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Química Farmacêutica Aula 1 1 QUÍMICA FARMACÊUTICA Química farmacêutica Química Terapêutica, Química Medicinal, Farmacoquímica e Farmácia Química Química Farmacêutica Preocupa com a descoberta, o desenvolvimento, a identificação e a interpretação do modo de ação dos compostos biologicamente ativos nas moléculas. Estudo, identificação e a síntese dos produtos metabólicos de fármacos e produtos relacionados Área que aplica os princípios da Química e da Biologia conduz a introdução de agentes terapêuticos Trabalha em conjunto com a Química, Biologia, Matemática, Farmacologia, Informática e Medicina, dentre outras. 2 QUÍMICA FARMACÊUTICA Relação da química farmacêutica como outras disciplinas 3 Tratamento de doenças por meio de drogas perde-se na antiguidade. Primeiras drogas – origem natural, plantas superiores. Chineses, hindus, maias e povos do Mediterrâneo –emprego terapêutico de certas plantas e alguns minerais: Imperador chinês Shen Nung (3000 A.C.) – planta ch’ang shang para tratamento da malária contém alcalóides como a febrifugina. Índios brasileiros - raiz da ipeca para disenteria e diarréia – emetina. Incas Peru - casca da quina– febre, malária. Pelletier e Caventou (1820) quinina. Folhas de coca - estimulante e euforizante - Niemann (1859) cocaína. Theophrastus Bombastus von Hohenheim (1500) – antimônio e seus derivados como panacéia EVOLUÇÃO HISTÓRICA Séc. XVI publicam-se as primeiras farmacopéias. Séc. XVII aparecem novas drogas de origem vegetal e mineral. Séc. XVIII foram introduzidos o cloreto de mercúrio, o éter, o ópium etc. Paul Ehrlich – pai da quimioterapia – final do séc. XIX – descobriu que certos compostos químicos apresentam toxicidade seletiva contra determinados agentes infectantes. Paul Ehrlich e Sacahiro Hata Produziram a arsfenamina em 1910 Combinaram a sintese com uma triagem biológica e processo de avaliação confiavel. Descobriram que os fármacos mais eficazes tinham uma seletividade maior para com os microrganismos alvo do que para o hospedeiro Emil Fischer –teoria da chave e fechadura – explicação racional sobre o modo de ação das drogas. EVOLUÇÃO HISTÓRICA EVOLUÇÃO HISTÓRICA Droga – é a matéria-prima mineral, vegetal ou animal da qual se podem extrair um ou mais princípios ativos. Mas na mídia é visto como substância de uso para fins de ”recreação” do que para terapêuticos. Fármaco – é a substância química de constituição definida que pode ter aplicação em Farmácia, seja como preventivo, seja como curativo, seja como agente de diagnóstico. Ex: Heroína (diamorfina) é um analgésico muito eficaz e é usada para aliviar dor em caso terminais de câncer. Medicamento – é o mesmo que fármaco, mas especialmente quando se encontra na sua forma farmacêutica. DEFINIÇÕES O que são os fármacos e por que precisamos de novos fármacos? Atividade de um fármaco São as atividades e efeitos farmacológicos sobre o indivíduo Nenhum fármaco é inteiramente seguro Por que agem interferindo processos biológicos O uso corriqueiro pode causar dependencia tornando-se um veneno Exemplo temos o paracetamol e a aspirina que são vendidos sem prescrição médica Doses elevadas pode levar a morte Efeito colaterais Irritação gástrica e sangramento em algumas pessoas Uso de antibiótico sempre é bom? Não, pois pode acarretar em aumento da resistência dos microrganismos Pode causar o aparecimento de cepas de microrganismos resistentes aos fármacos FÁRMACOS FORMA DOS FÁRMACOS E ESTUDOS DETALHADOS Os fármacos são obtidos na forma de ácidos ou bases orgânicos São, porém, transformados em sais para a sua utilização. Dessa maneira: Há mudanças de propriedades físico-químicas – solubilidade, estabilidade, fotossensibilidade e características organolépticas (cor, odor, textura, sabor, brilho); Há o melhoramento da biodisponibilidade, mediante alteração da absorção, aumento da potência e prolongamento do efeito; Pode-se reduzir a toxicidade a partir de estudos e pesquisas dos sítios receptores (Chave-fechadura) FORMA/ESTUDO DOS FÁRMACOS Food and Drug Administration (FDA) foi criado para controlar a administração das drogas e alimentos As primeiras drogas eram usadas de forma desenfreada. De cada 10.000 compostos sintetizados somente um é adequado para medicamento. No entanto, nem todos os sais são adequados para uso terapeuticos. A FDA aprova a) ânions: acetato, benzoato, bicarbonato, cloreto, brometo, citrato, fumarato, iodeto, nitrato, sulfato, etc. b) cátions: benzatina, cloroprocaína, colina, meglumina, Al, Ca, Mg, Li, Zn, Na, K, etc. FDA não aprova, apesar de serem comercializados – a) adipato, alginato, aminossalicilato, butilbrometo, dissuccinato, hemissulfato, tosilato, etc. b) benetamina, clemizol, piperazina, Ba, Bi FORMA/ESTUDO DOS FÁRMACOS As suas propriedades são semelhantes às dos AINEs (grupo da aspirina) mas não causam hemorragias gástricas nem são absorvidos para o sangue (têm acção tópica). O ácido 5-aminosalicílico inibe as enzimas ciclooxigenases COX-1 e COX-2 a sintese de prostanóides inflamatórios. Inibe também a produção de citocinas, ao bloquear o NF-KB, o seu factor de transcrição génica nuclear. Fornecimento de elementos carentes ao organismo. Vitaminas, sais minerais, hidrolisados de proteínas, hormônios; Prevenção de uma doença ou infecção. Soros e vacinas; Combate a uma infecção. Quimioterápicos, incluindo os antibióticos; Bloqueio temporário de uma função normal. Anestésicos gerais e locais, anticoncepcionais orais; Correção de uma função orgânica desregulada: disfunção – cardiotônicos no tratamento de insuficiência cardíaca congestiva; hipofunção – hidrocortisona no tratamento de insuficiência supra-renal; hiperfunção – metildopa em hipertensão arterial. Destoxificação do organismo – antídotos; Agentes auxiliares de diagnósticos – radiopacos EMPREGO DOS FÁRMACOS Efeitos conjunto complexo de processos. Fase farmacêutica – desintegração da forma em que o fármaco é administrada. Dissolução da forma ativa – fármaco disponível para absorção - disponibilidade farmacêutica. Fase farmacocinética – absorção, distribuição, metabolismo e excreção do fármaco – fármaco disponível para ação – disponibilidade biológica. Fase farmacodinâmica – interação fármaco-receptor no tecido alvo – efeito biológico. AÇÃO BIOLÓGICA Em determinados casos, o efeito biológico não decorre da ação de um medicamento específico, mas sim de fatores psicológicos ou inespecíficos. Qualquer efeito atribuível a uma pílula, poção ou procedimento, mas não às suas propriedades farmacodinâmicas ou específicas – Wolf Resulta de auto-sugestão, reação psicológia ou reflexo condicionado. Pode ser efeito psicológico ou psicofisiológico. Quatro placebos: A) substancia simples farmacologicamente inertes Açucar, amido, lactose, talco, água B) Pseudomedicamentos, extratos de ervas, solução salina, metais tóxicos, vitaminas suplerfluas; C) Ação farmacodinâmica de um agente terapêutico específico, embora EFEITO PLACEBO 13 C) não seja o indicado para o mal de que o paciente se queixa ou sofre efetivamente; D) fatores psicológicos, tais como a atitude do paciente ou do médico, como a fé do paciente no médico o uno remédio prescrito ou no entusiasmo do médico pelo tratamento indicado. Efeito placebo tem eficácia terapêutica em 30 a 40 % dos pacientes – hipertensão, artrite, úlcera, enxaqueca, dor pós-operatório, vômitos, tosse, insônia, enjôo, etc. Atualmente alguns placebos usados para mitigar a dor promovem liberação de analgésicos endógenos (característica de cada organismo) – Endorfina, beta lipotropinas e encefalinas EFEITO PLACEBO Endógeno - fator inerente que são inerentes ao organismo e estabelecem a receptividade do indivíduo. Fator genético, anatomia e fisiologia do organismo humano ou estilo de vida. Os fármacos podem interagir – conseqüências: efeito aditivo ou sinérgico, quando ambos apresentam a mesma ação farmacodinâmica; perda de efeito, se apresentarem ações opostas; influência de um fármaco sobre a atividade de outro, alterando sua absorção, distribuição, metabolismo ou excreção. Diminuição da absorção por formação de complexos pouco solúveis – ex. formação de quelatos de tetraciclinas com antiácidos ou sulfato ferroso. Mudança do pH gástrico INTERAÇÕES DOS FÁRMACOS Todos os fármacos podem causar efeitos adversos. “Todos as substâncias são venenos; não há nenhuma que não seja veneno. A dose correta diferencia um veneno de um remédio” Farmakon - Farmacon – fármaco – remédio – veneno 1952 – Meyler publicou o primeiro livro que tratava unicamente das reações adversas das drogas. III - CLASSIFICAÇÃO DE FÁRMACOS estrutura química - acetais, ácidos, álcoois, aminas, éteres, etc. ação farmacológica – depressores do sistema nervoso central, estimulantes do SNC, psicofármacos, fármacos que atuam no SNP, emprego terapêutico – fármacos que atuam nos distúrbios dos hormônios sexuais, etc mecanismo de ação molecular – fármacos que atuam sobre enzimas (inibidores, reativadores, ativadores EFEITOS ADVERSOS As associação de fármacos São desvantajosas Não permite uma flexibilidade de dose Nem sempre possuem as doses/drogas adequadas Leva a associação de outro medicamento Prejuízo ao consumidor Encarecimento e a uma provável piora no sintomas Pode causar à diagnose descuidada e terapia inadequada Interferência na identificação dos agentes etiológicos Toxidade de um medicamento devido a reações químicas com outros medicamentos Então, uma associação medicamentosa insatisfatória é prejudicial ao paciente EFEITOS ADVERSOS Essa desvantagem e perigo é universal nas indústrias farmacêuticas Liberam muitos medicamentos semelhantes que acarretam em prejuízo ao paciente Não hesitam em inundar o mercado com medicamentos de forma irracional e que a sociedade acaba associando sem saber as consequências Exemplos de medicamentos de uso irracional e perigoso 25 associações do ácido salicílico, 40 do ácido acetilsalicílico, 91 da efedrina, 110 da tetraciclina, 121 da dipirona, além de outros fármacos, principalmente vitaminas. O Brasil é um dos líderes do mundo no uso desenfreado de medicamentos associados e sem cautela. EFEITOS ADVERSOS “Obrigado” 19
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