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empresarial III

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TÍTULOS COM LASTRO OU GARANTIA IMOBILIÁRIA
LETRAS HIPOTECARIAS
 		As instituições que possuem títulos com lastro em financiamento bancário, podem sacar letras, independentemente de tradição efetiva, as quais são garantidas justamente pelos créditos hipotecários que as instituições têm a receber.
		Esses títulos, ou certificados, conterão os seguintes requisitos, pelo art. 1º, § 2º, da Lei nº 7.684, de 02.12.1988:
 	O art. 3º dá às letras a garantia no crédito hipotecário que a instituição emitente detém. Todavia, o art. 2º admite também a garantia fidejussória adicional.
	É de ressaltar que as letras podem ser ao portador, e que o endossante da letra hipotecária responde pela veracidade do título, sem que se garanta o direito de cobrança regressiva.
CERTIFICADOS DE RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS
 	A Lei nº 9.514, de 20.11.1997, que trata do Sistema Financeiro Imobiliário, introduzido um novo regime de financiamento imobiliário, para a construção ou aquisição de imóveis habitacionais. 
	Funciona da seguinte maneira, uma instituição bancária financia a aquisição ou construção de um imóvel, ficando com um crédi​to, que é o valor do financiamento. A instituição vende esse crédito para uma companhia de capitalização, que subdivide o crédito em títulos, podendo negociá-los, colocando-os no mercado, para possíveis interessados.
 		Este financiamento distingue-se do comum, utilizado pelo Sistema Financeiro de Habitação, que teve suas bases na Lei nº 4.380/1964, por dois fatores básicos: a garantia pela alienação fiduciária do crédito, a par de outras, e a transferência ou cessão dos créditos decorrentes do financiamento a companhias de capitalização, que os poderá fragmentar em títulos e colocá-los no comércio.
	
 	Os créditos do agente financiador, garantidos pela alienação fiduciária ou outra garan​tia, poderão ser cedidos a uma companhia securitizadora de crédito imobiliário. Adquirindo esta companhia os créditos junto aos bancos, gabarita-se a transferi-los a terceiros, através de títulos, que serão vendidos, com remuneração, e resgatáveis segundo os prazos convencionados. Estes títulos denominam-se Certificados de Re​cebíveis Imobiliários – CRI.
	
	 	Reservada a emissão exclusivamente às companhias securitizadoras, preencherão os certificados os seguintes requisitos, elencados no art. 7º, da Lei nº 9.514/1997
	 	A Nota que acompanhou o an​teprojeto da lei expõe:
"Esse título lastreado em créditos imobiliários poderá constituir patrimônio à parte do patrimônio comum da Companhia Securitizadora Imobiliária, através da opção do investidor pelo regime fiduciário, para que este tenha segurança total de que, mesmo no caso de insolvência da companhia, poderá resgatar o papel e receber integralmente a remuneração a que tem direito”
		A garantia é de que, na eventualidade de falência ou quebra da companhia se​curitizadora, os investidores continuam garantidos. Os créditos integrantes do patrimônio separado não respondem pelas dívidas da falida, eis que permanecem ligados unicamente aos certificados a que serviram de lastro.
		De acordo com o art. 9º, da Lei nº 9.514/1997, sobre o regime fiduciário: "A companhia securitizadora poderá instituir regime fiduciário sobre créditos imobiliários, a fim de lastrear a emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários, sendo agente fiduciário uma instituição financeira ou companhia autorizada para esse fim pelo BACEN e beneficiários os adquirentes dos títulos lastreados nos recebíveis desse regime”
		Instituir regime fiduciário sobre créditos importa em não dispor dos mesmos. Transfere-se esse direito de receber para os titulares dos recebíveis, e isto até o pagamento dos mesmos. Separa-se o crédito do patrimônio comum, ficando afetado a uma finalidade, que é a garantia dos títulos.
		
LETRAS DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO
		Instituída pela Lei nº 10.931, de 02.08.2004, esse título de crédito, podendo ser emitido por instituições financeiras ligadas a crédito imobiliário, e que possui lastro em créditos garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária de coisa imóvel, garantidos pelos bens que foram financiados, e que decorreram a sua emissão, podem ser emitidas pelos bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário, a Caixa Econômica Federal, as sociedades de crédito imobiliário, as associações de poupança e empréstimo, as companhias hipotecárias e demais espécies de instituições que, para as operações a que se refere este artigo, venham a ser expressamente autorizadas pelo Banco Central do Brasil.
	 			São nominativos os títulos, transferíveis por endosso em preto, e contendo os requisitos listados no § 1º do art. 12.
	
 	Garante o endossante pelo título, sem, no entanto, que se permita a ação de cobrança regressiva contra ele.
CÉDULA DE CRÉDITO IMOBILIARIO
		Instituída pela Lei nº 10.931, de 02.08.2004, podendo ser emitida pela instituição que atua no ramo de financiamento imobiliário, e assinado por aquele que recebeu o crédito, poderá abranger todo ou parte do crédito, fracionária ou integral. Sua emissão se dará com ou sem garantia real ou fidejussória, em forma cartular ou escritural. Se escritural, opera-se a criação através de escritura pública ou instrumento particular. que ficara custodiado na instituição, devendo sua emissão ser averbada no Registro de Imóveis.
			Requisitos da Cédula de Crédito Imobiliário estão listados no art. 19 da mencionada Lei n. 10.931/2004:
	 	É assegurada a execução judicial da cédula, a faculdade da emissão sem autorização do devedor, a cessão do crédito representado pela cédula, a securitização da cédula nos termos da Lei n0 9.514, de 20.011997, dentre outras disposições.
OUTROS TÍTULOS DE CRÉDITO
		Existem outros títulos de crédito além dos examinados Citam-se, exem​plificativamente, as Apólices de Seguro e os Títulos de Valores Mobiliários, como os Certificados de Depósito Bancários (CDB's) e os Recibos de Depósitos Bancários (RDB's). Havia, também, as Letras do Tesouro Nacional e as Letras do Banco Central, que foram abolidas.
		De acordo com Aramy Dornelles da Luz: "A rigor, os valores mobiliários são títulos, espécies desse gênero, que se apresenta sob forma cartular; podem ser, via de regra, transferíveis por endosso; apresentam-se sob a moda​lidade ao portador, à ordem e nominativos. Constituem móveis segundo a classificação do direito comum, donde a denominação ‘mobiliários’ aos valores incorporados nos títulos (títulos-valores)',”
		 Os títulos são negociados em geral por companhias abertas, por meio da Bolsa de Valores e do Mercado de Balcão
		
		Lei nº 6.385, de 07.12.1976, que dispõe sobre o mercado de valores mobiliários e cria a Comissão de Valores Mobiliários. Os títulos são negociados em geral por companhias abertas, por meio da Bolsa de Valores e do Mercado de Balcão
	
		Há, outrossim, títulos de crédito que representam as obrigações da dívida pública. as quais permanecem em poder das instituições financeiras, ou dos próprios órgãos públicos.
	 		Não se pode olvidar a relação de títulos executivos extrajudiciais do art. 585 do CPC/1973 (art. 784 do CPC/2015), que, além da letra de câmbio, da nota promissória, da duplicata, da debênture e do cheque, estudados ao longo do presente trabalho, apresenta mais os seguintes:
– a escritura pública ou outro documento público, assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o ins​trumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos transatores; 
– os contratos de hipoteca, de penhor, de anticrese e de caução, bem como de se​guro de vida e de acidentes pessoais de que resulte morte ou incapacidade; 
–	o crédito decorrente de foro, laudêmio, aluguel, ou renda de imóvel, bem como encargo de condomínio, desde que comprovado por contrato escrito; 
–	o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor,quando as custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão judicial; 
–	a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, Estado, Distrito Federal, Território e Município, correspondente aos créditos inseridos na forma da lei; 
–	todos os demais títulos, a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
		Sendo títulos de execução extrajudicial, naturalmente integram o rol dos títulos de crédito.
	
		Existem uma quantidade de outros títulos regulados por leis específicas, citando-se como exemplos o contrato de honorários advocatícios e a sentença judicial que os fixar (art. 24 da Lei n0 8.906, de 04-07.1994); o prêmio do contrato de seguro (art. 27 do Decreto-Lei n0 73, 21. 11.1966), os honorários de árbitro, no compromisso arbitral (art. 11, parágrafo único, da Lei n0 9.307, de 23.09.1996), as decisões do Tribunal de Con​tas da União e dos tribunais dos Estados e do Distrito Federal, que fixarem multa ou condenarem ao pagamento de valores (arts. 71, §3º, e 75, da Constituição Federal).
A INFORMÁTICA BANCÁRIA E OS TÍTULOS DE CRÉDITO
	 	Os títulos de crédito propiciam o desenvolvimento do sistema bancário e a mudança da constituição econômica da sociedade.
		O depositante perde a propriedade de uma coisa material para se tornar credor do banco, em conta corrente, o banco assume um verdadeiro poder de disposição das somas depositadas dando origem à chamada moeda escritural, de acordo com Fabio Konder Comparato.
		A circulação do crédito se tornou possível graças a dois mecanismos jurídicos: a operação de desconto bancário e os títulos de crédito.
		Pensou-se em alguns mecanismos que pudessem substituir o papel pela fita magnética dos computadores, que nos parece mais apropriada a Lettre de Change-Relevè – LCR-papel e LCR-fita magnética.
		No caso da LCR-papel a inovação básica consistia no fato de que o título de crédito não mais iria circular materialmente, após a remessa da LCR-papel ao banco sacador, todos os dados eram transportados para uma fita magnética, sendo o título conservado em poder do banco, circulando somente a fita magnética.
		No caso da LCR-fita magnética, a significação era mais profunda.
		Trata-se de um sistema de cobrança e não de desconto.
		A nota de crédito é um título de cobrança pelo qual o credor, por intermédio de um estabelecimento bancário, se ressarce da conta do devedor, no mesmo ou num outro banco.
		O processo de pagamento é semelhante ao dos cheques. Nelas constam o nome do credor, o nome do banco, o número das contas do credor e do devedor e a importância devida.
		O resgate das notas só ocorrerá quando o banco debitar a importância da conta de cada devedor.
A DUPLICATA ESCRITURAL NO BRASIL
		Aos 5 de fevereiro de 1979, o Banco do Brasil editou uma Circular acerca da Cobrança de Títulos de Crédito com o propósito simultâneo tanto de estudar a racionalização e a padronização dos procedimentos existentes nos bancos comerciais como investigar a viabilidade de implantação no Brasil dos sistemas informatizados e já utilizados com êxito no exterior, analisando tanto no ponto de vista técnico quanto no que se refere à sua problemática jurídica.
		Depois de estudos e discussões a respeito da matéria, concluiu-se pela criação da chamada duplicata escritural, criada a imagem e semelhança da Lettre de Change-Relevè.
		Não houve padronização do boleto, por parte das autoridades monetárias, tendo por características a apresentação legal do título a pagamento, na apresentação legal da duplicata a pagamento, não possuindo seque Ar do boleto enviado ao sacado do título.
		Para o direito positivo brasileiro, graças a extraordinária invenção da duplicata, encontra-se suficientemente aparelhado para, sem alteração legislativa, conferir executividade ao crédito registrado e negociado apenas em suporte magnético.
		Ao analisar o título virtual perante os arts. 585 e 586 da anterior Código de Processo Civil, a executividade de nossas duplicatas comuns não decorria da existência de aceite, normalmente raro, mas sim do fato de ter sido a duplicata protestada juntamente com o comprovante de entrega da mercadoria.
		A força executiva de um duplicata comum deriva da situação jurídica comprobatória da remessa e do recebimento da mercadoria e não da duplicata em si.
		Há de se distingui o conceito de necessário e simplesmente útil. Num ano rigorosamente dogmático, inexiste necessidade de uma autorização legislativa para aparelhar a execução de um duplicata, porém a expressa autorização legislativa seria extremamente útil para que as eventuais dúvidas porventura existentes sobre a possibilidade ficar definitivamente afastada.
CONTRATOS ELETRÔNICOS
		Ninguém mais põe em dúvida a extrema importância da internet, em geral, e do comércio eletrônico, em particular, para a sociedade contemporânea e, por via da consequencia, para a reflexão jurídica.