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6 ROCHAS METAMÓRFICAS

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ROCHAS METAMÓRFICAS
a Terra é um sistema activo e dinâmico. 
As rochas, uma vez soterradas a grandes profundidades, podem ser deformadas e as temperaturas podem ser alteradas por esse soterramento ou pela proximidade de corpos magmáticos. 
Em resposta a estas mudanças das condições ambientais, as características das rochas podem alterar, ou seja, sofrem metamorfismo tornando-se rochas metamórficas 
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As alterações metamórficas podem ser de dois tipos principais:
as que afectam as espécies minerais (composição mineralógica);
as que afectam a forma e o arranjo dos grãos minerais (estrutura e textura).
As variações de temperatura e pressão são as causas óbvias do metamorfismo das rochas, mas não são os únicos. 
As alterações podem ser induzidas como resultado de mudanças na composição química. 
Em tais casos, as mudanças estão geralmente associadas com o movimento de fluídos (sejam gases, sejam fusões magmáticas).
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"Metamorfismo é o ajustamento mineralógico e estrutural das rochas sólidas às condições físicas e químicas que surgem em profundidade, abaixo da zona de metamorfismo e cimentação, e que diferem das condições em que as rochas se originaram“ 
graus de metamorfismo
metamorfismo de baixo grau 
metamorfismo de alto grau. 
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TEXTURAS E ESTRUTURAS DAS ROCHAS METAMÓRFICAS
Os novos grãos de minerais que se formam durante os processos de metamorfismo são chamados cristais de neoformação ou neoblastos (do Grego Neo = novo + Blastein = germinar), ou seja, durante o metamorfismo há uma recristalização, que pode ser total ou parcial 
Granoblástica: os neoblastos são grãos sensivelmente do mesmo tamanho 
Porfiroblástica: notam-se fenoblastos no seio duma massa granoblástica 
Lepidoblástica: neoblastos em forma de lamelas ou escamas, como as micas 
Nematoblástica: os neoblastos são fibrosos ou aciculares, como as anfíbolas
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Texturas de rochas metamórficas. A. Granoblástica; B. Porfiroblástica; C. Lepidoblástica; D. Nematoblástica.
Em baixo: A. Mármore; B. Micaxisto com granada; C. Micaxisto; D. Anfibolito.
A
B
C
D
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ESTRUTURA: As rochas que não apresentam orientação dos neoblastos diz-se que têm estrutura maciça, como é o caso do mármore. Quando há orientação dos neoblastos, as estruturas são:
Xistosidade: quando há orientação dos neoblastos em planos que permitem a partição da rocha em placas; esta estrutura é frequente em rochas com muita mica, (micaxistos);
Foliação: é um estágio mais avançado da xistosidade e pressupõe a existência de fenómenos de recristalização; ocorre em rochas com bastante mica, mas com maior proporção de minerais equigranulares, como o quartzo e o feldspato, (gneisses);
Lineação: quando ocorrem fundamentalmente minerais de hábito acicular ou prismático, que dão a ideia de haver "linhas" na rocha, (anfibolitos);
Cataclástica: ocorre em rochas que sofreram essencialmente efeitos de altas pressões a baixas temperaturas, caso do metamorfismo dinâmico.
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Estruturas das rochas metamórficas. 
A. Maciça; B. Xistosidade; C. Foliação; D. Lineação; E. Cataclástica
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CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS METAMÓRFICAS 
Quanto à estrutura: rochas foliadas e não-foliadas, sendo as últimas as que têm uma estrutura maciça, e as outras uma estrutura não maciça;
Quanto à rocha de origem: se provêm de rochas ígneas, levam o prefixo orto- (ex. ortognaisse); se provêm de rochas sedimentares, levam o prefixo para- (ex. paragnaisse);
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PRINCIPAIS ROCHAS METAMÓRFICAS
 Rochas Foliadas
 Rochas de Baixo Grau de Metamorfismo
ARDÓSIA
usada há séculos como cobertura de casas e como quadros-negros das escolas. Duas propriedades contribuem para isto:
é densa, de textura muito fina uniforme; e pode ser clivada em placas de superfícies paralelas lisas.
Esta clivagem da ardósia é devida a uma foliação muito fina desenvolvida durante o metamorfismo e resulta das placas de mica muito finas dispostas paralelamente entre si.
A ardósia é geralmente negra, podendo ser azulada, esverdeada ou acinzentada. 
A sua composição mineral não é possível ser vista a olho nu, mas a maioria dos minerais são filossilicatos do grupo das micas, podendo conter grãos de quartzo, pirite e outros.
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Rochas de Grau de Metamorfismo Intermédio
XISTO
A rocha mais conhecida deste grupo é o xisto. 
Enquanto que na ardósia (é filito) os minerais não são observáveis a olho nu, no xisto isto já não acontece. 
Todos os xistos contêm minerais achatados, tabulares (micas) ou fibrosos, e o grau em que estes minerais se desenvolveram em orientações paralelas determina o grau de xistosidade que estas rochas apresentam, o que faz com que os xistos se clivem em blocos tabulares. 
Geralmente os xistos apresentam zonas alternadas de composição mineralógica diferente: uma banda pode conter principalmente minerais em folha (filossilicatos - moscovite, biotite, etc.), e a banda adjacente pode conter essencialmente quartzo e feldspato.
No caso dos xistos, as estruturas das rochas originais já não são visíveis, tendo sido completamente adulteradas pelo metamorfismo.
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Rochas de Alto Grau de Metamorfismo 
GNAISSES
Rocha de alto grau de metamorfismo (metamorfismo regional), de aspecto bandado, usualmente com bandas claras alternando com bandas escuras. 
As bandas claras são constituídas por quartzo e feldspatos, enquanto que as escuras podem ser constituídas de micas, anfíbolas, piroxenas, e outros minerais máficos. 
os gneisses podem ser moscovíticos, biotíticos, de duas micas, anfibólicos, etc. Muitas vezes os feldspatos e outros minerais, concentram-se em corpos arredondados ou elípticos, dando origem ao gneisse olhado (Fig. 4.47.B). A textura é geralmente granoblástica, em que o tamanho dos grãos de quartzo e feldspato são mais ou menos do mesmo tamanho que os seus equivalentes graníticos. Contudo, podem aparecer fenoblastos, conferindo-lhe uma textura porfiroblástica.
Durante a recristalização da rocha sob a acção directa de altas pressões e temperaturas, os minerais foram rearranjados de modo a que a maioria dos minerais claros se agruparam em bandas diferentes das dos minerais escuros, dando origem à estrutura de foliação, que se apresenta muitas vezes de aspecto dobrado e contorcido 
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A
B
A
B
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