Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1. INTRUDUÇÃO Quando colocamos no espaço uma distribuição de cargas, originamos nesse espaço uma propriedade chamada campo elétrico, de maneira que se uma carga for colocada nesse campo elétrico, ficará sujeita à ação de uma força elétrica. A cada ponto do campo elétrico associamos um vetor campo elétrico que apresenta as seguintes características: Direção - a mesma da força aplicada sobre a carga de prova. Sentido - o mesmo da força se a carga for positiva, contrário ao da força se a carga for negativa. Supõe-se que se fixe, num determinado ponto, uma partícula com carga positiva q1, e, a seguir, coloquemos em suas proximidades uma segunda partícula também positivamente carregada, q2. De acorda com a lei de Coulomb, sabemos que q1 exerce uma força eletrostática repulsiva sobre q2, e, tendo-se informações suficientes, pode-se determinar o módulo, a direção e o sentido dessa força. Tal força caracteriza-se como o campo elétrico, que é a forma de que a partícula q1 sente a presença de q2. Em qualquer ponto P desse espaço, o campo tem módulo, direção e sentido. O módulo depende da intensidade de q1 e da distância entre P e q1. A direção e o sentido dependem da direção da reta que passa por q1 e P e do sinal elétrico de q1. Assim, quando colocarmos q2 no ponto P, q1 interage com q2 através do campo elétrico existente em P. O campo elétrico é definido, em qualquer ponto, em termos da força eletrostática que seria exercida sobre uma carga de teste positiva Q colocada naquele ponto. Michael Faraday, quem introduziu a ideia de campos elétricos no século XIX, visualizou o espaço ao redor de um corpo carregado como repleto de linhas de força, ou linhas de campo elétrico (às quais o vetor campo elétrico é tangente), que se estendem para fora de uma carga positiva (onde se iniciam) e 1 entram em uma carga negativa (onde terminam), como mostra a figura 1.[1] Figura 1: Linhas de força do campo elétrico O campo elétrico, em um ponto do espaço, é definido como a força por unidade de carga positiva naquele ponto. A equação 1 é a definição: Equação 1. A unidade adotada pelo SI para o campo elétrico é o N/C (Newton por coulomb). Podemos também descrever as propriedades de um campo elétrico através do conceito de potencial. O potencial V (x,y,z) em um ponto do espaço se relaciona com o campo elétrico (x,y,z) através da equação 2: − V= Δ Equação 2. Isto quer dizer que o campo elétrico aponta na direção de máxima variação do potencial e no sentido em que V diminui. Em um campo elétrico, uma superfície selecionada de tal forma que todos os pontos sobre ela tenham o mesmo potencial, é conhecida como uma superfície equipotencial. O trabalho realizado para deslocar uma carga de prova sobre uma superfície equipotencial é nulo, sendo assim o vetor campo elétrico, em cada ponto de uma superfície equipotencial, perpendicular à ela. Com isto as equipotenciais são 2 sempre perpendiculares às linhas de força, como mostra a figura 2. [2] Figura 2: Campo elétrico com as linhas de força e com as superfícies equipotenciais 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1. MATERIAIS Cuba de vidro, papel milimetrado, fios, fonte de tensão, voltímetro, placas metálicas, anel metálico, jacaré, fonte de corrente alternada, água da torneira (solução eletrolítica), ponteira, fita adesiva, suporte metálico. 2.2. MÉTODOS Experimento (a): Polos Em uma cuba de vidro, com um papel milimetrado com as medidas 15cmX15cm no fundo, foi colocado dois suportes metálicos no comprimento da cuba, e fixado com fita adesiva para que não se movimente durante o experimento. Em seguida, foi adicionado água de torneira até que o suporte estivesse em contato com a água. Colocou nas extremidades dos dois suportes metálicos, dois jacarés, e neles foram colocados dois fios (um para cada jacaré), sendo sua outra extremidade conectada a fonte de tensão alternada ligada a 10V e 60Hz. Com a ponteira do voltímetro colocou-se sobre o papel milimetrado imerso em água, de modo a determinar 9 pontos de mesmo potencial. Esses pontos foram determinados aleatoriamente na vertical e transferidos para o papel milimetrado. A figura 3 mostra 3 como foi montado o sistema para esse experimento. . Figura 3: Determinação de superfícies equipotenciais com dois polos de sinais diferentes. Experimento (b): Placas metálicas Na mesma cuba do experimento (a), tirando os suportes metálicos, colocou-se a placa metálica e as conectou na fonte, sendo ligada a 10V e 60Hz. Na outra ponta da placa metálica conectou-se o voltímetro. Com a ponteira do voltímetro, colocou-se sobre o papel milimetrado imerso em água, de modo a determinar 9 pontos, que foram transferidos para um papel milimetrado. A figura 4 mostra como foi montado o sistema para esse experimento. Figura 4: Determinação de superfícies equipotenciais entre duas placas paralelas 4 Experimento (c): Anel metálico Utilizou-se novamente o mesmo sistema do experimento (b), introduzindo entre as placas um anel metálico exatamente no centro do papel milimetrado. Com a ponteira, determinou-se 5 pontos no interior do anel, que também foram transferidos para um papel milimetrado. A figura 5 mostra como o sistema desse experimento foi montado. Figura 5: Determinação de superfícies equipotenciais dentro de um anel metálico 3. RESULTADOS Os pontos obtidos em cada experimento estão anexados no final do relatório. 4. DISCUSSÕES Nos experimentos (a) e (b) os pontos simétricos tiveram praticamente o mesmo valor potencial (V), característica de uma superfície equipotencial. No experimento (c) os pontos no interior do anel também apresentaram quase o mesmo valor potencial. As pequenas variações foi decorrente do voltímetro que varia constantemente. 5 5. CONCLUSÃO O experimento mostrou satisfatório uma vez que apresentou com clareza o comportamento das superfícies equipotenciais em diferentes situações, como no procedimento de polos e das placas paralelas, que se esperava os mesmos potenciais para os pontos simétricos e que foi realmente obtidos através do experimento, e ainda foi possível observar e identificar situações em que o campo elétrico é nulo, como no interior do anel, pois o potencial é sempre o mesmo, portanto a diferença potencial é nula e assim o campo elétrico também é nulo. REFERÊNCIAS [1] HALLIDAY,D. e RESNICK,R. – Fundamentos de Física – Eletromagnetismo. Vol. 3, 5ª edição. [2] UEM. Apostila de Eletricidade e Magnetismo. Física Experimental III: Magnetismo, 2010. 6
Compartilhar