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* DERRAME PLEURAL * CONCEITO Acúmulo de líquido na cavidade pleural. É raramente um processo patológico primário, em geral, é secundário a outras doenças. Pode ser complicação da tuberculose, da pneumonia, de infecções virais pulmonares e de tumores neoplásicos * Sintomas Respiração curta Aumento da freqüência do pulso Dor Macicez ou som grave na percussão sobre as áreas de líquidos * Diagnóstico Rx de tórax Exame físico Toracocentese ( faz-se cultura do líquido pleural, citopatológico e estudos enzimáticos e químicos * Tratamento O objetivo da terapia é descobrir a causa subjacente e aliviar o desconforto e a dispnéia. Drenagem persistente e eficaz do espaço pleural é feita o mais cedo possível pela toracocentese. Evitar drenagem superior a 1 litro por vez (risco de edema pulmonar por reexpansão). Determinar a etiologia do derrame, faz-se o tratamento específico, quando possível. * ASMA BRÔNQUICA * Conceito A asma brônquica se caracteriza por uma reatividade aumentada da traquéia e brônquios a uma grande variedade de estímulos imunológicos, o que causa,uma broncoconstrição generalizada nos pulmões, cuja intensidade e severidade podem mudar espontaneamente ou com medicação. Ocorre em quase 3% da população de ambos os sexos e principalmente em crianças. O aspecto reversível é uma característica da asma brônquica, o que a diferencia da obstrução crônica irreversível ao fluxo aéreo típico da bronquite crônica e enfisema pulmonar. * Conceito Doença inflamatória crônica das vias aéreas, na qual muitas células participam, em particular, mastócitos (mediadores químicos responsáveis pelo desencadeamento da reação alérgica), eosinófilos e linfócitos T e também mediadores químicos por elas produzidos. Em indivíduos suscetíveis, essa inflamação leva a um aumento da reatividade das vias aéreas e a uma variedade de estímulos, podendo causar episódios recorrentes de sibilância, dispnéia, tosse e dor torácica. A obstrução das vias aéreas pode ser parcialmente reversível, espontaneamente ou como resultado de tratamento. * Clinicamente é possível dividir a asma em: * EXTRÍNSECA (indivíduo atípico, desencadeada por alérgenos ambientais, mediada por IgE, comumente associada a eczema e\ou rinite alérgica, com história familiar, com crises agudas moderadas, responsivas a broncodilatadores e ocasionalmente a dessensibilização, bom prognóstico) . * INTRÍNSECA (etiologia complexa, sem relação com alérgenos ou IgE, incomum o eczema ou rinite, história familiar negativa, crises agudas e severas, resposta variável ao tratamento, dessensibilização ineficaz, prognóstico menos favorável). * Fisiopatologia Fatores que contribuem para a obstrução difusa e reversível das vias aéreas: Contração dos músculos dos sistema brônquico Edema da mucosa brônquica Enchimento dos brônquios com muco espesso – obstrução – dificuldade respiratória Aumento do trabalho respiratório Diminuição da oferta de oxigênio nos alvéolos pulmonares PARADA CARDIORESPIRATÓRIA * Manifestações clínicas Tosse acompanhada ou não de muco e de sibilos (som do fluxo de ar através das VA estreitadas presente na inspiração e expiração) Dispnéia que pode ou não impedir a atividade habitual Perturbação do sono Hipoxemia Cianose, taquicardia e ansiedade Rigidez torácica generalizada * Incidência 10% da população adulta brasileira Cerca de 90% dos casos de asma são decorrentes de um processo alérgico que causa a inflamação. A intensidade da inflamação determina a gravidade da doença * QUANDO SUSPEITAR? crises episódicas de cansaço, dispnéia, tosse, sibilos crises de intensidade variável, desencadeadas pelo frio, exercícios, alérgenos, emoções,estresse expiração prolongada e esforço expiratório reversibilidade da obstrução espontânea ou com tratamento medicamentoso hipersecreção mucosa, expectoração clara crises noturnas de dispnéia crises desencadeadas pelo uso de salicilatos. * COMO CONFIRMAR? história e exame clínico discreta leucocitose, eosinofilia muco espesso com cristais de Charcot- Leyden (precipitado cristalino) estertores e sibilos na ausculta pulmonar provas de função pulmonar revelam padrão obstrutivo e reversível com broncodilatadores gasometria arterial normal ou com alcalose respiratória (↓PCO2 moderada) ou acidose metabólica (grave) Rx de tórax mostra hiperdistensão pulmonar, espessamento das paredes brônquicas. diferenciar de DPOC, insuficiência cardíaca esquerda, embolia pulmonar, CA broncogênico , aspergilose broncopulmonar. * Objetivos do tratamento Manter o paciente assintomático ou com um mínimo de sintomas Manter o nível de atividade normal Evitar os sintomas crônicos e que causam incômodo: tosse, dispnéia durante a noite, ao acordar ou após os exercícios Prevenir as crises de asma e os riscos de óbito bem como as consultas de emergências e as hospitalizações * COMO TRATAR? hidratação adequada pela VO ou parenteral uso de cortecosteróides via inalatória tipo beclometasona (beclosol, clenil) broncodilatadores inalalatórios tipo berotec, bricanyl, aerolin por via inalatória ou oral uso de teofIlina, teolong, talofilina uso de antibiótico na presença de infecção respiratória oxigenoterapia SN (3 litros/min) em crise asmática teofilina de ação prolongada é benéfica ao deitar para prevenir crises noturnas uso de aminofilina EV(lenta) mínimo 20 minutos para injetar * Tratamento medicamentoso Proporcionar alívio sintomático pela administração das medicações prescritas: B-Agonistas – dilatam a musculatura brônquica e podem potencializar efeitos broncodilatadores dos corticóides (salbutamol e terbultalina) Metilxantinas (aminofilina e teofilina) – relaxam a musculatura lisa brônquixa e aumentam o movimento do muco nas VA * Tratamento medicamentoso Corticoesteróides (hidrocortisona, prednisolona) – reduzem a inflamação, diminuem a bronquioconstrição. Efeitos colaterais: hiperglicemia, HAS Anticolinérgicos (via inalatória) Brometo de ipatrópio – atropina – efeito antimuscarínico que leva a broncodilatação * Prevenção Crises de Asma Evitar efeitos adversos das medicações utilizadas Estabelecer com o paciente e sua família um plano de tratamento de manutenção e para as crises Educar o paciente com o manejo correto da doença
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