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Revisão AV2

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Revisão AV2 - Introdução ao Estudo do Direito
Semanas 5 e 6 - Fontes do Direito
Fontes Históricas - legado da cultura jurídica produzida nas mais diversas sociedades. Verifica as transformações ocorridas no direito ao longo do tempo em diferentes culturas. Fonte de produção do Direito. 
Fontes Dogmáticas - se divide em fontes materiais e fontes formais.
 As fontes materiais são as fontes de produção do Direito, pois são responsáveis por sua elaboração; também são chamadas de fontes substanciais. A fonte material principal (direto) é o Poder Legislativo, e a secundária (indireto) é a sociedade com os fatos sociais.
 As fontes formais são chamadas de fontes de conhecimento do Direito, pois através delas, a sociedade toma ciência do Direito produzido nas fontes materiais. A fonte formal principal (direto) é a Lei, e as secundárias (indiretas) são os costumes, a doutrina e a jurisprudência. 
Sistema Anglo-Americano : Common Law - usa o Direito costumeiro (Consuetudinário) que tem como base um conjunto de regras não escritas, com usos uniformes, espontâneos e reiterados no grupo.
Sistema Romano-Germânico : Civil Law - Com um sistema jurídico codificado, legislado, e com base na Lei.
Tipos e espécies de costumes:
Secundum Legem - segunda a lei. O costume segundo a lei seria aquele correspondente à vontade da lei.
Praeter Legem - além da lei. O costume além da lei são utilizados quando há lacunas na lei, ou seja, diante da inexistência de uma lei específica para regular determinada situação, poderá ser observados os costumes correntes na região, como previsto no artigo 4º da LINDB.
Contra Legem - contra a lei. - É o costume que contraria a lei e nesse caso não são usados.
Lei: 
Ato do Legislativo traduzido pelas normas jurídicas, que de forma geral e obrigatória disciplina os fatos jurídicos relevantes, cuja a sujeição ao seu comando é imperativo e obrigatório, no qual a sua transgressão importa na aplicação de uma sanção, seja ela pessoal ou patrimonial.
Costumes: 
Os usos constantes, uniformes, que espontaneamente e de forma reiterada como prática social por serem mais necessárias são transmitidas pela oralidade de geração a geração pela tradição, sendo certo que os costumes jurídicos compreendem práticas coletivas, envelhecidas pelo tempo.
Estrutura dos Costumes:
Os costumes apresentam dois elementos estruturais: 1º - elemento objetivo ou exterior, que se traduz nas praxes sociais (práticas reiteradas), realizadas pelo grupo social sobre uma determinada matéria de interesse jurídico. 2º - elemento estrutural dos costumes é o de natureza subjetiva, ou psicológica que pode ser verificado pelo sentimento de necessidade, e portanto da obrigatoriedade na realização da prática jurídica social.
Súmula:
É um verbete que registra a interpretação pacífica ou majoritária emitida por um tribunal superior a respeito de um tema específico, a partir do julgamento de diversos casos análogos, com a dupla finalidade de tornar publica a jurisprudência para a sociedade, bem como promover a uniformidade entre as decisões. 
Analogia:
É um método de integração das lacunas da lei. Ocorre analogia quando é feita uma comparação entre casos diferentes mas com um problema parecido para surgir a mesma resposta. (Não é permitido no direito penal - princípio da reserva legal).
Jurisprudência
É a coletânea de decisões proferidas pelos juízes ou tribunais sobre uma determinada matéria jurídica. Inclui jurisprudência uniforme (decisões convergentes) e jurisprudência contraditória (decisões divergentes).
Processo de elaboração Legislativa
O processo de elaboração de uma lei deve ser elaborada pelo orgão competente a que se trata com sua matéria sendo pertinente ao poder que está 
a elaborando, e a tramitação tem que seguir todas as fases, tendo a iniciação, discussão - votação, aprovação, sanção - veto, promulgação, publicação e vigência.
Estrutura da norma jurídica:
Preceito (comando de agir ou de se abster) e sanção (consequência da transgreção dos preceitos)
Doutrina:
Ela decorre de um processo interpretativo realizado pelos juristas que por sua vez expressam sob forma de lições suas teses e pensamentos sobre o Direito e as mais diversas leis elaboradas pelo Legislativo. Encontramos em livros, palestras e etc.
Aula 7 
Características substanciais da norma jurídica (são 8)
Generalidade - princípio da isonomia, todos são iguais perante a lei.
Abstratividade - As normas jurídicas visam estabelecer uma fórmula padrão de conduta, aplicável a qualquer membro da sociedade.
Bilateralidade - O Direito confere poder e impõem deveres.
Imperatividade - imposição de vontade e não simples aconselhamento.
Coerciblidade - reserva de força do Estado a serviço do Direito.
Sanção - medida punitiva em caso de violação das normas jurídicas.
Atributividade - aptidão para atribuir ao lesado a faculdade de exigir o seu cumprimento forçado.
Heteronomia - sujeição ao comando da norma.
Equidade:
Princípio pelo qual o Direito se adapta à realidade da vida sociojurídica, conformando - se com a ética e a boa razão, salvando as lacunas do Direito para melhorá-lo e envolvê-lo.
Semanas 8, 9 e 10 LINDB
Art 1º - Se a lei não disser quando entrará em vigor, a lei vigorará a partir de 45 dias depois de publicada.
Da vigência e da Vacância.
Vigência - Tempo em que a lei está sendo aplicada na sociedade; quando a lei entra em vigência, após a sua publicação, seu cumprimento passa a ser obrigatório. Executoriedade compulsória da norma jurídica.
Vacância - Período em que vai da publicação da lei a sua vigência. Esse tempo serve para a sociedade se adaptar as novas leis.
Art 2º - A lei só pode ser revogada ou modificada por outra de igual hierarquia ou hierarquia superior. Princípio da continuidade das leis.
Revogação - Acabar com a vigência. Pode ser tácita, quando é sub-entendido, ou expressa, quando é declarada. Se dá no Legislativo. Uma lei nova que acrescenta outra anterior não é uma revogação e sim um acréscimo (adaptação a realidade social). Revogação: é cortar ou substituir uma parte ou um tudo; Acréscimo: é adicionar, acrescentar uma lei nova.
Art 2º parágrafo 1º - (Expressa) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare (tácita) quando ela for incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que se tratava a lei anterior. Revogação Expressa e Tácita.
Art 3º - Ninguém poderá alegar para não ser punido que não conhece a lei, ou porque a interpreta de maneira diferente. Do conhecimento da lei.
Princípio da obrigatoriedade. 
Art 4º - Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Das lacunas ou omissões da Lei. 
Caso haja impossibilidade da aplicação da analogia, dos costumes e dos princípios, o juiz irá aplicar a equidade, pois não pode denegar justiça.
Anacronismo da lei: Quando a lei fica obsoleta é necessário uma reformulação.
Antinomia da lei: conflitos aparentes da norma jurídica. Critérios para afastar as antinomias da lei: Critério cronológico; critério hierárquico e critério da especialidade.
Art 5º - Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. 
Interpretação e aplicação das leis - Hermenêutica jurídica e Interpretação.
Hermenêutica jurídica - base teórica do processo interpretativo.
Interpretação - é a prática da interpretação. Se faz necessária na medida que os conflitos de interesses requerem soluções de modo que o juiz deverá interpretar o ordenamento jurídico brasileiro buscando o alcance bem como o real sentido ou significado das leis para julgar com justiça.
Art 6º - A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
Princípio da irretroatividade da lei; princípio da ultratividade da lei.
Teoria do Ordenamento Jurídico
Definição:
É o sistema de legalidade do Estado, formado pela totalidade das normas vigentes, que se localizamem diversas fontes.
Princípio da Plenitude.
O ordenamento jurídico não pode deixar a descoberto sem dar solução, qualquer litígio ou conflito capaz de abalar o equilíbrio, a ordem e a segurança da sociedade. Ele não pode denegar justiça. Por isso ele contém a possibilidade de solução para todas as questões que surgirem na vida de relação social, suprindo as lacunas deixadas pelas fontes do direito. Se o ordenamento fosse sem lacunas e autossuficiente, não poderia cumprir precisamente sua missão.
Sistema normativo:
É um sistema de regras e de princípios, pois as normas dos sistemas, tanto podem revelar - se sob a forma de princípios como sob a forma de regras. Toda regra tem o seu princípio.
Princípios
Exigências de justiça, de equidade ou de qualquer outra dimensão da moral, e que junto com as regras compõem o sistema jurídico. Diretrizes gerais de um ordenamento jurídico ou de parte dele.
Princípios X regras
A regra cuida de casos concretos. Ex: O inquérito policial destina - se a apurar a infração penal e a sua autoria CPP art 4º.
Os princípios norteiam uma multiplicidade de situações. O princípio da presunção de inocência por exemplo. Os princípios ademais, não só orientam a interpretação de todo o ordenamento jurídico, senão também cumprem o papel de suprir eventual lacuna do sistema. Não existe hierarquia entre os princípios, escolhe - se aquele que melhor se aplica a determinada situação. Ponderação dos valores: Caso haja mais de uma valor aplicável para um mesmo caso, o juiz usará aquele que melhor se aplica à aquela situação.
Hierarquia das normas
Normas constitucionais - ocupam o grau mais elevado da hierarquia. Todas as demais são subordinadas as normas presentes na Constituição Federal, isto é, não podem contrariar os preceitos constitucionais.
Normas complementares - são as leis que complementam o texto constitucional.
Normas ordinárias - São as normas elaboradas pelo Legislativo em sua função típica de legislar. Ex: Código Civil, Penal ..
Normas regulamentares - São os regulamentos estabelecidos pelas autoridades administrativas em desenvolvimento da lei. Ex: decretos e portarias.
Normas individuais - Representam a aplicação concreta das demais normas do Direito à conduta social das pessoas. Ex: sentenças e contratos.
Conflito de leis no tempo:
Base legal: Art 6º da LINDB e art 5º XXXVI e XL/CF
Art 6º A lei terá uma aplicação imediata e geral, respeitando o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. (tem como finalidade a segurança jurídica)
Ato Jurídico Perfeito: Ato praticado pelo indivíduo em respeito a lei existente no momento, respeitando os seus preceitos(negócios).
Coisa Julgada: Respeito a sentença definitiva. (Processo)
Direito Adquirido: Direito incorporado definitivamente ao patrimônio de seu titular. (benefício)
Em nosso sistema a posição é mista. Em regra a Lei brasileira é irretroativa, do presente para o futuro. Mas em matéria de ordem pública que envolva o interesse da coletividade, a lei pode retroagir. (Aposentadoria, ex). Porém ela precisa respeitar o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. A lei nova não pode interferir nisso, em prol da segurança jurídica.
Relação Jurídica - 11
Conceito de Relação Jurídica:
Uma relação intersubjetiva (relação entre pessoas) que se estabelece de pessoa à pessoa e que se submete a um modelo categórico normativo, a lei.
Só é Relação Jurídica aquilo que o Estado define como tal. Toda relação jurídica tem como base a existência de uma relação social, mas a recíproca não é verdadeira. Toda relação jurídica é uma relação social, mas nem toda relação social é uma relação jurídica.
Existe relações eminentemente jurídicas como é o caso do direito tributário, que são criadas pela lei.
Elementos de existência da relação jurídica:
O fato jurídico somado à norma jurídica.
Elementos constitutivos da relação jurídica:
Sujeito
São as partes envolvidas na relação jurídica. Sujeito Ativo - Titular do Direito. Sujeito Passivo - Responsável pelo cumprimento da obrigação
Pessoa Natural: é o ser humano.
Pessoa Jurídica: é aquela formada de reunião de pessoas (corporações) ou a partir de reunião de coisas (fundações).
Objeto 
Centro de convergência de interesse dos sujeitos da relação jurídica.
Coisas - tudo o que há na natureza, com exceção ao homem, que podem ser movidos.
Direitos - que possam ser cedidos.
Comportamentos - agir ou se omitir na autonomia da vontade.
Vínculo
É o que aproxima o sujeito ativo do sujeito passivo em torno do objeto, na relação jurídica.
Exemplo:
	LOCADOR LOCATÁRIO
 Sujeito ativo 	Sujeito passivo
O fato jurídico é a manifestação de vontade das partes.
A garantia é a multa e a lei dos locatários.
O objeto são as prestações, pois não se trata de compra e venda, ou penhor de imóveis e sim locações.
O vínculo jurídico é o contrato.
 Posições jurídicas dos Sujeitos de Direito nas Relações Jurídicas 12
Situação subjetiva - É a possibilidade de ser, pretender ou fazer algo, de maneira garantida, nos limites atributivos da regra de direito.
Direito subjetivo - É o poder de exigir determinada conduta de alguém, que, por lei, ato ou negócio jurídico, está obrigado a observá - la.
Posições jurídicas ativas - Posição de vantagem de um dos sujeitos da relação jurídica em relação ao outro em decorrência de uma norma jurídica.
Poder jurídico - Situação jurídica em que a uma pessoa são atribuídos poderes relativos sobre a outra, exercível em favor e no interesse desta, que tem obrigação de obedecer desde que não seja abusivo. Se divide em:
Direito subjetivo: é o poder de submeter alguém a um direito seu, preestabelecido pela norma jurídica.
Direito potestativo: Direito unilateral que para a outra parte só resta a sujeição. Ex: divórcio. É a pessoa que de uma forma unilateral tem o direito de praticar certo ato em conformidade com o direiro que vai resultar em certos efeitos na esfera jurídica de outras pessoas.
Abuso de direito - Há abuso de direito sempre que o titular o exerce fora dos limites próprios da natureza do direito.
Posições Jurídicas Passivas: É a posição em que se encontra aquele contra quem é dirigida a vontade do sujeito ativo, tendo desta forma: 
(Obrigação - é o dever jurídico do caráter patrimonial.)
Obrigação Contratual - O dever decorre de um acordo de vontades, cujo efeitos são regulados em lei. Tem por fonte o contrato.
Obrigação Extracontratual - Toda obrigação decorrente de ato ilícito é obrigação extracontratual, portanto legal, prevista em lei. Tem como fonte a lei.
Ônus - É a necessidade que o agente tem de comportar-se de determinado modo para realizar interesse próprio.
Dever jurídico - Situação passiva que se caracteriza pela necessidade de o devedor observar certo comportamento (ativo ou passivo) compatível com o interesse do titular subjetivo.
Diferença entre Dever jurídico e ônus: No dever jurídico o comportamento do agente é necessário para satisfazer o interesse do titular do direito subjetivo, enquanto no ônus, o interesse é do próprio agente.
Sujeição - Entende-se a ação de sujeitar ou de se sujeitar alguma coisa ou pessoa ao domínio ou dependência de outra coisa ou pessoa. 
Classificação dos Direitos Subjetivos:
Direitos subjetivos principais - Aqueles independentes, autônomos. Ex: Direito de propriedade, de crédito oriundo de controle etc.
Direitos subjetivos acessórios - Aqueles que dependem do principal, não possuindo existência autônoma. Ex: Direitos decorrentes do contrato de finança, direito a percepção de juros etc
Direitos subjetivos transmissíveis e intransmissíveis - Os direitos subjetivos em regra podem ser transferidos para outros sujeitos. Mas os direitos da personalidade são intransmissíveis, como por exemplo, o direito à honra, à vida, ao nome e à imagem.
Sub-rogação - Significa, em sentido amplo, substituição de um titular de direito por outro, ou de uma coisa poroutra.
Sub-rogação pessoal: Quando uma pessoa natural ou jurídica substitui outra na relação jurídica, seja por ato inter-vivos, seja por causa mortis.
Sub-rogação real: Quando um bem toma lugar de outro como objeto do direito.
Sucessão - Dá se a sucessão quando alguém assume o lugar do outro sujeito em um determinado direito subjetivo. Pode ocorrer inter vivos, como na compra e venda, ou causa mortis, como no caso da sucessão hereditária.
Direito subjetivo Público - Direitos subjetivos cuja titularidade pertencem ao público, à sociedade como um todo, devendo ser garantidos pelo Estado. Sujeito ativo: dotado de prerrogativas ou poderes, o Estado pode punir, cobrar etc. Sujeito passivo: os titulares dos direitos são os particulares, como o direito de eleger e ser eleito, e os direitos individuais declarados na Constituição. O direito subjetivo público se divide em:
Direito de ação: Possibilidade de exigir do Estado a prestação jurisdicional.
Direito de petição: Refere-se a obtenção de informação administrativa sobre assunto de interesse do requerente.
Direitos políticos: O direito de votar e ser votado.
Direito Subjetivo - aula 13
Direito Subjetivos Transmissíveis X Direitos Subjetivos Intransmissíveis
Transmissíveis: Patrimoniais - bens de valor econômico que são passíveis de serem precificados. Ex: propriedade sobre bens móveis e imóveis.
Intransmissíveis - São os extra patrimoniais - direitos da personalidade. Ex: direitos à vida, a liberdade etc.
Direito Adquirido X Expectativa de Direito
Há a expectativa de Direito quando ainda não se perfizerem os requisitos adequados ao seu advento, sendo possível sua futura aquisição.
O Direito Adquirido é o direito incorporado definitivamente ao patrimônio de seu titular.
A questão da inalienabilidade, da sub-rogação e do sucessor
Alienável - poder de disposição. É o bem que está disponível, sendo que o direito da personalidade é inalienável.
Sucessor - sai um titular e entra outro.
Sub-rogação - Substituição de bens.
Direitos subjetivos patrimoniais originários ou derivados
Direito subjetivo patrimoniais originários são os que recaem sobre a res nullius (coisa de ninguém) e sobre o res derelictore (coisa abandonada). Ex: compra e venda, onde há uma transmissão de bens.
Direito subjetivo patrimoniais derivados são aqueles que são conseguidos através de:
Atos inter vivos:
A título gratuito: ex: doação
A título oneroso: ex: compra e venda.
Mortis - causa:
através de venda
Sucessão
Sucessor abs-intestado - sem testamento.
Sucessão com testamento - testamentário.
Sucessão a titulo singular - Legado legatório.
Herança - sucessão e título universitário.

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