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Introdução a analise fundamentalista

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CURSO
LIGA DE MERCADO FINANCEIRO FEA USP
INTRODUÇÃO À ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
 PARCEIROS
 
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Conteúdo
21 – Introdução	�
21.1– Premissas	�
21.2 – Fundamentos	�
21.3 – Considerações	�
32 – Noções sobre o cenário de atuação das empresas	�
32.1 – Visão Geral	�
32.2 – Governança Corporativa	�
42.2.1 – Nível 1	�
42.2.2 – Nível 2	�
42.2.3 – Novo Mercado	�
52.3 – Principais setores	�
52.3.1 – Principais Setores:	�
52.3.2 – Aspectos Setoriais	�
52.4 – Conjuntura macroeconômica	�
62.5 – Marketing e vendas	�
62.6 – Produção	�
62.7 – Finanças	�
73 – Noções sobre índices de mercado	�
73.1 – P/L	�
73.1.1 – Potencial (Upside e Downside)	�
73.2 – P/VPA	�
83.3 – Market Capitalization	�
83.4 – ROE	�
83.5 – Payout	�
83.6 – Cash Yield	�
83.7 – EV/EBITDA	�
93.8 – Valuation	�
93.8.1 – Custo de Capital Próprio (CAPM)	�
93.8.2 – WACC (Weighted Average Cost of Capital)	�
93.8.3 – FCFE (Free Cashflow to Equity)	�
103.8.4 – FCFF (Free Cashflow to Firm)	�
104 – Visão Bottom-Up e Top-Down	�
104.1 – Visão Bottom-Up	�
104.2 – Visão Top-Down	�
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1 – Introdução
Sempre que nos deparamos diante de uma situação de compra, tentamos, de alguma forma, precificar os benefícios decorrentes da compra e comparar com o preço da loja. Repare que nem sempre o benefício se relaciona diretamente com a função que o produto deve desempenhar e pode ser decorrente ou da simples vontade de obter tal produto ou devido ao status proporcionado pela compra, mesmo que por valores muito acima do que seriam razoáveis.
Dependendo do perfil de cada pessoa, a compra se realizará caso o valor percebido seja maior que o valor cobrado; sempre existem aqueles que buscam maximizar o lucro pela negociação de algum benefício extra ou descontos.
	De qualquer forma, quando as pessoas se deparam com uma decisão de investir suas economias, podem cair nas armadilhas de valorizar aspectos que nem sempre convergem para a melhor rentabilidade de seus investimentos.
	Um bom exemplo seria a pessoa que acha necessário investir para obter status e se inserir nas conversas de outros supostos investidores. Ou ainda, pessoas que investem nos fundos do próprio banco sem nenhum tipo de análise, pois investir nos fundos de um banco de investimentos requer a criação e gestão de uma nova conta bancária.
	Para evitar essas armadilhas, devemos precificar corretamente o valor dos ativos nos quais pretendemos investir e adquirí-los somente se o preço de mercado estiver abaixo do que acredita-se que seja o preço justo.
	E é exatamente o que a análise fundamentalista se propõe fazer. Entender como funcionam as empresas e avaliar qual seria o preço justo analisando fundamentos de acordo com premissas.
1.1– Premissas
A análise fundamentalista parte da premissa de que o valor justo de um ativo financeiro equivale ao valor presente dos fluxos de caixa que o proprietário do ativo espera receber. No caso de uma ação, o preço justo seria dado pelo valor presente dos fluxos de dividendos ou dos fluxos de caixa previstos para a empresa.
1.2 – Fundamentos
	Fundamentos são todas as informações contidas nas Demonstrações Financeiras (Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado, entre outros) mais informações sobre o quê a empresa faz (Qual a atividade principal da empresa? Qual o core business da empresa?)
1.3 – Considerações
	É importante notar alguns pontos da análise fundamentalista antes de qualquer análise mais profunda.
	O primeiro ponto é que, apesar dos modelos a serem quantitativos, o resultado da análise não é objetivo! Isso se deve ao fato dos dados de entrada deixarem margem suficiente para interpretação que a análise em si se torna resultado de uma série de tendências que inserimos no processo.
	Outro ponto interessante de se notar é que, apesar da possibilidade de se fazer uma excelente análise, ela nunca será eterna. A análise é feita com base em informações existentes da empresa e do mercado; portanto, a cada nova informação revelada, será necessário revisitar o processo da análise para entender como esta nova informação impactará o preço justo resultante da análise.
	Um terceiro ponto é que, devido a uma série de estimativas de dados e interpretações subjetivas, a análise não será uma estimativa perfeita de valor! Ou seja, as análises devem possuir uma margem de erro.
	A precisão do resultado não depende principalmente da objetividade do modelo, mas sim da qualidade dos dados de entrada. Uma coleta mal feita, pode gerar dados de entrada errados e o resultado irá refletir esses erros.
	Por fim, não devemos ser míopes e acreditar que o resultado da análise é a única coisa importante; deve-se analisar também o processo da análise, pois este pode estar baseado em premissas já ultrapassadas ou que o usuário da análise não concorda e, portanto, o resultado pode não estar de acordo com as reais crenças do investidor.
	
2 – Noções sobre o cenário de atuação das empresas
2.1 – Visão Geral
	
	O que a empresa faz? Esta é a primeira pergunta a ser respondida quando buscamos uma visão geral sobre a atuação da empresa. Buscamos saber como ela atua em seu mercado e como se posiciona em seu setor.
	Qual seu histórico? Fundação, controle, conhecimentos adquiridos, investimentos realizados, sucessos e fracassos em novos projetos e inserção de novos produtos, entre outros.
	Qual sua localização? Sede e demais unidades, no Brasil ou no exterior, quando for o caso.
	Como é o controle acionário? Analisando inclusive companhias de participação que possuam parte da empresa, de forma a permitir a vizualização do controle em termos de pessoa física.
	Quais são suas controladas e coligadas? Buscando entender como a empresa está relacionada com suas parceiras. Se estas parcerias são interessantes, se são somente onerosas; ou como afetam a empresa que está sendo analisada.
	A empresa apresenta preocupação com sustentabilidade? Ela se preocupa com a continuidade do negócio? Quais são os projetos de longo prazo nos quais a empresa investe?
	A empresa se preocupa com o lado social e ambiental? Grandes investidores estrangeiros consideram esta questão e atribuem a ela um peso importante.
	Como é a governança corporativa? A empresa é coerente e transparente? Ela se insere no Novo Mercado da Bovespa?
	São diversas questões em relação à empresa que permitem conhecê-la melhor e analisála de uma forma mais próxima à sua realidade.
2.2 – Governança Corporativa
	O IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa define governança corporativa como:
	“Governança corporativa é um sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os acionistas e os cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. As boas práticas de governança corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade.”
	Esta é uma definição também utilizada pela BOVESPA.
	Com o intuito de melhorar as práticas de governança corporativa, a BOVESPA criou o NOVO MERCADO com o objetivo de listar as empresas que se voluntariaram a adotar práticas adicionais em relação às exigências da legislação.
	Também foram criados o NÍVEL 1 e o NÍVEL 2, para que as empresas que desejem se inserir no NOVO MERCADO, possam fazê-lo de forma paulatina e mesmo assim, serem reconhecidos.
2.2.1 – Nível 1
	As Companhias Nível 1 se comprometem, principalmente, com melhorias na prestação de informações ao mercado e com a dispersão acionária. Por exemplo, a companhia aberta listada no Nível 1 tem como obrigações adicionais à legislação:
Manutenção de uma parcela mínima de ações em circulação, relativo a 25% do capital;
Realização de ofertas públicas de colocação de ações por meio de mecanismosque favoreçam a dispersão do capital;
Melhoria nas informações divulgadas trimestralmente, dentre as quais, a exigência de consolidação e de revisão especial;
Cumprimento de regras de disclosure em operações envolvendo ativos de emissão da companhia por parte de acionistas controladores ou administradores da empresa;
Divulgação de acordos de acionistas e programas de stock options;
Disponibilização de um calendário anual de eventos corporativos.
2.2.2 – Nível 2
	Mais desenvolvido que o nível 1. Para ser listada como Companhia Nível 2, a empresa tem alguns requisitos além dos necessários para listar-se como nível 1, como:
Mandato unificado de 1 ano para todo o Conselho de Administração;
Disponibilização de balanço anual seguindo as normas do US GAAP ou IAS GAAP;
Extensão para todos os acionistas detentores de ações ordinárias das mesmas condições obtidas pelos controladores quando da venda do controle da companhia e de, no mínimo 80% deste valor para os detentores de ações preferenciais;
Direito de voto às ações preferenciais em algumas matérias, como transformação, incorporação, cisão e fusão da companhia e aprovação de contratos entre a companhia e empresas do mesmo grupo;
Obrigatoriedade de realização de uma oferta de compra de todas as ações em circulação, pelo valor econômico, nas hipóteses de fechamento do capital ou cancelamento do registro de negociação neste Nível;
Adesão à Câmara de Arbitragem para resolução de conflitos societários.
2.2.3 – Novo Mercado
	Para se listar no Novo Mercado, a empresa deve se adequar a uma série de práticas e regras societárias, chamadas genericamente de “boas práticas de governança corporativa”, mais rígidas que as presentes na legislação brasileira e que as presentes no nível 1 e 2.
	Essas regras têm o objetivo de ampliar os direitos dos acionistas, melhorar a qualidade das informações prestadas pela empresa e determinar a resolução de conflitos por meio de uma Câmara de Arbitragem. Assim, oferecendo segurança aos investidores.
	A inovação mais proeminente é a proibição da emissão de ações preferenciais ao se inserir no Novo Mercado.
	O site da Bovespa oferece mais informações sobre o Novo Mercado, bem como sobre os níveis 1 e 2. www.bovespa.com.br
2.3 – Principais setores
2.3.1 – Principais Setores:
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Alimentos, Bebidas e Fumo
Autopeças
Aviação
Bancos
Bens de Capital
Brinquedos
Comércio
Construção Civil
Eletroeletrônicos
Embalagens
Energia Elétrica
Fertilizantes
Holdings
Informática
Materiais de Construção
Mineração
Papel e Celulose
Petróleo e Petroquímica
Químico
Serviços
Siderurgia
Telecomunicações
Têxtil
Transportes
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2.3.2 – Aspectos Setoriais
	Alguns dos principais dados setoriais a serem pesquisados são:
Faturamento do setor no Brasil
Participação do setor no PIB
Exportações do setor
O setor no mundo – Globalização
A empresa e o setor
Índices setoriais
Evolução do setor nos últimos anos
São pontos importantes a serem abordados, pois através do entendimento de como o setor está performando e como a empresa se posiciona em relação ao setor, pode-se criar projeções de melhor qualidade.
A grande dificuldade é a obtenção destes dados que pode ocorrer através da compra de pesquisas especializadas, consultas em órgãos setoriais ou associações de classe, jornais e revistas.
O aparecimento destas informações em jornais e revistas é pontual e, portanto, limitado. As informações de órgãos e associações podem ser incoerentes, mas isso pode ocorrer devido a questões como amostras diferentes, metodologias diferentes, premissas diferentes ou até mesmo inventivos diferentes na divulgação dos dados; portanto, deve-se tomar muito cuidado com essas informações!
2.4 – Conjuntura macroeconômica
	Ao analisarmos uma empresa, devemos levar em consideração o ambiente macroeconômico no qual ela se insere, pois este influenciará diretamente nos negócios. Analisamos pontos como:
Inflação
Taxa de Juros
Câmbio
PIB
Taxa de desemprego
Utilização da capacidade produtiva
Entre outros...
 
2.5 – Marketing e vendas
	Também devemos analisar a forma como a empresa se insere no mercado, abordando clientes, determinando preços a fim de vender seu produto.
	Analisamos aspectos como:
4 P´s (Produto, Preço, Praça, Promoção)
Mix de vendas : Break Down das receitas em vendas físicas e em valores monetários
Mercado interno e externo
Mercado público e privado
Quem compra? Onde compra? O que compra? Quem vende? O que vende? Onde vende?
Composição, Segmentação, Dispersão Geográfica
Clientes (detelhando vendas nos principais)
Concorrentes (analisando market share)
Processo de distribuição, canais, problemas de distribuição.
2.6 – Produção
	Os processos de produção da empresa também são importantes, pois demonstram a forma como a empresa atua no setor e suas dependências em relação a custos. Analisamos
Produtos
Tecnologia utilizada, se desenvolvida internamente ou adquirida de terceiros, grau de dependência
Processos de fabricação
Matérias primas
Fornecedores, grau de dependência
Estoques
Custo de fabricação; realizar o break down dos custos
Mão de obra, mencionar número de funcionários, qualificação, destacar administração e produção, custos, etc....
Produção enxuta.
2.7 – Finanças
	A análise financeira deve analisar alguns indicadores a fim de levantar a saúde financeira da empresa.
Composição do capital por tipo de ações
Estrutura de capital, composição das fontes de capital
Perfil do endividamento
Prazos, como prazo de estoque, recebimento e pagamento. 
3 – Noções sobre índices de mercado
3.1 – P/L
P = Preço da cotação da ação – Hoje
L = Lucro por ação (LPA) –Projetado para um ano
LPA = Lucro Líq/No de Ações
Premissas:
Todo lucro é do acionista
O lucro da empresa é constante
Não considera a Inflação
P/L é em quantos anos, supondo lucros constantes da empresa, se leva para pagar o preço da ação (sem considerar juros).
Assume que todo o lucro gerado pela empresa é do acionista, que esse lucro é constante e não considera inflação.
É analisado comparando-se o P/L de uma empresa com a média do mercado ou do setor.
Pode-se calcular o potencial de valorização ou de desvalorização da empresa em relação ao mercado ou setor da seguinte forma:
3.1.1 – Potencial (Upside e Downside)
Potencial = [(PLm – PLe)/PLe] -1
Onde:
PLm = P/L do mercado ou do setor
PLe = P/L da empresa
Potencial é a porcentagem que o preço da ação deve subir (se positivo) ou cair (se negativo) de acordo com o P/L do setor ou do mercado. É uma análise muito importante, pois considera como está o preço da ação em relação à média de mercado.
É um dado muito importante na tomada da decisão, sendo direcionador da decisão.
3.2 – P/VPA
P = Cotação da ação
VPA = Valor Patrimonial da ação (último valor anual disponível)
VPA = Patr.Líquido/No de Ações 
Compara o valor da ação com o seu valor justo de acordo com as posses da empresa, ou seja, seu patrimônio líquido.
É um balizador, mostra se a ação está sobrevalorizada ou não, apesar disso, mesmo sobrevalorizada, a compra pode valer a pena pois pontos importantes como valores intangíveis de marca, podem não estar contabilizados no valor da ação.
Não é, portanto, fator decisivo, mas auxiliar no processo decisório.
3.3 – Market Capitalization
MktCap = No total de ações x Preço da ação mais líquida.É utilizado para avaliar o tamanho da empresa no mercado, principalmente para analisar aquisições. Mas a tendência é que, no caso da aquisição realmente se efetuar, ela ocorra a um preço acima do mercado, ou seja, elevando o market capitalization da empresa.
3.4 – ROE
Return Over Equity. Retorno sobre o patrimônio líquido.
Calcula o retorno que a empresa teve sobre o investimento dos acionistas; pode ser calculado sobre o patrimônio líquido final, inicial ou uma média dos dois.
O cálculo sobre o lucro final incorre em um cálculo feito sobre um valor de patrimônio que já possui o próprio lucro contabilizado.
O cálculo sobre o lucro inicial, é feito somente sobre o que realmente foi investido pelos acionistas e, por isso, é o mais correto, apesar dos dois ou mesmo uma média deles serem utilizados.
3.5 – Payout
PayOut = Dividendos / Lucro
Indica quanto dos lucros foram divididos em forma de dividendos. Importante quando as aplicações são feitas com expectativas de geração de fluxo de caixa além da valorização da ação em si.
Deve-se tomar cuidado, entretanto, com empresas com alto Payout, pois isto pode significar que a empresa não está conseguindo encontrar projetos lucrativos para investir e está distribuindo todos os seus lucros para os acionistas. No longo prazo isso pode gerar problemas para a empresa devido à falta de reinvestimento, especialmente se o PayOut estiver acima de 100%.
3.6 – Cash Yield
CashYield = Dividendos/Cotação
Outra medida para avaliar os dividendos de uma empresa. Desta vez calculando em relação à cotação da ação. Deve-se atentar para um cash/yield muito alto e persistente pelos mesmos motivos do PayOut.
3.7 – EV/EBITDA
EV = Enterprise Value = Valor de mercado + Dívida
EBITDA = Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization = LAJIDA
Calcula o valor total da empresa somado às suas dívidas, ou seja, seu capital total com potencial de uso, em relação ao seu LAJIDA (Lucro antes dos jutos, impostos, depreciação e amortização).
Possui uma noção parecida ao do P/L, pois também é utilizado para analisar se uma empresa tem sua cotação underpriced ou overpriced
3.8 – Valuation
É o valor presente dos fluxos de caixa futuros projetados, descontados à taxa de custo de equity ou custo de capital próprio do investidor (ações) ou à taxa de custo da dívida (empresa).
3.8.1 – Custo de Capital Próprio (CAPM)
	O custo de capital próprio é a taxa de remuneração que o investidor, acionista ou controlador espera obter por correr o risco de investir na empresa ou negócio.
	Pode ser calculada pelo CAPM.
	O CAPM é dado pela seguinte fórmula
	Ri = Rf + β(Rm-Rf)
	
	Onde:
Ri = Retorno esperado pelo investidor
Rf = Retorno esperado para um ativo livre de risco
Rm = Retorno esperado para uma carteira de mercado, ou de um índice base
β = Coeficiente que explica a correlação entre o ativo que está sendo analisado e a carteira de mercado ou o índice base.
3.8.2 – WACC (Weighted Average Cost of Capital)
	Custo de capital médio ponderado. É uma média ponderada simples das taxas de custo de financiamento e custo de capital, ponderados pela participação do passivo no passivo total e do patrimônio líquido no passivo total, respectivamente.
	WACC = [(Ke x PL) / (PL + Dv)] + {[Kt x (1 – A)}
3.8.3 – FCFE (Free Cashflow to Equity)
	Fluxo de caixa livre para o acionista. Considera o fluxo de caixa que sobra para o acionista depois de tirar o que a empresa absorve.
	Deve ser descontado com o Custo de capital do investidor ou do proprietário.
	
	 Lucro líquido
	(+)Depreciações e amortizações
	(=)Fluxo de caixa operacional
	(​–)Desembolsos de capital (investimentos)
	(–)Variação da necessidade de capital de giro
	(–)Pagamentos de Principal
	(+)Entradas decorrentes de novas emissões de sívida
	(=)FCFE
3.8.4 – FCFF (Free Cashflow to Firm)
	Fluxo de caixa livre para a empresa. Considera o fluxo de caixa gerado pela empresa antes de cumprir as obrigações de terceiros.
	Deve ser descontado o WACC
	
	 FCFE
	(+)Despesas com juros x (1 – alíquota de IR)
	(+)Pagamentos de Principal
	(–)Novas emissões de dívida
	(=)FCFF
	
4 – Visão Bottom-Up e Top-Down
	São abordagens para a seleção de ações. Ordenam as análises abordadas anteriormente de forma a permitir que tenham uma certa linha de raciocínio coerente com os objetivos de cada uma.
4.1 – Visão Bottom-Up
	
	A idéia da análise Bottom-Up é partir das especificações de uma empresa e analisá-la em relação ao setor e ao mercado, para que se possa chegar à conclusões em relação a ela.
	Segue a seguinte seqüência de análises:
Visão Geral
Aspectos Setoriais
Conjuntura Macroeconômica
Mercado – Marketing e Vendas
Produção
Finanças
4.2 – Visão Top-Down
	A idéia da análise Top-Down é realizar uma análise geral do mercado e ir focando nos pontos mais atrativos a fim de se obter o perfil ideal da carteira, buscando as ações mais coerentes.
	Segue a seguinte seqüência de análises:
Conjuntura Macroeconômica
Aspectos Setoriais
Visão Geral
Mercado – Marketing e Vendas
Produção
Finanças

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