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Peça nº 1 Mandado de segurança coletivo Sindicato XIS

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EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA X
SINDICATO XIS, entidade sindical, inscrita no CNPJ sob nº -, sediada à Rua - , nº - , bairro - , cidade, Estado - , por sua advogada, devidamente constituída e qualificada no instrumento de procuração em anexo (doc. 1), com endereço profissional na Rua - , nº - , bairro - , cidade - , estado -, Cidade - , onde recebe intimações e notificações, que indica o art. 77, V, do CPC, com fundamento artigo 5º, inciso LXX, alínea b, da CRFB/88 c/c ao artigo 21, parágrafo único da Lei nº 12.016/09, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor o presente:
 
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO
(Com pedido de liminar)
Contra o ato ilegal praticado pelo COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR, que poderá ser encontrado na sede funcional a Rua - , nº - , Bairro - , Cidade - , vinculado à Polícia Militar, pelos motivos de fato e de Direito a seguir aduzidos.
DA TEMPESTIVIDADE
 No art. 23 da lei 12.016 de 2009, demostra que o prazo decadencial para a impetração de um mandado de segurança é de 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado, em concordância com sumula 632, do STF. Estando, portanto dentro do prazo hábil.
Art. 23.  O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.
DA LEGITIMIDADE ATIVA
 A CF traz a possibilidade da concessão do mandado de segurança coletivo por organização sindical, bem como de outras instituições.
Art. 5º - CF
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
 A lei nº 12.016/09 ratifica o dito pela carta magna em seu art. 21º, inciso I
Art. 21.  O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.
Parágrafo único.  Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser: 
I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica;
 O Superior Tribunal Federal também dispõe acerca da legitimidade para propor o mandado de segurança coletivo através da súmula 629:
“A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorização destes.”
DOS FATOS 
 Em virtude de anos de defasagem salarial, milhares de trabalhadores do mesmo segmento profissional reuniram-se na sede do impetrante que representa seus interesses, para deliberar a respeito das medidas que seriam adotadas pelos sindicalizados.
 Decidiram, portanto, que não realizariam greve, para que não causasse nenhum transtorno à população nem para a economia do país, e sim que fariam um encontro nas praças da capital para debater publicamente seus interesses de forma organizada e ordeira, bem como passeatas semanais pelas ruas da capital.
 A lei dispõe que em situações como essa é necessário à prévia comunicação ao comandante da polícia militar, o que foi realizado pelo SINDICATO XIS.
 Entretanto, no mesmo dia que tomou ciência dos encontros e das passeatas, que começariam em 10 (dez) dias, o comandante, em decisão formalmente encaminhada ao impetrante, indeferiu o pedido, argumentando que tal ato iria atrapalhar o direito ao lazer nas praças e a tranquilidade das pessoas, direitos estes que são protegidos pela ordem pública.
DO DIREITO
 Visto fazermos parte de um país democrático de direito, a liberdade de expressão tornou-se um de nossos maiores direitos após um grande período calados em virtude de uma forte ditadura. Tal direito é protegido por nossa carta magna não podendo ser jogado ao léu em virtude de uma decisão ao bel prazer do aqui impetrado.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
 Os cidadãos brasileiros devem expor seus pensamentos livremente, lutar por seus direitos, sem preocupar-se com represálias que possam vir a aparecer, sendo aparados por lei, mas claro sempre dentro dos padrões que são estabelecidos pelo nosso ordenamento jurídico. 
 Tais trabalhadores iriam, pacificamente, expor seus argumentos, mostrando para a sociedade seus projetos e pensamentos da maneira mais sensata possível, sem uso de máscaras, garantindo que todos fossem reconhecidos, sem uso de armas brancas ou de fogo, respeitando os horários e as pessoas que ali estivessem, sem colocar em risco a segurança de nenhum cidadão.
Art. 5º (...)
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.
 Os eventos realizados em locais públicos, que serão objeto de grande circulação de pessoas, devem ser comunicados a autoridades, para que os mesmo possam prepara-se da melhor maneira para lidar com tal situação, seja reforçando o patrulhamento ou até mesmo auxiliando no tráfego de veículos. 
 A reunião aqui em foco não necessitava da autorização do COMANDANTE DA PM, e sim, apenas da ciência de sua realização. Portanto, tal indeferimento violou direito líquido e certo dos associados do Sindicato XIS.
Art. 5º (...)
 XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
Convenção Americana sobre direitos Humanos
Artigo 15.  
Direito de reunião
É reconhecido o direito de reunião pacífica e sem armas.  O exercício de tal direito só pode estar sujeito às restrições previstas pela lei e que sejam necessárias, numa sociedade democrática, no interesse da segurança nacional, da segurança ou da ordem públicas, ou para proteger a saúde ou a moral públicas ou os direitos e liberdades das demais pessoas.
DA PROVA PRÉ CONSTITUIDA
 É inquestionável que o direito aqui violado ilegalmente é líquido e certo, haja vista que conforme documento em anexo, que comprova que a decisão tomada pelo COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR foi formalmente comunicada ao Sindicato.
MEDIDA LIMINAR
 O Novo Código de Processo Civil dispõe no livro V, da parte geral, sobre a tutela provisória, que tem como espécies a tutela de urgência e a tutela de evidencia. Nos termos do art. 300, a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. 	
 Em virtude de tal indeferimento ocorre o risco do objetivo da tal manifestação não ser totalmente alcançado se esta presente liminar não for deferida, haja vista a urgência da situação, pois as reuniões e as passeatas começariam em poucos dias e com o adiamento eles perderiama força que o movimento requer.
DO PEDIDO
Diante o exposto, requer: 
Que seja concedida medida liminar, para que a autoridade coatora não adote nenhuma medida que impeça a realização das passeatas e das reuniões;
Procedência do pedido, sendo confirmado a concessão da ordem ao atribuir o caráter definitivo à tutela liminar;
Que a autoridade coautora seja notificada para que no prazo de 10 (dez) dias preste esclarecimentos nos termos do art. 7º da lei 12.016/09;
Que se dê a devida ciência ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, considerando-se a mesma citada para que ingresse no feito;
A intimação do Ministério Público;
Condenação do impetrado ao pagamento das custas processuais;
Juntada dos documentos anexos.
VALOR DA CAUSA
Dá-se o valor da causa de R$1.000,00 (um mil reais) para fins fiscais.
Termos em que, pede deferimento. 
Local/data.
Advogado/OAB

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