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IDADE MÉDIA: A PATRÍSTICA, A ESCOLÁSTICA E O NOMINALISMO
Idade Média
Abordaremos um período da História do Ocidente. Que se iniciou com o fim do Império Romano e terminou com o fim do Império Bizantino. Assim compreenderemos a Idade Média.
A Idade Média aborda três sociedades:
A sociedade ocidental, denominada como Cristandade Latina;
A sociedade cristã ortodoxa do Oriente, denominada Império Bizantino;
E as sociedades muçulmanas, no chamado Império Árabe.
Estas três civilizações surgiram às margens do Mar Mediterrâneo.
A Divisão da Idade Média
Alta Idade Média (Séculos V-X);
Idade Média Central (Séculos XI-XIII);
Baixa Idade Média (Séculos XIV-XV);
Alta Idade Média (Séculos V-X):
Período também denominado Antiguidade Tardia, no qual o processo de formação da sociedade medieval ainda se fazia em contato com a desagregação das instituições romanas.
Idade Média Central (Séculos XI-XIII):
 Período e auge de um sistema social denominado feudalismo.
Baixa Idade Média (Séculos XIV-XV): 
Período de desagregação do mundo feudal com o surgimento de novas instituições, como os Estados Nacionais e expansão territorial da cristandade latina, que irá culminar com a descoberta da América, em 1492. Período do fim do Império Bizantino, com a conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos, em 1453.
Alguns historiadores como o alemão Cellarus, consideram a Idade Média como a Idade das Trevas, ou Noite de Mil Anos, na qual os ideais científicos e o conhecimento dos seres humanos sobre o seu próprio corpo e sobre a natureza como um todo eram obscurecidos pela fé católico-romana.
O MUNDO BIZANTINO
Império Bizantino pode ser encarado como uma típica teocracia um governo no qual o chefe político é considerado o representante de Deus na face da Terra, durando perto de mil anos e foi remodelada pelo imperador Constantino, renomeada Constantinopla e rebatizando a cidade como Istambul atualmente.
Compreendendo a formação de Constantinopla
Roma foi um império no qual a cultura grega permaneceu, vindo ainda como resquícios do império de Alexandre, “O Grande”, muitas regiões do Império Romano tinham o grego como principal idioma.
Esta região foi o palco de um processo de cristianização, iniciado ainda no período dos apóstolos, relatado nos livros do Novo Testamento bíblico, alguns deles escritos em grego, como as cartas do apóstolo Paulo.
Em 395 D.C., Constantino, imperador romano, além de alterar a capital do Império para Bizâncio, ofertou liberdade de culto aos cristãos.
A economia em Bizâncio girava em torno do comércio marítimo. As costas do Mar Egeu foram importantes pontos de trânsito de mercadorias, pois este era um entreposto entre os produtos orientais e Roma.
RUNCIMAN, 1978 afirmava que: “A vida em Bizâncio em grande parte girava em torno do cristianismo. A Catedral de Hagia Sofia, que em português significa “Santa Sabedoria”, é um símbolo do poder eclesiástico e temporal. Tratava-se do local no qual o patriarca de Constantinopla celebrava as missas e, também, o local no qual o imperador bizantino era coroado”. 
No século XI ocorreu o chamado cisma Greco-oriental. Devido a este cisma, isto é, a esta divisão teológica e político-eclesiástica entre o Catolicismo Romano e a Igreja Ortodoxa, o cristianismo passou por sua primeira divisão em sua unidade.
O mundo helenístico, denominada Ásia Menor, foi fecundo em produções intelectuais nos campos da filosofia, da teologia e da náutica.
Com a náutica, os bizantinos desenvolveram o famoso fogo grego, uma arma de guerra naval capaz de propelir incêndios sobre as águas do Mar Egeu.
Fogo grego era uma arma incendiária usada pela marinha bizantina. Os bizantinos o usavam em batalhas navais para maior efetividade, pois ele podia continuar queimando ao flutuar na água.
A região que compreendia o Império Bizantino em seu início era formada por diversas escolas teológicas de renome na história da Igreja Cristã.
As cidades de Antioquia, Alexandria e Constantinopla possuíam uma rivalidade em disputas teológicas na época da Teologia Cristã denominada patrística, que compreende o início das discussões teológicas nas quais os princípios da fé cristã estavam sendo elaborados.
A teologia da trindade teve nos chamados Pais Capadócios seus principais formuladores. Foram estes os formuladores da tese segundo a qual Deus é compreendido como Pai, Filho e Espírito Santo, como três pessoas distintas.
No Egito surgiu um grupo de cristãos denominados coptas.
 
Os cristãos coptas não aceitavam na autoridade do patriarca de Constantinopla, aceitando por sua vez as ideias do patriarca de Alexandria.
Algumas heresias (formada por grupos de hereges ),foram consideradas importantes para a compreensão das disputas entre os cristãos no interior do Império Bizantino. 
Uma das mais importantes foi a de Ário, um pensador e líder cristão que questionou a divindade do Cristo, se opondo às ideias trinitarianas.
O sacerdócio na religião ortodoxa segue a princípios distintos daqueles que segue a Igreja Romana. Uma das principais diferenças é com relação ao celibato. No Ocidente latino era visto como formal durante a Idade Média e era obrigatório.
Para a Igreja do Oriente grego, o celibato é opcional, os sacerdotes podem escolher em constituir uma família ou apenas se dedicar à Igreja.
Assim podemos compreender que a vida bizantina teve na religião cristã ortodoxa o centro ideológico principal do seu sistema educacional e de organização política.
A culturas grega e latina eram muito distantes em diversos aspectos da fé, o que somado a intenções políticas e econômicas, explica a divisão entre o cristianismo do Oriente e do Ocidente.
 
O MUNDO ÁRABE MUÇULMANO
A sociedade muçulmana foi formada no século VII após o nascimento de Cristo. Maomé foi o fundador da religião muçulmana. Segundo a crença islâmica, ele teve um profundo contato com Deus, denominado pelos maometanos como Alá.
A Arábia no tempo de Maomé era um local de grande miscigenação cultural, em que conviviam homens e mulheres com convicções religiosas cristãs, judaicas e de antigos ritos politeístas.
O sincretismo social entre pessoas de diferentes convicções de fé demonstra algumas características básicas que a religião muçulmana possui.
A religião muçulmana é radicalmente monoteísta, pois não acreditam na trindade ou na veneração a imagens de santos.
Maomé foi o homem que formulou as suras, textos que eram ditados aos seus seguidores, que os compilaram no livro sagrado denominado Alcorão.
O Alcorão possui narrativas sobre a vida humana.
O nascimento de Cristo, anunciado pelo Arcanjo Gabriel para Maria, que seria a mãe de Jesus. Noé é outro personagem presente no Alcorão, como também na Bíblia cristã e na Torah Judaica. 
A formação de religião tem como marco a Hégira, período no qual Maomé se desloca de Meca para Medina.
Para os muçulmanos todos devem cumprir cinco regras ao longo de sua existência. 
Uma delas é uma vez na vida se deslocar até Meca.
Acredita-se que o meteorito tenha algum poder especial.
Outra regra da religião muçulmana é o jejum no mês do Ramadã, no qual os adeptos da religião não consomem alimentos no nascer até o pôr-do-sol.
Existem três vertentes majoritárias na interpretação da fé islâmica. Os xiitas, os sunitas e os sufis.
Os xiitas seguem e formam um grupo ligado à tradição aos escritos do Alcorão.
Os sunitas, possuem um maior apreço pelas palavras escritas no Alcorão, as sunas, a forma encontrada por Maomé para disseminar, ensinar e aplicar o Islã. 
Os sufis possuem uma maior liberalidade nos costumes em comparação com os demais grupos. Um exemplo é a permissão do consumo de bebidas alcoólicas entre os sufis, algo terminantemente proibido pelos muçulmanos xiitas e sunitas.
os muçulmanos são questionados como cultores das ciências, das artes e das letras. Em especial, por terem destruído o farol de Alexandria, uma das sete maravilhas do mundo antigo. A torre
do farol era composta por uma biblioteca com milhares de pergaminhos, depósito de toda a cultura helenística, isto é, dos povos de fala grega que habitavam a Ásia Menor.
O sistema educacional árabe era muito semelhante ao do Ocidente, no sentido de que a pedagogia seguia os ditames da fé
Um dos destaques das sociedades árabes durante a Idade Média foi o centro universitário de Bagdá.
Uma das principais razões para se estudar a História da Educação é a de desmistificar preconceitos.
A panorâmica sobre o mundo medieval islâmico a presença de grandes centros de pensamentos, além da influência intelectual dos árabes na formação da escolástica, e a principal corrente da teologia Católica Apostólica Romana.
A religião Islâmica é uma das principais religiosidades do mundo. Após os atentados terroristas aos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001, passou a ser perseguida mundialmente.
A EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA OCIDENTAL
A educação na Alta Idade Média sofria uma radical transformação com relação ao processo educativo nos tempos do Império Romano.
O cristianismo prega uma ideia de igualdade social, sem distinções entre bárbaros e romanos, judeus, latinos ou gregos, como afirmam as cartas paulinas do Novo Testamento (Gálatas: 3: 28).
Na Idade Média existiam três grandes grupos sociais: os servos, os sacerdotes e a nobreza guerreira.
 
Servos: 
Trabalhavam nas terras de um senhor e para este estatamento a educação ocorria no interior das famílias, com as quais as crianças aprendiam o trabalho com a terra.
Nobreza:
 Eram proprietários rurais. Os jovens ingressavam na cavalaria e possuíam uma educação para a guerra. Outros filhos da nobreza possuíam um “professor particular”, o preceptor. No fim do período medieval surgiram as universidades.
Sacerdotes: 
A Igreja foi a principal instituição educacional da Idade Média. Para os membros das ordens religiosas, a educação servia para a elevação do espírito. 
A educação dos servos era realizada no interior das famílias, onde aprendiam a duras lidas lavrar a terra, realizar as orações e acompanhar as missas, chamada a quem não possuía acesso à educação institucionalizada.
Em geral eram analfabetos, tendo um duro cotidiano de trabalho rural.
Os servos possuíam uma série de obrigações para com os senhores, devendo trabalhar nas terras senhoriais, pagando com uma porcentagem das colheitas.
As duas camadas sociais que possuíam uma melhor formação escolar eram os membros da nobreza e os clérigos. A nobreza possuía como instituição social e educacional a cavalaria. Eram os membros da nobreza formados por suseranos e vassalos.
Os sacerdotes formavam um dos estatamento mais privilegiados e a Igreja possuía um poder temporal (econômico) muito vasto, além do poder espiritual de influenciar a mentalidade dos fiéis.
A elite intelectual medieval era composta por membros do clero, que aprendiam latim, grego e conhecimentos teológicos nas ordens religiosas às quais pertenciam.
A CAVALARIA
A cavalaria foi uma instituição permanente e marcante no mundo medieval. Naquela sociedade existiam as Ordens Militares Cristãs, surgidas em geral durante as Cruzadas, como a Ordem de Santiago (espanhola), a Ordem dos Cavaleiros Teutônicos (alemã) e a Ordem dos Templários (francesa). As Cruzadas foram o esforço da cristandade latina em expulsar de Jerusalém os muçulmanos. 
A guerra era uma ocupação cotidiana para a nobreza, que treinava com afinco para os combates.
A principal diferença com os conflitos militares da atualidade é que a maior parte da população não participava. Apenas os que possuíam armadura e cavalo poderiam ser guerreiros. O que ocorria eram as batalhas denominadas justas, nas quais dois cavalarianos lutavam, buscavam derrubar ao chão ou matar seu oponente. Em geral, o prêmio pela vitória militar era o recebimento de um feudo, gleba de terras que também poderia ser conquistada através de casamentos arranjados.
PRECEPTORIA: A EDUCAÇÃO DA NOBREZA NA IDADE MÉDIA E NA IDADE MODERNA
Enquanto os servos possuíam sua educação com a família, aprendendo as lidas da terra, e parte da nobreza se dedicava à cavalaria, existiu um tipo específico de educação, a preceptoria. 
Era uma espécie de ensino particular, em que um professor se dedicava a ensinar os filhos de uma família rica.
O preceptor era um tipo específico de professor particular, pois morava na mesma casa que o seu educando. Em geral, não era apenas um professor que deveria ter predisposição para ensinar os rudimentos das chamadas sete artes liberais, como também ser uma espécie de exemplo, na vida cotidiana, para seus pupilos.
As sete artes liberais eram conhecidas como Trivium e o Quadrivium.
Os alunos tinham contato com as disciplinas de gramática, retórica e dialética, no Trivium.
O Quadrivium era composto pelas disciplinas de geometria, aritmética, astronomia e música.
O ensino das sete artes liberais ocorria nas escolas catedrais. A função do preceptor era a de preparar os filhos da nobreza para o ensino médio (trivium) e superior (quadrivium).
A principal característica da educação com base na preceptoria é a ausência de uma institucionalização da educação primária.
A PATRÍSTICA
Patrística é compreendida a teologia cristã surgida após a morte dos apóstolos e findada com o desenvolvimento da Escolástica, no Ocidente, por volta do século XI. Os teólogos e demais líderes cristãos na época da perseguição do Império Romano foram chamados Pais da Igreja ou Pais da Fé, por isso a denominação Patrística.
Com o fim da perseguição romana aos cristãos com o imperador Constantino em 395 D.C., e com o Concílio de Niceia, no qual se teve o credo dos apóstolos, o cristianismo se torna doutrina oficial do Império.
A Patrística, enquanto movimento intelectual, foi fecunda em diversos sábios que buscaram aliar o conhecimento advindo com a filosofia grega de Platão aos ditames da fé.
O principal nome da Patrística no Ocidente foi um discípulo de Santo Ambrósio, Agostinho de Hipona ou Santo Agostinho.
A principal obra de Agostinho de Hipona sobre a Educação foi o De Magistrum, em uma tradução literal, O mestre. Trata-se de um diálogo de Agostinho com um discípulo, no qual o autor aponta sua visão de educação, onde havia a necessidade de uma iluminação divina para que o processo educativo pudesse ser desencadeado. A ideia de um mestre ensinando discípulos, e em especial a obra De Magistrum, revelam o quanto o cristianismo foi a base da educação no Ocidente durante vários séculos.
A REFORMA EDUCACIONAL CAROLÍNGIA
A expansão dos muçulmanos pelo Ocidente foi avassaladora. Conquistaram a Península Ibérica.
Carlos Magno, filho de Pepino, foi o líder maior de um império que surgiu no norte europeu no século VII e que foi uma das últimas tentativas de manutenção de um governo politicamente unificado.
O grande nome de destaque do Renascimento Carolíngio, no que tange às questões educacionais, foi o britânico Alcuino de York, líder educacional a quem Carlos Magno doou a Abadia de Tours, local que foi transformado em um centro de saber e erudição.
O Império Carolíngio foi dividido entre os filhos de Carlos Magno, que fragmentaram ainda mais as posses territoriais.
OS MOSTEIROS E A EDUCAÇÃO MEDIEVAL: O MOVIMENTO CENOBITA E AS ORDENS MENDICANTES
As ordens religiosas compreendem o chamado clero regular, no qual os sacerdotes católicos passam as suas vidas em contemplação e dedicação exclusiva à instituição religiosa à qual pertencem.
O clero secular é aquele formado por padres diocesanos, isto é, sacerdotes que vivem em contato direto com o povo cristão, nas paróquias que estão sob a jurisdição de um bispo de uma região determinada.
As ordens religiosas foram fundadas em um período histórico de êxodo urbano no Império Romano do Ocidente.
Santo Antão e outros precursores buscavam a vida no deserto do norte africano como um modo de atingir um ideal de pureza espiritual, fugindo das tentações.
A Ordem de São Bento, como até hoje existente e conhecida,
apresentou para o mundo cristão instituído a novidade de uma Regra de Vida Comum. A regra de São Bento, primeira a existir no cristianismo, foi uma das propulsoras da multiplicação de mosteiros de irmãos de vida comum.
Na Ordem Franciscana com o TAU, símbolo que o franciscano carrega em seu peito, assim como três nós em uma corda pendurada ao lado direito do corpo do irmão de fé. Os franciscanos seguem o carisma do fundador São Francisco. 
O ideal de vida proposto por Francisco de Assis perpassa não somente por um elogio à pobreza como uma forma de vida, mas também uma possibilidade de vida em maior contato com a natureza.
São Francisco afirmava que a vida dos homens e dos animais possuía a comum origem divina, pois no Gênesis bíblico a criação é apresentada tanto dos animais quanto do ser humano.
Os dominicanos foram outra importante ordem surgida no Ocidente latino. Eles têm este nome em homenagem ao seu fundador, Domingos de Gusmão.
Os dominicanos surgiram em um ambiente de defesa da fé cristã católica contra uma heresia.
Os papas os encarregavam do tribunal da Santa Inquisição, uma instituição punitiva da Igreja Católica e que teve como intenção enquadrar pessoas que não andassem de acordo com os mandamentos da Igreja, como os judeus ou os acusados de bruxarias ou feitiçarias. Os dominicanos não foram apenas inquisidores, mas também muitos deles se transformaram nos principais professores das universidades europeias, a partir do século XIII.
OS MONGES COPISTAS
Os monastérios foram os principais repositórios da cultura antiga grega e romana durante todo o período medieval. Isto porque as bibliotecas eram presentes nas instituições religiosas, sendo, por isso, verdadeiros locais de formação do conhecimento.
A função específica era de realizar cópias dos antigos livros nos quais se encontravam explicações sobre as ciências, sobre a teologia e sobre as normas sociais da antiguidade grega, romana e patrística. Também bíblias, em especial da vulgata de São Jerônimo, eram copiadas em sua versão em latim.
A ESCOLÁSTICA
O termo Escolástica se refere à teologia cristã formulada a partir do século XI no Ocidente (cristandade latina). A origem etimológica latina é scolarum (escola).
Os principais intelectuais escolásticos trabalhavam em instituições de ensino.
Um dos primeiros autores escolásticos foi Santo Abelardo. Monge da Ordem de São Bento, autor de importantes escritos que visavam casar a fé cristã com a razão filosófica. 
São Tomás de Aquino foi o principal formulador das teses escolásticas. Monge da Ordem Dominicana, seu primeiro livro foi a Suma Contra os Gentios, no qual combatia argumentativamente contra os intelectuais árabes maometanos da Península Ibérica.
O NOMINALISMO
O Nominalismo, corrente de pensamento que teve em John Duns Scot e Guilherme de Ockham seus principais formuladores, foi uma das principais fontes de reflexão nas universidades do norte europeu, chegando inclusive a influenciar o reformador da Igreja, Martinho Lutero, leitor de um pensador nominalista, Gabriel Biel.
O Nominalismo baseava-se na ideia dos universais. Os universais podem ser considerados como os conceitos que os homens utilizam para pensar. 
Quanto a formação das cidades algumas funções foram fundamentais como os padeiros, os alfaiates, os sapateiros e os pedreiros, que eram artífices importantes para a manutenção de uma vida digna em um ambiente urbano. 
Com o aumento da monetarização, outras profissões se tornaram importantes, dentre elas a de advogado, que buscava estabelecer justiça entre os antagônicos interesses presentes, e a de médico, que buscava a cura para as mais diferentes doenças sem apelar para os rituais tradicionais, que poderiam ser considerados demoníacos pela Santa Inquisição.
AS UNIVERSIDADES
A Igreja teve uma importante participação no fomento das universidades.
A Igreja foi uma fomentadora, porém, diversas outras instituições sociais e estratos da população apoiavam a criação destas instituições de ensino. 
Entre os diversos fatores, podemos citar o fomento à economia das cidades nas quais elas se encontravam, pois uma grande gama de pessoas migrou para algumas cidades, como Coimbra, Salamanca ou Paris, tornando-se um mercado consumidor para os produtos produzidos pelas corporações de ofício e revendidos pelos comerciantes locais.
A camada social que estimulou a criação de universidades foi o Estado Nacional em processo de criação na Europa da Baixa Idade Média.
 Das universidades saíram os principais administradores da burocracia dos governos dos distintos países.
 A vinculação do Estado com as universidades pôde ser relacionada ao verdadeiro símbolo nacional de alguns países em algumas instituições, como é o caso de Salamanca na Espanha, Oxford na Inglaterra, Sorbonne na França e Coimbra em Portugal. A grande autonomia que as universidades possuíam no fim da Idade Média revela a importância que estas instituições ganharam na sociedade europeia.
O título de bacharel ou “letrado” era assemelhado (se não equivalente) a um título nobiliárquico. Esta equiparação de status servia como um incentivo para jovens que buscavam ascensão social. 
As universidades foram instituições surgidas com o apoio do clero e que visavam o ensino de jovens para profissões liberais, como o direito e a medicina. Estas profissões passaram a ter um forte status social, sendo também buscadas por filhos da nobreza.
Durante a Idade Média, o curso superior de maior prestígio era o de Teologia. Ele formava o quadro dirigente da Igreja, principal instituição medieval. A Teologia era reconhecida como a Rainha das Ciências.
No decorrer dos séculos, as universidades conseguiram se afirmar como a principal instituição do sistema de ensino, ao serem as formuladoras das reformas educacionais e propositoras de novas ideias científicas. As proposições dos intelectuais universitários se fazem com uma nova possibilidade de compreensão dos homens no Ocidente com relação à importância do conhecimento para o desenvolvimento político, social e econômico das sociedades.
Universidade de Coimbra de Portugal

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