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Guia de Estudos da Unidade 2 História da Educação

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História da Educação
UNIDADE 2
1
Para início de conversa
Olá, estudante! Como vão os estudos? Acredito que você está adquirindo novas e importantes informa-
ções para sua formação acadêmica. Conto com sua total atenção, pois vamos iniciar a nossa II unidade!
orientações da disciPlina
Antes de iniciar o estudo do nosso guia é primordial que você, caro(a) aluno(a), faça a leitura do seu 
livro-texto, pois ele irá nortear o estudo deste guia. Caso queira fazer novas pesquisas, acesse a nossa 
biblioteca virtual. Assista também a nossa videoaula, ela foi elaborada especialmente para facilitar seu 
aprendizado.
Ao final da nossa unidade, acesse o AVA e responda a atividade. Em caso de dúvidas, pergunte ao seu 
tutor!
Palavras do Professor
Meu(inha) caro(a) estudante! Dando início a nossa segunda unidade, continuaremos estudando a traje-
tória de construção histórica da educação nas sociedades ocidentais. A partir de agora, analisaremos os 
fatores que permitiram o desenvolvimento das práticas educacionais na Europa Ocidental, após o fim do 
Império Romano, na fase que se denominou chamar de Idade Média e do período que corresponde ao 
Renascimento. 
Esse período corresponde ao intervalo de tempo, didaticamente selecionado, que vai desde a queda do 
Império Romano do Ocidente com sede em Roma em 476 d.C., até a queda do Império Romano do Oriente, 
cuja capital ficava em Constantinopla, em 1453 d.C. Nesses quase mil anos a história presenciou uma 
intensa transformação da vida na sociedade europeia, entre elas merecem destaque: uma nova forma de 
organização social (sistema feudal), ascensão do cristianismo como fundamento para a vida em socie-
dade, a educação religiosa, a educação feminina, a formação dos cavaleiros e as corporações de ofícios.
Já durante o Renascimento, pudemos perceber outro movimento e ânimo para as transformações sociais. 
No período que integra os séculos XV e XVI, as convicções religiosas que marcaram profundamente o 
período medieval, vão aos poucos perdendo espaço para o resgate das ideias produzidas na antiguidade 
Clássica, sobretudo na Grécia e em Roma. É ainda o período em que o cristianismo se divide em dois 
grandes blocos, com a Reforma Luterana. Desse marco na vida religiosa, a educação recebeu grandes 
influências, que o estudante não pode deixar de conhecer, pois grande parte da expansão das culturas 
europeias para o continente americano foi estimulada por consequência desses acontecimentos.
Preparado(a)? Vamos lá!
http://www.sohistoria.com.br/ef2/medieval/
http://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/renascimento.htm
2
asPectos Gerais da sociedade Medieval
Vale destacar que o enfoque, que será dado aqui para esse largo intervalo de tempo que compreende a 
Idade Média, não terá uma fidelidade à sequência cronológica dos fatos, mas sim a uma análise sobre os 
temas relevantes à compreensão do fenômeno da educação nesse recorte didático de tempo.
Falar da Idade Média significa falar também de uma divisão já conhecida do aluno desde os tempos de 
escola: Alta Idade Média – da formação dos povos germânicos até estruturação do sistema feudal – e 
Baixa Idade Média – momento que há um ressurgimento da vida urbana e da prática do comércio na Euro-
pa Ocidental. Mais ainda, significa falar sobre um estilo de vida rural, isolado em fortificações (castelos) 
e com uma intensa atuação da instituição religiosa cristã.
Para entender isso tudo, o estudante deve voltar-se para o fim do Império Romano no Ocidente, e entender 
que esse processo teve uma forte contribuição da expansão e da migração dos povos germânicos (vân-
dalos, ostrogodos, visigodos, anglo-saxões e francos) para as áreas de domínio romanas no continente 
europeu. Com isso, pode-se perceber uma elevação no risco de desenvolvimento urbano, comercial e da 
manutenção do sistema escravista romano.
Figura 1 - Fonte: http://sereduc.com/4PXKhl
Aos poucos esses “povos bárbaros” vão absorvendo o cristianismo e essa aliança será uma das carac-
terísticas mais marcantes desse período, mas antes falaremos mais sobre o Feudalismo. Esse modo de 
produção que teve raízes tanto nas relações escravistas romanas, como nas instituições “bárbaras” de 
produção, baseadas em relações servo-contratuais para o trabalho na Europa Medieval.
http://www.casadehistoria.com.br/conteudo/historia-geral/transicao-feudal-capitalista/alta-idade-media
http://sereduc.com/4PXKhl
http://pt.wikipedia.org/wiki/B�rbaros
3
Figura 2 - Fonte: http://sereduc.com/o3GJ40
 
Existiam assim como integrantes dessa estrutura social: os servos que eram aqueles que trabalhavam; 
uma nobreza feudal detentora das terras e por isso responsável por sua defesa; e os representantes reli-
giosos cuja função era dar fundamento à vida nessa realidade social.
As habitações eram fortificações situadas em locais estratégicos, com torres altas para visualizar os pe-
rigos ainda longe e dotadas por um exército de cavaleiros.
Ao menor sinal de uma possível invasão, todos do povoado deveriam entrar nos castelos onde estariam 
protegidos.
O sustento dessa sociedade vinha da produção agrícola, em que os servos deviam obrigações aos seus 
senhores feudais: talha, corvéia, banalidades e outras. Havia ainda os vilões, pessoas que viviam nos feu-
dos, deviam obrigações aos senhores, mas que diferente dos servos, esses não estavam presos a terra.
edUcaçÃo e PensaMento cristÃo Medieval
Como já foi dito anteriormente, era um dos mais importantes o papel da religião nessa sociedade: o de dar 
sentido à vida das pessoas. Sendo assim, houve um esforço especial, por parte de alguns representantes 
religiosos de explicar as distintas situações vividas na sociedade de então, sob o prisma da religião oficial 
da época, o cristianismo.
Cabe aqui, um destaque para o fato de que o pensamento grego e romano, fundamentado na filosofia, não 
deixou de existir. No entanto, com a fusão do cristianismo com a cultura greco-romana, o racionalismo 
humanista foi reinterpretado à luz da doutrina religiosa cristã. Filósofos como Platão e Aristóteles tiveram 
suas ideias usadas como base reflexiva de tratados teológicos, que foram cruciais para administrar o 
pensamento social em todo o período medieval.
http://sereduc.com/o3GJ40
http://www.brasilescola.com/historiag/as-obrigacoes-feudais.htm
4
Figura 3 - Fonte: http://sereduc.com/H7kza3
Entre esses pensadores destacam-se os representantes da Patrística (doutrina dos padres da Igreja), tais 
como Clemente de Alexandria, Orígenes, Tertuliano e Agostinho de Hipona, e da < Escolástica > (a filo-
sofia ensinada nas escolas) que teve como seu maior ícone, o Tomás de Aquino. As reflexões edificadas 
entre essas linhas de pensamento fundamentaram produções educacionais que norteariam a atuação de 
religiosos na condução ideológica da vida, nas sociedades medievais.
Todo o desenvolvimento humano, moral, produtivo, técnico, social e político dessa fase, foram influencia-
dos diretamente pela formação religiosa obtida através do clero cristão.
Dentre estas doutrinas educacionais medievais, certamente você já deve ter ouvido ou estudado muito 
mais sobre a escolástica que da patrística. Isto não é à toa, pois o modelo patrístico, como o próprio termo 
já sugere, era algo frequentado apenas pelos padres, ou seja, a instrução era direcionada apenas para os 
que fossem iniciados na doutrina católica, faziam parte do clero, e era oferecida apenas nos mosteiros; 
diferentemente da escolástica.
Esta por sua vez, ganha maiores proporções em nossos estudos por que, à época, por sua disponibilização 
aos leigos, oferece um diferencial: põe as crianças e os jovens como foco do conteúdo instrucional. 
Devemos lembrar que esta ação se deve bastante à necessidade de aculturação dos povos não cristãos 
pelos ensinamentos católicos e utilizava de castigos físicos para repreender erros e estimular o apren-
dizado, porém a possibilidade de aumento do contingente populacional instruído de forma metódica, em 
determinados ambientes e períodos, comconteúdos que contemplam inclusive artes liberais em algum 
momento (gramática e aritimétrica, por exemplo) é um marco para os modelos pedagógicos.
http://sereduc.com/H7kza3
http://www.consciencia.org/filosofia_medieval3_patristica.shtml
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/escolastica-a-filosofia-durante-a-idade-media.htm
5
Se buscarmos em Piletti (1997) uma definição de escolástica veremos que “é um movimento intelectual 
oriundo da Idade Média preocupado em demonstrar e ensinar as concordâncias da razão com a fé pelo 
método da análise lógica”. Ou seja, há predisposição ao envolvimento, ou abordagem, de diferentes expli-
cações para variados temas dentro da lógica cristã, que teve como seu maior expoente o hoje considerado 
Santo, Tomás de Aquino. Tudo isto permeado pelo clima de mudanças profundas nos modos de vida em 
sociedade, sobretudo ao modelo de produção estritamente agrícola e o sempre presente clima de insegu-
rança e medo devido às disputas territoriais.
(iMPortante)
Com o passar do tempo, a diminuição dos conflitos com os povos invasores e a difu-
são das escolas, sobretudo nas paróquias urbanas, a responsabilidade em ministrar as 
aulas não fica apenas mais sobre os bispos, surge à figura do Scholasticus, um tipo de 
professor/educador, função que ganha notoriedade e credibilidade, fazendo com que 
estas pessoas consigam expor, transmitir seus conhecimentos de maneira particular, a 
exemplo do que faziam alguns dos pensadores clássicos gregos, o que não é bem rece-
bido pela Santa Sé, pois o conhecimento é uma dádiva divina e não deve ser vendido, 
em sua opinião. Neste momento surgem as primeiras universidades.
edUcaçÃo feMinina
A educação entre as mulheres era dividida em duas: as mulheres provenientes dos estratos trabalha-
dores, servos e vilãos, assim, como os homens também dessa classe, não recebiam nenhuma educação 
formal e a educação recebida pelos filhos da nobreza feudal.
De maneira geral, a educação desenvolvida para mulheres e homens dos grupos sociais mais baixos era 
fornecida pela religião de forma difusa, e pouco sistemática.
Festas comemorativas do calendário religioso cristão, livros ilustrados, imagens em vitrais ou pin-
turas em templos, poesia e canções carregavam os temas centrais do cristianismo para a formação e 
desenvolvimento humano das pessoas sem acesso aos processos formais de educação.
Já as mulheres dos estratos sociais mais elevados, poderiam receber aulas domiciliares voltadas para 
trabalhos manuais, artes, música e poesia, todas com forte conteúdo religioso. Vale frisar para o aluno 
que a educação dada para as mulheres das sociedades medievais não tinha como finalidade garantir a 
emancipação social da mulher, mas, fortalecer sua posição de submissão ao homem e à sua função na 
constituição da família.
O papel da educação na garantia de um sistema de submissão onde à mulher rendia obediência aos ho-
mens e a esses a igreja fundamentou uma ideia de ordem social, que ainda se faz presente ainda hoje.
6
Vale um destaque especial à obra de Christine de Pisan que teve uma formação letrada com acesso a 
leitura de textos da filosofia clássica (naturalmente os textos que envolviam conteúdos ligados à política 
e reflexão crítica social não faziam parte do repertório da educação das mulheres). A autora desenvolveu 
textos sobre a situação da mulher na Europa de seu tempo, principalmente manuais sobre educação moral 
voltada para vida social feminina. O conteúdo de seus textos explora a diversidade de situações que as 
mulheres de distintas classes sociais, viviam no período medieval. 
Figura 4 - Fonte: http://sereduc.com/ERuneU
Um dos pontos mais importantes referente às limitações femininas nesse período estava ligado à proi-
bição das mulheres participarem em práticas médicas (geralmente fundamentadas por conhecimentos 
populares), muitas mulheres foram condenadas pelos Tribunais do Santo Ofício da Inquisição por bruxaria 
ao desempenharem funções como as de parteiras, manipuladoras de ervas para curas e intervenções na 
saúde humana. Data nesse período também a proibição das mulheres de frequentar as universidades. 
Vale salientar a você, por hora estudante, mas futuramente multiplicador de conhecimento, que a in-
quisição é um ato, que também podemos chamar sem nenhuma estranheza de método, de punição e 
cumprimento de justiça característico da Idade Média; muito por causa do surgimento, nesse período de 
instituições com estes fins, que tem como maior referência a instituição católica citada acima. 
Quero dizer com isto, que ao abordar este importante assunto devemos sempre lembrar que não ape-
nas o Vaticano praticava penas, hoje consideradas brutalidades, para punir seus “infiéis”, sobretudo as 
mulheres. Cristãos protestante, árabes e hindus, por exemplo, também usavam das mesmas punições e 
julgamentos.
http://www.uesc.br/seminariomulher/anais/PDF/LUCIANA%20ELEONORA%20DE%20FREITAS%20CALADO.pdf
http://sereduc.com/ERuneU
http://www.infopedia.pt/$tribunal-do-santo-oficio
7
Como alertamos a pouco, os apedrejamentos, queimas em fogueira, a forca e a guilhotina são formas 
de punição características da Idade Média, isto devido à absorção dos preceitos morais e éticos das 
religiões pelo Estado e a sociedade em geral. Tolerava-se a morte nessas circunstâncias como forma de 
justiça a atos considerados maus, como a prática da medicina ou um simples desacato de um filho aos 
seus genitores.
O Tribunal do Santo Ofício é para nós a grande referência ao falarmos em inquisição devido ao nosso pas-
sado de ocupação europeia hegemonicamente cristã, onde, mesmo que de forma não tão enfática, foram 
aplicadas algumas de suas práticas em terras de além mar. 
Prezado(a) aluno(a), conto com sua atenção, vamos dar continuidade a nossa jornada de estudos, agora 
vou explicar em uma breve explanação a Formação dos Cavaleiros. Vamos lá!
forMaçÃo dos cavaleiros
Consolidada após o século XI, a instituição da cavalaria marcou o modo de vida nas sociedades medie-
vais. Tendo como função a defesa da sociedade civil e dos valores religiosos cristãos, a cavalaria era 
constituída a partir de um complexo processo de formação militar e educação moral e religiosa.
A cavalaria era composta em sua maioria por membros da nobreza, mas não exclusivamente, era comum 
a participação de pessoas provenientes dos camponeses que enriqueceram e puderam custear a compra 
das caras armaduras. Normalmente os filhos dos nobres, que não herdavam as terras ou não ingressaram 
em uma vida de trabalho junto ao clero, eram encaminhados para servir junto à cavalaria.
Figura 5- Fonte: http://sereduc.com/ZvktA5
O processo educacional de formação dos cavaleiros iniciava-se aos sete anos de idade, quando os jovens 
eram levados para servirem como pajem em outros castelos. Nessa etapa, os pajens receberiam uma 
educação cortês (quando se fala em educação cortês faz-se referência à educação da corte), ou seja, 
era introduzido nos hábitos de conduta da corte. Aprendia dos sete aos quinze anos os valores morais, 
música, poesia e esportes. Essa primeira fase tinha um caráter mais voltado para os valores morais e de 
conduta social, vale destacar para você aluno, que tanto os valores morais como a conduta social tinham 
um fundamento religioso.
http://sereduc.com/ZvktA5
8
Um segundo momento da formação dos cavaleiros, era o que o jovem se tornava um escudeiro a serviço 
de um cavaleiro. Dentre as atribuições desse aprendiz que acompanhava o cavaleiro estavam a de apren-
der e treinar montaria, técnicas do manejo de armas, desenvoltura em caçadas e a participação em tor-
neios para estarem preparados para os conflitos. Os jovens recebiam ainda instruções que contemplavam 
política, música e trovadoresca. Ao fim dessa passagem como escudeiro, aos vinte e um anos havia uma 
cerimônia religiosa e civil, em que se consagrava o jovem homem como cavaleiro.
Os cavaleiros eram norteados por um código de honra que enaltecia a lealdade e as virtudes defendidas 
peloscostumes da época: fé, coragem, honra e cortesia. Tinham a função de defender os desamparados. 
Destacamos aqui para o melhor entendimento do aluno que, essa formação muitas vezes silenciava o 
desenvolvimento intelectual, pois muitos cavaleiros eram analfabetos.
visite a PáGina
Caro(a) estudante, caso queria saber mais com relação a idade medieval, acesse o link 
e conheça a história de Ronaldo, conhecido também como Roldão, um personagem da 
literatura medieval. Clique aqui para acessar. Boa leitura!
corPorações de ofício
Junto com o desenvolvimento das sociedades medievais, surgiram as chamadas corporações de ofício. 
Tais instituições tinham a função de desenvolver a manutenção do conhecimento produtivo, bem como 
fornecimento de produtos de várias naturezas.
A regularização de todos os processos envolvendo a produção ocorria através dessas instituições: o ma-
terial utilizado, o preço do produto, horário de trabalho, métodos e condições de aprendizagem. Essas 
instituições que surgiram em meados do século XII funcionavam como associações de artesãos, e escola 
para a formação de novos artesãos.
Figura 6 - Fonte: http://sereduc.com/0w3r56
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rolando
http://www.casadehistoria.com.br/conteudo/historia-geral/transicao-feudal-capitalista/corporacoes-de-oficio
http://sereduc.com/0w3r56
9
O aprendizado era conduzido por um mestre de habilidade e conhecimento reconhecido por outros produto-
res, e por consumidores como tal. Os aprendizes ficavam hospedados nas casas dos mestres, e todo o pro-
cesso de iniciação profissional envolvia a experiência direta com a produção. Ao final do processo, os mes-
tres submetiam os aprendizes a exames de avaliações, para que os mesmos pudessem trabalhar na área.
Universidades
O surgimento das universidades representou uma nova forma de entender a educação superior. Inicialmente, 
estavam ligadas à reunião de mestres para o fomento do debate em torno de temas relevantes ao conhe-
cimento da época. Áreas do conhecimento como: filosofia, teologia, direito e medicina eram os principais 
focos de atuação dos estudos dos mestres nas universidades.
As universidades funcionaram como corporações de mestres empenhados na ampliação do conhecimen-
to. Essas corporações, antes de se consolidarem como instituições de ensino, funcionavam em regime de 
itinerante, viajavam para vários locais levando debates, críticas e ideias fundamentais para o cenário de 
transformação das sociedades medievais.
Figura 7 - Fonte: http://sereduc.com/5BKRuT
Esses grupos foram muito importantes para o desenvolvimento cultural da Europa ocidental quando, em 
meados do século XII, já havia um desenvolvimento urbano que permitiu transformações significativas na 
sociedade medieval, como por exemplo, o ressurgimento do comércio e o aparecimento dos burgueses.
Apesar de muitos dos mestres presentes nessas corporações de ofício intelectual serem representantes 
religiosos, o surgimento das universidades tem relevância no declínio da hegemonia da igreja, no fomento à 
construção do conhecimento, uma vez que dogmas e assuntos polêmicos da Santa Sé eram constantemente 
debatidos.
As instituições que receberam mais destaques foram as de Oxford e Cambridge (Inglaterra), Bolonha (Itália), 
Paris (França) e Salamanca (Espanha). Uma das personalidades mais importantes desse processo foi Pedro 
Abelardo (1079-1142) que atraía inúmeros alunos por onde passava.
http://sereduc.com/5BKRuT
http://www.filosofia.com.br/historia_show.php?id=46
http://www.filosofia.com.br/historia_show.php?id=46
10
renasciMento e a secUlariZaçÃo do PensaMento
Denominou-se chamar de Renascimento o processo de transformações culturais, ocorrido na Europa oci-
dental, sobretudo nos centros urbanos. Teve como principal característica o resgate de valores culturais 
greco-romanos, o que vai implicar em modificações significativas na vida social, econômica, política e, por 
isso tudo, também educacional das pessoas.
GUarde essa ideia! 
Meu(inha) caro(a) estudante, você já deve ter percebido as semelhanças da disciplina de História com a 
Filosofia e, dessa forma, pode já usar os conhecimentos dessa outra área do conhecimento para auxiliá-lo 
em sua viagem, rumo a entender a Educação. Há nesse período uma valorização chamada Humanismo, 
uma ascensão de uma classe de burgueses que irão desenvolver-se às margens do modelo de estrutura 
social, tipicamente medieval e fundamentado nos valores religiosos de até então.
Figura 8 - Fonte: http://sereduc.com/03yRe4
Vale destacar que a sociedade era formada por um grupo de pessoas que trabalhavam (os servos e vilões), 
outro segmento formado pelos que lutavam em defesa da sociedade e da igreja (seriam os nobres e se-
nhores feudais) e, por fim, aqueles que rezavam (o clero); a burguesia não se encaixava exatamente em 
nenhuma classe desse sistema, pois viviam do lucro e não do trabalho.
http://pensamentoextemporaneo.com.br/?p=1338
http://sereduc.com/03yRe4
11
dica
Nunca é demais lembrar que o termo burguês é dado às aglomerações urbanas que 
passam a resurgir com a crescente navegação e o aumento do comércio, os burgos. 
O que um estudante atencioso pode perceber é o surgimento de outros valores sociais, 
não apenas as ideias religiosas imperavam no fornecimento ao sentido da vida huma-
na, mas agora passaram a surgir outras ideias alternativas às religiosas.
E quando se fala de secularização do pensamento, é a essa dissociação das ideias que nos referimos 
cada vez mais o pensamento humano e social foram desvinculando-se do pensamento religioso. Foi um 
processo que acompanhou o ressurgimento do comércio e o desenvolvimento urbano em detrimento da 
característica estritamente agrário propriedades feudais da Europa.
Com o desenvolvimento de um pensamento desvinculado das ideias religiosas, naturalmente a educação 
passou a caminhar por outras trilhas, e surgem assim os colégios. Essas instituições com a finalidade de 
fomentar o desenvolvimento intelectual e humano tiveram alterações significativas em relação aos mo-
delos educacionais medievais. O renascentista italiano Castiglione, em um livro de sua autoria publicado 
em 1528, chamado de O cortesão, fala dessas mudanças ocorridas no ideário cortesão dos cavaleiros 
medievais em contraposição do pensamento humanista renascentista.
As escolas surgiram ainda como um reflexo do enaltecimento do conhecimento intelectual, pois os filhos 
dos nobres continuaram a receber sua educação por mestres dentro dos castelos, mas a burguesia e a 
pequena nobreza também almejavam uma educação pautada em valores humanos para seus filhos, daí a 
importância dessas instituições para a consolidação de um estilo de vida.
Importante também destacar, que não se pode pensar que a nobreza configurava um bloco composto 
apenas por pessoas de alta posição aquisitiva, mas havia também pessoas com títulos de nobreza que 
estavam em situações de baixo destaque, prestígio e poder aquisitivo.
você sabia?
Consolidando-se um modelo educacional distinto, surge concomitantemente uma gama de pensadores 
que vieram a fundamentar os processos educacionais envolvendo a definição dos conteúdos, as práticas 
didáticas e as pedagógicas de maneira geral. Dentre esses se destacaram pensadores como Juan Luiz Vi-
ves (1492-1540), Erasmo de Rotterdam (1465-1536), Fançois Rabelais (1494-1553) e Michel de Montaigne 
(1533-1592), todos eles contribuíam significativamente para as transformações ocorridas na educação, 
daí em diante.
Dentre todos os mestres renascentistas talvez o mais conhecido seja Leonardo Da Vince (1452-1519). Ele 
tem grande reconhecimento até hoje por ter tido incursões em diversas áreas das artes e do conhecimen-
to como aritmética, anatomia e geologia por exemplo. Autor de obras de arte como a “Mona Lisa” e a 
“Última Ceia” destaca-se também bela sua visão inventiva inovadora à época, onde construiu protótipos 
do que hoje conhecemos como helicóptero e de planos de organização urbana.
???
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/JuanVive.htmlhttp://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/JuanVive.html
http://www.sohistoria.com.br/biografias/roterda/
http://educacao.uol.com.br/biografias/francois-rabelais.jhtm
12
Dentre as grandes obras de Leonardo Da Vince está o “Homem Vitruviano”, obra ilustrada na figura 8 
acima que, para muitos, sintetiza os valores e preceitos renascentistas, pois sua forma além de propor-
cionalmente perfeita, com base em conhecimentos geométricos produzidos na antiguidade, expõe alguns 
símbolos e significados filosóficos correspondentes ao movimento emergente, como por exemplo os bra-
ços abertos verticalmente, que em conjunto com o tronco e os membros inferiores, lembram uma cruz, que 
para alguns representa a ainda marcante presença da igreja na vida dos indivíduos, mesmo com todos as 
crescentes descobertas. 
reforMa Protestante e edUcaçÃo
As ideias de renovação culturais e transformações estruturais próprias do renascimento desencadearam, 
também, transformações dentro da religião. Movimentos de crítica social, fomentados pela valorização 
do pensamento reflexivo passaram a ser voltadas também para a atuação da igreja. Os movimentos da 
Reforma e da Contrarreforma surgiram nesse contexto.
A autoridade da religião em fornecer as explicações para todos os fenômenos naturais e humanos foi 
sendo minada aos poucos pelas mudanças sociais e intelectuais.
Como resultado de todo esse processo, surgiu dentro da própria igreja, um movimento de crítica a suas 
atitudes e posturas teológicas, ocorre à chamada Reforma protestante do século XVI. Desencadeado 
inicialmente por Martino Lutero (1483-1543) com a publicação de suas 95 Teses de protesto contra o 
fundamento doutrinário da igreja católica.
dica
É importante destacar que a igreja condenava práticas ligadas à aquisição de lucro (irreal diante do de-
senvolvimento comercial), a liberdade para que os fieis tivessem acesso aos textos bíblicos, à autonomia 
política com ações direcionadas pela razão e o ideal de nacionalismo que aos poucos surgia entre os 
grupos modernos que se contrapunha ao modelo universalista católico.
A atuação e postura crítica de Lutero tiveram apoio por governantes e lideranças eclesiais de várias regi-
ões da Europa, mas, sobretudo nas regiões em que os burgueses tinham mais poder e força. Uma vez que 
a condenação da usura (lucro em transações comerciais) deixou de ser alvo de condenação religiosa, de 
acordo com a postura teológica de Lutero. Há então um verdadeiro rompimento institucional com a figura 
política do papa e que teve consequências significativas no campo educacional.
Figura 9 - Fonte: http://sereduc.com/C28z4J
http://pt.wikipedia.org/wiki/Martinho_Lutero
http://pt.wikipedia.org/wiki/95_Teses
http://sereduc.com/C28z4J
13
Uma das teses mais populares desenvolvida por Lutero estava associada ao acesso direto dos fiéis aos 
textos bíblicos, sem necessitar da mediação de sacerdotes (como era determinado pela tradição católica). 
Essa postura estava de acordo com a cultura escolar renascentista e com o espírito de busca pela auto-
nomia reflexiva própria do pensamento humanista moderno. Sendo assim, a vinculação dessa linha de 
raciocínio que valoriza a leitura com práticas educacionais era algo natural de se ocorrer no contexto dos 
adeptos dessa nova forma de viver a experiência religiosa.
A educação seria um importante instrumento para divulgação dessa concepção religiosa surgida com a 
Reforma, o próprio Lutero defendia a implantação de escolas primárias para todos de forma universal, pú-
blica e de competência do Estado. Criticava ainda as práticas pedagógicas que abusavam dos castigos e 
valorizava arte, música, literatura e a matemática, estava completamente sintonizado com as tendências 
da cultura humanista.
(iMPortante)
A resposta católica para esse movimento de crítica, em 1520 o papa Leão X escreve 
uma carta cobrando a retratação do monge Lutero, sob a ameaça de excomunhão. 
Como a ameaça não obteve uma resposta positiva, Lutero manteve e reafirmaram suas 
teses, o mesmo foi considerado herege e desvinculado da Igreja católica. No entanto, 
diante do quadro de expansão desse movimento cristão reformado, os católicos opta-
ram por se posicionar de forma ofensiva, surge então à chamada Contrarreforma.
Essa reação católica, direcionada para a retomada do poder perdido com a expansão do 
movimento protestante, culminou com a delimitação de novas diretrizes tomadas pela 
Igreja católica no Concílio de Trento (1545-1563) que, além de reafirmar a autoridade 
papal e os princípios que norteavam a atuação da Igreja católica, voltou-se para a ex-
pansão ofensiva e sistemática da fé católica. Nesse aspecto a educação foi um ponto 
crucial.
contrarreforMa e PedaGoGia JesUíta
Uma das frentes ofensivas mais marcantes do movimento da Contrarreforma foi à criação e atuação da 
Companhia de Jesus que tinha nos jesuítas, os soldados de cristo, uma nova estratégia para expansão do 
espírito contrarreformado católico.
Os padres jesuítas usavam uma abordagem diferenciada, misturavam-se com a sociedade, não se limitan-
do aos conventos. Eram formados de acordo com uma rígida disciplina e tinham como principal missão a 
propagação da fé católica e luta contra os infiéis e hereges.
Os jesuítas perceberam logo que o sucesso de sua missão seria mais seguro se realizado com as gerações 
mais jovens, daí o empenho na constituição de escolas como um instrumento de catequização. As escolas 
jesuítas não configuraram, no entanto, ações isoladas e limitadas as comunidades em que se inseriam, 
foi parte de um projeto grandioso da Igreja Católica no qual se fizeram presentes à fundação do Colégio 
Romano para formação de professores, a organização de um plano de estudos (Ratio Studiorum) definindo 
práticas e operações organizacionais e administrativas das escolas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Le�o_X
http://cleofas.com.br/historia-da-igreja-o-concilio-de-trento/
http://pt.wikipedia.org/wiki/In�cio_de_Loyola
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Figura 10 - Fonte: http://sereduc.com/SwUaVc
Houve uma redefinição também nos conteúdos educacionais, os estudantes dedicavam-se, sobretudo, 
às obras greco-latinas com foco na gramática (inclusive o latim), filosofia (lógica e dialética), ciências, 
teologia. As práticas pedagógicas focavam em exercícios de repetição e memorização, era incentivada a 
competição por bom desempenho a exemplo das organizações militares. Caro(a) aluno(a), com isso con-
cluímos nossa segunda unidade da disciplina de História da Educação.
Palavras do Professor
Meu(inha) caro(a) estudante, vimos como a religião penetrou nos projetos sociais e políticos e como ela 
usou a educação como principal estratégia para expansão. Com isso, podemos perceber como a educação 
pode ser um instrumento para a transformação da realidade social, sua capacidade de incutir na imagina-
ção social sempre foi fundamental para a construção de modelos políticos.
Desse momento em diante, sua importância ganhará ainda mais destaque e terá maior uso por parte dos 
governantes. Veremos ainda mais sobre isso na unidade a seguir, em que trabalharemos a educação no 
início da modernidade, a descoberta do novo mundo, a construção da sociedade brasileira e das grandes 
transformações da sociedade mundial que marcaram decisivamente o Brasil.
Destacamos a importância de fazer um estudo que envolva pesquisas na internet, em livros (inclusive o 
livro-texto) e outras fontes como jornais e revistas. O acompanhamento do material didático com exer-
cícios e fóruns de discussão ajuda a ampliar e consolidar as reflexões sobre a educação que foram aqui 
desenvolvidas.
Bons estudos e até a próxima unidade!
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