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Genka Kikaku Target Costing Custeio Alvo Prof. Dr. Ivan Carlin Passos Sumário Introdução O que é? (Conceito e Definições) Como é aplicado? (Processo, Técnicas e Fatores que influenciam a aplicabilidade.) Por que usar? Para que serve? (Exemplo - Artigo) Definição de Custeio e Custo Alvo Proposta; Bibliografia. 2/37 2 Introdução Histórica Internacionalização dos mercados; Intensa substituição tecnológica; Redução de barreiras comerciais; Aumento da concorrência; 3/37 Evolução Histórica (Bertucci, 2008) 1963 - Modelos iniciais – Toyota; 1978 - Ambiente acadêmico japonês (FEIL et al, 2004); Década de 80 – Limitada atenção da literatura acadêmica ocidental – traduções de artigos japoneses ou artigos escritos em inglês por japoneses; Década de 90 – Objeto de intenso interesse pelo Ocidente, tanto por pesquisas quanto por modelos empresariais; Primeira metade da década de 90 – os artigos estão fortemente direcionados à mecânica de operação do modelo, a partir de estudos de casos, exemplos, etc. (COOPER, SLAGMULDER, 1997; ANSARI et al, 1997); A partir de meados da década de 90 - textos mais estruturados elaborados por acadêmicos ocidentais, estudos direcionados a entender como o modelo era aplicado nas empresas japonesas(COOPER, SLAGMULDER, 1997; ANSARI et al, 1997); 4/37 4 O que é? Custo Alvo = Custeio Alvo? Resposta: Camacho (2004, p.18): “Fundamenta-se a questão recorrendo-se à diferença entre o custeio direto e custo direto. O custeio direto é o método de custeamento, enquanto que o custo direto é um dos componentes do custeio direto. Custeio Alvo é o processo e custo alvo é um dos componentes o objetivo principal do Custeio Alvo (os outros são o preço de venda e a margem de lucro que são determinados pelo mercado e pela direção da empresa respectivamente)” 5/37 O que é? Definições Monden (1995, p.11): “ Target Costing incorporates companywide profit management during the product development stage. Specifically, such companywide efforts include: Planning products that have customer pleasing quality; Determining target costs (including target investments costs) for new product to produce the target profit required over the medium to long term given the current market conditions; and Devising ways to make the product design achieve target costs while also satisfying customer needs for quality and prompt delivery.” 6/37 O que é? Definições Ansari et al. (1997b, p.11) apud Camacho (2004, p.13): “The target costing process is a system of profit planning and cost management that is price led, customer focused, design centered, and cross functional. Target costing initiates cost management at the earliest stages of product development and applies it throughout the product life cycle by actively involving the entire value chain.” 7/37 O que é? Definições Camacho (2004, p.17): “Custeio Alvo é um processo de gerenciamento de custos por meio do qual se busca o alcance do custo alvo. Dessa definição, depreende-se o seguinte corolário: este processo requer o envolvimento de pessoas de várias áreas da empresa; o processo é centrado sempre no projeto, tanto de novos quanto daqueles que já estão em produção e precisam ser reprojetados; deve ser focado nas necessidades dos consumidores; deve contemplar os custos relevantes de uso e propriedade do consumidor; deve contemplar um segmento relevante da cadeia de valor.” 8/37 O que é? Definições Sakurai (1997, p. 52): “O custeio alvo é um processo estratégico de gerenciamento de custos para reduzir os custos totais, nos estágios de planejamento e de desenho do produto. Atinge-se esse alvo concentrando os esforços integrados de todos os departamentos da empresa, tais como marketing, engenharia, produção e contabilidade. Esse processo de redução de custos é aplicado nos estágios iniciais da produção.” 9/37 O que é? Definições Hansen (2002, p. 14): “... é um processo de planejamento de resultados, com base no gerenciamento de custos e preços, que se fundamenta em preços de venda estabelecidos pelo mercado e nas margens objetivadas pela empresa. Nesse processo, os custos são definidos na fase de projeto de novos produtos (ou de Produtos reprojetados), visando à satisfação dos clientes e otimizando o custo de propriedade do consumidor, abrangendo toda a estrutura organizacional da empresa e todo o ciclo de vida do produto, envolvendo um segmento relevante da cadeia de valor. ” 10/37 O que é? Definições Bertucci (2008, p. 23): “... o Custeio Alvo é um processo que envolve as seguintes características: O ambiente de mercado em que a empresa opera é competitivo, com o preço sendo definido externamente à empresa; O Custeio Alvo não é uma técnica de redução de custos, mas um sistema abrangente para se alcançar o lucro desejado no qual os custos são efetivamente gerenciados e as expectativas dos clientes, atingidas; O preço de mercado direciona os custos e investimentos aceitáveis; o custo não deve ser baseado em estimativas correntes ou cost plus, mas pelo valor suficiente para completar o projeto e atingir a satisfação do cliente; Há a necessidade de se iniciar mais cedo as tarefas de gestão de custo, ainda nos estágios de projeto e desenvolvimento do produto; A estrutura organizacional necessária para o Custeio Alvo demanda o envolvimento de equipes multifuncionais, incluindo departamentos de Design, Engenharia de Desenvolvimento, Engenharia de Processo, Marketing, Gestão de Suprimentos e Controladoria. Deve-se também garantir o envolvimento de entidades externas, como clientes e fornecedores.” 11/37 O que é? Definição de Custo Alvo Prof. Welington Rocha (1999, p.126): “Custo Alvo é o montante de custos que deve ser eliminado, ou aumentado, para que o custo estimado de um produto, ou serviço, se ajuste ao permitido, tendo em vista o custo de uso e de propriedade para o consumidor, o preço alvo e as margens objetivadas para cada elo da cadeia.” Prof. Eliseu Martins (2001, p.240): “... o custo máximo admissível de um produto ou serviço para que, dado o preço de venda que o mercado oferece, consiga-se o mínimo de rentabilidade que se quer.” 12/37 O que é? Definição de Custo Alvo 13/37 Camacho (2004, p. 20) O que é? Definição de Custo Alvo 14/37 Camacho (2004, p. 20) Como é aplicado? Definição de Custo Alvo 15/37 Bertucci (2008, p. 34) adaptado de Cooper; Slagmulder, 1997, p. 112 16 CUSTO ALVO PARCELA ALCANÇADA PARCELA NÃO ALCANÇADA Mercado e objetivos de lucro de L.P. Capacidade de designers, fornecedores CUSTO ESTIMADO INICIAL CUSTO MÁXIMO ADMISSÍVEL CUSTO ESTIMADO INTERMEDIÁRIO COMO É APLICADO? FASES PARA ESTABELECER O CUSTO ALVO 17/37 ONO (2003, p. 57) adaptado de ANSARI, 1997. Como é aplicado? Processo do Custeio Alvo 18/37 BERTUCCI (2008, p. 20) adaptado de Cooper; Slagmulder, 1997, p. 74 19 Retorno Financeiro de LP Condições de Mercado Preço Alvo Margem Objetivada Custo Máximo Admissível Custo Alvo Custo Estimado Custo Alvo: Função Custo Alvo: Componente Forne-cedor CUSTOS DIRIGIDOS PELO MERCADO DEFINIÇÃO DO CUSTO ALVO DETALHAMENTO DO CUSTO ALVO Como é aplicado? Custo x Funcionalidade 20/37 Major function 2 Major function 1 Major Function 2 Major function 1 Keep functionality constant Decrease costs Increase functionality Increase costs COOPER & SLAGMULDER (1997, p. 146). Current Cost Target Cost 21/37 FUNÇÃO 2 FUNÇÃO 1 FUNÇÃO 2 FUNÇÃO 1 MANTÉM FUNCIONALIDADE CONSTANTE DIMINUI CUSTOS AUMENTA FUNCIONALIDADE AUMENTA CUSTOS COOPER & SLAGMULDER (1997, p. 146). CUSTO ESTIMADO CUSTO MÁXIMO ADMISSÍVEL Processo do Custeio Alvo Técnicas e Ferramentas (Bertucci, 2008) Engenharia do Valor (EV): aplicação sistemática e consciente de um conjunto de técnicas que identificam funções necessárias, estabelecem valores para as mesmas e desenvolvem alternativas para desempenhá-las ao mínimo custo. (HELLER, apud CSILAG, pág. 58). Design for Manufacture and Assembly (DFMA);reduz os custos por torná-los mais simples em sua montagem ou produção, mantendo, no entanto, a funcionalidade dentro dos níveis desejados; o DFMA guia o desenvolvimento de um produto, de forma que cada estágio da fabricação e montagem se processe ao menor custo possível e que as perdas sejam eliminadas (IMA, 1998). 22/37 Engenharia do Valor (EV): é uma “aplicação sistemática e consciente de um conjunto de técnicas que identificam funções necessárias, estabelecem valores para as mesmas e desenvolvem alternativas para desempenhá-las ao mínimo custo”. (HELLER, apud CSILAG, pág. 58). Design for Manufacture and Assembly (DFMA): reduz os custos por torná-los mais simples em sua montagem ou produção, mantendo, no entanto, a funcionalidade dentro dos níveis desejados; o DFMA guia o desenvolvimento de um produto, de forma que cada estágio da fabricação e montagem se processe ao menor custo possível e que as perdas sejam eliminadas (IMA, 1998). Quality Function Development (QFD): abordagem estruturada utilizada no processo de desenvolvimentos de produtos que separa os pontos de vista dos departamentos de desenvolvimento, da companhia e do cliente, de forma a assegurar que os requisitos do cliente não sejam comprometidos durante o processo de design; Benchmarking: processo sistemático e contínuo de avaliação de produtos, serviços e processos de organizações que são reconhecidas como representantes das melhores práticas, com a finalidade de replicar tais melhorias nos próprios produtos, serviços e processos. Tabelas de Custo: são na essência banco de dados que determinam os impactos no custo do produto ao se utilizar diferentes materiais, métodos e designs; as tabelas de custo dependem largamente de dados históricos para componentes, materiais e custos de conversão (IMA, 1998). 22 Processo do Custeio Alvo Técnicas e Ferramentas (Bertucci, 2008) Quality Function Development (QFD): abordagem estruturada utilizada no processo de desenvolvimento de produtos que separa os pontos de vista dos departamentos de desenvolvimento, da companhia e do cliente, de forma a assegurar que os requisitos do cliente não sejam comprometidos durante o processo de design; Tabelas de Custo:são na essência banco de dados que determinam os impactos no custo do produto ao se utilizar diferentes materiais, métodos e designs; as tabelas de custo dependem largamente de dados históricos para componentes, materiais e custos de conversão (IMA, 1998). Benchmarking. 23/37 23 Como é aplicado? Estrutura de Mercado 24 BERTUCCI (2008, p. 40) COMO É APLICADO? PRINCIPAIS FATORES 25/37 Cooper & Slagmulder, 1997, p. 184 Como é aplicado? Principais Fatores 26/37 BERTUCCI (2008, p. 43) adaptado de Cooper; Slagmulder, 1997, p. 184 Como é aplicado? Principais Fatores 27/37 BERTUCCI (2008, p. 43) adaptado de Cooper; Slagmulder, 1997, p. 184 Como é aplicado? Principais Fatores 28/37 BERTUCCI (2008, p. 43) adaptado de Cooper; Slagmulder, 1997, p. 184 Por que usar? Para que serve? Estudo de Caso Custeio Alvo em Serviços Hospitalares: Um Estudo sob o Enfoque da Gestão Estratégica de Custos. R. Cont. Fin. USP, São Paulo, v.19, n. 47, p. 19 – 30, mai/agosto 2008. Autores: Prof. Ms. Reinaldo Rodrigues Camacho Prof. Dr. Welington Rocha. Estudo de Caso O Custeio Alvo pode ser aplicado, com sucesso, a entidades hospitalares. 29/37 Por que usar? Para que serve? Estudo de Caso Características do Mercado Os planos de saúde, constituindo-se em monopsônios ou em oligopsônios regionais, detêm forte poder de negociação perante os hospitais; Ray (2001, p.42) afirma que qualquer produto ou serviço hospitalar tem entre 20% e 30% de custos desnecessários, os quais poderiam ser eliminados sem afetar seus atributos; Hospital da cidade de Maringá – PR; Produto: Parto com cesariana via planos de saúde, com internação em apartamentos Standard; 30/37 Por que usar? Para que serve? Estudo de Caso Cálculo do Custo Máximo Admissível por Pacote 31/37 Por que usar? Para que serve? Estudo de Caso Cálculo do Custo Estimado do Pacote 32/37 Por que usar? Para que serve? Estudo de Caso Comparação do Custo Máximo Admissível com o Custo Estimado 33/37 Por que usar? Para que serve? EV – Engenharia do Valor para eliminar o custo alvo – 50 mulheres entrevistadas Grau de Importância aos atributos da Cesariana 34 GRAU DE IMPORTÂNCIA RELATIVA DOS RECURSOS 35 CUSTO RELATIVO (CR) E ÍNDICE DE VALOR (IV) 36 Por que usar? Para que serve? Estudo de Caso Decisões tomadas e reduções de custos obtidas 37/37 Definição de Custeio e Custo Alvo Proposta Custeio Alvo é um processo de gerenciamento do Custo Alvo de um produto que busca equilibrar os atributos considerados importantes pelo consumidor e a margem objetivada pela entidade. Custo Alvo é a diferença entre o Custo Estimado e o Custo Máximo Admissível para garantir a Margem Objetivada pela Entidade. 38/37 Bibliografia BERTUCCI, Carlos Eduardo. Custeio Alvo na Indústria Brasileira de Autopeças. 2008. 203 p. Dissertação (Mestrado em Controladoria e Contabilidade) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São Paulo. CAMACHO, Reinaldo Rodrigues. Custeio alvo em serviços hospitalares. Um estudo sob o enfoque da gestão estratégica de custos. 2004. 166p. Dissertação (Mestrado em Controladoria e Contabilidade) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São Paulo. CAMACHO, Reinaldo Rodrigues; ROCHA, Welington. Custeio Alvo em Serviços Hospitalares: Um Estudo sob o Enfoque da Gestão Estratégica de Custos. R. Cont. Fin. USP, São Paulo, v.19, n. 47, p. 19 – 30, mai/agosto 2008. COOPER, Robin & SLAGMULDER, Regine. Target Costing and Value Engineering. Proctivity Press, 1997.Portland, Oregon. HANSEN, J.E. Aplicação do custeio alvo em cursos de pós-graduação lato sensu. Um estudo sob o enfoque da gestão estratégica de custos. 2002. 211p. Dissertação (Mestrado em Controladoria e Contabilidade) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São Paulo. 39/37 Bibliografia MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. Ed. Atlas, 2001. São Paulo – SP. MONDEN, Yasuhiro. Cost Reduction Systems: Target Costing and Kaizen Costing. Productivity Press, 1995. Portland, Oregon. ONO, Koki. Utilização do “Target Costing”: um estudo exploratório em municípios de Santa Catarina. 2003, 164 p. Dissertação (Mestrado em Controladoria e Contabilidade) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São Paulo. ROCHA. W. Contribuição ao estudo de um modelo conceitual de sistema de informação de gestão estratégica. 1999. 148p. Tese (Doutorado em Controladoria e Contabilidade) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São Paulo. ROCHA, W & MARTINS, E. A. “Custeio-alvo (Target Costing)”. Anais do V Congresso Brasileiro de Gestão Estratégica de Custos. Fortaleza – CE, set/1998. SAKURAI, M. “Integrated Cost Management”. Portland, OR: Productivity Press, Inc., 1996 – “Gerenciamento Integrado de Custos”. São Paulo: Atlas, 1997. 40/37
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