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1 Mais contribuições de Vicente Faleiros Para Vicente Faleiros (2009) o desafio é conhecer a realidade de trabalho, o local mesmo, ou seja, conhecer a instituição em suas correlações de forças para que se possa criar e propor formas de atender a população. Propiciando, ainda, o desenvolvimento de ações que possam contribuir para o fortalecimento do poder popular. Assim, a intervenção profissional não é a perturbação da ordem institucional. Vicente Faleiros (2009) apropria da ideia de José Augusto Guilhon Albuquerque (1970) que distingue 3 tipos de atores presentes na instituição: os atores ou os agentes privilegiados, onde é a sua prática que legitima a instituição; os subordinados que não são reconhecidos e o pessoal de apoio. Nesta separação, o assistente social é considerado como ator complementar, agindo na manutenção da ordem institucional estabelecida pelos agentes privilegiados. Vicente Faleiros nos diz que o primordial é a realização de uma análise que articule a relação dos atores com a instituição, e a relação da instituição com o contexto global de acumulação capitalista e de luta de classes. E para isso é imprescindível que o profissional, que está atuando na instituição, faça uma análise concreta da conjuntura, pois as transformações societárias somente ocorrerão com a participação ativa e democrática da população, dos trabalhadores em suas diversas funções. Sendo assim, a análise institucional aponta a necessidade de verificar empiricamente as formas e os sentidos como os valores, as representações e os 2 sentimentos são mobilizados, e utilizados pelos diversos atores sociais envolvidos em um determinado contexto. A análise institucional interessa-se teórica e metodologicamente por modos de apropriação, usos, transformações de dispositivos, estruturas, negociação e dinâmicas de poder elaboradas por diversos grupos de pessoas em suas relações institucionais. Neste sentido, busca à articulação de conceitos e instrumentos fundamentais de análise cujo foco é o debate político sobre o Estado e suas relações fiduciárias, segmentadas e distribuídas entre os grupos humanos em diferentes agrupamentos, cultural e historicamente situados.
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