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Caderno de Introdução ao Estudo do Direito

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
*Sentença - A primeira decisão da primeira instância, aplicada por juízes.
*Acórdão - Conjunto de decisões dos desembargadores, que trabalham na segunda instância.
*Poder Jurisdicional - Poder de aplicar as leis.
*Duplo Grau de Jurisdição - O direito das partes de recorrer da ação.
*Jurisprudência - Nome dado ao conjunto de decisões estipuladas pelos tribunais não contidas na constituição.
*Sanção - É a pena que se impõe ao infrator da norma jurídica pela descumprimento do dever nela contido. Consiste em uma garantia do cumprimento da norma.
*Sanção Difusa - Não sabe das consequências e nem se vai haver consequências (não é o Estado que aplica).
*Sanção Prefixada - Sanções previamente estabelecidas. O direito determina que você conheça as sanções e as leis previamente.
*Sanções Premiais - Essas sanções seriam a concessão de um benefício ao indivíduo que respeitou determinada norma.
*Coação - Aplicação forçada da sanção. Quando o juiz condena, estabelece uma sanção. Se o réu não cumpre, pode o autor pedir que ela seja imposta pela força, coativamente. O arresto (apreensão judicial dos bens do devedor) e a hasta pública (venda judicial de bens) são formas de coação.
*Coerção - É a possibilidade do uso da coação. Possibilidade do uso da força. É o uso legítimo da força do estado para fazer cumprir a sanção.
Concepcões Históricas do Direito
a) Jusnaturalismo - Corrente fundada na existência de um direito natural. Consiste no reconhecimento de que há, na sociedade, um conjunto de valore e de pretensões humanas legítimas que não decorrem de uma norma jurídica emanada do Estado.
*Direito Natural - Tem validade por si e é anterior e superior ao direito positivo. Em caso de conflito, ele que deve prevalecer. Conjunto de princípios essenciais e permanentes, atribuídos à natureza, à Deus ou à razão humana, que serviriam de fundamento e legitimação ao direito positivo.
b) Positivismo - Corrente do pensamento jurídico, segundo o qual o objeto da ciência jurídica é o estudo do direito positivo vigente, desprovido de qualquer conteúdo axiológico (com valor moral). Só reconhece como direito aquele emanado do Estado, ou seja, o direito posto, encontrado nas leis, códigos, tratados internacionais etc. 
*Direito Positivo - É o conjunto de nomas e princípios emanados do Estado ou por ele reconhecidos, que regulam a vida em sociedade.
c) Teoria Tridimensional do Direito: Direito é fato, valor e norma. Fato: Ela matou. Valor: Matar é errado. Norma: O que consta na constituição (homicídio).
d) Normativismo Jurídico: Corrente do positivismo jurídico que entende que as normas jurídicas, independente de serem justa ou injustas, devem ser aplicadas. Só reconhece o direito que emana do Estado. Todo direito é estatal na medida em que se funda em uma norma fundamental.
e) Pós Positivismo - Sua marca é o aumento do uso dos valores, o reconhecimento da normatividde dos princípios e a essencialidade dos direitos fundamentais. Com ele, a discussão ética volta ao direito.
Características do Direito
a) Bilateralidade Atributiva - Estabelece direito a uma pessoa e dever a outra.
b) Heterônomo - O comando de fazer ou não alguma coisa não vem do próprio individio, mas do outro. No caso, vem do Estado. É o Estado que diz a conduta que o indivíduo deve ter.
*Principio da Legalidade - Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
c) Coercível - O indivíduo é obrigado a cumprir o que o poder judiciário ordenar. Se ele receber uma ordem de prisão, ele não tem outra opção.
Características da Moral
a) Unilateral - Parte somente de um lado e não é obrigatorio. Se você deseja fazer uma caridade, você não tem obrigação nem correspondência. Se um pai tem um filho de 18 anos que não está na faculdade ele não tem a obrigação legal de pensioná-lo, porém existe uma obrigação moral.
b) Autônomo - O comando vem do próprio indivíduo. A pessoa escolhe o que quer fazer.
c) Incoercível - Não existe sanção instucionalizada, porém existe a sanção social. Se a pessoa não seguir as regras de um grupo social ela pode ser rejeitada pela sociedade.
I. Fontes do Direito 
A palavra fonte é utilizada para de referir ora às origens do direito, isto é, às suas causas criadoras, ora para indicar as manifestações do direito.
Classificação das Fontes do Direito
a) Fontes Materiais - São aquelas que determinam a formação do direito objetivo (dever jurídico que se encontra nas leis), a formação da norma jurídica, os seus motivos sociais, éticos ou econômicos. São elas os fatos sociais e a ideologia.
b) Fontes Formais - São todas as formas ou maneiras pelas quais o direito se manifesta, tais como a lei, a jurisprudência.
Classificação das Fontes Formais do Direito
a) Lei - Em sentido amplo, o termo é usado para designar o direito escrito, ou seja, usado como sinônimo de norma jurídica. Em sentido estrito, é o produda da legislação. A lei é obrigatória e ninguém se escusa de cumpri-a alegando que não a conhece. A lei possui primazia sobre as demais fontes, ou seja, ela é superior. Quando a lei for omissa o juiz decidirá o caso de acorno com analogia, costumes e princípios gerais do direito. Se a lei não existir, aí sim se busca uma nova fonte.
*Obrigatoriedade da Lei - A lei é obrigatoria. Ninguém se escussa de cumprir a lei alegando que não a conhece.
*Erro de Fato - Vício do conhecimento. É a falta da representação da realidade. Falsa percepção da realidade. Você se casou com uma pessoa que achava que era perfeita mas depois descobriu que era um bandido, então pede anulação do casamento.
*Erro de Direito - É o falso conhecimento ou a ignorância da norma jurídica respectiva. Ninguém pode dizer que não conhece a lei para se livrar das suas consequências.
b) Costume - É a prática reiterada e uniforme de um comportameto, que gera a convicçao de sua necessidade ou obrigatoriedade. O costume tem origem incerta e imprevista e é direito não escrito, salvo no caso de sua consolidação.
c) Jurisprudência - É o conjunto de decisões reiteradas, constantes e uniformes dos tribunais, sobre determinada matéria.
d) Súmulas - São decisões costumeiramente adotadas de maneira uniforme pelos tribunais, resusmindo uma tendência sobre determinada matéria. 
*Súmulas Orientadoras - Visa proporcionar mais estabilidade à jurisprudência, simplificando o julgamento de questões mais frequentes, porém não obriga juízes e tribunais inferiores a obedecer às questões.
*Súmulas Vinculantes - É aquela emitida exclusivamente pelo STF, tornando obrigatório o seu cumprimento pelos demais órgãos do poder judiciário. O juíz não pode modificá-las.
e) Doutrina - É conceituada com as opiniões dos juristas manifestada em suas obras.
Espécies de Fontes do Direito 
a) Secundum Legem - Segundo a lei
b) Pratem Legem - Preenchendo a lei
c) Contra Legem - Contra a lei
II. Norma Jurídica
São normas de comportamento ou de organização, que emanam do Estado e por ele tem a sua aplicação garantida. Em síntese, norma jurídica é a conduta exigida ou o modelo imposto de organização social.
Natureza Jurídica da Norma Jurídica
a) Norma Jurídica como Comando ou Imperativo (Norma Categórica) - A regra jurídica vale porque é imposta pelo Estado, pela autoridade soberana. O direito é um produto exclusivo do Estado. São normas que não tem sanção. Ex: Normas estruturais. No congresso deve ter X números de deputados e vereadores.
b) Norma Jurídica como Juízo Hipotético (Norma Hipotética) - Em determinada circunstância, determinado sujeito deve observar a conduta, se não a observar, outro sujeito, órgão do Estado, deve aplicar ao infrator uma sanção.
c) Norma Positiva - Positivas são normas que obrigam a algo.
d) Norma Negativa - Negativas são normas que proíbem algo.
*Nexo Causal - É o vínculo existente entre a conduta do agente e o resultado por ela produzido. Examinar o nexo de causalidade é descobrir quais condutas, positivas ou negativas, deram causa ao resultado previsto em lei. Assim, para se dizerque alguém causou um determinado fato, faz-se necessário estabelecer a ligação entre a sua conduta e o resultado gerado, isto é, verificar se de sua ação ou omissão adveio o resultado.
*Princípio da Imputabilidade - Modalidade indicadora de que o agente da infração penal deve ser imputável, isto é, no momento da ação ou da omissão, revelar capacidade de autodeterminação e entendimento do caráter delituoso do fato. No Brasil, qualquer pessoa com mais de 18 anos é considerada imputável.
*Pluralidade de Normas - O ordenamento tem que ser composto por mais de uma norma. O ordenamento que só é composto por uma norma vai te dar outras normas como consequência. A única norma que não acarreta outras como consequência é do rei soberano (é permitido ou é proibido tudo o que o rei mandar). Fora isso todo os ordenamentos tem pluralidade de norma.
Caracteristícas da Norma Jurídica
a) Bilateralidade - O direito sempre existe vinculando duas ou mais pessoas, atribuindo direito a uma parte e impondo dever a outra. 
*Sujeito Ativo - Detentor do direito.
*Sujeito Passivo - Detentor do dever jurídico.
b) Generalidade - Característica relacionada ao fato da norma valer para qualquer um, sem distinção de qualquer natureza, para os indivíduos, também iguais entre si, que se encontram na mesma situação. A norma não foi criada para um ou outro, mas para todos. Deduz-se o princípio da isonomia.
*Princípio Constitucional da Isonomia - Todos são iguais perante a lei.
c) Abstratividade - Diz respeito ao fato de a norma não ter sido criada para regular uma situação concreta ocorrida, mas para regular, de forma abstrata, abrangendo o maior número possível de casos semelhantes, que ocorrem, normalmente, da mesma forma.
d) Imperatividade - A norma, para ser cumprida e observada por todos, deverá ser imperativa, ou seja, impor aos destinatários a obrigação de obedecer. Não depende da vontade dos indivíduos, pois a norma não é conselho, mas ordem a ser seguida.
e) Coercibilidade - Pode ser explicada como a possibilidade do uso da força para combater aqueles que não observam as normas. Essa força pode se dar mediante coação, que atua na esfera psicológica, desetimulando o indivíduo de descumprir a norma, ou por sanção (penalidade), que é o resultado do efetivo descumprimento.
Classificação da Norma Jurídica
a) Quanto ao Sistema a que Pertence - Leva em conta o local de atuação das normas, e assim elas podem ser: Nacionais, quando as normas devem ser observadas no limite de um país. Estrangeiras, quando apesar de pertencerem a outro país, poderá ser aplicada no território do outro, pelas relações diplomáticas que possuem. Direito uniforme, quando dois ou mais países adotam as mesmas leis, que são usadas nos dois territórios.
b) Quanto à Fonte - Leva em conta a origem das normas, e assim elas podem ser legislativas, quando escritas e organizadas. Consuetudinárias, quando as normas advém dos costumes. Jurisprudenciais, quando são retiradas de decisões dos tribunais.
c) Quanto ao Âmbito de Validez Espacial - Podem ser gerais (federais), quando se aplicam em todo território nacional, ou locais (federais, estaduais ou locais), quando se destinam apenas à pare do território do Estado.
d) Quanto ao Âmbito de Validez Temporal - Podem ser de vigência por prazo determinado, quando a própria lei determina o período que irá atuar, ou por prazo indeterminado, quando a lei não prevê esse período de duração de sua atuação.
e) Quanto ao Âmbito de Validez Material - Podem ser de direito público, quando o Estado seria uma das partes da relação, e impõe seu poder, verificando, dessa forma, uma relação de subordinação, ou de direito privado, quando as partes são tidas como iguais, numa relação de coordenação.
f) Quanto à Hierarquia - Por essa classificação podem ser constitucionais, quando decorrem da Constituição Federal, ou de suas emendas. É a norma mais importante do país, não podendo ser contrariada em nenhuma hipótese. Complementares, quando complementam algumas omissões da Constituição Federal. Possuem hierarquia logo abaixo das normas constitucionais. Leis ordinárias, quando estão localizadas num plano inferior. São as leis, medidas provisórias e leis delegadas. Normas regulamentares, quando são advindas dos decretos e as individualizadas, decorrentes de testamentos e sentenças.
g) Quanto à Sanção - Podem ser perfeitas, quando a sanção para o descumprimento da norma é a nulidade do ato, ou seja, age como se o ato nunca tivesse existido. Mais que perfeitas, quando a norma, além de considerar nulo o ato na hipótese de descumprimento, prevê sanção para aquele que violou a norma. Menos do que perfeitas, quando o descumprimento da norma é combatido apenas com a sanção (penalidade). Imperfeitas, quando não prevê nem a possibilidade de sanção ou nulidade do ato como conseqüência do descumprimento da norma.
h) Quanto à Imperatividade (à Vontade das Partes) - Podem ser taxativas, quando independem da vontade das partes por abrangerem conteúdos de caráter fundamental, se impondo de modo absoluto independente da vontade das partes, ou dispositivas, quando leva em conta a vontade das partes, por se referirem aos interesses particulares, podendo ou não serem adotadas. Também podem ser rígidas, quando o conteúdo não oferece outras alternativas, sendo impositiva a ordem, ou elásticas, quando admitem a maleabilidade da situação pelo juiz, por conter termos de significação ampla.
i) Quanto à Qualidade - Podem ser positivas, quando a norma permite e exige do indivíduo uma conduta compatível com uma ação ou omissão, ou negativas, quando a norma implica na proibição de uma ação ou omissão.
j) Quanto à Sistematização - Podem ser esparsas, quando são editadas separadamente. Codificadas, quando fazem parte de um corpo orgânico de normas (Códigos Civil, Penal). Consolidadas, quando leis de determinado assunto se reúnem (CLT).
k) Quanto à Natureza: Podem ser materiais ou substantivas, quando as normas se referem ao direito material e às normas que garantem esses direitos (Código Penal), ou processuais ou formais, que são regras usadas para fazer valer o direito (Código de Processo Penal).
Vigência, Efetividade, Eficácia e Legitimidade da Norma Jurídica
a) Vigência - Para que a norma disciplinadora do convívio social ingresse no mundo jurídico e nele produza efeitos, é indispensável que apresente validade formal, ou seja, que possua vigência. A norma pode ser de efeito imediato (entra em vigor na data da sua publicação) ou pode ser de efeito diferido (estabelece um prazo entre a publicação e a entrada em vigor).
*Vacatio Legis - Período previsto para que depois da publicação, a lei ingresse no mundo jurídico.
b) Efetividade - As normas são feitas para serem cumpridas e devem alcançar máxima efetividade. Quando não ocorro, perdem o atributo e são chamadas de desuetude (estado de desuso ou inatividade).
c) Eficácia - Significa que a norma jurídica deve produzir, realmente, os efeitos sociais planejados.
d) Legitimidade - As normas jurídicas nessecitam de legitimidaade, nesse caso se examina a fonte de onde emana a norma. A norma deve ser produzida por quem a lei autoriza.
III. Relação Jurídica 
 É o vínculo que une duas ou mais pessoas deccorente de um fato, de um ato ou de uma conduta prevista pela norma jurídica, que produz efeito jurídico. Por exemplo, no contrato de compra e venda, ou no casamento.
Pressupostos da Relação Jurídica:
a) Relação intersubjetiva - Um vínculo enrte duas ou mais pessoas. 
b) Hipótese Normativa - Uma norma para qualificar a ação, atribuindo dever a um e direito a outro.
Elementos da Relação Jurídica:
a) Sujeito Ativo (ou Pretensor) - É o titular do direito subjetivo a quem está facultado a exigir prestação do sujeito passivo.
b) Sujeito Passivo (ou Obrigado) - É alguém obrigado em face do titular do direito subjetivo. É o detentor ou titular do dever jurídico.
c) Objeto - O que vai ser transacionado. Ex: Uma casa ou até mesmo a imagem. Não precisa ser algo concreto.
d) Vínculo - É o que liga asduas pessoas envolvidas. Ex: Um contrato ou a própia lei. 
Influência do Tempo nas Relações Jurídicas 
a) Prescrição - É a extinção de uma ação judicial possível, em virtude de inércia de seu titular por um certo lapso de tempo.
b) Decadência - É a extinção do direito pela inércia de seu titular, quando sua eficácia foi, de origem, subordinada à condição de seu exercício dentro de um prazo prefixado, e esse se esgotou sem que esse exercício tivesse se verificado.
	IV. Direito Objetivo e Direito Subjetivo
*Direito Objetivo - É o complexo de normas jurídicas que regem o comportamento humano, isto é, que obrigam, proíbem ou permitem determinada conduta. Tais normas emanam do Estado e têm poder coativo. É dever jurídico coativamente imposto pela norma.
Direito Subjetivo e Seus Elementos
a) Direito Subjetivo - Possibilidade de agir que determinado sujeito possui, em face de outro, detentor do dever jurídico, a que está obrigado em virtude do disposto na norma jurídica.
b) Direito Potestativo - Impõe ao sujeito da relação jurídica uma sujeição. Ex: Direito que um dos cônjuges tem de pedir o divórcio e o direito que o patrão tem de demitir seu empregado. A outra pessoa não pode fazer nada se não aceitar.
c) Ônus - Conceito jurídico de que, presumida a inocência do réu, cabe ao acusador provar a culpa. Ex: Se você compra um celular da Motorola e ele explode, você entra num processo e diz que é culpa do celular e a Motorola diz que não. Na teoria, você tem que provar, já que você é o acusador, mas como a Motorola que entende de celular, o juiz vai inverter o ônus, fazendo com que quem tenha que provar seja a Motorola e não você.
d) Poder Jurídico - Situação em que se atribui a uma pessoa poderes sobre outra, os quais são exercíveis em favor e no interesse desta. Ex: Um pai vai impor várias coisas ao filho, mas não são coisas ruins e sim coisas em beneficio do sujeito.
e) Faculdade Jurídica - Faculdade jurídica é o poder que o sujeito possui de obter, por ato próprio, um resultado jurídico independentemente de outrem. Decorre da permissibilidade da norma a que ninguém está obrigado, e essa faculdade não corresponde um dever nem uma sujeição. Ex: Adotar uma criança, emancipar filho menor, doar bens.
V. Formação das Normas
*LINDB - Traça os parâmetros para a vigência e eficácia das leis, assim como as regras e os princípios de aplicação, interpretação e integração do direito. É um conjunto de normal preliminares de aplicação universal à totalidade do ordenamento jurídico, aplicando-se aos diferentes ramos do direito.
Estrutura e Articulação das leis
a) Parte Preliminar - Compreende a epígrefe, grafada em caractéres maiúsculos, propiciará identificação numérica singular à lei e será formada pelo título designativo (ordinária, complementar) da espécie normativa, pelo número respectivo e pelo ano de promulgação. A ementa, que será grafada por meio de caractéres que realcem e explicitem, de modo conciso e sob a forma de título, o objeto da lei. O preâmbulo, que indicará o órgão ou instituição competente para a prática do ato e a sua base legal.
b) Parte Normativa - Compreende o texto das normas de conteúdo substantivo relacionadas com a matéria regulada.
c) Parte Final - Compreende as disposições pertinentes às medidas necessárias à implementação das normas de conteúdo substantivo, às disposições transitórias, se for o caso, à cláusula de vigência e à cláusula de revogação, quando couber.
*Vigência ou Validade Temporal - É uma qualidade da norma que diz respeito ao seu tempo de validade, ao período que vai do momento em que ela entra em vigor, até o momento em que ela é revogada
*Vigência Sincrônica - A lei que entra em vigor simultaneamente em todo o território nacional.
*Vacatio Legis - Descurso de tempo compreendido entre a publicação da lei e a sua entrada em vigor.
Revogação da Lei, Suas Espécies e Formas
a) Revogação - É a cessação da origatoriedde da lei, é a supressão ou cassação da lei. "Não se destinando a vigência temporária, a lei terá vigor até que a outra modifique ou revogue.
b) Ab-rogação - É a revogação total da lei.
c) Derrogação - É a revogação parcial da lei.
d) Revogação Direta ou Expressa - A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas. 
e) Revogação Indireta ou Tácita: Quando a revogação resulta da incompatibilidade ou divergência entre a norma anterior e a norma nova, ou quando a nova norma regular inteiramente a matéria regulada pela anterior. 
*Repristinação da Lei - É a ressureição da lei revogada, por ter a lei revogadora perdido sua vigência. Ex.: Lei 1 - É proibido fumar; Lei 2 - É permitido fumar; Lei 3 - É proibido fumar.
O direito brasileiro não veda a represtinação, mas não a admite implicitamente, ou seja, a represtinação é possível desde que a nova lei, revogando a revogadora, expressamente determine a aplicação da lei antes revogada.
*Princípio da Irretroatividade da Lei - Uma lei nova não poderá agravar a situação de uma agente em face de um ilícito já cometido. Contudo, inversamente, poderá funcionar para beneficiá-lo. A lei é feita pra valer de hoje pra frente. Em rega a lei é 'ex nunc', ou seja, não retroage. Há casos em que ela retroage, sendo 'ex tunc'. A lei não pode retroagir para o ato jurídico perfeito. 
*Ex Tunc - Expressão de origem latina que significa "desde então", "desde a época". Assim, no meio jurídico, quando dizemos que algo tem efeito "ex tunc", significa que seus efeitos são retroativos à época da origem dos fatos a ele relacionados.
*Ex Nunc - Expressão de origem latina que significa "desde agora". Assim, no meio jurídico, quando dizemos que algo tem efeito "ex nunc", significa que seus efeitos não retroagem, valendo somente a partir da data da decisão tomada.
*Ato Jurídico Perfeito - É aquele já realizado, acabado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou, pois já satisfez todos os requisitos formais para gerar a plenitude dos seus efeitos. Ex: De acordo com o Código Civil de 2002, para fazer um contrato de compra e venda de uma fazenda em Campos não precisava de nenhum registro e nenhuma testemunha. Maria fez o contrato, deu a terra e o dinheiro. Três meses depois vem um novo código que estabelece a necessidade da presença de cinco testemunhas loiras, um palhaço e um budista. Se na época que Maria comprou a fazenda o ato foi concluído, ou seja, foi praticado com o ordenamento juridico da época, então ele é intocável. Está perfeito.
*Coisa Julgada - A decisão judicial de que já não caiba recurso.
*Direito Adquirido - É aquele direito que o sujeito possui, independente de qualquer condição. O direito é incorporado na sua esfera jurídica e mesmo se ele for alterado, o sujeito já incorporou. Exemplo: hoje em dia a maioridade civil é 18 anos, antes era 21. Se na lei antiga diz que vc tem direito de receber uma pensão até a maioridade, e essa foi requerida na época, se extinguirá só quando vc tiver 21 anos, mesmo que a maioridade agora seja 18.
*Expectativa de Direit0 - É a situação em que um direito subjetivo ainda não se concluiu pela não concretização de um requisito essencial. Ex: Quando a pessoa é aprovada em um concurso público e aguarda sua nomeação, ela possui uma expectativa de direito.
*Expectativa de Fato - A expectativa de direito é a esperança de um fato que ainda não ocorreu. Ex: A expectativa que temos de ganhar a herança quando nossos pais morrerem. A expectiva de ganharmos aposentadoria quando nos aposentarmos.
Antinomia e Critérios para sua Solução
a) Antinomia - A norma tem que ter o mesmo âmbito de validade. As duas tem que ser no mesmo ordenamento. Antinomia é quando há o conflito aparente entre normas. Ex: Quando existem duas leis, uma permitindo (ou obrigando) e a outra proibindo o mesmo tipo de comportamento. 
b) Critério Hierárquico - (Lex Superior) Entre duas normas incompatíveis, prevalece a hieraquicamente superior. As normas superiores podem revogar as inferiores mas as inferiores não podem revogar as superiores.
c) CritérioCronológico - (Lex Posterior) Entre duas normas incompatíveis, prevalece a norma posterior.
d) Critério da Especialidade - (Lex Specialis) De duas normas incompatíveis, uma geral e uma especial, prevalece a especial.
*Quando não se consegue resolver uma antinomia pelos critérios, ela é uma antinomia real. Quando consegue-se, ela é uma antinomia aparente.
VI. Ordenamento Jurídico 
Sendo o Brasil uma república federativa, seu ordenamento jurídico é formado pela constituição federal.
*Constituição Federal - É a lei fundamental e suprema de um Estado que contém normas referentes à estruturação do Estado, à formação dos poderes públicos, forma de governo e aquisição do poder de governar, distribuição de competências, direitos e deveres do cidadão.
*Emendas à Constituição - São alterações introduzidas na Constituição que, após aprovadas, passam a integrá-las. Para aprovação de uma emenda constitucinal é necessária que a proposta seja discutida e votada em casa Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
*Cláusulas Imutáveis ou Cláusulas Pétrias - São normas consideradas fundamentais que não estão sujeitas ao poder de reforma constitucional, como por exemplo a forma federativa de Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico, a separação dos poderes, os direitos e garantias individuais.
*Leis Complementares - São as normas cujo conteúdo encontra-se previamente determindo na Constituição e que necessitam, para sua aprovação, de maioria absoluta nas suas Casas do Congresso. Para Miguel Reale, as leis complementares são um tertium genus (uma nova classificação) de leis, que não ostentam a rigidez dos preceitos constitucionais, nem tampouco devem comportar revogação por força de qualquer lei ordinária posterior.
*Leis Ordinárias - É ato legislativo típico. É fruto da decisão de um órgão do Estado de instaurar direito novo, ao qual a Constituição confere este poder. A matéria que não for objeto de norma constitucional ou de lei complementar será objeto da lei ordinária, razão pela qual se diz que lhe cabe o campo residual de competência. Necessita para sua aprovação de maioria simples dos votos do Congresso Nacional, ou seja, da maioria dos parlamentares presentes à sessão. 
*Leis Delegadas - São atos normativos elaborados e editados pelo Presidente da República, em razão de autorização do Poder Legislativo, e nos limites postos por este, constituindo-se verdadeira delegação externa da função legiferante e aceita modernamente, desde que com limitações, como mecanismo necessário para possibilitar a eficiência do Estado e sua necessidade de maior agilidade e celeridade. A delegação do poder de legislar não é indiscriminada.
*Medidas Provisórias - Feita pelo líder do poder executivo, objetivo de agilizar o processo de promulgação da lei, com a possibilidade de efetivação pelo congresso. Caso não seja efetivada nos primeiros 60 dias, é passível de extensão por mais 60 dias. (Não pode ser sobre qualquer coisa, as medidas provisórias tem seus assuntos definidos na constituição.)
*Decretos Legislativos - É a espécie normativa destinada a veicular as matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional, previstas, basicamente no artigo 49 da Constituição Federal.
*Resoluções - Normas que tem validade apenas para o órgão que a criou.
Teoria do Ordenamento Jurídico 
*Fontes Reconhecidas - Quando recepcionamos uma norma pré existente, que não está expressas mas as pessoas seguem como se fosse lei.
*Fontes Delegadas - Aquela que é produzida de maneira artificial. Produzida pelo poder legislativo.
*Recepção - Recepção de normas já prontas, produzidas por ordenamentos diversos e precedentes.
*Delegação - Delegação do poder de produzir normas jurídicas a poderes ou órgãos inferiores.
*Poder Negocial - Poder de negociação.
*Autonomia - A pessoa poder fazer o que mais lhe convém.
*Limites Materiais - Diz respeito ao conteúdo da norma que o inferior está autorizado a editar.
*Limites Formais - Diz respeito à forma, isto é, ao modo ou procedimento pelo qual a norma do inferior deve ser editada.
*Princípio do Entrelaçamento - É o que estabelece a interligação de todos os elementos que integram o ordenamento jurídico. Esses elementos não se encontram livres e iolados. É desejavel que o ordenamento jurídico procure harmonizar os elementos que o constituem.
*Princípio da Fundamentação ou Derivação - É o que dispõe que as normas se fundam em outras normas ou que delas derivam, isto é, uma norma tem validade se fundamenta em outra que lhe é imediatamente superior.
*Princípio da Plenitude - O ordenamento jurídico contém a possibilidade de solução para todas as questões que surgirem, suprindo as lacunas deixadas pelas fontes. O juiz é obrigado a julgar todos os casos que o apresentem e é obrigado a julgar com as normas do ordenamento brasileiro.
*Analogia Legen (Legal) - Consiste na aplicação de uma norma legal estabelecida para uma situação afim, ao fato pelo qual não há regulamentação.
*Analogia Iuris (Juris) - Implica recurso mais amplo, ou seja, na ausência de regra estabelecida para o caso, o juiz recorre aos princípios gerais do direito.
*Equidade - Consiste na adaptação da regra existente à situação concreta. É o processo pelo qual a norma existente no ordenamento jurídico enquadra-se a um caso concreto.
*Direito Comparado - Usado para fortalecer uma tese, como fonte do direito. Ele sozinho não dá embasamento para nada.
*Espaço Jurídico Vazio - É uma opção do legislador não legislar sobre alguma coisa, mas não se pode ficar com o ordenamento jurídico imcompleto.
*Analogia - Duas situações semelhantes que têm a mesma lógica de ser, de existir. Uma vai ter solução e a outra não. Ex: Aplica-se a lei de união estável em analogia às leis do casamento.
*Ordenamento Estático - Ordenamento moral. Deduz a norma. 
*Ordenamento Dinâmico - As normas são derivadas do poder legislativo.
*Contrução Escalonada do Ordenamento - As normas de um ordeamento não estão todas no mesmo plano. Há normas superiores e normas inferiores. A norma suprema é a norma fundamental, e todo ordenamento possui uma norma fundamental.
Hermenêutica
*Interpretação Extensiva - Quando a lei carece de amplitude, ou seja, diz menos do que deveria dizer, devendo o intérprete verificar qual os reais limites da norma.
*Interpretação Declarativa - Quando foi verificado que o legislador utilizou de forma adequada e correta todas as palavras contidas na lei, ocorrendo exata equivalência entre os sentidos e a vontade presente na lei.
*Interpretação Restritiva - Quando a lei possui palavras que ampliam a vontade da lei, e acabe à interpretação reduzir esse alcance.
*Rol Taxativo - É quando o legislador limita a extensão da nrma de maneira expressa na lei apenas para determinados casos, não permitindo lacunas.
*Rol Exemplificativo - É quando o legislador amplia a extensão da norma.

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