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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO JANEIRO INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DOMÉSTICA E HOTELARIA GASTRONOMIA JAPONESA Introdução A culinária japonesa desenvolveu-se ao longo dos séculos como um resultado de muitas mudanças políticas e sociais no Japão. A culinária eventualmente passou por um processo de evolução com o advento da Idade Média, que marcou o início da expansão do elitismo com a era do domínio Xogum. No começo da era moderna, mudanças significantes ocorreram, resultando na introdução de elementos de culturas não- japonesas, principalmente da cultura ocidental, no Japão. O termo culinária japonesa significa a comida japonesa tradicional, semelhante àquela existente antes do final do sakoku (política de isolamento do Japão), em 1868. Em um sentido mais amplo, pode incluir alimentos cujos ingredientes ou métodos de preparo foram posteriormente introduzidos do exterior, mas que foram desenvolvidos por japoneses de forma diferente. A cozinha japonesa é conhecida por dar importância à sazonalidade dos alimentos, qualidade dos ingredientes e apresentação. Essa é uma culinária mais leve e natural e quase não tem temperos e especiarias, assim as pessoas podem apreciar o gosto real dos alimentos. E ao contrário do que muitos pensam, não se come apenas peixe cru, ela é bem variada, sem contar com a bela aparência, que dá vontade de comer com os olhos. Um dos possíveis motivos relacionados à longevidade do povo japonês é a alimentação, constituída por arroz, algas, legumes, verduras, frutos do mar e muito peixe. Como o Japão é uma nação insular, seu povo consome muitos frutos do mar, além de peixe e outros produtos marinhos (como algas). Mesmo não sendo conhecido como um país que come muita carne, poucos japoneses se consideram vegetarianos. Carne e galinha são comumente inseridos na culinária do cotidiano. Ainda que muitos japoneses tenham desistido de se alimentarem de insetos, ainda existem exceções. Em algumas regiões, gafanhotos (inago) e larvas de abelha (hachinoko) não são pratos incomuns. Lagartos também são comidos em alguns lugares. HISTÓRIA DA GASTRONOMIA JAPONESA Embora o peixe cru seja apontado com freqüência como a mais perfeita tradução da culinária japonesa, ele demorou bastante a ganhar espaço no prato. A base de tudo foi o arroz. Desde o século 3 a.C., o Japão cultiva regularmente esse grão em campos alagados. Foi em função dele que a sociedade rural japonesa se formou e que a economia do país se estruturou – no fim do século 19, os impostos nipônicos ainda eram pagos em arroz. Até hoje esse alimento, que deu origem a tantos rituais e cerimônias, simboliza a bonança e a fartura. A refeição tem duas categorias de comida, o arroz e os outros pratos. Naturalmente, é melhor que ambos sejam deliciosos, mas se for preciso decidir qual terá prioridade, a tradição manda que seja o arroz. Não é de estranhar que a existência ou não de arroz por perto tenha pautado também a emigração. Os japoneses que deixaram o país no século 20 em busca de melhores condições de vida podiam até abrir mão da convivência com a família. Mas viver sem arroz era pedir demais. As colônias japonesas que inicialmente se fixaram no norte da Bahia e em Pernambuco, onde não havia a tradição de plantar arroz, acabaram se mudando para São Paulo, Como a espécie encontrada aqui era o popular tipo agulha, bem diferente da variedade que fazia sucesso no Japão, o jeito foi improvisar e os imigrantes passaram a prepará- lo à moda japonesa, sem qualquer tempero. Formado por um arquipélago, o Japão tem uma costa bastante extensa. E, por ser um ponto onde as correntes marítimas quentes do Sul se encontram com as águas frias do Norte, ela permite a existência de uma variedade enorme de peixes. Não por acaso, o japonês ainda é o povo que mais come peixe no mundo. E, além das condições naturais, há outro fator para a consolidação desse hábito alimentar: a religião. “O tabu de comer carne de mamíferos, originário do budismo, colocou o peixe na posição de principal alimento animal por muitos anos, e sem dúvida foi responsável por fazer do Japão a nação de apreciadores de peixe. Mas, se o hábito de comer peixe é antigo, o pescado raramente chegava fresco às mesas do antigo Japão. Durante séculos, versões fermentadas em sal, algumas intragáveis para o nosso paladar, foram desenvolvidas como forma de preservar grandes quantidades de peixe após o fim da temporada de pesca. Em algumas dessas técnicas de conservação, caso do shiokara, o peixe era reduzido a uma pasta. Em outras, como o milenar narezushi, o pescado, misturado a arroz cozido, permanecia inteiro por um ano ou mais dentro de potes lacrados. A palavra “sushi” originalmente se referia a esse tipo de peixe longamente fermentado. Só muito tempo depois, mais precisamente no fim século 17, uma nova receita começaria a aproximar o sushi da versão que se come atualmente. Consistia de uma combinação de arroz e peixe com sabor ácido causado pela adição de vinagre. Mais tarde, no século 19, esse novo sushi tornou-se popular nas ruas da atual Tóquio com o nome de nigiri-zushi. Foi o estágio final na transformação do sushi de alimento preservado em fast food. O sashimi contemporâneo também é bem diferente do original. No século 8, textos já citavam uma receita chamada namasu: fatias de peixe cru eram servidas num molho feito de vinagre e missô (pasta de soja). O peixe já vinha misturado ao molho e ninguém reparava se tinha sido bem ou mal cortado. Só no século 15 o japonês passou a preparar o sashimi como faz atualmente: peixe cru fatiado com maestria, para que o chef possa exibir toda sua habilidade de cortar e arrumar o peixe. Para manter o costume de comer peixe, os imigrantes que chegaram ao Brasil em 1908 tiveram que aceitar algumas modificações. Como as colônias se estabeleceram nas plantações de café do interior de São Paulo, a quilômetros do mar, os únicos pescados disponíveis eram bacalhau salgado e sardinha em conserva. Eles assavam um pouquinho e comiam com arroz, mas logo começaram a se encaminhar para Santos, na direção do litoral. Enquanto isso, hábitos brasileiros, como o desjejum à base de café e pão, foram sendo assimilados. A partir do século 15, quando o comércio com outros países cresceu, uma enxurrada de novos sabores vindos do Ocidente (entre eles a abóbora e a pimenta) tomou conta do Japão. O açúcar, que antes era importado da China como medicamento, passou a ser comprado em grandes quantidades e, finalmente, produzido internamente. Em pouco tempo, receitas de bolos e doces desenvolvidas na Europa começaram a circular nas cozinhas japonesas, com uma ou outra modificação local. No século 16, os navegantes portugueses e espanhóis trouxeram ainda mais novidades em seus navios. E acabaram por deixar marcas definitivas na culinária japonesa, principalmente nos textos dos menus. A palavra “tempura”, que dá nome a uma receita com alimentos empanados, por exemplo, muito provavelmente vem do português. Há várias teorias da etimologia portuguesa. Uma aponta para a palavra tempero. E tem mais. O hikado, prato feito de atum em cubos, rabanete, cenoura e batata-doce cozidos com molho shoyu, vem do português “picado”. E algumas das guloseimas mais conhecidas do japonês também têm nomes portugueses, como konpeitô (confeito) e karumera (caramelo). Na gastronomia japonesa, o século 16 também foi marcado por outro divisor de águas, a criação da cerimônia do chá. Inventado pelo monge zen Sen no Rikyû (1522-1591), o ritual mudaria para sempre os hábitos do japonês à mesa. No início, as reuniões para o chá eram cheias de ostentação. Rikyû criou regras em que prevaleciam a simplicidade e a eliminação do supérfluo. Logo essascaracterísticas saíram do ato de tomar chá e se transmitiram para as refeições como um todo. Banquetes extravagantes, por exemplo, foram banidos do Japão. Os pratos do jantar medieval eram inteiramente cobertos de comida, empilhada simetricamente. Com o ritual do chá, o alimento ganhou outro visual. Passou a ser arrumado com cautela, valorizando a beleza dos espaços vazios, um princípio que sobrevive como a base da estética da cozinha japonesa. Cozinha fechada Se o século 16 foi de portas abertas às influências estrangeiras, o período a seguir seria de isolamento. Durante o período Edo (ou Tokugawa), entre 1603 e 1867, o Japão foi dominado pelos líderes militares conhecidos como xoguns. Eles baniram o cristianismo e expulsaram os estrangeiros do país, fechando as fronteiras para o comércio internacional. Foi quando se consolidou a gastronomia do Japão. Esse período assistiu ao surgimento do que são hoje considerados os valores supremos da culinária tradicional japonesa. A maioria dos pratos tradicionais comidos hoje data desse período de reclusão. Hábitos refinados, nascidos e aprimorados nas cozinhas da aristocracia, foram gradualmente chegando a outros níveis da sociedade. Nesse tempo também surgiram os primeiros restaurantes japoneses. A partir de 1853, os Estados Unidos começaram a pressionar pela reabertura do Japão ao comércio internacional. Em 1868, com a Restauração Meiji (que tirou o poder dos xoguns e o devolveu à família real), os japoneses redescobriram o mundo. Ingredientes até então tidos como exóticos, como a carne bovina e o leite, entraram na dieta cotidiana. Utensílios e móveis ocidentais, como os talheres e a mesa de jantar, foram gradativamente incorporados. E até o sushi ganhou versões moderninhas, enroladas em algas (nori), com direito a frutas e outros ingredientes coloridos. O período de modernização coincidiu com a criação de regras de etiqueta que, ainda hoje, são respeitadas em ocasiões formais. As normas mais rígidas prevaleceram até a Segunda Guerra, em todas as classes sociais. No presente, a rigidez não é tanta e os encontros entre amigos são tão descontraídos quanto uma happy hour à brasileira. O macarrão, arroz e peixe e seus valores nutricionais O macarrão, originado na China, também é uma parte essencial da culinária japonesa. Existem dois tipos tradicionais de macarrão, o sobá e udon. Feito de farinha de centeio, o soba é um macarrão fino e escuro. O udon, por sua vez, é feito de trigo branco, sendo mais grosso. Ambos são normalmente servidos com um caldo de peixe aromatizado com soja, junto de vários vegetais. Uma importação mais recente da China, datando do início do século XIX, vem o ramen (macarrão chinês), que se tornou extremamente popular. O Ramen é servido com uma variedade de tipos de sopa, indo desde os molhos de peixe até manteiga ou porco. O arroz é um alimento nutritivo, fonte de carboidrato, um nutriente energético. Verduras e legumes são alimentos ricos em vitaminas e minerais e desempenham papel regulador no organismo, de vital importância. Os peixes são ricos em proteínas de alto valor biológico, além de serem fontes de vitamina B1, A, D e E, e também cálcio, sódio, zinco, etc. Eles possuem gordura insaturada, um tipo de gordura boa para o organismo pois contém ácidos graxos ômega 3 e 6, que são substâncias que ajudam a prevenir o aparecimento de diversas doenças. História do sushi O sushi é uma tradição japonesa de muitos séculos e se tornou uma delícia da culinária moderna. as há muitas concepções erradas sobre o sushi. Por exemplo, ele não é apenas peixe cru. O peixe é apenas um dos muitos ingredientes possíveis que podem ser acrescentados ao sushi. Fundamentos do sushi O conceito errado mais comum sobre o sushi é o de que ele é simplesmente peixe cru ou que o peixe cru é uma parte integral do sushi. Quando o peixe cru é servido por si só, é chamado de sashimi. Embora o sushi originalmente inclua peixe cru, ele pode ser feito com uma grande variedade de ingredientes. A importância do peixe como um ingrediente depende de onde o sushi é preparado. Em Tóquio, uma cidade que tem o maior mercado de peixe do mundo, nigiri-zushi geralmente toma a forma de um bocado de arroz e em cima um pedaço de peixe cortado cuidadosamente, enquanto o sushi da região de Osaka pode conter pepino e outros vegetais ou ervas enroladas com arroz e alga marinha fresca (ou nori). Foto cedida Nurbis / MorgueFile Maki zushi O arroz é o ingrediente principal em todos os sushis. Grãos pequenos ou médios são cozidos com cuidado e misturados com açúcar, sal e vinagre especial de arroz. A textura e consistência do arroz são vitais para fazer o sushi adequado: deve ter a consistência meio pastosa. O vinagre usado não deve predominar sobre o sabor natural do arroz. O sushi tem mais de mil anos e, na época, o peixe cru era preservado por meio do armazenamento entre camadas de arroz. Durante semanas, o arroz fermentava e os produtos químicos produzidos mantinham o peixe em bom estado. Uma vez que o processo de fermentação estava completo, o peixe estava pronto para ser consumido. No final das contas, os japoneses começaram a comer o arroz e o peixe juntos. Uma forma deste sushi tradicional, conhecido como narezushi, ainda é consumido no Japão, embora digam que o sabor seja acre. Ainda é feito de camadas de sal, peixe e arroz em um barril de madeira e coberto com uma pedra pesada por algumas semanas. A invenção do vinagre de arroz fez do processo de fermentação desnecessário e os chefs de cozinha da região de Osaka começaram a moldar o arroz e as coberturas em moldes pequenos de madeira, criando os oshizushi. O sushi se tornou popular na região de Edo, que hoje é conhecida como Tóquio, onde os chefs inventaram o nigiri-zushi, formando pequenos bolos de arroz com a mão e pressionando a cobertura em cima. Sushi no Brasil Quando os japoneses chegaram ao Brasil, por volta do ano de 1908, começaram de forma muito tímida a mostrar sua cultura gastronômica a fim de manter aqui suas tradições. Foi na década de 20 que se começou a servir sushis em alguns restaurantes brasileiros, mas, por muito tempo eram consumidos, em sua maioria, por japoneses e seus descendentes. Mas a culinária japonesa, assim como outros aspectos de sua cultura, acabou sofrendo influência da cultura local. Como não poderia deixar de ser, o brasileiro também acrescentou ingredientes de sua cultura nesse prato tão exótico. Hoje, é muito comum a preparação de sushis com condimentos que não tenham sua origem no Japão. Veja alguns exemplos: Uramaki - atum, robalo, salmão, folha de alga para sushi, cebolinha verde, maionese, gergelim; Ebi maki com queijo - camarão, queijo, arroz, gergelim e alga marinha; Sushi de caranguejo - carne de caranguejo, arroz, gergelim e alga marinha; Maki de morango - morango, arroz, gergelim e alga marinha; Kappa maki - pepino, arroz, gergelim e alga marinha; Califórnia abacate - abacate, manga, kani, pepino, arroz, gergelim e alga marinha; Califórnia - manga, kani, pepino, arroz, gergelim e alga marinha; Maki de patê - salmão, atum, arroz, gergelim e alga marinha Berinjela com tomate seco - berinjela desidratada, tomate seco, arroz e alga marinha. O saquê Para um japonês, o saquê não é uma mera bebida. É um nobre alimento líquido, que já era fabricado artesanalmente no Japão, a partir de arroz triturado exclusivamente por mãos femininas, no século 8. Duzentos anos depois, cerca de 15 tipos de saquê eram produzidos para a corte japonesa. Os banquetes oficiais eram divididos entre o momento de comer e o de beber – depoisde tudo, se servia o saquê. Atualmente, ele costuma chegar à mesa primeiro, depois vem a comida e, por último, o chá verde. Por ser uma espécie de vinho de arroz, o japonês encara o saquê e o arroz como a mesma coisa e evita ter os dois juntos na boca. As regras de etiqueta com o copo são rígidas. É proibido, por exemplo, inclinar o corpo em direção ao copo e, nas ocasiões formais, convém segurá-lo com as duas mãos. Para o oriental, beber saquê é um gesto nobre que deve ser reverenciado. Um pouco mais descontraído é o brinde. Nesse momento, vale usar só uma das mãos e dizer kampai – que significa “saúde”. O saquê é uma bebida tradicional do sushi bar, mas o saquê e o sushi não devem ser consumidos ao mesmo tempo. Ambos são à base de arroz, então os sabores não são considerados complementares. Cerveja leve (japonesa ou caseira) ou chá verde são consideradas boas bebidas para acompanhar o sushi. Água natural ou com gás também acompanham bem. Se você prefere beber saquê, não se esqueça de servir a pessoa que está comendo com você e permita a ela que sirva você também. É considerado falta de educação servir-se de saquê. Pratos japoneses famosos Agemono (Frituras) Karaage - Fritos de carne ao estilo japonês, geralmente carne de galinha condimentada com molho de soja. É apreciada e consumida pelos japoneses durante todo o ano. Consiste em pequenos pedaços de carne previamente marinados em molho de soja, alho e gengibre e posteriormente fritos em bastante óleo e acompanhados por um gomo de limão ou maionese. Korokke (croquete) - bolas de puré de batata recheadas com vegetais cremosos, frutos do mar ou carnes e depois fritas Kushiage - carne fritas em espeto Tempura - Leve e crocante, este é um dos pratos mais conhecidos, talvez a primeira preparação consumida no Japão a ser apreciada pelos brasileiros. Verduras, legumes e frutos do mar envolvidos em uma massa e frito, assim é feito o tempurá. Uma unidade de tempurá tem em média 50 kcal. Tonkatsu - costeleta da carne de porco panado frita(versão com galinha chamada de chicken katsu). Donburi - tigela de arroz com carne, peixe, vegetais ou outros ingredientes. Katsudon - costeleta de porco empanada (tonkatsudon), chicken (frango -katsudon) ou peixe (e.g., magurodon) Oyakodon - (Pai e Criança) Normalmente frango e ovo mas algumas vezes salmão e ovas de salmão Gyūdon - tigela de arroz com lascas de carne de vaca temperada. Harumaki - rolinho primavera de massa fina e crocante. Pode ser encontrado salgado ou doce. É uma preparação chinesa, mas muito consumida pelos japoneses. As calorias do harumaki podem variar bastante, dependendo muito do recheio. Mas de maneira geral são bem calóricos por serem fritos. Gyoza - de origem chinesa, a gyoza é um pastelzinho de carne de porco, que pode ser servido de várias maneiras: frito em imersão, no vapor ou na chapa. Uma unidade (100 g) de gyoza frito pode chegar a ter 300 kcal. Yakimono (Grelhados) Gyoza - Bolinhos chineses (potstickers), normalmente recheados com carne de porco e vegetais. Hamachi Kama - osso da bochecha , maxilar e cauda de atum amarela grelhada. Kushiyaki - Espetadas de carne e vegetais. Okonomiyaki - bolos fritos passados por polme com saborosas coberturas. Omu-Raisu - i.e. "omelete de arroz", sanduíche de arroz frito com aroma de ketchup com uma leve cobertura de ovo batido ou coberta com uma omelete de ovo. Omu-Soba - uma omolete com yakisoba como seu recheio. Takoyaki - um bolinho espiral passado no polme e frito com um pedaço de polvo dentro. Teriyaki - carne, peixe frango ou vegetais abrilhantados com molho de soja doce grelhado, panado. Unagi, incluindo kabayaki - enguia grelhada e aromatizada. Yakiniku - carne grelhada numa espécie de chapa, ou simplesmente churrasco. Yakisoba - massas fritas ao estilo japonês. Yakitori - espetadas de frango. Nabemono (Cozidos em vapor) Sukiyaki - mistura de massas, carne de vaca finamente fatiada, ovo e vegetais fervidos num molho especial feito de caldo de peixe, molho se soja, açúcar e saquê; Shabu-shabu - massas, vegetais e camarão ou carne de vaca finamente fatiada fervidos num molho leve e mergulhados em soja ou molho de soja antes de comer; Motsunabe - vísceras de vaca, hakusai (bok choi) e vários vegetais são cozidos numa base leve de sopa; Kimuchinabe - similar ao motsunabe, tirando a base kimuchi usando carne de porco finamente fatida. Kimchi é um prato tradicional coreano, mas também se tornou muito popular no Japão ,particularmente no sul da ilha de Kyushu, que é próximo da Coreia do Sul; Nikujaga - uma versão japonesa de estufado de vaca. Sashimi (Carne ou peixe cru) São fatias de peixe cru, pode-se utilizar peixes de água salgada ou de água doce, porém é mais comum os de água salgada, como atum, salmão, robalo, linguado, etc. Modernamente entende-se que Sashimi são alimentos crus, finamente cortados e servidos com um molho no qual os alimentos serão mergulhados antes de consumidos. Têm acompanhamentos simples como as algas; geralmente os peixes ou o marisco servem-se com molho de soja e wasabi. Um sashimi tem aproximadamente 18 kcal. As variações mais menos comuns incluem: Fugu: Peixe-balão venenoso fatiado, (por vezes letal). Uma especialidade tipicamente japonesa. O chefe responsável pela sua preparação tem de ter uma especialização (curso obrigatório) pois pode colocar em causa a vida dos seus clientes. Ikizukuri: sashimi vivo Tataki: o atum da espécie Katsuwonus pelamis, vulgarmente conhecido por "Bonito" ou, em inglês, skipjack, que pode ser servido como prato principal em bifes levemente grelhados no carvão (só para caramelizar o exterior) e depois devidamente fatiado, ou então em cru finamente cortado temperado com chalotas, gengibre ou pasta de alho. Basashi: o sashimi da carne do cavalo, chamado às vezes de sakura, é uma especialidade regional em determinadas áreas tais como Shinshu (prefeituras de Nagano, de Gifu e de Toyama) e Kumamoto. Rebasashi: geralmente fígado da vitela, completamente cru (a versão típica é chamada aburi mergulhado geralmente em óleo de sésamo temperado de sal e por fim o molho de soja. Shikasashi: o sashimi da carne de veado, uma iguaria rara só acessível em determinadas partes de Japão. Acredita-se que exista o risco do contágio de hepatite aguda pela ingestão de carne crua do animal. Sushi (bolinhos de arroz temperado) Sushis são bolinhos de arroz temperado, recheados ou cobertos com peixes, frutos do mar, vegetais, frutas ou com ovo. Uma unidade de sushi tem em média 22 kcal. Chirashizushi - sushi em tigela ou travessa Inarizushi - casquinha de tofu rechado com sushi Makizushi - sushi à rolê embrulhado com algas Nigirizushi - sushi modelado à mão Oshizushi - sushi moldado em prensa Narezushi - sushi à moda antiga Temakizushi - sushi enrolado à mão Sopas Misso shiru - é uma sopa de soja que é preparada misturando missô, uma massa feita com grãos de soja e água fervente, também é adicionado algas, legumes, tofu, etc. A maioria dos japoneses toma essa sopa diariamente. Uma porção tem em média 50 Kcal. Temperos e molhos Wasabi: também conhecido como raiz forte, é um tempero em pasta utilizado para acompanhar o sushi e o sashimi. Misso tare: molho de pasta de soja, geralmente utilizado com empanados. Shoyu: molho de origem japonesa, feito à base de soja, utilizado amplamente na culinária japonesa. Hashis Os hashis (palitinhos ou pauzinhos) são os talheres da cozinhaoriental. O principal material usado na fabricação é a madeira, mas também encontramos de marfim, bambu, metal, etc. Para nós brasileiros faz parte do ritual aprender a comer com o hashi. Existem algumas regras para segurar os hashis: não fique balançando os pauzinhos no ar e também não passe os alimentos de um hashi para o hashi de outra pessoa. Os pauzinhos são delicados e não devem ser utilizados para perfurar os alimentos. BIBLIOGRAFIA ISHIGE N., PAUL K. The History and Culture of Japanese Food, 2001. HOSKING, Richard. A Dictionary of Japanese Food. Tuttle, 1995. ISBN 0-8048-2042-2 KAMAKURA, Isao. (1999). Table Manners Then and Now. Japan Echo 27, No. 1. TSUJI, Shizuo. Japanese cooking: A simple Art. Nova York: Kodansha International/USA, 1980. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Culinaria_do_Japao
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