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1 ASMA Ricardo Noal Pneumologia Asma - definição “Doença inflamatinflamatóóriaria crônica HiperresponsividadeHiperresponsividade das vias aéreas inferiores e LimitaLimitaçção ao fluxo aão ao fluxo aééreoreo, Resolvido espontaneamente ou com uso do tratamento EpisEpisóódios recorrentesdios recorrentes de dispnéia, sibilância e aperto no peito Principalmente à noite e ao amanhecer” Asma Epidemiologia � Afeta mundialmente 300 milhões de indivíduos (Masoli et al 2004) � Hospitalizações no Brasil � 350.000 internações por ano � 4ºcausa SUS � 3ºentre crianças e adultos jovens Prevalência mundial de “asma clínica” Masoli et al. Allergy 2004 Prevalência de sintomas – Brasil � Adolescentes 13 a 14 anos � Chiado no último ano ���� Chiado atual � geral: 19% � norte: 19,9% � nordeste: 20,3% � sudeste: 18,7% � sul: 19,3% Solé et al. Jornal de Pediatria 2006 Projeto ISAAC 26,4 21,1 19,7 19,5 9,6 21,1 19 15 16,6 23,3 18,4 24,7 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Belém Recife Salvador Brasília Itabira Uberlândia Duque Caxias Seropédica Ribeirão Preto São Paulo Curitiba Porto Alegre Diagnóstico médico de asma Sibilos nos últimos 12 meses J Ped 79 (5): 472,2003% 2 Prevalência de asma - tendências Eder NEJM 2006 Asma - mortalidade Asma - características � Sintomas � Obstrução da via aérea � Inflamação � Hiperresponsividade Asma – fisiopatologia e patogênese � Broncoconstrição � Edema da via aérea � Hiperresponsividade � Remodelamento Asma Busse WW. N Engl J Med 2001;344:350-62 Asma 3 Asma – broncoconstrição � Alérgenos � Mastócitos ���� IgE dependente ���� histamina, triptase, LCT e PG � AAS e AINE � Não dependentes de IgE ���� mediadores inflamatórios das células epiteliais � Exercício, ar frio e irritantes � Mecanismo não definido � Stress � Geração de citocinas pró-inflamatórias Asma Teoria da Higiene Asma – remodelamento � Inflamação � Hipersecreção de muco � Fibrose sub-epitelial � Hipertrofia da musculatura lisa � Angiogênese Asma genética sexo nutricionais ambientais infecçõesNSE tabagismo Inflamação HRB Alergia ? � História � dispnéia, tosse, dor torácica � recorrência � sazonalidade � precipitantes � alívio � Exame físico � sibilância � sibilância à expiração forçada � Posição de ancoragem, cianose, tiragem Diagnóstico Clínico 4 � Provas de função pulmonar � Espirometria �LFA (VEF1/CVF) < 80% pred ou 0,75-0,80 �VEF1 pós-BD � (7%) ou 12% e � 200ml � Pico de fluxo expiratório �diagnóstico �monitorização Testes diagnósticos Testes diagnósticos Asma – espirometria � Medidas de hiperresponsividade (alta sensibilidade e VPN) � teste da metacolina � Broncoprovocação com exercício � Avaliação do estado alérgico � testes cutâneos � dosagem de IgE. Testes diagnósticos Pico de Fluxo Expiratório (PFE) Diagnóstico Diferencial 5 Asma – classificação da gravidade antes do tratamento > 30%> 30%20% - 30% < 20%Variabilidade VEF1 ou PFE � 60%60% - 80%� 80%� 80%VEF1 ou PFE previsto Quase diários> 1 x semana> 2 x mês� 2 x mês Sintomas noturnos Freqüentes Limita atividade Podem afetar atividade e sono Podem afetar atividade e sono Raras Sem alteração Exacerbação Atividade DiáriosDiários B2 agon 1x dia 2–6x semana�1x semanaSintomas Persistente grave (10%) Persistente moderada (30%) Persistente leve (60%) Intermitente (60%) Asma – classificação do controle obtido com o tratamento 1 em qualquer semana 1 ou mais por anoNenhum Exacerbações Em qualquer semana < 80 % do pred ou do melhor obtido NormalFunção pulmonar (PFE ou VEF1) Da parcialmente controlada > 2 x semanaNenhum (� 2 x semana) Medicamento de alívio CaracterísticasQualquerNenhumSintomas noturnos e despertares Ou maisQualquerNenhum (� 2 x semana) Limitação das atividades Três> 2 x semanaNenhum (� 2 x semana) Sintomas diurnos Não controladaParcialmente controlada (qualquer um) Controlada (todos) Característica Asma – acesso tratamento Asma - tratamento � Orientações gerais � Tratamento sintomático � Tratamento de manutenção � Tratamento da exacerbação Asma �� OrientaOrientaçções geraisões gerais � Tratamento sintomático � Tratamento de manutenção � Tratamento da exacerbação Asma - tratamento inalatório 6 Asma – tratamento de alívio estimulaçãoinibição Atropina Ipratrópio Guanil-ciclase GTP GMPc Contração Dilatação GTP Guanil-ciclase Beta-agonista Atropina Ipratrópio ATP ATPc 5-GMP 5- AMP Adenil-ciclase Xantinas fosfodiesterase Asma – tratamento de alívio estimulaçãoinibição Acetil-colina Guanil-ciclase GTP GMPc Contração Dilatação GTP Acetil-colinaAcetil-colina Guanil-ciclase Acetil-colinaAcetil-colina Beta-bloqueador ATP ATPc 5-GMP 5- AMP Adenil-ciclase Beta-bloqueador Asma – tratamento de alívio estimulaçãoinibição Acetil-colina Atropina Ipratrópio Guanil-ciclase GTP GMPc Contração Dilatação GTP Acetil-colinaAcetil-colina Guanil-ciclase Acetil-colinaAcetil-colina Beta-agonista Atropina Ipratrópio Beta-bloqueador ATP ATPc 5-GMP 5- AMP Adenil-ciclase Beta-bloqueador Xantinas fosfodiesterase Asma Alívio �� BetaBeta--2 2 agonistasagonistas inalatinalatóóriosrios curtacurta--duraduraçção (SABA)ão (SABA) � Medicamento de escolha na crise e pré-exercício � Salbutamol, fenoterol e terbutalina � INALADO! � EC: tremores de extremidades, arritmias cardíacas e hipocalemia Asma Alívio �� GlicocorticGlicocorticóóides (GC)ides (GC) � Exacerbações graves � No domicílio e após internações por exacerbação � Cursos de 5 a 10 dias (prednisona 1 a 2 mg/kg/dia) � EC: alteração metabolismo da glicose, retenção de líquido, osteoporose, ganho de peso, S. Cushing, HAS, dispepsia e necrose asséptica do fêmur Asma Alívio �� AnticolinAnticolinéérgico rgico inalatinalatóóriosrios (AC)(AC) � Brometo de ipratrópio � Exacerbações graves, associado ao B2-curta duração � Usado nos que não toleraram os B2-curta duração � EC: xerostomia, glaucoma e retenção urinária 7 �� CorticosterCorticosteróóide ide inalatinalatóóriorio (CI)(CI) � Manutenção, profilático e antiinflamatório (adultos e crianças) � Para todos com asma persistente � Reduz � frequência e gravidade das exacerbações e necessidade SABA � Número de atendimentos de emergência e hospitalizações � Melhora qualidade de vida, função pulmonar e HRB por exercício Asma Manutenção �� CorticosterCorticosteróóide ide inalatinalatóóriorio (CI)(CI) � Efeitos colaterais ���� altas doses e prolongado � Perda de massa óssea � Inibição do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal � Déficit de crescimento � Candidíase oral, disfonia e tosse crônica Asma Manutenção Beclometasona, budesonida, fluticasona Aerossol – spray Inaladores de Pó Aerolizer Turbohaler Diskus �� Beta 2 de longa duraBeta 2 de longa duraçção (LABA)ão (LABA) � Associados aos CI em maiores de 4 anos � Formoterol e Salmeterol � A associação reduz tempo para obtenção do controle � Evitar monoterapia � EC: taquiarritmias, tremores e hipocalemia Asma Manutenção �� Antagonistas de receptores de Antagonistas de receptores de leucotrienosleucotrienos ((antileucotrienosantileucotrienos)) � Montelucaste e Zafirlucaste (VO) � Associação CI + LABA + Anti-LTE ou CI + Anti-LTE � Sibilância recorrente após quadro viral (VSR) Asma Manutenção �� BambuterolBambuterol (B2 longa dura(B2 longa duraçção via oral)ão via oral) � Pró-droga da terbutalina oral � Uso umavez ao dia (principalmente para asma noturna) � Alternativa para crianças (> 2 anos) e idosos � Sempre em associação com CI � “Em orientais usar metade da dose” Asma Manutenção �� OmalizumabOmalizumab ((antianti--IgEIgE)) � Anticorpo monoclonal recombinante humanizado específico � Inibição da ligação da IgE com seu receptor (FceR) Asma Manutenção � Inibição da broncoconstrição induzida por alérgeno (precoce e tardio) � Maiores de 12 anos com asma de difícil controle � CI: peso acima de 150kg ou IgE<30Ui/ml ou IgE>700Ui/ml 8 Asma tratamento Nature Reviews Drug Discovery 3, 199-200 (March 2004) �� CromonasCromonas � Cromoglicato de sódio � Uso limitado � Eficácia apenas em asma leve e induzida por exercício � antinflamatório mais fraco do que dose baixa de CI � Evitar uso isolado Asma Manutenção �� ImunoterapiaImunoterapia especespecíífica com fica com alaléérgenosrgenos (IT)(IT) � Doses progressivamente maiores de alérgenos � Pacientes estáveis sensibilizados � Via SC aplicado por especialista � Exclusão: asma leve ou grave, VEF1<70% Asma Manutenção Asma - tratamento Asma Persistente Passo 3 CI média (ou CI baixa + B2 longa) Passo 4 CI média + B2 longa Passo 5 CI alta + B2 longa + Omalizumab Passo 2 CI baixa Passo 6 CI alta + B2 longa + Omalizumab + Corticóide VO Orientações:educação, ambiente, comorbidades Passo 1 B2 curta Asma intermitente n engl j med 360;10 march 5, 2009 � Controlado � manter paciente na mais baixa etapa de controle � Parcialmente controlado � considerar aumentar a etapa de controle � Não controlado � aumentar a etapa até a obtenção do controle � Exacerbação � condutas apropriadas para ocorrência Esquema simplificado para tratamento da asma baseado no estado de controle � Morte por asfixia não pelo tratamento excessivo � Clínica:Cianose, sudorese, agitação, frases curtas � Exame: Taquipnéia, taquicardia, tiragem, MV abolido � Funcional: SatO2<90% PaO2<60 PCO2>45 Asma Exacerbação 9 � Crise com necessidade de VM ou UTI � � 3 ou mais visitas PS por asma no último ano � � 2 ou mais hospitalizações por asma no último ano � Uso freqüente de corticosteróide sistêmico � Uso de 2 ou mais frascos de aerossol (SABA) por mês � Problemas psico-sociais � Co-morbidades: ICC ou psiquiátrica � Asma lábil: grande variabilidade (>30% PFE ou VEF1) � Má percepção do grau de dispnéia Asma Exacerbação - RISCO Tratamento da Asma Aguda na Emergência Oxigênio B2 agonistas Corticosteróides xantinasSulfato de Mg Heliox Antagonistas Leucotrienos outros Anticolinérgicos Rodrigo e Rodrigo. Chest 2004; 125:1081-1102 www.asthma-nyc.org Sugestão de leitura � IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma 2006. J Bras Pneumol. V.32, Suplemento 7, novembro de 2006 � Global strategy for asthma management and prevention: GINA executive summary. Eur Resp J 2008; 31: 143-178 � National Heart, Lung, and Blood Institute, National Asthma Education and Prevention Program Expert Panel Report 3: Guidelines for the Diagnosis and Management of Asthma. Full Report 2007 www.asthma-nyc.org Eur Respir J 2008; 31: 143–178 Asma e gestação � Give drug therapy for acute asthma as for the non-pregnant patient. � Deliver oxygen immediately to maintain saturation above 95%. � Acute severe asthma in pregnancy is an emergency and should be treated vigorously in hospital. � Use �2 agonists as normal during pregnancy. Thorax 2008;63(Suppl IV):iv1–iv121. doi:10.1136/thx.2008.097741
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