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PROBORDO Programa Nacional de Observadores de Bordo Ministério da Pesca e Aquicultura MÓDULO IV - AS CAPTURAS INCIDENTAIS NAS PESCARIAS COBERTAS PELO PROBORDO TARTARUGAS MARINHAS CURSO DE FORMAÇÃO DE OBSERVADORES DE BORDO DO PROBORDO 2010 Biologia Geral • Pulmonados • Pecilotérmicos • Ovíparos Limitação nas áreas de ocorrência Determinação de padrões comportamentais Espécies com ciclo de vida longo (~80 anos); Possuem maturação sexual tardia (25 a 30anos); Grandes migradoras; Cosmopolitas (exceto Lk e Nd). Determinação Sexual Somente em adultos Comprimento da cauda Unhas (machos mais fortes e curvadas) Peculiaridades Macho Fêmea Identificação das Espécies que ocorrem no Brasil (CC) (DC) (EI) (LO) (CM) Chelonia mydas (Linnaeus, 1758) Nomes vulgares: Tartaruga verde, Aruanã, Green Turtle, Tortuga blanca. Características Morfológicas: 4 placas laterais na carapaça; 2 escamas entre os olhos; 4 escamas pós-orbitais; Eretmochelys imbricata (Linnaeus, 1766) Nomes vulgares: Tartaruga-de-pente, Hawksbill, Tortuga Carey. Características Morfológicas: 4 placas laterais sobrepostas (imbricadas) na carapaça; 4 escamas entre os olhos; 3 escamas pós-orbitais; Bico Proeminente Lepidochelys olivacea (Escholtz, 1829) Nomes vulgares: Tartaruga oliva, Tartaruga comum, Xibirro, Olive Ridley turtle, Tortuga Lora, Tortuga golfina Características Morfológicas: 5-8 placas laterais justapostas na carapaça; 4 escamas entre os olhos; 3 escamas pós-orbitais; Caretta caretta (Linnaeus, 1758) Nomes vulgares: Tartaruga cabeçuda, Avó da Aruanã, Mestiça, Loggerhead, Tortuga Caguama Características Morfológicas: 5 placas laterais justapostas; 4 escamas entre os olhos; 3 escamas pós-orbitais; Cabeça grande e triangular; Coloração do dorso marrom escuro e do ventre amarelado/alaranjado Dermochelys coriacea (Vandelli, 1761) Nomes Vulgares: Tartaruga gigante, Tartaruga-de-couro, Leatherback Turtle, Tortuga Laud, Tortuga baula. Características Morfológicas: Carapaça sem escamas queratinizadas; 7 quilhas longitudinais na carapaça; Cabeça triangular; Coloração do dorso negro com manchas Claras (brancas ou rosas). 1 3 4 5 6 2 Histórico Projeto TAMAR • Início das atividades em 1980 através de um levantamento da Costa Brasileira; • Identificação das espécies que ocorrem no Litoral e Ilhas Oceânicas (Trindade, Fernando de Noronha e Atol das Rocas) • 5 das 7 espécies que existem no mundo • Uso dos animais para consumo e comércio • Ainda em 1980 criação das bases em áreas reprodutivas • Em 1991 criação das bases em áreas não reprodutivas • Início dos trabalhos com Captura Incidental de Tartarugas Marinhas pelas Artes de Pesca. • Atualmente: 23 bases • Co-gestão entre Fundação-Pró TAMAR e ICMBio Bases do Projeto TAMAR Criado em 2001 pelo Projeto TAMAR Objetivos: Monitoramento Pesquisa Medidas Mitigadoras Pesca Sustentável Fóruns de discussão Plano de Ação Nacional para Redução da Captura Incidental de Tartarugas Marinhas pela Atividade Pesqueira Interação Tartarugas Marinhas e Pesca Conceito de Pescaria “Atividade de pesca exercida em uma determinada área, utilizando um petrecho de pesca específico e que interaja com as tartarugas marinhas.” Critérios Merísticos Critérios Sócio-econômicos Caracterização do petrecho Aspectos organizacionais Caracterização da embarcação Pontos de desembarque Área de pesca Interfaces Institucionais Distribuição temporal Legislação incidente Espécies-alvo Esforço de pesca Unidade de esforço Pescadores envolvidos Fortalecimento de Parcerias para a Coleta de dados com Qualidade - MPA - PROBORDO - Programa de Observadores Científicos - ABORDO - Centros Especializados IBAMA para Recursos Pesqueiros (CEPNOR, CPENE, CEPSUL e CEPERG) - Setor pesqueiro nacional - Instituto Albatroz - NEMA - Universidades (FURG, UNIVALI, UFRPE) - Museus (MOVI, MO FURG) - NOAA - Universidade do Hawaii Rede de emalhe para lagosta: IN 138 de 6/12/2006 proíbe a pesca com rede caçoeira ficando permitida a captura apenas com armadilhas. Rede de emalhe para Peixes Curral de pesca Cerco flutuante Rede de arrasto de camarão: Portaria N°036, de 07/04/1994 torna obrigatório o uso do TED para embarcações maiores que 11m e também para aquelas que recolhem a rede de forma mecanizada. IN N° 31 de 12/12/2004 regulamenta o tipo de TED a ser utilizado (Atualmente em vigor). UTILIZAÇÃO DO TED Rede de arrasto de fundo para peixes PANORAMA GERAL DAS PESCARIAS OCEÂNICAS Rede de Emalhe (Fundo e Superfície) - PORTARIA Nº121/98 IBAMA, de 24 de agosto de 1998 ainda em vigor, porém seu artigo 1° está suspenso por 60 dias pela PORTARIA N° 25 de 19 de outubro de 2010, para parecer do GTT Emalhe sobre o ordenamento desta atividade. - INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº166, de 18 julho de 2007 foi suspensa pelo período de 150 dias pela PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 02, de 14 de Setembro de 2010, que institui o Grupo Técnico de Trabalho-GTT Emalhe, com a finalidade de debater, elaborar e propor medidas para a gestão da pesca de emalhar nas águas jurisdicionais brasileiras. Rede de Emalhe de Superfície (RED) Rede de Emalhe de Fundo (REC) Espinhel Pelágico Modelo Americano Norte/Nordeste (EAN) Espinhel Pelágico Modelo Americano Sul/Sudeste (EAS) Espinhel Pelágico Modelo Chinês (EPC) Espinhel Pelágico Modelo Itaipava (EPI) Medidas Mitigadoras TESTE COM O ANZOL CIRCULAR 18/0 10° OFFSET. - N° total de anzóis testados = 145.828 (72.914 J 9/0; 72.914 C 18/0 10° offset); - N° Cruzeiros = 26 (2004 – 2008) - N° Lances = 229 - Isca = Cavalinha (Scomber japonicus). Meka Capturas por tipo de anzol (+ 46%) (+ 51%) (+ 26%) (+ 7,4%) (+ 13,3%) (+ 29,6%) (- 16%) Atuns Tubarões * Sales et al., 2010 (%) SIGNIFICATIVO (%) NÃO SIGNIFICATIVO Capturas Totais de Tartarugas Marinhas (- 65%) (- 55%) ↓ Perda de Material ↓ Perda de Tempo ↑ Facilidade de Retirada ↓ Danos ao animal (%) SIGNIFICATIVO (%) NÃO SIGNIFICATIVO USO DE EQUIPAMENTOS PARA MANEJO DE TARTARUGAS QUE NÃO SÃO EMBARCADAS Manejo de Tartarugas Capturadas USO DE EQUIPAMENTOS PARA MANEJO DETARTARUGAS QUE NÃO SÃO EMBARCADAS USO DE EQUIPAMENTOS PARA MANEJO DETARTARUGAS QUE SÃO EMBARCADAS Mecanismo de contenção de tartaruga - PNEU Mecanismo de embarque de tartarugas – PUÇÁ Manejo de Tartarugas Capturadas Mecanismos e técnicas para abertura da boca Remoção do anzol 1) Quando RETIRAR o anzol da tartaruga 2) Quando DEIXAR o anzol da tartaruga 1 2 Equipamentos e técnicas para remoção do anzol Desenganchador de anzol curto Técnica da voltinha 3 Como usar o desenganchador de anzol curto Como usar o desenganchador de anzol tipo J Técnicas de reanimação de tartarugas afogadas Preenchimento das Planilhas Marcar duplamente a tartaruga Nunca reutilizar as marcas Nunca carregar as tartarugas pelas nadadeiras Utilizar luvas Verificar a presença de Fibropapilomas Marcas primeiro as tartarugas sem tumores As marcas devem ser colocadas na tartaruga com a numeração voltada para cima Enviar para a Coordenação Técnica do TAMAR todas as marcas que forem retiradas de tartarugas capturadas ou marcas inutilizadas Marcação e Biometria Marcas mal colocadas são facilmente perdidas As marcas colocadas, retiradas ou encontradas devem ser anotadas na planilha de campo sempre antes da soltura 1. Local de marcação padrão 2. Local alternativo (nad. Anteriores) 3. Local alternativo (nad. Posteriores) 4. Local de marcação padrão para D. coriacea. COMPRIMENTO CURVILÍNEO DA CARAPAÇA - CCC LARGURA CURVILÍNEA DA CARAPAÇA - LCC OBS: Caso haja presença de epibiontes e estes atrapalhem a medição, retirá-los de fazer a medição. Fibropapiloma Doença de origem infecciosa que provoca tumores (benignos) parecidos com verrugas. Foto Identificação Animais marcados SEMPRE deverão ser fotografados; Preenchimento da placa de foto com nome da embarcação, data da captura, espécie, nº da foto e nº das marcas colocadas/encontradas; Enquadramento da foto: vista dorsal+cabeça+placa; Para cada tartaruga tirar no mínimo 2 fotos mostrando a cabeça e a carapaça do animal. Foto Identificação Apostila do curso Planilhas de campo (Abiótica, Biológica, Produção) Chave de identificação Quadro negro Giz Prancheta Lápis, caneta, borracha, apontador 2 fitas métricas Máquina fotográfica Luvas cirúrgicas Alicate Marcas Desenganchador de anzol longo Desenganchador de anzol curto Cortador de linha Puçá Pneu Corda para abertura da boca Chek-list Capacitação dos observadores para a coleta de dados e manejo das tartarugas marinhas Coleta de dados das embarcações pesqueiras (OBSERVADOR CIENTÍFICO) (OBSERVADOR DE BORDO) As informações coletadas são validadas e inseridas em base de dados digital Divulgação dos resultados através de Publicações Científicas Contribuir com o governo brasileiro na recomendação de políticas de conservação e ordenamento pesqueiro Fluxo das Informações Obtidas Dúvidas e Contatos: TAMAR ITAJAÍ/SC Fernando N. Fiedler E-mail: fnfiedler@tamar.org.br Fone: (47) 3348-6058 (ramal 231) Fax: (47) 3348-6058 (ramal 200) TAMAR UBATUBA/SP Bruno Giffoni E-mail: bruno@tamar.org.br Fone: (12) 3833-5966/3832-6202 Fax: (12) 3832-6202 TAMAR VITÓRIA/ES Nilamon de Oliveira Leite Jr. E-mail: nilamon@tamar.org.br Fone: (27) 3222-1417/3222-4775 Fax: (27) 3323-6376
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