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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA MMª 50ª VARA DO TRABALHO DE VITÓRIA-ES
Processo n. 123
SANDÁLIA FELIZ LTDA, já devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, em que contende com VALENTINO GARRIDO, vem respeitosamente, por meio do seu advogado subscritor desta, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 895, inciso I da CLT, tempestivamente interpor
RECURSO ORDINÁRIO
irresignado com a sentença prolatada pelo MM. Juízo da 50ª Vara do Trabalho de Vitória-ES, comprovando anexo o pagamento das custas processuais e o recolhimento do depósito recursal, requrendo, para tanto, a remessa das anexas razões ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ... Região, após cumpridas as formalidades de estilo.
Nesses termos,
Pede deferimento.
Local e Data
Advogado
OAB
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
Recorrente: SANDÁLIA FELIZ LTDA
Recorrido: VALENTINO GARRIDO
Processo n.: 123
Origem: 50ª Vara do Trabalho de Vitória-ES
Egrégio Tribunal,
Doutos Julgadores.
DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
O presente recurso ordinário encontra previsão legal no art. 893 da CLT, cuja hipótese de cabimento é a do art 895, inciso I da CLT, tendo sido interposto no prazo legal por advogado com instrumento procuratório e, ainda, realizado o devido preparo, conforme comprovantes de custas e depósito recursal anexos.
Portanto, merece ser conhecido o apelo.
DO MÉRITO
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
Em primeira instância, o douto magistrado entendeu que a realização de acordo na CCP geraria como efeito único a dedução do valor pago ao trabalhador, razão pela qual, não acolheu a preliminar arguida pela empresa, de que houve acordo perante a CCP, sem ressalva, firmado entre o Recorrente e o Recorrido.
De acordo com o art. 625-E da CLT o termo de conciliação é título extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto as parcelas expressamente ressalvadas.
Além disso, vale destacar que a Comissão de Conciliação Prévia criada pela empresa está revestida de legalidade, porquanto encontra previsão no art. 625-A da CLT.
Desse modo, merece ser reformada a sentença, a fim de que seja acolhida a preliminar arguida, e determinada a extinção do feito sem resolução de mérito, nos termos do art. 301 inciso VI do CPC/73.
HORAS EXTRAS
Em que pese ter havido confissão do preposto da Recorrente em audiência quanto a realização de 2 horas extras diárias, com a consequente condenação em reflexos em férias, 13º salário, FGTS e DSR, não poderia o magistrado condenar novamente a empresa ao pagamento dos reflexos do DSR decorrente das horas extras.
Segundo preconiza a OJ 394 da SDI-I do TST, a majoração do valor do repouso semanal remunerado, em razão da integração das horas extras habitualmente prestadas, não repercute no cálculo de férias, da gratificação natalina,sob pena de caracterização de “bis in idem”.
Portanto, merece ser reformada a sentença, a fim de afastar a condenação quanto aos reflexos deferidos sobre o DSR pelas horas extras habitualmente prestadas.
INTERVALO ENTRE A JORNADA NORMAL E A EXTRAORDINÁRIA
O d. juízo a quo condenou, ainda, a Recorrente ao pagamento de horas extras pela não concessão dos 15 minutos de intervalo entre a jornada normal e a extraordinária.
Ocorre que o Recorrido não se enquadra na exceção prevista no art. 384 da CLT, que garante esse intervalo apenas as empregadas, ou seja, as mulheres.
Portanto, merece reforma a sentença, para que seja retirada a condenação dos 15 minutos de hora extra do intervalo entre a jornada normal e a extraordinária.
DANOS ESTÉTICOS
Em primeira instância, a Recorrente foi condenada ao pagamento de R$ 5.000,00 a título de danos estéticos, ao fundamento de que a queda sofrida pelo empregado teria provocada a perda funcional de um dos rins.
Ocorre que, não há que se falar em dano estético, uma vez que o suposto dano sofrido pelo Recorrido não se mostra aparente.
Portanto, deve ser reformada a sentença, porquanto inexiste dano estético a ser reparado.
JUROS 
O magistrado de origem determinou que sobre o valor da condenação incidisse juros com observância da Taxa Selic.
Ocorre, todavia, que de segundo preconiza o art. 39 §1º da Lei 8.177/91, os juros de mora incidentes nas condenações da Justiça do Trabalho é de 1% ao mês.
Portanto, merece reforma a sentença, a fim de que a incidência de juros, em caso de eventual condenação, ocorra nos moldes legais.
CONCLUSÃO
Ante o exposto, requer o conhecimento e provimento do presente recurso ordinário, a fim de que seja reformada a sentença vergastada, tudo por ser medida da mais pura e lídima
JUSTIÇA
Local e data
Advogado
OAB

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