art. 11. Com exceção dos casos previstos 
em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer 
limitação voluntária. 
 Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem 
prejuízo de outras sanções previstas em lei. 
 
6- DIREITO AO NOME 
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. 
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao 
desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória. 
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. 
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. 
 
7- PROTEÇÃO A IMAGEM 
 
Enunciado 279 – Art.20. A proteção à imagem deve ser ponderada com outros interesses constitucionalmente tutelados, 
especialmente em face do direito de amplo acesso à informação e da liberdade de imprensa. Em caso de colisão, levar-
se-á em conta a notoriedade do retratado e dos fatos abordados, bem como a veracidade destes e, ainda, as 
características de sua utilização (comercial, informativa, biográfica), privilegiando-se medidas que não restrinjam a 
divulgação de informações. 
Súmula 403 —“Independe de prova ou prejuízo a indenização pela publicação não autorizada da imagem de pessoa 
com fins econômicos ou comerciais ”. 
Obs.: Entendeu o tribunal que certamente tratando-se de imagem como direito constitucionalmente protegido, tomando-
se como referência antecedentes judiciais o uso indevido da imagem do ser humano acarreta indenização, 
independentemente de prova ou prejuízo-dano, o que certamente constitui um grande avanço sobre o tema, elidindo 
certamente o uso e abuso da imagem muitas vezes por pretextos sem qualquer respaldo jurídico, além da tormentosa 
dificuldade na apuração da indenização. 
 
Obs.2: IN RE IPSA (Independente de comprovação) 
 
Obs. 3: Dano Moral 
 
 DIREITO DE INFORMAR 
 X 
DANO A IMAGEM 
 
 
 
 
8- VIDA PRIVADA 
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou 
veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. 
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em 
qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV. 
Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: 
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; 
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação; 
III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei; 
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família. 
Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros 
natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham 
sede no País. 
 
9- DIREITO AO ESQUECIMENTO 
 
O Enunciado 531 diz que: "A tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da informação inclui o direito ao 
esquecimento". 
 
10- RESOLUÇÃO 1957/10 E 2013/13 
 
As Resoluções 1.957/10 e 2.013/13 do CFM buscaram criar normas que harmonizassem as novas técnicas de 
reprodução assistida com os princípios da ética médica nos dias de hoje, visando um tratamento padronizado e 
humanizado em relação a estes procedimentos, que se apresentam como uma grande solução para a infertilidade em 
seres humanos e também para outras situações ainda mais complexas, como é o caso da impossibilidade da procriação, 
por meios biológicos naturais, em homossexuais. 
 
RESOLUÇÃO CFM Nº 2.013/13 
NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA 
 
PRINCÍPIOS GERAIS 
1 - As técnicas de reprodução assistida (RA) têm o papel de auxiliar a resolução dos problemas de reprodução humana, 
facilitando o processo de procriação. 
2 - As técnicas de RA podem ser utilizadas desde que exista probabilidade efetiva de sucesso e não se incorra em risco 
grave de saúde para a paciente ou o possível descendente, e a idade máxima das candidatas à gestação de RA é de 50 
anos. 
3 - O consentimento informado será obrigatório para todos os pacientes submetidos às técnicas de reprodução assistida. 
Os aspectos médicos envolvendo a totalidade das circunstâncias da aplicação de uma técnica de RA serão 
detalhadamente expostos, bem como os resultados obtidos naquela unidade de tratamento com a técnica proposta. 
6 - O número máximo de oócitos e embriões a serem transferidos para a receptora não pode ser superior a quatro. 
Quanto ao número de embriões a serem transferidos faz-se as seguintes recomendações: a) mulheres com até 35 anos: 
até 2 embriões; b) mulheres entre 36 e 39 anos: até 3 embriões; c) mulheres entre 40 e 50 anos: até 4 embriões; d) nassituações de doação de óvulos e embriões, considera-se a idade da doadora no momento da coleta dos óvulos. 
7 - Em caso de gravidez múltipla, decorrente do uso de técnicas de RA, é proibida a utilização de procedimentos que 
visem a redução embrionária. 
 
DOAÇÃO DE GAMETAS OU EMBRIÕES 
1 - A doação nunca terá caráter lucrativo ou comercial. 
2 - Os doadores não devem conhecer a identidade dos receptores e vice-versa. 
3 - A idade limite para a doação de gametas é de 35 anos para a mulher e 50 anos para o homem. 
4 - Obrigatoriamente será mantido o sigilo sobre a identidade dos doadores de gametas e embriões, bem como dos 
receptores. Em situações especiais, as informações sobre doadores, por motivação médica, podem ser fornecidas 
exclusivamente para médicos, resguardando-se a identidade civil do doador. 
 
SOBRE A GESTAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO (DOAÇÃO TEMPORÁRIA DO ÚTERO) 
As clínicas, centros ou serviços de reprodução humana podem usar técnicas de RA para criarem a situação identificada 
como gestação de substituição, desde que exista um problema médico que impeça ou contraindique a gestação na 
doadora genética ou em caso de união homo afetiva. 
1 - As doadoras temporárias do útero devem pertencer à família de um dos parceiros num parentesco consanguíneo até 
o quarto grau (primeiro grau – mãe; segundo grau – irmã/avó; terceiro grau – tia; quarto grau – prima), em todos os 
casos respeitada a idade limite de até 50 anos. 
2 - A doação temporária do útero não poderá ter caráter lucrativo ou comercial. 
3 - Nas clínicas de reprodução os seguintes documentos e observações deverão 
constar no prontuário do paciente: 
- Termo de Consentimento Informado assinado pelos pacientes (pais genéticos) e pela doadora temporária do útero, 
consignado. Obs.: gestação compartilhada entre homo afetivos onde não existe infertilidade; 
- relatório médico com o perfil psicológico, atestando adequação clínica e emocional da doadora temporária do útero; 
- descrição pelo médico assistente, pormenorizada e por escrito, dos aspectos médicos envolvendo todas as 
circunstâncias da aplicação de uma técnica de RA, com dados de caráter biológico, jurídico, ético e econômico, bem 
como os resultados obtidos naquela unidade de tratamento com a técnica proposta; 
- contrato entre os pacientes (pais genéticos) e a doadora temporária do útero (que recebeu o embrião em seu útero e 
deu à luz), estabelecendo claramente a questão da filiação da criança; 
- os aspectos biopsicossociais envolvidos no ciclo gravídico-puerperal; 
- os riscos inerentes à maternidade; 
- a impossibilidade de interrupção da gravidez após iniciado o processo gestacional, salvo em casos previstos em lei ou 
autorizados judicialmente; 
- a garantia de tratamento e acompanhamento médico, inclusive por equipes multidisciplinares, se necessário, à mãe 
que doará temporariamente o útero, até o puerpério; 
- a garantia do registro civil da criança pelos pacientes (pais genéticos), devendo esta documentação ser providenciada 
durante a gravidez; 
- se a doadora temporária do útero for casada ou viver em união estável, deverá apresentar, por escrito, a aprovação do 
cônjuge ou companheiro. 
 
REPRODUÇÃO ASSISTIDA POST-MORTEM 
É possível desde que haja autorização prévia específica do (a) falecido (a) para o uso do material biológico 
criopreservado, de acordo com a legislação vigente. 
 
PESSOA JURIDICA 
 
1 – Conceito 
Consiste num conjunto de pessoas ou bens, dotado de personalidade jurídica própria e constituído na forma da lei 
Conforme a LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002, artigo 40. 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) 
§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo 
vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu 
funcionamento. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
§ 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II 
da Parte Especial deste Código. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
§ 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. (Incluído pela Lei nº 
10.825, de 22.12.2003) 
 
2 – Natureza Jurídica 
 
 
 NEGATIVISTA - Nega a existência de pessoa jurídica, e dizia que a pessoa jurídica é realmente as pessoas que 
compõe essa pessoa jurídica. 
 
 AFIRMATIVA 
TEORIA DA FICÇÃO: a pessoa jurídica não teria existência social, mas somente existência ideal, sendo produto da 
técnica jurídica. Em outras palavras, a pessoa jurídica seria uma abstração, sem realidade social. 
TEORIAS
Negativa
Afirmativa
Teoria Ficção
Legal
Doutrinária
Teoria da Realidade
Objetiva
Jurídica
Técnica
LEGAL - A teoria da ficção reconhecia a pessoa jurídica como um ente abstrato. 
DOUTRINÁRIA: Fruto da técnica jurídica pura 
 
TEORIA DA REALIDADE 
ORGÂNICA/OBJETIVA – Seus partidários entendem que a pessoa jurídica é uma realidade viva, análoga à pessoa 
física. Para esta teoria as pessoas jurídicas possuem tanto um corpus, que administra e mantém a entidade em contato 
com o mundo, como um animus, que é a ideia dominante, manifestada nas associações e nas sociedades pela vontade 
do grupo componente e nas fundações pela de seu criador. 
TÉCNICA – Esta teoria situa a pessoa jurídica como produto da técnica jurídica, rejeitando a tese ficcional para 
considerar os entes coletivos como uma realidade, que não seria objetiva, pois a personificação dos grupos se opera por 
construção jurídica, ou seja, o ato de atribuir personalidade não seria arbitrário, mas à vista de uma situação concentra. 
 
3 – Requisito para constituição de uma pessoa jurídica (PJ) de direito privado 
 
A) Vontade humana 
B) Ato Constitutivo (Contrato social e Estatuto) 
C) Objetivo lícito 
 
4 – Elementos do ato constitutivo 
 
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 
Art. 46. O registro declarará: 
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; 
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; 
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; 
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; 
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; 
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. 
 
5 – Sociedade não personificadas 
 
a) Sociedade de fato 
São aquelas que existem na realidade cujo efeito se fazem sentir embora para o direito elas não existam. Ambas são 
sociedades irregularmente constituídas, não possuindo personalidade jurídica. (Não tem documento regulando) 
 
b) Sociedade irregular 
Deste tipo de sociedade é por ocasião da falta de registro. O contrato social foi celebrado, porém não existe a 
personalidade jurídica. Ela, sociedade, não reveste todas ou algumas das formalidades legais instituídas para a 
disciplinação das pessoas jurídicas. Possui contrato, mas falta obediência às regras legais. 
 
6 – Classificação das PJ`s 
 
A) NACIONAL ou ESTRANGEIRA 
 
A estrangeira deve possuir filial, endereço fixo e administrador responsável. 
 
B) QUANTO A ESTRUTURA INTERNA 
 
CORPORAÇÃO (Aspecto pessoal) – Visa o bem estar dos sócios. 
FUNDAÇÃO (Aspecto material) – Não considera a pessoa e sim o patrimônio para o fim externo 
 
C) QUANTO A FUNÇÃO / ÓRBITA

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