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Behaviorismo radical 1 Definição e história O Behaviorismo Radical, postulado por B. F. Skinner e adotado por vários outros psicólogos, como Ferster, Sid- man, Schoenfeld, Catania, Hineline, Jack Michael, etc., surgiu na área da Psicologia como uma proposta filo- sófica e como um projeto de pesquisa em oposição ao behaviorismo metodológico de orientação positivista. O Behaviorismo Radical é o campo filosófico da análise do comportamento. As questões trabalhadas no Behaviorismo Radical ava- liam a repercussão e a validade das pesquisas científi- cas experimentais no estudo do comportamento. Skinner teve como referência as idéias dos filósofos da ciência, incluindo Percy Bridgeman, Ernst Mach e Jules Henri Poincaré. Esses criaram novos modelos de pensamento explanatório que não dependiam de nenhuma subestru- tura metafísica. No decorrer de sua obra, Skinner teori- zou que a lógica do modelo de seleção natural de Darwin também poderia ser aplicada ao comportamento dos in- divíduos como um novo modelo causal diferente do me- canicismo. Para Skinner, o behaviorismo radical seria um caso especial da filosofia da ciência: “não é a ciência do comportamento humano, é a filosofia dessa ciência"[A análise do comportamento]. Ele busca compreender questões humanas, como "comportamento", "liberdade" e "cultura", dentro do modelo de seleção por consequên- cias, e rejeitando o uso de variavéis não-físicas (sem di- mensão no tempo-espaço). Um filósofo behaviorista radical defende que as diferen- tes explicações sobre o comportamento humano deve- riam ser resolvidas na base de evidências refutáveis, e não de abstratas especulações. O behaviorismo radical foi concebido em experimentos realizados sob o rigor da produção de conhecimento científico. Desenvolvido den- tro de um laboratório, sob condições controladas, é um método passível de reaplicação. Entendido como pensamento filosófico, o Behaviorismo radical não deve ser confundido com a análise do com- portamento. Isso porque a análise do comportamento é, além de um campo filosófico (Behaviorismo Radi- cal), um campo de Pesquisa Básica (Análise Experimen- tal do Comportamento) e um campo de aplicação de co- nhecimentos e técnicas (Análise Aplicada do Compor- tamento). A análise do comportamento é uma ciência do comportamento, e tratando de aplicação de uma ciên- cia do comportamento, sua prática não se dá em ambi- ente sob condições controladas, e sim, no ambiente co- mum a todos os homens e mulheres: o planeta que ha- bitamos. O termo behaviorismo vem do inglês behavior (comportamento) e ilustra bem o objeto de estudo da ver- tente radical: o comportamento, entendido como a re- lação entre o indivíduo e seu ambiente físico, químico ou social. O “radical” do behaviorismo se deve ao fato de que as técnicas ali descritas não apelam para estados mentais como causa iniciadora do comportamento, mas os vê como estágio inicial do próprio comportamento. Com isso, adquire o status técnico de resposta emitida, e não de causa autônoma ou mental do comportamento, diferenciando-se, fundamentalmente, das outras corren- tes de pensamento dentro da psicologia. O behaviorismo radical também é conhecido como skinneriano, pois foi B. F. Skinner quem desenvolveu sua teoria, com base em seus estudos de laboratório. Por ser uma ciência natural, a análise do comportamento procura entender a relação entre indivíduo/ambiente em termos de comportamentos, que podem ter sua probabi- lidade de emissão diminuída ou aumentada, conforme a história de condicionamento do indivíduo e a apresenta- ção ou retirada de estímulos ambientais. 2 Conceitos Fundamentais 2.0.1 Comportamento Um primeiro aspecto fundamental do Behaviorismo ra- dical é a compreensão do conceito “comportamento hu- mano”. O termo “comportamento” descreve uma relação, um intercâmbio entre o organismo e o ambiente. Mais preci- samente, descreve uma relação entre atividades do orga- nismo, que são chamadas de respostas, e eventos ambi- entais, que são chamados genericamente de estímulos. Define-se “comportamento” como a relação entre estí- mulo e resposta. Essa relação só poderá ser bem compreendida se acres- centarmos o fato que não se deve limitar metodologica- mente o significado de estímulos e respostas que estabe- lecem a relação (comportamento). Além disso, para o behaviorismo radical emoção e sentimentos são compor- tamentos e que podem ser parcialmente observáveis atra- vés da análise dos comportamentos verbal e não-verbal do sujeito. Pensamento, conhecimento e memória também são comportamentos, porém são comportamentos táci- 1 2 4 LIGAÇÕES EXTERNAS tos, ou seja, não observáveis diretamente mas que podem ser analisados quando expressados e também estão su- jeitos aos esquemas de condicionamento assim como os comportamentos observáveis. 2.0.2 Ambiente O termo “ambiente”, no Behaviorismo radical, deve ser entendido como “a situação” na qual o responder acon- tece, bem como à situação posterior ao responder, ou seja, a resposta altera o ambiente. Para o behaviorismo ambiente inclui não só o local com o qual o sujeito in- terage como também todos os objetos e seres vivos in- cluídos nessa interação e o próprio organismo, nesse caso denominado como ambiente interno. 2.0.3 Respostas A princípio, um organismo vivente está sempre respon- dendo, mesmo que tais respostas não sejam acessíveis pu- blicamente. Ou seja, pode-se falar de respostas manifes- tas, observáveis por mais sujeitos, e respostas encobertas, que podem ser observadas apenas pelo organismo que as emitiu. 2.0.4 Estímulos Os eventos do ambiente podem ser, no Behaviorismo ra- dical, estímulos físicos e estímulos sociais. Os primei- ros são descritos pelas ciências naturais, os últimos se caracterizam pelo fato de serem produzidos por outro organismo. Se forem produzidos por seres humanos, são produtos culturais. Do mesmo modo, pode-se falar de eventos ambientais “públicos” e “privados”. Os primei- ros são acessíveis de forma independente por mais ob- servadores, os últimos, apenas pelo organismo por eles afetado. 3 Ver também • Etologia • Behaviorismo • Antropologia comportamental • Medicina comportamental 4 Ligações externas • Behaviorismo.psc.br • Associação Brasileira de Psicoterapia e Medicina Comportamental • Vocabulário de Análise do Comportamento • Terapia por Contingências de Reforçamento • Introdução do livro “Sobre o Behaviorismo” de B. F. Skinner (em português) • Máquina de Ensinar de B. F. Skinner (em português) 3 5 Fontes, contribuidores e licenças de texto e imagem 5.1 Texto • Behaviorismo radical Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Behaviorismo_radical?oldid=41013589 Contribuidores: JMGM, Leonardo- Rob0t, Alexg, Cesarious, Giro720, Lijealso, Jo Lorib, CostaPPPR, Reynaldo, Metaforico, Prss, Rei-bot, Brandizzi, TXiKiBoT, SieBot, Slomp, JohnR, LiaC, EternamenteAprendiz, Entreolhares, Fabiano Tatsch, Jeane Mesquita, Ericoazevedo, Salebot, Rafaelb612, Moby- duck, Raphael P.Guimarães, Alvaro Azevedo Moura, Legobot, Rodrigolopesbot, Fernandovichi, Wikissauro rex e Anónimo: 14 5.2 Imagens • Ficheiro:Crystal_Clear_app_kedit.svg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e8/Crystal_Clear_app_kedit.svg Li- cença: LGPL Contribuidores: Sabine MINICONI Artista original: Sabine MINICONI • Ficheiro:Psi2.png Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e1/Psi2.png Licença: Public domain Contribuidores: ? Ar- tista original: ? • Ficheiro:Psi2.svg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6c/Psi2.svg Licença: Public domain Contribuidores: ? Ar- tista original: ? 5.3 Licença • Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Definição e história Conceitos Fundamentais Comportamento Ambiente Respostas EstímulosVer também Ligações externas Fontes, contribuidores e licenças de texto e imagem Texto Imagens Licença
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