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Modelo Recurso de Agravo de Intrumento

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EXECELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
ORLANDO DOS SANTOS, brasileiro casado, agricultor, portador da cédula de identidade RG nº (...), CPF nº (...), residente e domiciliado no bairro Santo Onofre na cidade de Cascavel, estado do Paraná, inconformado com a respeitável decisão proferida nas folhas (...)  nos autos da Ação Demarcatória com Queixa de Esbulho,  que tramita na (...º) Vara da Comarca de Cascavel, autos n.º (...),  ajuizado contra ROMÁRIO DE SOUZA, brasileiro, casado, comerciante, portador da cédula de identidade RG nº ..., CPF nº ..., residente e domiciliado no bairro Jardim União na cidade de Cascavel/Paraná, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seu advogado adiante assinado, nos termos do artigo 522 e seguintes do Código de Processo Civil, interpor 
RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
com pedido de TUTELA ANTECIPADA RECURSAL, pelo que expõe e requer o seguinte.
O presente recurso encontra-se tempestivo, tendo em vista que a intimação ocorreu no dia 10/09/2015, ou seja, o prazo para interposição de recurso de agravo é de 10 (dez) dias conforme artigo 522 do CPC, assim o ultimo dia para a interposição deste recurso será dia 21/09/2015.                                           
	Assim, diante exposto, demonstra, com fulcro no art. 525, I e §1ª do CPC, as cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações, bem como o comprovante do recolhimento do preparo e reintera que o presente seja recebido, como única forma de serem garantidos ao Agravante os seus direitos constitucionais de ampla defesa e do devido processo legal. 
	
Nestes termos,
	Pede e espera deferimento.
Cascavel, 21 de setembro de 2015.
ADVOGADO
OAB
MINUTA DO AGRAVO
Autos nº ...
Agravante: Orlando dos Santos.
Agravado: Romário de Souza. 
Colenda Turma,
Nobres Desembargadores,
1. SÍNTESE DA DEMANDA
	O Agravante, é proprietário de um imóvel rural, localizado na comarca de Cascavel, o qual explora atividade agropecuária. Um dos imóveis rurais lindeiros foi comprado, recentemente pelo Agravado, o qual após ter tomado posse do terreno adquirido, começou a realizar, exatamente na divisa com o Agravante, um vultuoso aterro. Os antigos marcos divisórios foram soterrados, assim como as antigas árvores existentes no local praticamente desapareceram sob a terra. 
	O aterro feito pelo Agravado, alterou o limite entre os dois imóveis, pois acabou modificando o curso de um pequeno rio que servia de divisa. 
	O Agravante propôs em juízo competente, uma Ação demarcatória com queixa de esbulho, formulando pedido de antecipação parcial da tutela para evitar que as obras prosseguissem . O Agravante pretendia com esse requerimento interromper a ampliação do aterro e impedir que a terra movimentada pelo vizinho avançasse ainda mais sobre a área de seu imóvel.
	No despacho inicial houve a citação do réu porém a antecipação da tutela foi negada, uma vez que, segundo o magistrado, não vislumbrou perigo de dano irreparável, assim como sustentou ser dúbia a verossimilhança do direito do autor.
No entanto, como será demonstrado a seguir, a decisão merece ser reformada. 
2. DO CABIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
	Diante artigo 522 do CPC que elucida: 
Art. 522. Das decisões interlocutórias caberá agravo, no prazo de 10 (dez) dias, na forma retida, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, quando será admitida a sua interposição por instrumento.
	Verifica-se que não cabe Agravo Retido na presente demanda pois, a decisão proferida pode causar ao Agravante lesão grave e de difícil reparação, uma vez que a providência deve ter solução imediata, e não postergada para quando da apreciação de eventual recurso de Apelação.
	Portanto, cabe o Agravo de Instrumento.
3. DAS RAZÕES PARA A REFORMA
	Em análise aos fatos supra mencionados, é evidente que o Agravante, encontra-se no seu direito de interferir na forma em que o Agravado vem utilizando seu imóvel, já que esta trazendo insegurança e desassossego a vizinhança. Essa afirmação fundamenta-se no artigo 1277 do Código Civil: " O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha".
	Assim, o aterro realizado pelo Agravado não interferiu somente no sossego do Agravante, mas também soterrou antigos marcos divisórios, assim como as antigas árvores existentes no local praticamente desapareceram sob a terra. 
	O aterro feito pelo Agravado, alterou o limite entre os dois imóveis, pois acabou modificando o curso de um pequeno rio que servia de divisa, desta maneira houve a ocorrência de esbulho.
	O artigo 1297 do Código Civil elenca que:
Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer modo o seu prédio, urbano ou rural, e pode constranger o seu confinante a proceder com ele à demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as respectivas despesas. 
	Ainda, o art. 946 do CPC fundamenta
Art. 946. Cabe:
I - a ação de demarcação ao proprietário para obrigar o seu confinante a estremar os respectivos prédios, fixando-se novos limites entre eles ou aviventando-se os já apagados;
	Desta forma, requer que seja reparado os danos pelo Agravado realizados com a destruição dos marcos divisórios e que a alteração do limite de propriedade seja restaurado, pois com a modificação do curso do rio também houve alteração no limite dos dois imóveis.
	Diante fatos expostos, o presente recurso é pertinente, pois sabe-se que para haver esbulho, é necessário que ocorra a retirada forçada do bem de seu legítimo possuidor, que pode se dar violenta ou clandestinamente. Neste caso, o possuidor esbulhado tem o direito de ter a posse de seu bem restituída utilizando-se, para tanto, de sua própria força, desde que os atos de defesa não transcendam o indispensável à restituição. O possuidor também poderá valer-se da ação de reintegração de posse para ter seu bem restituído.	
	Ainda, tendo o Agravante se sentindo esbulhado, recorre-se a fundamentação do artigo 1210 do Código Civil para que seja restituída a posse de seu terreno, vejamos:
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
§ 2o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa.
	Assim sendo, ocorrendo invasão no imóvel de propriedade do Agravante, lhe é lícito cumular o pedido de restituição, conforme prescreve o art. 951 do CPC., assim "O autor pode requerer a demarcação com queixa de esbulho ou turbação, formulando também o pedido de restituição do terreno invadido com os rendimentos que deu, ou a indenização dos danos pela usurpação verificada".
4. DO CABIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA RECURSAL
	O artigo 527, inciso III, do Código de Processo Civil, autoriza o relator conceder efeito suspensivo ou a tutela antecipada recursal no agravo de instrumento.
	Para tanto, o artigo 558 do mesmo Código, estabelece que a liminar no agravo poderá ser  concedida se estiverem presentes os requisitos do perigo de dano irreparável ou de difícil reparação e fundamento relevante.
	As razões do pedido da reforma da decisão, é recorrente a presença dos requisitos necessários à concessão da tutela antecipada, conforme art. 273, Ido CPC, sustentado pela verossimilhança do direito e fundado no receio de dano irreparável.
Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: 
I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; 
II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.
	No presente caso, como restou amplamente demonstrado, o Agravado invadiu o imóvel do Agravante ao desviar o curso do rio o qual fazia a divisa das terras, e ao soterrar antigos marcos divisórios.
	Assim sendo o Agravante "perdeu" parte da área de seu imóvel, e, em sendo agricultor, teve a sua área de plantio diminuindo, o que decorre na diminuição de sua produção e consequentemente causa impacto em sua renda, a qual é necessária para a manutenção de seu imóvel bem como a mantença de sua família.
	Diante disso, ratifica-se que a demora na prestação da tutela jurisdicional, acarreta grave prejuízo, cabível a tutela antecipada para evitar dano grave.   Infere-se, portanto, presentes os requisitos que autorizam a concessão da tutela antecipada no recurso de agravo de instrumento.
3. REQUERIMENTO
	 Desde logo, requer a concessão da tutela antecipada recursal, nos termos do inciso III, do artigo 527 do Código de Processo Civil, para que seja restituído a posse do Agravante pelo terreno esbulhado;
	Que seja avivados os marcos existentes, bem como que seja reparado os limites divisórios destruídos pela ocorrência do aterro;
	Que ocorra a interrupção imediata do aterro construído;
	Por todo o exposto, requer que o recurso de agravo seja CONHECIDO e PROVIDO, para reformar a decisão agravada.
	Por oportuno, informa que o recurso de agravo está sendo instruído com as seguintes cópias, nos termos do artigo 525 do Código de Processo: a) Cópias obrigatórias: decisão agravada, certidão de intimação da decisão agravada e procurações; b) cópias facultativas: (outras cópias).
	Informa, ainda, que estão constituídos nos autos os seguintes advogados: (nomes e endereços).
	Nestes termos,
	Pede e espera deferimento.
Cascavel, 21 de setembro de 2015.
ADVOGADO
OAB

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