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Avicultura de postura - Karime Cruz França

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D O S S I Ê T É C N I C O 
 
 
Avicultura de postura 
 
Karime Cruz França 
 
Instituto de Tecnologia do Paraná 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Setembro 
2007 
 
Copyright © Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - SBRT - http://www.sbrt.ibict.br 
1 
 
DOSSIÊ TÉCNICO 
 
 
 
Sumário 
 
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................03 
2 SISTEMAS DE PRODUÇÃO ............................................................................................04 
2.1 Pinteiro .........................................................................................................................04 
2.2 Bateria ..........................................................................................................................04 
3 IMPLANTAÇÃO DO AVIÁRIO..........................................................................................04 
3.1 Investimento.................................................................................................................04 
3.2 Escolha do terreno ......................................................................................................04 
3.3 Equipamentos ..............................................................................................................05 
3.3.1 Bebedouros ................................................................................................................05 
3.3.2 Comedouros ...............................................................................................................06 
3.3.3 Aquecedores...............................................................................................................06 
3.3.4 Sistema de ventilação/exaustão..................................................................................06 
3.4 Implantação do aviário ................................................................................................06 
3.5 Instalações hidráulicas ...............................................................................................07 
3.6 Piso e cobertura...........................................................................................................08 
3.7 Vedação de correntes de ar ........................................................................................08 
4 MANEJO DAS PINTAINHAS............................................................................................08 
4.1 Escolha das poedeiras ................................................................................................08 
4.2 Transporte ....................................................................................................................08 
4.3 Alojamento ...................................................................................................................09 
4.4 Camas...........................................................................................................................09 
5 CRIA E RECRIA DAS AVES ............................................................................................09 
5.1 Limpeza e aspectos sanitários ...................................................................................10 
5.2 Camas...........................................................................................................................10 
5.3 Alimentação das aves..................................................................................................10 
5.3.1 Água ...........................................................................................................................11 
5.3.2 Ração .........................................................................................................................11 
5.4 Iluminação ....................................................................................................................12 
5.5 Pesagem .......................................................................................................................12 
5.6 Vacinação .....................................................................................................................12 
5.7 Aves velhas ..................................................................................................................12 
6 A POSTURA.....................................................................................................................13 
6.1 O bem estar das poedeiras .........................................................................................13 
6.1.1 Alta densidade das gaiolas .........................................................................................13 
6.1.2 Debicagem .................................................................................................................13 
6.1.3 Muda induzida.............................................................................................................13 
6.1.4 Osteoporose ...............................................................................................................14 
6.2 Transferência das aves para o galpão de postura ....................................................14 
6.3 O cuidado com as poedeiras ......................................................................................14 
6.3.1 Alojamento..................................................................................................................14 
6.3.2 Limpeza dos equipamentos e instalações...................................................................14 
6.3.3 Esterco .......................................................................................................................14 
6.3.4 Monitoramento sanitário .............................................................................................15 
6.3.5 Controle de pragas .....................................................................................................15 
7 QUALIDADE DO OVO .....................................................................................................15 
7.1 Aspectos externos .......................................................................................................15 
7.2 Aspectos internos........................................................................................................16 
7.2.1 Clara ...........................................................................................................................16 
 
 
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2 
7.2.2 Gema..........................................................................................................................16 
7.2.3 Câmara de ar..............................................................................................................16 
7.2.4 Odor e sabor...............................................................................................................16 
7.2.5 Manchas de sangue....................................................................................................16 
7.3 Manejo dos ovos..........................................................................................................16 
7.3.1 Higiene .......................................................................................................................16 
7.3.2 Gaiolas .......................................................................................................................16 
7.3.3 Colheita ......................................................................................................................17 
7.3.4 Transporte interno ......................................................................................................17 
7.3.5 Lavagem dos ovos......................................................................................................177.3.6 Classificação...............................................................................................................17 
7.3.7 Embalagem ................................................................................................................17 
7.3.8 Armazenamento .........................................................................................................18 
7.3.9 Distribuição para o comércio.......................................................................................18 
8 CONTROLE AMBIENTAL ................................................................................................18 
8.1 Resíduos formados na avicultura de postura ...........................................................18 
8.2 Coleta de lixo ...............................................................................................................19 
8.3 Aves mortas .................................................................................................................19 
8.4 Manejo do esterco .......................................................................................................19 
8.5 Fertilizantes..................................................................................................................19 
8.6 Manejo das camas .......................................................................................................19 
8.7 Higiene e segurança do trabalhador ..........................................................................20 
9 O MERCADO DE AVICULTURA DE POSTURA..............................................................20 
10 LEGISLAÇÃO ................................................................................................................21 
Conclusões e recomendações .........................................................................................24 
Referências ........................................................................................................................24 
Anexo 1 – Princípios ativos de desinfetantes .................................................................26 
Anexo 2 – Padrões brasileiros de qualidade de água .....................................................27 
Anexo 3 – Fossa séptica ...................................................................................................27 
Anexo 4 – Sites de busca ..................................................................................................28 
 
 
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3 
 
DOSSIÊ TÉCNICO 
 
 
Título 
 
Avicultura de postura 
 
Assunto 
 
Produção de ovos 
 
Resumo 
 
Este dossiê abordará sobre aspectos da criação de aves de postura que envolve: sistemas 
de criação, manejo, instalações e equipamentos, coleta de ovos, transporte, higienização, 
controles e registros, legislação. 
 
Palavras-chave 
 
Avicultura; ave; ovo; galinha para postura; criação; legislação; lei; produção; mercado 
 
Conteúdo 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A avicultura consiste na criação de aves, como patos, gansos, codornas, marrecos, 
avestruzes, pequenas proporções, e frangos, em maior destaque, com objetivo de produzir 
alimentos, evidenciando a carne e ovos. 
 
A produção comercial da ave no Brasil começou em Minas Gerais, por volta de 1860. O 
processo de modernização e de produção em escala da avicultura no país começou na 
década de 1930, em razão da necessidade de abastecer os mercados que já eram 
gigantescos na época. Mas foi a partir da década de 1950 que a avicultura brasileira ganhou 
impulso através dos avanços genéticos, do desenvolvimento das vacinas, da nutrição e de 
equipamentos específicos para sua criação. As grandes agroindústrias avícolas brasileiras 
ganharam estrutura no início dos anos 1960 (QUEVEDO, 2003). 
 
As primeiras gaiolas para poedeiras chegaram ao Brasil em 1955. As grandes evoluções 
científicas desta época deram origem ao que é chamado atualmente de “avicultura 
industrial”, com grande produção de carne e ovos em pequenas áreas através do sistema 
de confinamento. Graças a esse novo sistema hoje instalado no país, surgiu uma indústria 
avícola forte que, além de abastecer o mercado interno, consegue exportar produtos de 
qualidade para outros países, trazendo enormes benefícios à nação (MAIA, 1997). 
 
A criação brasileira de aves tem demonstrado nos últimos anos ótimo desempenho, em 
vista da organização e desenvolvimento do setor e os avanços, principalmente, nas áreas 
de nutrição e sanidade que contribuíram em muito para esses resultados (GAMA, 2007). 
 
Mundialmente, a avilcultura é considerada uma atividade econômica cada vez mais 
relevante, sendo os principais exportadores o Brasil, os Estados Unidos, a União Européia, 
a Tailândia e a China. Na área da produção mundial de ovos, a China ocupa o primeiro 
lugar e o Brasil ocupa o sétimo, superado pelos Estados Unidos, Japão, Rússia, México e 
Índia. 
 
 
 
 
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4 
2 SISTEMAS DE PRODUÇÃO 
 
A avicultura de postura consiste em fases bem distintas e os seus sistemas de produção 
podem variar de acordo com o interesse do avicultor e o fluxo de produção que se quer 
adotar ao empreendimento. São dois os sistemas de criação mais utilizados na avicultura de 
postura: pinteiro ou bateria. 
 
2.1 Pinteiro 
 
As aves permanecem até os 42 dias de vida (6 semanas) em locais denominados "pinteiros" 
com densidade de até 20 cabeças/m2 em sistema cama. 
 
Em seguida, as aves são direcionadas à fase de recria, aonde permanecem entre as 6a e 
17a semana de vida em gaiolas metálicas de 0,50 x 0,50 x 0,30 m (8 aves/gaiola), de 1,20 x 
0,60 x 0,40 m (20 aves/gaiola), de 1,00 x 0,60 x 0,40 m (16 aves/gaiola) ou de outras 
dimensões encontradas no mercado. A duração desta fase é de 11 semanas 
aproximadamente. 
 
A próxima fase é a de postura, na qual os animais devem estar entre 17 e 72-74 semanas 
de vida. São utilizadas gaiolas de 0,25 x 0,40 x 0,40 m (2 aves/gaiola), 0,30 x 0,40 x 0,40 m 
(3 aves/gaiola), 0,25 x 0,45 x 0,40 m (3 aves/gaiola), 0,25 x 0,50 x 0,38 m (3 aves/gaiola), 
havendo outras dimensões de gaiolas no mercado. A duração desta fase é de 
aproximadamente 55 a 57 semanas. 
 
2.2 Bateria 
 
Os pintos de até 4 semanas de vida são criados em baterias de 800 cabeças ocupando uma 
área de 3 m2 (3,00 x 1,00 m). As baterias consistem de um sistema de grandes gaiolas 
acondicionadas em 2 a 3 andares, sendo o afastamento de uma bateria para outra e destas 
para as paredes cerca de 1,00 m. As baterias podem ser dispostas em filas paralelas tendo 
um corredor de serviço de 2,00 m. O galpão usado nesta fase deve ser fechado nas laterais 
a nas áreas frontais, dispondo de aberturas controladas (venezianas ou similares) com 
peitoris acima de 1,60 m. 
 
A segunda fase é a recria (da 4ª a 17ª semana de vida), na qual as frangas serão mantidas 
em gaiolas similares às da fase de recria usadas no sistema de pinteiro, sendo a duração 
desta fase de aproximadamente 13 semanas. 
 
A última fase é a de postura (de 17 até 72 -74 semanas de vida), semelhante ao primeiro 
sistema descrito, sendo a permanência das aves nesta etapa de aproximadamente 55 a 57 
semanas. 
 
3 IMPLANTAÇÃO DO AVIÁRIO 
 
3.1 Investimento 
 
Os investimentos necessários para a implantação do sistema de produção de uma granja 
de postura são elevados. Aviários rústicos equipados para 5.000 poedeiras custam 
aproximadamente R$ 10.000,00 e aviários modernos com equipamentos automáticos para 
100.000 poedeiras custam aproximadamente R$ 300.000,00. 
 
O retorno financeiro na avicultura de postura acontece aproximadamente 150 dias após o 
alojamento das pintas e continua semanalmente. Os ovos podem ser comercializados no 
atacado,via contrato, com supermercados e padarias. 
 
3.2 Escolha do terreno 
 
O local a ser escolhido deve manter a biosseguridade do sistema de produção. A área 
selecionada deve permitir a locação do aviário e sua possível expansão de acordo com as 
exigências ambientais (Código Florestal; Legislação Ambiental e Código Sanitário) e as do 
 
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5 
projeto no que diz respeito às distâncias mínimas regulamentares das edificações, estradas, 
moradias, divisas, fontes de água e áreas de proteção permanente. 
 
O terreno deve proporcionar as condições de ventilação natural e de reduzir a incidência da 
radiação solar, facilitar o trânsito de pessoas, animais e insumos. Precisa possuir bom nível 
de isolamento sanitário por meio de vegetação além de um acesso fácil através de estradas 
com boas condições de trânsito em qualquer época do ano. Sua topografia deve ser plana 
ou levemente ondulada. 
 
O local deve apresentar abastecimento de água de boa qualidade, contando com os riscos 
que o local apresenta à poluição, à contaminação, à escassez dos recursos hídricos. 
Importante verificar o fornecimento de energia elétrica, fonte necessária principalmente nas 
fases iniciais, na qual é realizado o aquecimento das pintainhas. 
 
No caso de a criação intensiva ser realizada em regiões cujos fatores climáticos diferem das 
exigências fisiológicas das aves, é necessário projetar as instalações em função das 
condições climáticas onde a granja será construída. No Brasil não existe um modelo padrão 
de aviário, já que é um país de clima tropical. Sendo assim, os aviários são projetados para 
atender os efeitos indesejáveis do calor, sempre com as peculiaridades adversas do clima 
que exigem construções diferenciadas (ABREU, 1999). 
 
3.3 Equipamentos 
 
Na escolha dos equipamentos é necessário obter a informação técnica correta do 
fornecedor para utilização adequada, independentemente da fase de criação. Dentro da 
grande variedade de equipamentos que as granjas avícolas podem apresentar, os que mais 
têm revolucionado o setor de produção de ovos são os sistemas de fornecimento de água, 
de climatização, de distribuição de ração, coleta, transporte de ovos e empacotamento. 
 
3.3.1 Bebedouros 
 
Três sistemas de bebedouros são mais utilizados na avicultura: 
 
• Calha 
 
Pode ser com válvula ou bóia, automático, confeccionado em metal com custo relativamente 
baixo, porém com maior possibilidade de contaminação da água. Há também o tipo calha 
com água corrente, que oferece água mais fresca, porém exige maior fluxo de água no 
sistema (KLOSOWSKI, 2004). Consiste de um sistema aberto que exige manutenção 
freqüente, pois molha muito a área das camas. O ideal é deixar 2,5 cm de espaço por ave. 
No caso da utilização destes bebedouros, valas de infiltração deverão ser providenciadas 
para que não ocorra excesso de água acumulada. 
 
• Pendular 
 
É o mais tradicional. A água desce pela base, cai direto na bacia, ficando armazenada e à 
disposição das aves com volume constante, sendo liberada à medida do seu consumo e 
exposta às condições ambientais em contato com poeira, restos de ração e elevadas 
temperaturas (FIG. 1). 
 
 
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6 
 
Figura 1 – Bebedouro do tipo pendular 
Fonte: AGRODIAS 
• Nipple 
 
O sistema do tipo “chupeta” (FIG. 2) foi introduzido recentemente. São menores e a água 
encanada é liberada com o toque dos bicos na água, o que reduz o risco de contaminação. 
É indicado um bico para dez a quinze aves. 
 
 
Figura 2 – Bebedouro do tipo Nipple 
Fonte: ERGOMIX 
 
3.3.2 Comedouros 
 
Bandejas tubulares ou automáticas. A quantidade de comedouros no sistema de criação de 
aves de postura é maior que no de corte, e devem estar em maior altura a fim de fortalecer 
a musculatura das pernas e aumentar a capacidade copulatória do galo. 
 
3.3.3 Aquecedores 
 
Podem ser à lenha, a gás ou elétricos. 
 
3.3.4 Sistema de ventilação/exaustão 
 
Ajuste do ambiente conforme a necessidade das aves. 
 
3.4 Implantação do aviário 
 
Os galpões das fases de cria e de postura são construídos de maneira semelhante, com 
exceção das gaiolas do galpão de postura que possuirão aparador de ovos. As dimensões 
 
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7 
de largura e comprimento são determinados pelos tamanhos das gaiolas e dos corredores 
de circulação. 
 
O material utilizado na construção deve facilitar a limpeza além de serem providas de telas 
com malhas de medida não superior a 2,5 cm, limitante a invasores. 
 
O terreno deve ser delimitado com afastamento mínimo de 5 m por cercas de segurança e 
possuir um único acesso que comporte o livre trânsito de pessoas, veículos e animais; caso 
a granja possua sistema de coleta de ovos e esterco automatizados, a distância de 
afastamento pode ser menor. Segundo Mazzuco (2006), estes limites podem ser alterados 
pelo Serviço Oficial após avaliação do risco sanitário, em função da adoção de novas 
tecnologias, na condição de existência de barreiras naturais (reflorestamento, matas 
naturais, topografia), artificiais (muros de alvenaria) ou da utilização de manejo e medidas 
de biosseguridade diferenciadas, que impeçam a introdução e disseminação de agentes de 
doenças. 
 
As distâncias mínimas entre os estabelecimentos (de postura e outros com objetivos 
diferentes) devem ser respeitadas. Apresenta-se a seguir as respectivas distâncias 
(QUADRO 1) segundo a Portaria do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento 
(MAPA), n. 136, de 02 de junho de 2006. 
 
Quadro 1 - Distâncias mínimas entre um estabelecimento de aves de postura de ovos comerciais e 
outros estabelecimentos 
 
 
Fonte: MAZZUCO, 2006. 
 
3.5 Instalações hidráulicas 
 
A granja deve possuir um reservatório central com capacidade suficiente para atender a 
demanda de aves e o serviço de limpeza. 
 
Para facilitar o monitoramento da circulação de água e a detecção de problemas, 
recomenda-se que o sistema hidráulico seja divido, como exemplo: fonte, sistema de 
filtração/desinfecção, de armazenamento, de distribuição para criação e de tratamento. 
Pode ser necessário a utilização de uma bomba dosadora de cloro e um filtro instalados na 
entrada da água. 
 
O monitoramento do consumo da água pelas aves é realizado por hidrômetros, com uma 
freqüência mínima a cada 7 dias. A detecção de desperdício, vazamentos e outros 
problemas relacionados serão facilitados caso o controle seja diário. A utilização da água 
 
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8 
na propriedade deve estar baseada na Política Nacional de Recursos Hídricos e na 
Resolução n. 357/05 do Conselho nacional do Meio Ambiente - CONAMA, além de 
cumprirem as legislações estaduais e as do Código Florestal. 
 
3.6 Piso e cobertura 
 
Recomenda-se que seja construído piso de concreto para facilitar a higienização do galpão. 
 
Na cobertura, podem ser utilizadas telhas metálicas. Entretanto, neste caso é necessário 
fazer um isolamento térmico com poliuretano, poliestireno, manta térmica ou pintura 
reflexiva. Uma outra maneira de evitar o sofrimento pela carga térmica é adotar um sistema 
de aspersão sobre a cobertura do aviário com uso de calhas coletoras de água. 
 
Uma sobreposição ao longo da parte mais alta do telhado proporciona uma abertura, que 
deve ser maior ou igual a 8, para ajudar na ventilação. Nesta abertura, uma tela de arame 
deve ser instalada para evitar a entrada de pássaros e outros animais silvestres. 
 
3.7 Vedação de correntes de ar 
 
A vedação das correntes de ar deve sercompleta, sendo assim, cortinas nas laterais devem 
ser fixadas, na metade da altura da mureta ultrapassando 30 cm do bandô, e possuirem um 
sistema de roldana por meio de roda dentada com corrente. 
 
Seu material pode ser de plástico trançado, lona ou PVC. Em regiões de clima frio deve ser 
utilizado sobre-cortinas fixadas na parte interna do aviário, sobrepostas à tela, 
particularmente nos primeiros dias de vida, quando os aviários forem abertos. 
 
4 MANEJO DAS PINTAINHAS 
 
4.1 Escolha das poedeiras 
 
Existem no mercado várias linhagens de poedeiras, tanto para ovos vermelhos como para 
brancos. Entre elas estão: Hy-line, Lohmann, ISA, Hissx e Shaver. 
 
Estas aves apresentam algumas diferenças no desempenho produtivo baseados nos 
seguintes parâmetros: maturidade sexual, pico de produção, peso do ovo, quantidade de 
ovos/ciclo de produção, consumo de ração/dia, viabilidade na recria e viabilidade na 
postura. 
 
As aves devem ter procedência de incubadoras registradas no Ministério da Agricultura 
Pecuária e Abastecimento (MAPA). Além disso, precisam ser livres das principais doenças 
(micoplasmoses, aspergilose e salmoneloses) e regularmente vacinadas ainda no 
incubatório contra enfermidades características (Marek, Gumboro, Bronquite e Bouba 
aviária). 
 
Ao receber as pintainhas, verificar a qualidade das mesmas e registrar em fichas 
específicas características como: atividade, olhos brilhantes, uniformidade na cor e 
tamanho, canelas brilhantes e lustrosas, cicatrização do umbigo e cloaca limpa. 
 
4.2 Transporte 
 
O transporte dos animais da fase incubatória para o alojamento deve ser realizado em 
veículos higienizados (a cada recarga), climatizados e com estrutura adequada para uma 
boa acomodação, seguindo normas da legislação vigente. A origem do transportador e a 
distância percorrida com os animais devem ser registradas pelo criador. O transporte 
interestadual das pintainhas deve ser acompanhado de Guia de Trânsito Animal – Instrução 
Normativa n. 18, de 18 de julho de 2006 (MAZZUCO, 2006). 
 
 
 
 
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9 
4.3 Alojamento 
 
A estrutura de alojamento deve ser testada antes da chegada das aves para garantir o 
funcionamento apropriado. 
 
Os aquecedores deverão ser ligados algumas horas antes a fim de estabilizar a temperatura 
das áreas de piso e da cama, onde as aves permanecerão durante a cria. 
 
Os bebedouros e comedouros deverão ser abastecidos uma hora antes da chegada dos 
animais, e quando isso acontecer, orientar as aves para junto do aquecimento e próximos 
ao bebedouro e ração. 
 
Anotar o peso das aves e quantidade de refugos e destiná-los adequadamente à 
incineração. Imediatamente após o alojamento, retirar todas as caixas de papelão e material 
de forração das caixas de transporte. 
 
4.4 Camas 
 
O material da cama deve ser bem escolhido, pois é o que vai determinar a interferência 
ou não da manutenção durante a estadia do lote. O ideal é que as partículas deste material 
sejam de menor tamanho possíveis. 
 
O capim e as palhas deverão ser bem picados para evitar a formação de grandes áreas de 
empastamento (devido ao pisoteio e as fezes) gerando cascões e placas. 
 
5 CRIA E RECRIA DAS AVES 
 
O manejo desta fase tem por objetivo possibilitar que o lote atinja a maturidade sexual com 
uniformidade de peso corporal em 80% do lote. As aves devem ser mantidas nos galpões 
apropriados, respeitando a densidade ideal de alojamento (QUADRO. 2), até a décima 
sexta semana quando são transferidas para o galpão de postura. 
 
Quadro 2 - Densidade de aves por metro quadrado em função da idade 
 
Fonte: ALBANEZ, 2000 
 
 
Figura 3 – Aves dentro do sistema de recria 
Fonte: AVIMAZON 
 
 
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5.1 Limpeza e aspectos sanitários 
 
Os acessos aos aviários devem possuir local para banhar os pés (pedilúvios) a fim de 
manter os calçados desinfetados. 
 
Manter a desinfecção e funcionalidade das tubulações, caixas d’água, bebedouros e 
comedouros. A limpeza dos comedouros e dos bebedouros deve ser realizada diariamente 
pelo menos duas vezes ao dia, além de inspecionar as condições ambientais e clínicas dos 
animais. 
 
Após a retirada do lote, não se pode dispensar a higienização completa dos equipamentos e 
do aviário da seguinte maneira: 
 
- retirar todos os utensílios utilizados no aviário; 
- passar o lança-chamas sobre a cama para reduzir o número de penas; 
- remover a cama do aviário; 
- lavar com água sob pressão todos os equipamentos e desinfetá-los; 
- lavar paredes, teto, vigas e cortinas, com água sob pressão (jato em movimentos de cima 
para baixo) e deixar secar; 
- lavar caixa d’água e tubulações; 
- aparar a grama e limpar calçadas externas e os arredores do aviário; 
- após a secagem, distribuir a cama e os equipamentos. 
 
A desinfecção do aviário deve ser feita com desinfetantes disponíveis no mercado como: 
quaternários de amônio, formaldeído, cloro, glutaraldeído, iodo e cresóis (Anexo 1). 
Recomenda-se fazer o rodízio trimestral do princípio ativo dos desinfetantes e, após este 
processo ser finalizado, manter o local em vazio sanitário pelo menos 10 dias (MAZZUCO, 
2006). Dois dias antes da chegada das pintainhas realizar outra desinfecção do local e dos 
equipamentos com o lança-chamas. 
 
5.2 Camas 
 
A cama deve ser nova (primeiro uso), limpa e seca, com altura uniforme de 
aproximadamente 10 cm. Caso for optado por uso de aparatos de madeira, não devem ser 
provenientes de indústrias moveleiras devido à presença de resíduos de produtos químicos 
utilizados no tratamento da madeira. 
 
A temperatura no local deve ser ajustada em 32° C a fim de garantir a qualidade das áreas 
das camas. 
 
A densidade de população das aves e abertura dos círculos de proteção, conforme a idade 
e indicações do manual de manejo da linhagem, devem ser otimizadas conforme a 
ocupação da área disponível. 
 
O aviário deve ser percorrido todos os dias para vigiar os bebedouros e identificar possíveis 
pontos de vazamento. Nestas vistorias, revirar e quebrar as placas formadas duas vezes 
por semana. Os cascões formados por vazamento dos bebedouros deverão ser removidos 
e encaminhados para compostagem. 
 
Após a retirada das aves, as camas também deverão ser tratadas de maneira apropriada. A 
reutilização delas somente poderá ser realizada caso não seja constatado problemas 
sanitários que possam colocar em risco o próximo lote a ser alojado, de acordo com a 
inspeção do responsável técnico pelo estabelecimento ou pelo médico veterinário oficial 
(MAZZUCO, 2006). 
 
5.3 Alimentação das aves 
 
Deve ser em quantidade adequada em relação ao número de aves, efetuando a regulagem 
da altura dos bebedouros e comedouros conforme a idade e o manual de linhagem. 
 
 
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5.3.1 Água 
 
Deve ser captada e armazenada em reservatórios e caixas d'água localizados em locais 
sombreados e protegidos de animais e da luz solar, assim como canos e tubulações, 
evitando rachaduras ou quebras. 
 
As instalações precisam ser higienizadas periodicamente e a água fornecida às aves em 
abundância e com qualidade em todas as fases de criação e produção. Os bebedouros 
devem ser limpos adequadamente, também periodicamente conferidos quanto a altura, 
funcionamento e vazamentos. 
 
Limpa, fresca e isenta de patógenos, a água precisa ser monitorada de acordo com os 
riscos ambientais e analisada quanto às condições químicas, físicas e microbiológicas, 
bimestralmente se o risco de contaminação for alto e anualmente caso seja baixo. Caso 
seja detectadaa presença de coliformes fecais, realizar o tratamento com cloro (Cl), em 
teor livre adequado entre 0,2 a 0,4 mg/L. Quanto à presença de bactérias ou nitrato (níveis 
superiores a 10 ppm), recomenda-se a realização de análises adicionais que possam indicar 
com maior exatidão a sua qualidade (MAZZUCO, 2006). Alguns padrões de bebidas da 
qualidade da água estão representados no Anexo 2. 
 
5.3.2 Ração 
 
É oferecida às aves atendendo as exigências nutricionais das fases (cria-recria, pré-postura, 
postura e final de postura) indicadas de acordo com o manual de linhagem. 
 
Na produção de ração dentro da propriedade, deverão ser seguidas normas de boas 
práticas de fabricação de ração, recomendadas por órgãos como o Sindicato Nacional da 
Indústria de Alimentação Animal – SINDIRAÇÕES, ou, se caso for obtida de terceiros, 
adquirir de estabelecimentos certificados pela boa prática de fabricação de rações. As 
rações prontas devem possuir rótulos nas embalagens com identificação do produto, sua 
origem e informações de segurança de uso do alimento que sigam a legislação. 
 
A adequação da dieta é baseada na condição corporal das aves, dados de produção e 
qualidade dos ovos. Recomenda-se a seguinte composição da ração das poedeiras: milho, 
sorgo, farelo de arroz, farinha de peixe, farelo de trigo, farelo de soja, farinha de carne, 
fosfato bicálcico, farinha de ostras, sal, metionina, pré-mistura de vitaminas e minerais e 
aditivos. Todos esses aditivos visam uma produção de qualidade, em maior escala e num 
menor espaço de tempo. Análises laboratoriais devem ser realizadas rotineiramente para 
quantificar micotoxinas (metabólicos tóxicos de fungos) nos grãos. 
 
Como a ração é geralmente embalada em sacos, é separada e classificada em grupos ou 
tipos de ingredientes, constados nas embalagens com etiquetas. As embalagens devem ser 
armazenadas afastadas do chão, do teto e das paredes em local bem ventilado e com 
controle de umidade. 
 
As estruturas de armazenamento devem ser higienizadas e limpas, como todas as outras 
estruturas do aviário, entre partidas de rações e ingredientes a serem armazenados. Além 
disso, precisam ser vedadas adequadamente para evitar a poeira, a chuva e animais que 
possam invadir. 
 
Registrar o consumo diário de ração, além de suas alterações como cor, odor, tamanho dos 
grãos e partículas características, é importante para ter controle sobre o lote, uma vez que 
pode ser indicativo de problema, seja por manejo incorreto ou doenças clínicas. 
 
A granja deve guardar os registros informativos de matérias-primas e aditivos utilizados na 
fabricação da ração: procedência, número do lote/partida, conteúdo, data de fabricação, 
estado de conservação, prazo de validade, informações adicionais e/ou especificações do 
fabricante (rótulos/etiquetas das embalagens), laudos de análises físico-químicas de 
amostras coletadas de matéria-prima ou produto. Os fornecedores e os documentos que 
atestem a qualidade dos ingredientes adquiridos segundo a legislação devem ser 
 
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cadastrados para controle e garantia. 
 
5.4 Iluminação 
 
Fornecer horas de iluminação (fotoperíodo) conforme a idade e o manual de manejo da 
linhagem. 
 
Recomenda-se fornecer 24 horas de luz diária nos primeiros três dias de vida, a fim de 
proporcionar às pintainhas condições de ambientalização com as instalações e 
equipamentos. Quando necessário, utilizar lâmpadas artificiais para complementar a 
iluminação natural. Importante lembrar que a partir da décima primeira até a décima sexta 
semana, as aves não devem ser submetidas a fotoperíodos crescentes. 
 
É importante também fornecer calor nas primeiras semanas de vida, sempre 
acompanhando o comportamento em relação à fonte, ou seja, observar se a temperatura da 
mesma está correta (ideal entre 30 a 33° C) e a rea ção das pintainhas. Se há circulação 
livre e consumo de ração e água normalmente, o aquecimento está correto. Caso estejam 
amontoados, há falta de calor ou corrente de ar dentro do galpão. Quando estão longe da 
fonte de calor, significa a temperatura está acima do indicado. 
 
5.5 Pesagem 
 
Deve ser realizada a cada quinze dias, a partir da quinta semana de idade, em uma amostra 
representativa do lote a fim de monitorar o peso corporal para o fornecimento diferenciado 
de ração para alcançar a uniformidade adequada. 
 
5.6 Vacinação 
 
Deve ser planejada com antecedência, sempre observando o prazo de validade das 
vacinas, por funcionários treinados especificamente para a função. A vacina requer 
cuidados com o seu manejo devido aos processos de aplicação, diluição e conservação 
(sempre a 4° C e evitando contato direto com a luz solar). As vacinas precisam ser 
necessariamente registradas e aprovadas pelo MAPA, de acordo com a legislação em vigor, 
seja como medida de ordem profilática ou de controle de doença (MAZZUCO, 2006). 
 
As principais vacinas disponíveis são contra a doença de Marek, varíola aviária, doença de 
Newcastle, Gumboro e bronquite infecciosa. Segundo a Portaria do MAPA, n. 136, de 02 de 
junho de 2006, em consulta pública, a vacinação sistemática de aves de postura comercial 
contra a doença de Newcastle é obrigatória em todas as unidades da Federação. Os 
estabelecimentos de criação de ave de postura precisam manter todos os registros não só 
da utilização de vacinas e outros medicamentos utilizados, como o trânsito das aves e 
ações sanitárias. 
 
A recomendação é que o processo de vacinação seja realizado em horários nos quais as 
temperaturas sejam amenas, sem calor excessivo, para evitar sofrimento das aves. As aves 
doentes não devem ser vacinadas. O programa de vacinação a ser seguido deve ser 
estabelecido baseado na situação epidemiológica e sanitária de cada região pelo médico 
veterinário responsável. Estes programas são avaliados por órgãos oficiais, como o 
Departamento de Saúde Animal (DAS), os quais avaliam a situação dos programas 
podendo proibir caso não correspondam às exigências mínimas de segurança. 
 
5.7 Aves velhas 
 
Aves velhas ou no final de produção são encaminhadas para abate ou comercializadas. 
Caso não seja possível a comercialização das aves, o abatimento das mesmas deve ser 
realizado e a destinação deve ter o mínimo de impacto ambiental. 
 
 
 
 
 
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6 A POSTURA 
 
6.1 O bem estar das poedeiras 
 
Alguns procedimentos em relação ao manejo na criação intensiva de aves de postura tem 
sido alvo de discussões quanto ao bem estar animal. Práticas como a debicagem, muda 
induzida e densidade das gaiolas são práticas consideradas controversas na percepção 
pública. 
 
Animais que sofrem estresse apresentam decréscimos em seu desempenho, como por 
exemplo, no ganho de peso e a eficiência de postura dos ovos, podendo a chegar a casos 
patológicos sérios. Assim, pode-se considerar que o bem estar animal está intimamente 
ligado à boa produtividade. 
 
6.1.1 Alta densidade das gaiolas 
 
A crescente demanda por produtos avícolas proporcionou aos sistemas de produção 
tornaram-se mais intensivos. Entretanto, cuidados devem ser tomados uma vez que a 
preocupação do consumidor é a maneira como o animal é criado. Assim, deve ser 
respeitado o espaço permitido por ave assim como o fornecimento de oportunidade para as 
aves desempenharem seu comportamento natural de maneira a usufruir bem-estar. 
 
6.1.2 Debicagem 
 
Consiste no processo de corte dos bicos das aves realizado nas poedeiras comerciais a fim 
de prevenir o canibalismo e evitar o desperdício de ração, além de contribuir para a 
uniformidade do lote. 
 
A debicagem deve utilizar técnicas apropriadas e ser realizada quando asaves estiverem 
entre 7 a 10 dias, por equipamentos escolhidos e ajustados por indivíduos treinados, que 
deverão também realizar a manutenção. Dois a três dias antes e o mesmo tempo depois 
após o procedimento, fornecer nos bebedouros água com algumas vitaminas, em especial a 
vitamina K que auxilia na coagulação sanguínea da área e no alívio do estresse provocado 
pelo processo. A fim de evitar a desidratação dos animais, o consumo de água deve ser 
monitorado até a cicatrização completa dos bicos. Caso a primeira debicagem não for bem 
efetuada, uma segunda poderá ser realizada entre 10 e 12 semanas de idade das aves. 
 
Este processo possui desvantagens – comprometimento temporário de alimentação da ave 
e percepção de dor próxima à área da debicagem – e vantagens – redução do estresse e 
da morte por canibalismo, proporcionando melhoria no bem estar animal, e um bom 
empenamento. 
 
6.1.3 Muda induzida 
 
“Muda” é um processo realizado por algumas espécies de aves que consiste em um período 
de jejum no qual elas perdem bastante peso corporal (até 50%) e renovam a plumagem. No 
final deste processo, o sistema reprodutivo é rejuvenescido permitindo que a ave inicie novo 
ciclo de produção de ovos com índices de desempenho próximos a um lote com idade entre 
40 a 50 semanas de idade, incluindo melhorias na qualidade da casca e ovos mais pesados 
(MAZZUCO, 2006). 
 
Nas granjas comerciais a “muda” é induzida artificialmente, provocando mais um ciclo de 
produção das aves. Isto ocorre através da retirada da ração durante alguns dias e da 
diminuição da exposição à luz. Economicamente, esta prática prolonga a vida produtiva dos 
animais, causando impacto na oferta de ovos no mercado e aumentando a renda dos 
produtores. 
 
A preocupação em termos de bem estar é o fato de este programa envolver a retirada da 
ração por alguns dias, parando a produção e causar estresses em diferentes ordens. 
 
 
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6.1.4 Osteoporose 
 
O sistema de hospedagem integral das poedeiras em gaiolas proporcionou o aparecimento 
de osteoporose, doença caracterizada pela perda óssea que resulta em aves frágeis e 
suscetíveis a fraturas. Isso acontece devido à limitação de movimentos e parcial inatividade 
dos animais dentro das gaiolas. Pesquisas nas áreas de nutrição, genética e biologia 
molecular têm auxiliado na busca de soluções para reduzir a manifestação da osteoporose 
em poedeiras (MAZZUCO, 2007). 
 
6.2 Transferência das aves para o galpão de postura 
 
A transferência das aves para o galpão de postura deve ser programada até a décima sexta 
semana de vida. Para isso, os animais precisam ser selecionados e padronizados segundo 
o peso corporal e a maturidade sexual (desenvolvimento da crista). 
 
O procedimento deve ser realizado de maneira a evitar o estresse das frangas, sendo 
assim, é importante tomar cuidados especiais como: oferecer as aves ração à vontade, 
orientar a ingestão de água e evitar qualquer manejo que possa causar estresse na semana 
que anteceder a mudança. 
 
6.3 O cuidado com as poedeiras 
 
Nesta fase, as aves permanecem no galpão apropriado até completarem 80 semanas de 
idade. Dependendo de sua viabilidade econômica, são retiradas. 
 
6.3.1 Alojamento 
 
Deve ser projetado a fim de proporcionar conforto térmico e proteger as aves de 
predadores, além de diminuir a incidência de patógenos e parasitas internos e externos 
(QUADRO 3). 
 
Quadro 3 - Alojamento das aves na fase de postura: uso de gaiolas convencionais 
 
Fonte: MAZZUCO, 2006. 
 
6.3.2 Limpeza dos equipamentos e instalações 
 
A limpeza dos comedouros, dos bebedouros e a retirada das aves machucadas e mortas 
devem ser diárias. A poeira das telas e das lâmpadas deve ser retirada uma vez por 
semana, pelo menos. Um programa de controle de pragas deve ser instalado para evitar 
invasão de animais domésticos e/ou silvestres, roedores e até outros pássaros. A instalação 
de telas (malha inferior a 2,5 cm) ajuda a evitar invasões. O processo de higienização após 
a saída do lote deve ser feito como na fase de cria e recria, acrescentando a higienização 
das gaiolas, respeitando também um período mínimo de vazio sanitário, que nesta fase é de 
20 dias. 
 
6.3.3 Esterco 
 
As práticas aqui tomadas devem respeitar as mesmas realizadas na fase de cria e recria. 
 
 
 
 
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6.3.4 Monitoramento sanitário 
 
O monitoramento sanitário deve ser estabelecido, fiscalizado e supervisionado pelo médico 
veterinário responsável, e baseado nas normas específicas estabelecidas no Regulamento 
de Defesa Sanitária Animal, e no Plano Nacional de Sanidade Avícola (PNSA). 
 
O Serviço Oficial deverá acompanhar através de um representante que realizará o 
monitoramento rotineiro da empresa através de vistorias e acompanhamento documental. 
Basicamente, este acompanhamento é realizado para patologias como salmoneloses, 
Doença de Newcastle e influenza aviária. 
 
6.3.5 Controle de pragas 
 
Invasores como pássaros, insetos e roedores na granja e no local de armazenamento dos 
ovos devem ser continuamente monitorados a partir de recomendações de boas práticas. 
 
Quando utilizado larvicidas via ração, um critério de periodicidade de uso e alternância de 
princípio ativo deverá ser estabelecido para evitar que as moscas criem resistência a estes 
produtos. Neste caso, recomenda-se utilizar este método somente nos períodos de início da 
postura e de pico de temperatura, nos quais o esterco pode ser mais líquido. 
 
Os funcionários deverão estar protegidos (usando máscaras, luvas, botas e óculos de 
proteção) além de serem muito bem treinados para a aplicação dos praguicidas. 
 
A utilização de outros produtos que não sejam químicos é mais indicada, como o uso de 
fina camada de cal, no início de postura, colocada sobre o solo abaixo das gaiolas, que atua 
como um fator que impede a criação de larvas no esterco liqüefeito. Já em períodos de pico 
de temperatura, a água de bebida resfriada diminui a sua ingestão e a conseqüente 
ocorrência de esterco liqüefeito. 
 
Os produtos utilizados no controle de pragas devem ser devidamente armazenados em 
local apropriado (salas separadas destinadas especificamente para estoque de produtos 
tóxicos), etiquetados quanto à função, nível de toxidade e forma de manipulação. 
 
A inspeção visual periódica visa identificar a presença de animais invasores, e é importante 
que toda a área da granja seja vistoriada, desde as áreas internas, como cantos de 
paredes, até áreas em torno aos aviários, como salas de classificação dos ovos até os 
banheiros e vestiários. 
 
7 QUALIDADE DO OVO 
 
O ovo é um alimento natural barato que oferece equilíbrio de nutrientes necessários para a 
formação de um ser vivo completo. Com isso, a população utiliza este produto como fonte 
de alimento, entretanto, a sua utilização depende da qualidade dos ovos oferecidos ao 
mercado. 
 
Sabe-se que após a postura é inevitável a perda de qualidade do produto, de maneira 
contínua, devido aos fatores do meio. Assim, o melhor conhecimento, especialmente por 
parte dos pequenos e médios produtores, permite um controle ideal e, conseqüentemente, a 
melhora na qualidade dos ovos, proporcionando benefícios tanto ao mercado consumidor 
como aos produtores avícolas. 
 
7.1 Aspectos externos 
 
Deve ser limpa, sem trincas e deformações. Para ter resistência a fim de proteger as partes 
internas, as aves dependem de rações com níveis equilibrados de cálcio, fósforo e vitamina 
D3. As deformações na casca indicam problemas sanitários no local da criação além de 
gerar prejuízo por causa do visual. 
 
 
 
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7.2 Aspectos internos 
 
7.2.1 Clara 
 
Os ovos frescos são caracterizados por uma clara transparente, límpida, consistente, densa 
com uma porção um pouco mais fluída. Devido à decomposição, com o passar do tempo, 
esta parte do ovo vai perdendo a densidade e tornando-se cada vez mais líquida, alterando 
o seu grau de acidez, o que compromete sua utilização na culinária. Essas modificações 
são mais intensas em dias quentes. 
 
7.2.2 Gema 
 
É desejável que seja bem amarela, translúcida, consistente e fixada no centro da clara por 
pequenos cordões laterais provenientes da própria clara. Isso depende exclusivamente da 
alimentação que é oferecida às aves (sorgo, mandioca e seus subprodutos na ração 
deixam-na esbranquiçada). À medida que o tempo passa, ela vai apresentando forma 
achata além de manchas escuras, o que torna a membrana mais sensível, podendo romper 
com facilidade, prejudicando sua utilização. 
 
7.2.3 Câmara de ar 
 
Encontra-se internamente na extremidade maior do ovo. É também um indicativo de 
qualidade uma vez que pode ser observada contra a luz. Quanto maior a sua área, mais 
velho é o ovo. 
 
7.2.4 Odor e sabor 
 
Deve possuir odor e sabor característico e agradável para o consumidor. O ovo absorve 
odor e sabor de alimentos estocados próximos a ele. Assim, cuidados com este aspecto 
devem ser tomados na estocagem deste produto. 
 
7.2.5 Manchas de sangue 
 
É normal ocorrerem pequenas manchas de sangue na gema e na clara. Isso não é um fator 
limitante no valor dos ovos e nem no seu consumo. 
 
7.3 Manejo dos ovos 
 
O manejo deve ter por objetivo a atenção na qualidade dos ovos pelos avicultores, desde a 
postura até ao mercado consumidor. 
 
7.3.1 Higiene 
 
Limpeza do criadouro e arredores deve ser feita de modo a evitar acúmulo de poeira e 
mato. Impedir a ocorrência de águas paradas além de manter o esterco bem seco a fim de 
evitar moscas. É necessária também a limpeza nos aparadores das gaiolas com vassouras 
e escovas duas vezes por semana para evitar excesso de poeira e de restos de ração além 
de ferrugens, uma vez que mancham as cascas dos ovos. A limpeza dos bebedouros deve 
ser realizada com cuidado para não molhar os ovos. 
 
7.3.2 Gaiolas 
 
Devem possuir pisos com inclinação adequada, para deslocamento dos ovos até o 
aparador. Tomar cuidado, pois se a inclinação for excessiva pode haver prejuízo por quebra 
dos ovos, e o contrário também gera prejuízo pelos ovos parados no fundo das gaiolas 
aumentando a sujeira. 
 
 
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Figura 4 - Arranjo de gaiolas das poedeiras 
Fonte: AVIMAZON 
 
7.3.3 Colheita 
 
Quando não automatizada, deve ser realizada no mínimo três vezes ao dia com o uso de 
bandejas de plásticos ou polpa bem limpas (é desaconselhável o uso de cestos). Nesta 
fase, é aconselhável empilhar no máximo oito bandejas para reduzir a pressão nas 
bandejas inferiores, diminuindo os índices de quebras. Aqui, faz-se a primeira separação 
dos ovos sujos, trincados e quebrados, pois se colocados na bandeja espalham sujeira e 
aumentam o prejuízo. Os funcionários encarregados da coleta devem ser instruídos para a 
necessidade da lavagem e desinfecção das mãos anteriormente à manipulação dos ovos. 
 
7.3.4 Transporte interno 
 
Os ovos devem ser retirados do galinheiro rapidamente e colocados em embalagens 
plásticas, que geram maior proteção. É imprescindível a utilização de veículo adequado 
além de estradas em boas condições. 
 
7.3.5 Lavagem dos ovos 
 
É permitida desde que seja feita com água morna (temperatura entre 38 e 46° C) e 
supercloração ou desinfetantes e detergentes, geralmente a base de amônia quaternária e 
associações encontrados no comércio, alguns específicos para ovos. Recomenda-se que 
ovos excessivamente sujos sejam descartados ou, se lavados, sejam comercializados 
separadamente para fins específicos. 
 
7.3.6 Classificação 
 
Durante esta etapa a separação dos ovos (sujos, trincados e quebrados) deve ser mais 
rigorosa. A Resolução n. 005- da Coordenação Geral de Inspeção de Produtos de Origem 
Animal - CIPOA exige que sejam vendidos diretamente ao consumidor apenas os ovos de 
casca limpa e íntegra com a especificação seguinte, tanto para ovos brancos como para os 
vermelhos. As grandes granjas possuem equipamentos automatizados para realizar a 
classificação; já os pequenos classificam através de medidas do diâmetro do ovo e também 
por classificadores manuais. 
 
7.3.7 Embalagem 
 
O ideal seria a utilização de embalagens novas, entretanto, pequenos e médios produtores 
 
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realizam a reciclagem de embalagens. Neste caso, somente as bandejas limpas e integras 
devem ser utilizadas (garantia de qualidade) e apenas nos depósitos, longe das aves. 
 
7.3.8 Armazenamento 
 
As caixas onde os ovos são armazenados para a comercialização deverão ser rotuladas 
adequadamente contento data e origem, conforme a legislação vigente para 
armazenamento e comercialização. Os ovos não devem permanecer muito tempo na granja, 
três dias no máximo. A temperatura ideal de armazenamento gira entre 10 e 15° C em 
ambiente bem ventilado. As caixas devem ser arranjadas em estrados no piso e com 
distância mínima (1,20 m das paredes e 0,80 m do piso, conforme Portaria n. 1 de 21 de 
fevereiro de 1990) das paredes e forros, evitando-se assim o contato com as mesmas e o 
risco de contaminação. 
 
Para preservar a qualidade interna dos ovos por mais tempo, mesmo fora da geladeira, 
basta aplicar óleo mineral ou parafina líquida na extremidade maior do ovo com uma 
esponja. 
 
7.3.9 Distribuição para o comércio 
 
Esta etapa deve ser realizada com bastante rapidez, com bastante cuidado no manuseio 
das caixas (preferencialmente de papelão ou plástico com 30 dúzias) e no transporte, 
minimizando choques. 
 
8 CONTROLE AMBIENTAL 
 
O emprego de boas práticas na atividade avícola, baseadas no conhecimento, na tecnologia 
e na legislação vigente, faz com que o criador busque atualizações, para a realização de um 
trabalho que melhore a produtividade e ao mesmo tempo preserve as condições do meio 
ambiente (GRZYBOWSKI). 
 
É fundamental buscar informações nos órgãos ambientais em geral, uma vez que o 
licenciamento ambiental é necessário e de grande importância social. 
 
À medida que cresce a necessidade por melhorias ambientais, também cresce a 
necessidade do tratamento dos dejetos orgânicos. Para este fim, a propriedade avícola de 
postura deve estabelecer um plano de manejo para esta atividade relacionado-a com os 
recursos naturais internos e externos da propriedade. Neste plano devem constar as 
descrições ambientais da propriedade e região além dos resíduos formados pela atividade. 
Os impactos ambientais devem ser avaliados segundo a Resolução n. 01/86 do CONAMA, 
o que a atividade pode provocar e medidas que serão tomadas para anular estes impactos 
(MAZZUCO, 2006). Descrever também as medidas a serem tomadas, os possíveis 
reaproveitamentos e como será feito o monitoramento do plano de manejo. 
 
Em sistemas de criação do tipo avicultura de postura, onde as aves apresentam uma idade 
média de 365 dias, pode-se estimar uma produção de dejetos, a cada mil cabeças, que 
varia entorno de 35 a 44 toneladas. Portanto, ao realizar o tratamento dos dejetos deste 
setor, o produtor deve estar atento para evitar problemas como a proliferação de moscas, o 
mau cheiro, a multiplicação de agentes patogênicos, o aparecimento de sementes de 
plantas indesejadas (inços), a concentração de microorganismos indesejáveis e a perda ou 
eliminação de nutrientes e fertilizantes(GRZYBOWSK). 
 
8.1 Resíduos formados na avicultura de postura 
 
Camas, ovos descartados, esterco, restos de ração, penas, poeiras, águas de lavagem, 
águas excedentes dos bebedouros tipo calha e aves mortas; além destes há também os 
resíduos gerados em vestiários, sanitários, banheiros, refeitórios e escritórios existentes na 
propriedade (MAZZUCO, 2006). 
 
 
 
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8.2 Coleta de lixo 
 
Criar recipientes para a separação de lixos orgânicos e inorgânicos e identificar os postos 
receptores pela propriedade. Os resíduos orgânicos deverão ser destinados para 
compostagem, por exemplo, e os não perecíveis encaminhados para reciclagem. Os ovos 
descartados deverão ser encaminhados de maneira correta e higiênica para compostagem 
ou para fossa séptica (Anexo 3). 
 
8.3 Aves mortas 
 
Encaminhadas para fossas sépticas ou incineradoras. No segundo caso, em seguida 
deverão ser enviadas para câmaras de compostagem – processo que permite reduzir o 
custo do “Plano de Manejo Ambiental da Propriedade” gerando lucro através da produção 
de um biofertilizante sólido – os biofertilizantes (tanto sólidos como líquidos) precisam 
respeitar a Instituição Normativa n. 23, de 31 de agosto de 2005, do MAPA, que normatiza a 
obtenção e utilização deste material para uso agrícola (MAZZUCO, 2006). A compostagem 
é um processo aeróbio que requer bastante cuidado, uma vez que um processo inadequado 
de degradação por ausência de oxigênio pode emanar maus odores e até promover a 
criação de moscas se for inadequadamente coberto. 
 
8.4 Manejo do esterco 
 
No alojamento, deverão ter acessórios para permitir a rápida secagem do esterco a fim de 
evitar o aparecimento de moscas no esterco molhado. Nas criações aonde não existe a 
remoção automática por esteira, embaixo das gaiolas deverão ser construídas grades para 
acelerar a secagem. Caso a altura dessas grades não permita a secagem, uma vistoria 
diária e rigorosa do vazamento dos bebedouros é necessária, para que nestes pontos o 
esterco molhado seja tratado com cal a fim de impedir a postura e desenvolvimento de 
larvas de moscas. 
 
As gaiolas precisam possuir beirais (com largura mínima de 0,50 m) para impedir que a 
chuva molhe o esterco. Já nos aviários com sistema de coleta estabelecido, para evitar a 
ação da chuva, é realizada a instalação de cortina estreita (0,50 m) no limite do beiral. 
 
A distância entre os galpões deve respeitar a Portaria n.136, de 02 de junho de 2006, além 
de apresentar vegetação rasteira para permitir a ventilação e, conseqüentemente, a 
secagem do esterco. A construção de valas na área externa aos galpões funciona como um 
sistema de drenagem responsável por escoar a água da chuva. 
 
Após o esterco ser removido, deverá ser encaminhado para estabilização em uma área 
coberta, cercada (para evitar acidentes com animais e pessoas) e ventilada, antes de sua 
comercialização e utilização, considerando as tecnologias disponíveis para evitar a criação 
de moscas. O esterco pode ser tratado por biodigestores ou por compostagem. 
 
Compostagem: é o processo de transformação de materiais grosseiros, como palhada e 
estrume, em materiais orgânicos utilizáveis na agricultura. Este processo envolve 
transformações de natureza bioquímica, promovidas por milhões de microorganismos do 
solo que têm na matéria orgânica in natura sua fonte de energia, nutrientes minerais e 
carbono. 
 
8.5 Fertilizantes 
 
Caso o avicultor pretenda comercializar seus resíduos como fertilizante, deverá consultar o 
Decreto n. 4.954 e a Instrução Normativa n. 15, de 22 de dezembro de 2004, ambos do 
MAPA (MAZZUCO, 2006). 
 
8.6 Manejo das camas 
 
Podem ser destinadas a três tipos de tratamentos diferentes: 
 
 
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- fermentação sem empilhamento e secagem, com queima das penas por lança-chamas; 
 
- aplicação de cal hidratada sobre a cama; 
 
- fermentação e empilhamento da cama (mais utilizado): montar pilhas, com 
aproximadamente 1,5 m de altura, cobertas por lonas plásticas, em local seco, respeitando 
as distâncias mínimas exigidas pelos órgãos ambientais. Manter a umidade das pilhas 
somente ao ponto de fermentação (cuidar para não apodrecer por excesso de umidade) até 
estabilizar e se transformar em adubo orgânico. Esse processo demora aproximadamente 
30 dias em épocas de altas temperaturas e 40 dias em épocas mais frias. 
 
8.7 Higiene e segurança do trabalhador 
 
Os funcionários devem ser instruídos tanto na higiene da produção quanto na sua própria 
higiene para garantir a sua saúde e a qualidade do produto. 
 
9 O MERCADO DE AVICULTURA DE POSTURA 
 
A avicultura é uma das mais importantes atividades do nosso complexo agroindustrial. 
Especificamente a avicultura de postura vem passando por um momento muito importante, 
em que várias ações estão sendo realizadas visando o crescimento do setor, não só nas 
questões envolvendo marketing, mas também no desenvolvimento e aprimoramento das 
questões de manejo, sanidade, qualidade e tecnologia de produção de ovos. Cada vez 
mais, busca-se métodos eficazes visando à redução nos custos de produção, objetivando-
se maior produtividade, competitividade e qualidade no produto final, para atender as 
exigências do mercado global. 
A enorme preocupação com a saúde e o bem estar animal ficam cada vez mais evidentes, 
tornando-se necessário alcançar níveis adequados na segurança alimentar para o 
consumidor, através da observância de modernas técnicas e novos conceitos de saúde 
avícola. 
 
A criação de aves é uma fonte interessante de geração de empregos e renda para a 
população brasileira, além de apresentar-se como uma oportunidade econômica para as 
pequenas e medias propriedades devido ao fato de que a escala de produção ainda não 
necessita de grandes áreas. 
 
A geração de empregos pode ser direta (aonde mão-de-obra adicional é requerida pelo 
setor) ou indireta (responsável pela inter-relação entre os setores). A segunda decorre do 
fato de que o aumento da produção de um bem estimula a produção de todos os insumos 
requeridos para a sua produção e, conseqüentemente, o aumento no número de empregos 
nestes setores. Além das contratações, a automação e modernização dos sistemas de 
produção têm tomado força, bem como a agregação de valor aos produtos. 
 
O valor comercial dos ovos é dado pela qualidade e pelo peso do produto (QUADRO 4). A 
legislação brasileira exige um mínimo de peso por dúzia para cada tipo e isto é 
desconhecido pela população. 
 
Quadro 4 – Peso mínimo por dúzia conforme o tipo de ovos 
Tipo Peso mínimo-gramas 
Jumbo 792 
Extra 720 
Grande 660 
Médio 600 
Pequeno 540 
Industrial menos de 540 
Fonte: OLIVEIRA 
 
A produção brasileira de ovos destina-se quase que exclusivamente ao consumo interno e 
esteve estagnada em torno de 58 milhões de caixas de 30 dúzias nos últimos três anos do 
século XX. Em 2001, saltou para 65 milhões de caixas e apresentou queda drástica nos 
 
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21 
anos seguintes. 
 
Segundo a AveWorld, a crise deu-se com a queda do valor dos ovos desde o final do ano 
de 2003 e manteve-se baixo até o início de 2007 (TAB. 1), quando o mercado começou a 
aumentar a remuneração do produtor de ovos comerciais. A competição com o segmento 
de carnes contribuiu para o agravamento da crise. “Segundo os dados da JOX Assessoria 
Agropecuária, a média do preço do ovo extra branco no mercado atacadista do Estado de 
São Paulo nos meses de janeiro a abril de 2007 foi de R$ 37,24/caixa de 30 dúzias, contra 
um preço médio de R$ 26,35 neste mesmo período de 2006” (AVEWORLD). 
 
Essasflutuações da produção de ovos têm muito a ver com variações nos preços do milho, 
que, por sua vez, dependem da oferta desse importante insumo da avicultura. Os 
indicadores mais importantes da rentabilidade da avicultura de postura são as relações 
verificadas entre o preço da caixa de ovo recebido pelo produtor e os preços dos seus 
principais insumos, milho, farelo de soja e pintinho, que compõem a maior parte do custo 
variável de produção do ovo. 
 
Segundo a AveWorld, nos últimos 25 anos o alojamento médio mensal de poedeiras de 
ovos brancos cresceu 51%, passando de uma média de 2,7 milhões para 4,1 milhões, já o 
alojamento médio mensal de poedeiras de ovos vermelhos foi um pouco melhor, com um 
crescimento de 75%, porém os ovos vermelhos representam somente 25% da produção de 
ovos. Na média de ovos brancos e vermelhos, a avicultura de postura cresceu 57%. Neste 
mesmo período, a população brasileira também cresceu 57%, ou seja, o crescimento da 
avicultura de postura nos últimos 25 anos foi tão somente igual ao crescimento 
populacional. 
Tabela 1 - Produção de ovos 2007/2006 
 
Produção em unidades Produção Cx 30 dúzias 
 ovos caixas 
 2007 2006 % 2007 2006 % 
Janeiro 2.225.318.336 2.217.403.349 0,36 6.181.440 6.159.454 0,36 
Fevereiro 2.011.950.500 2.020.601.878 -0,43 5.588.752 5.612.783 -0,43 
Março 2.192.392.746 2.247.500.800 -2,45 6.089.980 6.243.057 -2,45 
Abril 2.076.985.573 2.188.557.751 -5,10 5.769.404 6.079.327 -5,10 
Maio 2.099.694.625 2.267.907.848 -7,42 5.832.485 6.299.744 -7,42 
Junho 1.985.030.203 2.194.414.020 -9,54 5.513.973 6.095.595 -9,54 
Julho 2.012.300.585 2.274.111.053 -11,51 5.589.723 6.316.725 -11,51 
Agosto 
 2.251.780.071 6.254.945 -100,00 
Setembro 
 2.186.233.043 6.072.869 -100,00 
Outubro 
 2.252.980.739 6.258.280 -100,00 
Novembro 
 2.183.164.992 6.064.347 -100,00 
Dezembro 
 2.251.586.854 6.254.408 -100,00 
Total 14.603.672.568 26.536.242.398 -5,23 40.565.757 73.711.534 -5,23 
Fonte: UNIÃO BRASILEIRA DE AVICULTURA 
 
10 LEGISLAÇÃO 
 
Toda cadeia do agronegócio critica a falta de políticas claras, bem definidas e estruturadas 
para todas as atividades, seja na agricultura ou na pecuária. Entretanto, como toda prática 
ou atividade está sempre subordinada a uma legislação específica, com a avicultura não é 
diferente. Várias são as leis aplicadas a ela. 
 
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa 
Agropecuária. Instrução Normativa n. 78, de 03 de novembro de 2003. Aprova as Normas 
Técnicas para Controle e Certificação de Núcleos e Estabelecimentos Avícolas como livres 
de Salmonella Gallinarum e de Salmonella Pullorum e Livres ou Controlados para 
Salmonella Enteritidis e para Salmonella Typhimurium. Diário Oficial da União, Brasília, 05 
nov. 2003. Disponível em: 
<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualiz
ar&id=3864>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
 
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BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa 
Agropecuária. Instrução Normativa n. 17, 7 de abril de 2006. Aprovar, no âmbito do 
Programa Nacional de Sanidade Avícola, o Plano Nacional de Prevenção da Influenza 
Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle. Diário Oficial da União, 
Brasília, 10 abr. 2006. Disponível em: 
<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualiz
ar&id=16743>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa 
Agropecuária. Instrução Normativa n. 7, de 10 de março de 2006. Aprova o Regulamento 
Técnico para a Produção, o Controle e o uso de Vacinas e Diluentes para uso na Avicultura. 
Diário Oficial da União, Brasília, 20 mar. 2006. Disponível em: 
<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualiz
ar&id=16730>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa 
Agropecuária. Instrução Normativa n. 6, de 02 de junho de 2003. Dispõe sobre a 
autorização para importação de material genético avícola, pelo Ministério da Agricultura, 
Pecuária e Abastecimento - MAPA, além das exigências de ordem sanitária estabelecidas 
no Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal, obedecerá às condições 
zootécnicas. Diário Oficial da União, Brasília, 04 jun. 2003. Disponível em: 
<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualiz
ar&id=3657>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa 
Agropecuária. Instrução Normativa Conjunta n. 2, de 21 de fevereiro de 2003. Aprova o 
Regulamento Técnico para Registro, Fiscalização e Controle Sanitário dos 
Estabelecimentos de Incubação, de Criação e Alojamento de Ratitas, complementares à 
Instrução Normativa Ministerial n. 04, de 30 de dezembro de 1998. Diário Oficial da União, 
Brasília, 24 fev. 2003. Disponível em: 
<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualiz
ar&id=3273>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa 
Agropecuária. Instrução Normativa n. 23, de 31 de agosto de 2005. Aprova as Definições e 
Normas Sobre as Especificações e as Garantias, as Tolerâncias, o Registro, a Embalagem 
e a Rotulagem dos Fertilizantes Orgânicos Simples, Mistos, Compostos, Organominerais e 
Biofertilizantes Destinados à Agricultura. Diário Oficial da União, Brasília, 08 set. 2005. 
Disponível em: 
<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualiz
ar&id=13025>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Apoio Rural e 
Cooperativismo. Instrução Normativa n. 15, de 22 de dezembro de 2004. Aprova as 
definições e normas sobre as especificações e as garantias, as tolerâncias, o registro, a 
embalagem e a rotulagem dos fertilizantes orgânicos simples, mistos, compostos, 
organominerais e biofertilizantes destinados à agricultura. Diário Oficial da União, Brasília, 
24 dez. 2004. Disponível em: 
<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualiz
ar&id=10517>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa 
Agropecuária. Coordenação de Fiscalização de Produtos Veterinários. Ato n. 3, de 19 de 
abril 2007. Licenciamento de Produto Veterinário. Diário Oficial da União, Brasília, 27 abr. 
2007. Disponível em: 
<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visuali
zar&id=17849>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa 
Agropecuária. Coordenação de Fiscalização de Produtos Veterinários. Ato n. 6 de 25 de 
 
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junho de 2007. Licenciamento de Produtos Veterinários. Diário Oficial da União, Brasília, 
05 jul. 2007. Disponível em: 
<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visuali
zar&id=17940>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa 
Agropecuária. Coordenação de Fiscalização de Produtos Veterinários. Ato n. 7, de 13 de 
julho de 2007. Licenciamento de Produto de Uso Veterinário. Diário Oficial da União, 
Brasília, 26 jul. 2007. Disponível em: 
<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visuali
zar&id=18015>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
BRASIL. Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa 
Agropecuária. Coordenação de Fiscalização de Produtos Veterinários. Ato n. 10, de 06 de 
dezembro de 2006. Licenciamento de Produto de Uso Veterinário. Diário Oficial da União, 
Brasília, 05 jan. 2007. Disponível em: 
<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visuali
zar&id=17559>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa 
Agropecuária. Coordenação de Fiscalização de Produtos Veterinários. Ato n. 13, de 19 de 
dezembro de 2006. Licenciamento de Produto de Uso Veterinário. Diário Oficial da União, 
Brasília, 09 jan. 2007. Disponível em: 
<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visuali
zar&id=17563>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Coordenação de Fiscalização 
de Produtos Veterinários. Ato n. 14 de 31 de janeiro de 2007. Torna públicos as decisões 
dos processos a seguir relacionados e outros atos, referente ao mês de dezembro de 2006. 
Diário Oficial da União, Brasília, 06 fev. 2007. Disponível em: 
<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visuali
zar&id=17675>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa 
Agropecuária. Coordenação de Fiscalização de Produtos Veterinários. Ato n. 3 de 23 de 
março de 2006. Em cumprimento ao disposto no Decreto n. 5.053, de 22 de abril de 2004, 
que aprovou o Regulamento de Fiscalização de Produtos de uso Veterinários e dos 
Estabelecimentos que os fabriquem e/ou comerciem, a Coordenação de Fiscalização de 
Produtos Veterinários do Departamento de Fiscalização de Insumos Pecuários, torna 
público as decisões dos processos a seguir relacionados e outros atos, referente ao mês de 
fevereiro de 2006. Diário Oficial da União, Brasília, 03 abr. 2006. Disponível em: 
<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visuali
zar&id=16752>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa 
Agropecuária. Departamento de Fiscalização de Insumos Pecuários. Coordenação de 
Fiscalização de Produtos Veterinários. Ato n. 12, de 26 de outubro de 2005. Dispõe sobre 
Licenciamento e Renovação de Licenciamento de Produtos de uso Veterinários. Diário 
Oficial da União, Brasília, 24 nov. 2005. Disponível em: 
<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualiz
ar&id=14595>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Gabinete do Ministro. Portaria n. 
186, de 13 de maio de 1997. Aprova o Regulamento Técnico, em anexo, elaborado pela 
Secretaria de Defesa Agropecuária, a ser observado na produção, no controle e no 
emprego de vacinas, antígenos e diluentes para a avicultura. Diário Oficial da União, 
Brasília, 15 maio 1997. Disponível em: 
<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualiz
ar&id=1167>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
 
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BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Gabinete do Ministro. Portaria 
n. 116, de 29 de fevereiro de 1996. A concessão de autorização pelo Ministério da 
Agricultura do Abastecimento e da Reforma Agrária para importação de aves e ovos férteis 
destinados aa reprodução, além das exigências de ordem sanitária estabelecidas no 
Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal deverá obedecer às condições 
zootécnicas previstas nesta Portaria. Diário Oficial da União, Brasília, 01 mar. 1996. 
Disponível em: 
<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualiz
ar&id=1112>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
BRASIL. Decreto n. 4.954 de 14 de janeiro de 2004. Aprovar o Regulamento da Lei no 
6.894, de 16 de dezembro de 1980, que dispõe sobre a inspeção e fiscalização da produção 
e do comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes destinados à 
agricultura, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 15 jan. 2004. 
Disponível em: 
<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegisconsulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualiz
ar&id=5473>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
As normas vigentes que prevêem as operações higiênico-sanitárias e de boas práticas de 
fabricação para estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos (como 
instalações classificadoras de ovos comerciais) incluem: Portaria n. 1 de 21 de fevereiro de 
1990 (ANVISA); Resolução RDC n. 275, de 21 de outubro de 2002 (ANVISA); Portaria n. 
368, de 04 de setembro de 1997 (MAPA). Disponível em: 
<http://www.avisite.com.br/legislacao/legislacao.asp?yy=5>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
Conclusões e recomendações 
 
A avicultura de postura é considerada um dos sistemas de produção que tem apresentado 
grandes avanços no Brasil, colocando-o entre os países que se destacam na atividade. 
Entre os responsáveis por tal crescimento está o desenvolvimento científico, que tem obtido 
bons resultados como o melhoramento genético e de vacinas. 
 
Os cuidados a serem tomados na criação de aves visam o consumidor final, sendo assim, o 
bem estar do animal deve ser levado em consideração para que o produto seja entregue ao 
mercado com boa qualidade. A maioria dos defeitos observados em ovos no mercado, tem 
origem em etapas anteriores, desde a composição das rações, passando pelas instalações 
até a distribuição. 
 
Cabe aos avicultores procurarem mais conhecimentos junto aos órgãos de assistência 
técnica e contribuírem para melhor qualidade e maior aceitação deste excelente alimento 
pela população. É necessário também, que os avicultores se conscientizem em conhecer 
mais sobre avicultura de forma a controlar despesas e ter lucro, tornando-se competitivos 
no mercado. 
 
Referências 
 
ABREU, P. G. Automação da avicultura. Disponível em: 
<http://www.cnpsa.embrapa.br/down.php?tipo=artigos&cod_artigo=168>. Acesso em: 03 
set. 2007. 
 
ABREU, P. G. Período frio exige manejo adequado. Sociedade Nacional de Agricultura, v. 
102, n. 630, set. 1999. Disponível em: <http://www.sna.agr.br/artigos/artitec-aves.htm>. 
Acesso em: 03 set. 2007. 
 
AGRODIAS. Bebedouro pendular. Disponível em: 
<http://www.agrodias.com/inicial.php?i=bebedouropendular>. Acesso em: 13 set. 2007. 
 
ALBANEZ, J. R. Avicultura de postura. Disponível em: 
<http://www.emater.mg.gov.br/doc%5Csite%5Cserevicoseprodutos%5Clivraria%5CAvicultur
a%5CAvicultura%20de%20Postura.pdf>. Acesso em: 03 set. 2007. 
 
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ARAÚJO, L. F. Debicagem em poedeiras comerciais. Disponível em: 
<http://www.vegetarianismo.com.br/artigos/debicagem.html>. Acesso em: 03 set. 2007. 
 
AVEWORLD. Mercado de postura comercial: situação atual e perspectivas. Disponível 
em: <http://www.aveworld.com.br/index.php?documento=1435>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
AVICULTURA INDUSTRIAL. Associação Paulista de Avicultura ampliará discussões 
sobre mercado de ovos. Disponível em: 
<http://www.aviculturaindustrial.com.br/site/dinamica.asp?id=25429&tipo_tabela=produtos&c
ategoria=avicultura_postura>. Acesso em: 14 set. 2007. 
 
AVIMAZON. Infra-estrutura física. Disponível em: 
<http://www.avimazon.ufam.edu.br/infra.htm>. Acesso em: 13 set. 2007. 
 
BUTOLO, J. E. Bebedouros - tipos - vantagens e desvantagens. Disponível em: 
<http://www.avisite.com.br/cet/trabalhos.asp?codigo=2>. Acesso em: 13 set. 2007. 
 
ERGOMIX. Bebedouros de Nipple. Disponível em: 
<http://www.engormix.com/bebedouros_nipple_s_products332-1048.htm>. Acesso em: 13

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