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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ SULLIVAN ALEXANDRE OLIVEIRA 201608038254 PROFESSOR VINICIO FERREIRA FISICA 2 LABORATÓRIO Relatório único AV1 Princípios da Hidrostática e Calorimetria BRASÍLIA 2017 INTRODUÇÃO Hidrostática é o seguimento da Física que estuda a força exercida por e sobre líquidos em repouso. Este nome faz referência ao primeiro fluido estudado, a água, assim por razões históricas se mantém este nome. Fluido é uma substância que pode escoar facilmente, não tem forma própria e tem a capacidade de mudar de forma ao ser submetido à ação e pequenas forças. A palavra fluído pode designar tanto líquidos quanto gases. Ao estudar hidrostática é de suma importância falar de densidade, pressão, Princípio de Pascal, empuxo e o Princípio Fundamental da Hidrostática PRESSÃO Pressão é uma grandeza importantíssima que utilizaremos com bastante frequência ao decorrer do curso de engenharia, é quantificada através da razão (divisão) entre uma determinada força (F) a um ponto qualquer de uma superfície ou área (A), em N/m2. Pode ser medida por vários equipamentos tais como o manômetro, o barômetro, vacuômetro e o piezômetro. Sua representação é dada pela equação 𝑃 = 𝐹 𝐴 EX: Uma força de intensidade 30N é aplicada perpendicularmente à superfície de um bloco de área 0,3m², qual a pressão exercida por esta força? P = 30 0,3 P = 100 N/m2 Pressão atmosférica pressão atmosférica é o peso que a massa de ar aplica sobre a terra, tem relação direta com a força da gravidade, sua unidade usual é dada em Pascoal, ao nível do mar corresponde a 105 Pa. Pressão barométrica é o mesmo que pressão atmosférica. Pressão absoluta significa qualquer pressão real sobre um determinado ponto. O conceito relaciona-se à pressão atmosférica e a pressão manométrica. É calculado em uma determinada área da soma da pressão atmosférica com a pressão manométrica. Pabs = Patm+ Pefe Pabs =Patm + d.g.h é dada em N/m2. A pressão manométrica é a diferença de pressão entre o sistema considerado e a pressão de referência. Usualmente a pressão de referência é a pressão atmosférica normal, isso é, 1 atm ou 105 Pa. Pressão hidrostática Informe quais as unidades usuais empregadas para informar o valor da pressão. Pressão hidrostática é exercida por um fluido ou gás em um corpo qualquer, para obter o valor desta grandeza, temos que um liquido em um recipiente qualquer, uma piscina, uma caixa d’água, etc, considerando a aceleração da gravidade ɡ. Veja a demonstração a seguir: como: a massa do líquido é: mas , logo: APLICAÇÃO DA PRESSÃO Em seguida exemplifique a aplicação do conceito anterior na prática fazendo a avaliação da força em Newtons que veda a tampa da embalagem do extrato de tomate da figura ao lado sabendo que o diâmetro é de 7,5 cm. Explique a função do inserto de plástico na cor vermelho no centro da tampa. 𝐴 = 𝜋𝑟2 → 𝐴 = 3,14𝑥0,03752 → 𝐴 = 4,41786X10-3 m2 P = F/A F = P.A F = 105𝑥4,417864X10-3 F = 4,42x102 N/m2 O inserto de plástico server para vedar a entrada de ar, gerando vácuo no interior, em outras palavras, a pressão interna fica menor que a externa, que é a pressão atmosférica, assim, o copo fica vedado, tirando o inserto o ar entra e iguala a pressão e a tampa abre com facilidade. EMPUXO O empuxo exercido por um líquido sobre um objeto decorre do volume deslocado desse líquido quando se mergulha o objeto no recipiente com esse líquido. Apresente a explicação dedutiva da expressão que representa essa força de empuxo, nominando as variáveis dessa equação do empuxo. Descreva como foi o nosso experimento de empuxo vivenciado em laboratório. onde: =Empuxo (N) =Densidade do fluido (kg/m³) =Volume do fluido deslocado (m³) g=Aceleração da gravidade (m/s²) Exemplo: Em um recipiente há um líquido de densidade 2,56g/cm³. Dentro do líquido encontra-se um corpo de volume 1000cm³, que está totalmente imerso. Qual o empuxo sofrido por este corpo? Dado g=10m/s² PESO APARENTE Conhecendo o princípio de Arquimedes podemos estabelecer o conceito de peso aparente, que é o responsável, no exemplo dado da piscina, por nos sentirmos mais leves ao submergir. Peso aparente é o peso efetivo, ou seja, aquele que realmente sentimos. TEOREMA DE STEVIN É chamado de Teorema de Stevin ou Lei de Stevin em homenagem a Simon Stevin (1548-1620). Na equação, pA é a pressão exercida pelo ar atmosférico no local. Em seu teorema, Stevin diz que: - Quando dois pontos de uma mesma porção de um mesmo líquido em equilíbrio estão no mesmo nível, significa que estão submetidos à mesma pressão. - A diferença de pressão entre dois pontos de um líquido homogêneo em equilíbrio é dada pela pressão exercida pela coluna de líquido entre eles. Para simplificar a equação, podemos dividi-la pela área da superfície do cilindro, assim temos: pB= pA+ μ . h . g Esse resultado, que fornece a diferença de pressão entre dois níveis no interior de um líquido, em presença de gravidade, isto é: pB- pA= μ . h . g O sistema de freios dos carros, é um exemplo da Lei de Stevin, basicamente relacionada ao princípio dos vasos comunicantes, onde exercemos uma pequena força no pedal do freio, essa força é distribuída nas rodas do carro através dos condutores, parando o mesmo. Resolva a seguinte questão justificando o princípio que fundamenta a solução: De quanto deve ser o diâmetro do êmbolo da área S2 para que a força F2 seja igual a 25 F1. O diâmetro correspondente a área S1 é d = 18 cm. Apresente a memória de cálculo. Resposta do diâmetro em cm. Resolução: Dados do problema: *D1 = 18cm *d2 = ? *F1 = 1 *F2 = 25F1 F1/A1 = F2/A2 Substituindo temos, 𝐹1 3,14(18)2 = 𝐹25 3,14(𝑑)2 cortando os termos iguais temos, d2 = 8100, tirando a raiz quadrada de 8100, logo o diâmetro do embolo da área S2 é 90cm. DENSIDADE E MASSA ESPECÍFICA Outros conceitos de importância tratados em sala como a densidade e a massa específica possibilitaram fazer a avaliação, por exemplo, da força peso vertical da massa de ar na sua sala de aula. As dimensões aproximadas informadas foram 11 m de comprimento, 10 metros de largura e 3 metros de altura. Avalie essa força e faça comparativos com outros valores de forças de cargas (massas) conhecidas. Agora vamos calcular, com base nos dados acima, a força peso da massa de ar que ocupa o volume da sala. Dado peso específico do 02 = 1,205 kg/m3. Volume sala (Vs) = 11x10x3 = 330m3 𝜌 = 𝑚 𝑣 , isolando a massa temos m = vxρ → m = 330x1,205 → mO2 = 397,65Kg aproximadamente. Para esse experimento, usando o termohidromêtro, medimos a umidade relativa do ar em 40%, temperatura parcial de 24,80 C. Tal massa de ar pode sofrer alterações caso a temperatura ambiente e a umidade do ar apresentem variações. PAR DE MAGDEBURG Em laboratório fizemos a avaliação da força resultante da atuação da pressão atmosférica sobre o par de Magdeburg, figura ao lado. Calcule essa força em Newtons com a respectiva memória de cálculo. Dados: D = 11cm ou 0,11m Pressão 1,025x105 Pa A = π(0,11)2÷4 → A = 9,50X10-3m2 𝐹 = 𝑃. 𝐴 → 𝐹 = 1,025x105. 9,5x10-3 = 9,74x102N MANÔMETRO TUBO ABERTO No experimento realizado foi utilizado o manômetro de tubo aberto, que funciona de acordo com um tubode vidro em forma de U com uma porção liquida em seu interior. O prolongamento de um dos seus ramos se encontra no interior do recipiente cuja pressão desejada se pretende medir enquanto a outra fica livre e em contato com a camada atmosférica. No equilíbrio, o valor da pressão manométrica que atua na superfície do liquido manométrico, é dada pela seguinte relação: Pm = µgΔh = P1 Esse conceito se relaciona também com o Teorema de Stevin, ou o princípio fundamental da hidrostática, a partir do momento em que há uma variação de pressão entre dois pontos. ΔP = µgΔh "A diferença entre as pressões de dois pontos d e um fluido em equilíbrio é igual ao produto entre a densidade do fluido, a aceleração da gravidade e a diferença entre as profundidades dos pontos." H(mm) ΔH (mm) P(N/m2) 210 - 220 (8,54) 14 137,2 210 – 190 (17,08) 31 303,8 210 – 180 (25,63) 47 460,6 210 – 170 (34,17) 56 548,8 210 – 160 (42,71) 64 627,7 CALORIMETRIA Descreva como foi o experimento para confirmar que o calor específico da água é igual a 1. Apresente a memória de cálculo que foi necessária para encontrar a potência e a energia elétrica para fins de comparação como calor recebido (energia) pelo volume de água equivalente no interior do calorímetro. No experimento de calorimetria para saber o calor especifico da água usamos um calorímetro com 100ml de água dentro do mesmo, e foi necessário energiza-lo. Na parte interna foi previamente instalado um resistor com as seguintes características 5,6Ω, uma fonte que dá uma energia de 11,45V(ddp) com corrente de 2,05Α. Precisará elevar a temperatura inicial de 24,5℃ para 44,5℃ em um determinado tempo, que foi de 404,75 segundos. Memória de Cálculo: Ti = 25,40C Tf = 45,40C ΔT = 6min ou 404,75 s R = 5,6Ω P = V.i → P = 11,45X2,05 → P = 23,47W Q = p.T → Q = 23,47X404,75 → Q = 9499,48 Jaules Q2 = Qc + QH20 → Q2 = (100,80 + 20).(45,4 – 25,4).CH2O → Q2 = 2.416 CH2O 14 31 47 56 64 137,2 303,8 460,6 548,8 627,7 0 200 400 600 800 1 2 3 4 5 P(N/m²) Δh P(N/m²) QH2O = Q elétrico → 2,416CH2O = 9499,48 Jaules → CH2O = 3,93J Logo temos que 1 caloria é igual a 4,186J, calculando a margem de erro, temos os seguintes dados: (4,186 – 3,93) ÷ 4,186 = 0,06% de margem de erro, pequeno por sinal. DETERMINAR CALOR EXPECÍFICO DO ÓLEO COMESTÍVEL Usando óleo de cozinha, esse mesmo que encontramos em nossas casas, vamos determinar o calor especifico, ou seja, o calor necessário para que 1g de óleo eleve sua temperatura em 1oC. Utilizaremos para este experimento, 2 béqueres, 2 multímetros como termopares, 2 candeeiros, balança analítica, isqueiro e um termômetro digital. Utilizando duas lamparinas com chamas aproximadamente de mesma altura, colocamos os 2 béqueres sobre as chamas, um com óleo de massa igual a 100,06g e o outro com água de massa 100,38g, os multímetros serão usados como termopares para medir a temperatura dos dois béqueres, a temperatura inicial foi registrada em 25,2oC, devido ao calor especifico do óleo ser menor que o da água, isso quer dizer que o óleo esquenta mais rápido, então, quando o óleo atingir a temperatura de 120oC, anotaremos o tempo decorrido e a temperatura da água nesse instante. Anotações e memória de cálculo: MH2O = 100,38g MÓLEO = 100,06g T0 = 25,20C TFH2O = 70,10C TFÓLEO = 1200C QH2O = QÓLEO, assim temos: 1x100,38(70,1 – 25,2) = CÓLEO.100,06(120 – 25,2) 4,507 = 9,485CÓLEO → CÓLEO = 4,507÷9,485 → CÓLEO = 0,475 cal/g °C A título de curiosidade, podemos dizer que o QH2O é igual ao QÓLEO, matematicamente podemos expressar da seguinte forma: QÓLEO = QH2O → 1x100,38(70,1 – 25,2) = 0,475x100,06(120 – 25,2) QH2O4,507.062 = QÓLEO4,505.701 Logo a margem de erro é de 0,000301%, tal margem é bem pequena. CONCLUSÃO Ao final do experimento, concluímos que a pressão que atua nos sistemas é a pressão atmosférica, e quando temos um ambiente fechado quem atua é a pressão manométrica. Utilizando os conhecimentos adquiridos, relacionamos no dia a dia os conceitos estudados aqui, como o teorema de Stiven, Pascoal e Arquimedes, tais conceitos como a prensa hidráulica, vasos comunicantes, pressão atmosféricas e suas variáveis tais como, pressão efetiva, absoluta, simples de verificar, como no exemplo de uma piscina, quando boiamos, sofremos empuxo e também pressão atmosférica. Os conhecimentos de calor especifico e capacidade térmica estudados em sala de aula foram assimilados na pratica nesse experimento a partir da variação de temperatura do conjunto, elementos diferentes podem ceder calor ou adquirir. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • HALLYDAY, D.; RESN ICK, R.; WA LKER J. Fundamentos da Física, Vol. 2: gravitação, ondas e termodinâmica. 8° Edição. Rio de Janeiro, LTC, 2011. •http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/EstaticaeHidrostatica/teoremad estevin.php >