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Resíduos Sólidos • Segundo a norma da ABNT, NBR 10.004:2004, resíduos sólidos são aqueles que: “resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cuja particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções, técnica e economicamente, inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.” • RESOLUÇÃO CONAMA nº 313, de 29 de outubro de 2002 Resíduos Sólidos • Os resíduos sólidos apresentam uma vasta diversidade e complexidade, sendo que suas características físicas, químicas e biológicas variam de acordo com a fonte ou atividade geradora, podendo ser classificados de acordo com: Riscos Potenciais de Contaminação do Meio Ambiente –Classe I ou Perigosos –Classe II ou Não-Inertes –Classe III ou Inertes Natureza ou Origem • ◾Lixo Doméstico ou Residencial • ◾Lixo Comercial • ◾Lixo Público • ◾Lixo Domiciliar especial • ◾Entulho de obras • ◾Pilhas e baterias • ◾Lâmpadas fluorescentes • ◾Pneus Lixo de Fontes especiais ◾Lixo industrial ◾Lixo radioativo ◾Lixo de portos, aeroportos e terminais rodoviários ◾Lixo agrícola ◾Resíduos de serviços de saúde Gestão de Resíduos Sólidos As características de cada tipo de resíduo exigem um modelo de gestão adequado, que não tenha como objetivo apenas a coleta e o afastamento, mas o tratamento ideal para cada um, com a finalidade de evitar problemas de saúde pública e contaminação ambiental, impactos sociais e econômicos. Gestão de Resíduos Sólidos O gerenciamento de resíduos sólidos envolve um conjunto de ações normativas, técnicas/ operacionais, de planejamento e monitoramento, baseadas em critérios ambientais, sanitários e econômicos para destinar corretamente o lixo gerado. É também uma tomada de decisão política, além de técnica. Gestão de Resíduos Sólidos Como principais metas do gerenciamento, as quais aumentariam a eficiência do sistema, pode-se elencar duas principais: redução e aproveitamento dos resíduos. Processo de Incineração A incineração é um processo de oxidação controlada a altas temperaturas, onde o oxigênio se combina com os compostos presentes e os transforma em uma fase gasosa e uma fase sólida. Processo de Incineração • A incineração pode ter três objetivos básicos simultâneos Destruição de Orgânicos Perigosos Redução de Volume Geração de Energia • O processo de incineração é regido por três parâmetros principais Temperatura Tempo de Residência Turbulência • Esses três parâmetros irão determinar a eficiência de queima, de destruição dos componentes perigosos e limitar a geração dos produtos de queima incompleta e de reformação. Processo de Incineração Depois da queima, resta um material que pode ser encaminhado para aterros sanitários ou mesmo reciclado. É recomendada a reutilização racionalizada dos materiais queimados para a confecção de borracha, cerâmica e artesanato. Processo de Incineração Com a incineração é possível uma redução do volume inicial de resíduos até cerca de 90% através da combustão, as temperaturas que se elevam a mais de 900°C. Processo de Incineração Deste processo resultam como produtos finais a energia térmica (que é transformada em energia eléctrica ou vapor), águas residuais, gases, cinzas e escórias. Os gases resultantes da incineração têm de sofrer um tratamento posterior, uma vez que são compostos por substâncias consideradas tóxicas (chumbo, cádmio, mercúrio, crómio, arsénio, cobalto e outros metais pesados, ácido clorídrico, óxidos de azoto e dióxido de enxofre, dioxinas e furanos, clorobenzenos, clorofenóis). Processo de Incineração Como parte do processo, fazem-se necessários equipamentos de limpeza de gases, tais como precipitadores ciclônicos de partículas, precipitadores eletrostáticos e lavadores de gases. Coincineração A coincineração é o processo de tratamento de resíduos que consiste na sua queima em fornos industriais, conjuntamente com os combustíveis tradicionais. Os resíduos são assim valorizados energeticamente, pois substituem parte do combustível usado no forno. Geralmente os fornos trabalhados para este tipo de processo são: indústrias vidreira, siderúrgica e cimenteira. Coincineração em cimenteiras Os fornos de cimento são os mais utilizados por permitirem atingir temperaturas muito elevadas de 2000°C na chama do queimador principal e cerca de 1450°C no clínquer. Coincineração em cimenteiras Quando os resíduos contêm substâncias ambientalmente perigosas, tais como compostos aromáticos ou metais, a coincineração em fornos de cimento pode permitir evitar a contaminação do ambiente de forma segura. As temperaturas muito elevadas e o longo tempo de permanência no forno - 5 a 7 segundos nos grandes fornos de cimento - vão provocar a destruição dessas moléculas, originado compostos inócuos, como o anidrido carbônico. Coincineração em cimenteiras Os aniões enxofre, cloro e flúor combinam- se com o cálcio da pedra formando compostos estáveis, evitando assim as emissões dos respectivos ácidos. Coincineração em cimenteiras Alguns fornos, mesmo trabalhando apenas com combustíveis normais, podiam permitir a formação de dioxinas. Estes compostos ocorriam em fornos onde o despoeiramento dos gases se fazia a temperaturas bastante altas. Estrutura molecular da TCDD, a mais tóxica das dioxinas. 2,3,7,8-tetraclorodibenzo-p-dioxina Coincineração em cimenteiras Atualmente a coincineração dos resíduos mais perigosos é feita por injeção na zona de queima, o que permite uma destruição com uma eficiência tipicamente superior as tradicionais. O arrefecimento dos gases antes da sua chegada aos filtros permite atingir níveis mais baixos de emissão de dioxinas, independentemente do tipo de combustível usado. A coincineração feita no respeito das boas práticas industriais é atualmente um processo seguro de valorização econômica
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