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Teoria do Direito Direito é uma ciência essencial para o equilíbrio, organização e ordem da sociedade, para garantir igualdade, respeito, integridade e justiça baseado em princípios éticos e normas, defendendo a honra a liberdade de pensamento e expressão dos cidadãos que possuem direitos e deveres. Fontes do direito • Materiais (que serve de fonte para direito mais não é lei, aspecto político, cultural...) • Históricas (pouco explorada pela doutrina) • Formais: • Lei • Costume • Doutrina • Jurisprudência Lei: Componentes: • Generalidade (para todos) • Imperatividade (ordem) • Coercibilidade (punição, sanção) • Bilateridade (duas vontades, defende duas partes) • Abstratividade (lei não é feita para um caso concreto, abstrai ela para todos os casos que aquilo possa se aplicar) Lei sentido amplíssimo: Lei, obedecem todas as regras de comportamento de algum grupo social que participamos. Ex: regra de horário para dormir em uma casa... Lei sentido formal: autoridade competente e legislativo próprio (lei que existe tipo código penal...) Lei: dá liberdade (não pode fazer, mais não garante que não poderá fazer) Costume: a. Secundum legem (segundo a lei) b. Praeter legem (na falta da lei) c. Contra legem (contra a lei) - (não aceito por parte da doutrina - é uma insegurança jurídica, só pode uma lei revogar outra lei, só pode ser aplicado quando lei caiu em desuso ou serve para outros fins) Doutrina e Jurisprudência Fontes do direito: • Doutrina: pensamentos dos estudiosos de direito sobre certos temas do direito • Jurisprudência: toda decisão emanada pelo pode judiciário. Sistemas Jurídicos: Conjunto de normas e ordens que trabalham em conjunto para obter a justiça • Aberto: Alopoiético (sistema que sofre influencia do meio externo) • Fechado: não sofre influencia do meio externo • Quanto as fontes: • Simples: uma única fonte • Complexas: várias fontes • Quanto as estruturas das normas: • Paritário: o que está no mesmo nível (patamar) • Hierarquizado: o que tem níveis diferentes • Quanto à origem: • Romano: Positivo = Lei (é o que mais vale, súmula não conta aqui) • Anglo-saxão: usa os precedentes (resultado do julgamento de um caso concreto no tribunal, vale mais que a lei) • Divisão do sistema: • Público: Estado estiver envolvido na relação • Privado: relações entre civis (pessoa física ou jurídica) Validade da norma jurídica: Validade ética, validade social, validade formal Lei, campo de ação limitado: • Tempo (vida da lei) • Espaço (Área territorial para aplicação e abrangência da lei, ex: União, Estados, ...) • Matéria (cód. processo civil, código penal...) Vigência: Publicação (tempo de vida da lei - lei temporária) Validade (formal): (formal: procedimento/ forma pré determinada) • Legitimidade do Órgão • Competência “ratione” da matéria • Legitimidade do procedimento Eficácia: Fundamento Ação social = fim atingido (lei sem eficácia naturalmente cai em desuso: não pode nos obrigar a cumprir uma lei sem eficácia) Revogação: • Parcial: Derrogação • Total: Ab-rogação • Expressa: fala que revogou • Tácita: regula mesma matéria que outra lei mas de forma totalmente contrária. Lei Temporária: (por um tempo certo) • Temporária: para uma necessidade específica - ex: lei da copa. • Excepcional: casos excepcionais como o próprio nome diz - ex: calamidade pública, terremoto, furação, guerra... (ela não é pensada como a temporária). Acaba quando reflexos daquela situação excepcional passa, Não tem data, tem fatos é autorevogável. Lacunas de conflito: antinomias Conceito: conflito entre duas normas válidas, emanadas da autoridade competente e em vigor. Critérios para solução: • Hierárquico (hierarquia das normas, ex: CF no topo da pirâmide - prevalece lei Superior) • Da especialidade (lei específica ou especial - prevalece a especial) • Cronológico (Lei anterior ou posterior - prevalece a lei posterior) Nota: dos critérios o cronológico é o mais fraco e o hierárquico é o mais forte. Na disputa de dois critérios prevalece o mais forte. Classificação: • Antinomia de 1° grau: Um dos critérios é capaz de solucionar o conflito. • Antinomia de 2° grau: Dois critérios devem ser avaliados para solucionar o conflito. Hipótese: Antinomias aparentes: • Conflito entre norma superior e outra norma inferior: Critério Hierárquico. Primeiro grau, prevalece a superior. • Conflito entre norma posterior e outra norma anterior: Critério Cronológico, prevalece norma posterior, antinomia de primeiro grau. • Conflito entre norma especial e norma geral: Prevalece norma especial, antinomia de primeiro grau, critério especialidade. • Conflito entre norma especial anterior e outra geral posterior: antinomia de segundo grau. Critério da Especialidade. Prevalece norma especial anterior. • Conflito entre norma superior anterior e outra inferior posterior: Prevalece a superior anterior. Critério Hierárquico. Antinomia de segundo grau. Antinomia Real: a que não tem critério para solucionar. • Conflito entre norma geral superior e outra norma especial inferior: Busca justiça o bem comum juiz decide baseado nisso ou poder legislativo cria uma nova lei para decidir qual das duas irá valer. Normas Jurídicas - Classificação: Quanto a hierarquia: Quanto às fontes: • Legais (leis) • Consuetudinárias (costumes) • Jurisprudenciais (jurisprudência) • Negociais (contrato) Quanto a imperatividade • Categórica (é aquilo e acabou não dá margem para interpretação) • Hipotética (tem alguns “se`s”) Quanto à eficácia: • Cogente (não tem margem de liberdade) • Dispositiva (alguma margem de liberdade) Quanto à flexibilidade: • Rígida (não dá margem para interpretação - mecher no texto) • Flexível (dá margem para interpretação - aumenta ou diminui o texto da lei) Quanto à extenção territorial: • Normas de direito interno • Normas de direito externo Quanto ao destinatário: • Genéricas/abstratas • Individuais/particulares (ex: contrato) Quanto à sanção: • Perfeitas: nulidade • Mais que perfeitas: nulidade + sanção (aplica também pena ao infrator - ex: bigamia) • Menos que perfeitas: sanção • Imperfeitas (não tem sanção nem nulidade, porque não são normas que prescrevem comportamento) Quanto à natureza: • Substantiva (são as que determinam direitos, condutas - determinam comportamentos) • Adjetivas (procedimento caso direito seja “perdido” - ex: procedimento judiciário) Quanto à sistematização: • Codificadas (Código Civil, Código Penal (...) = uma lei) • Consolidadas (CLT = mais de uma lei) NOTAS: A CF não está no art 59 porque ela é a norma inicial (norma maior). Toda hierarquia das leis estão no art. 59 da CF. Fontes formais: lei, jurisprudência, costumes, doutrina, contratos (para alguns autores). Contrato: pacta sumit servanda (contrato tem que ser respeitado, lei entre as partes) Não é aceito por todos doutrinadores porque contrato é para poucas pessoas e não para todos. Relação jurídica: Relação social: fins múltiplos. Relação jurídica: relações reconhecidas e protegidas pelo Estado. Requisitos: • Relação intersubjetiva (relação entre pessoas - mais de uma) • Fato se subsume à norma (encaixe perfeito) • Exemplo: petição inicial (para fazer petição usa: fato, norma, jurisprudência, doutrina... se não tem a norma não pode usar o costume) Elementos: • Sujeito ativo (o que tem direito) • Sujeito passivo (o que tem o dever ou o que deve respeitar o direito do outro) • Vínculo (liame - elo, vínculo que une as pessoas) • Objeto Relação com os ramos do direito: • Direito público (subordinação / sujeição) • Direito privado (coordenação / paridade) Fato jurídico (lacto sensu): é o elemento que dá origem aos direitos subjetivos, impulsionando a criaçãode relações jurídicas. Fato jurídico (strictu senso): fato que independe da ação humana. Espécies: Ordinária ou Extraordinária. Direito, cultura e ciências afins. Juízo de valor e Juízo de realidade. Realidade Natural ≠ Realidade Cultural Cultura é o conjunto de tudo aquilo que, nos planos material e espiritual, o homem constrói sobre a base da natureza, modificando-a, ou para modificar a si mesmo. Cultura implica na idéia de valor e de fim. As relações humanas possuem natureza axiológica e teológica. As normas enunciam um “deve ser”, reconhecendo um valor que determina aquele comportamento obrigatório: Juízo de valor. A ciência do direito realiza uma apreciação valorativa ou axiológica sobre os fatos observados. Tríplice perspectiva da ciência do direito: teoria, técnica e ética. Objeto de estudo: " a) Material: setor da realidade de que se ocupa a ciência. ! b) Formal: aspecto pelo qual a ciência estuda esse setor. Ciência auxiliares ou afins: • Sociologia do direito. • Ciência dogmática do direito. • Filosofia do direito. Escola do Pensamento Jurídico FF MM UU –– FF aa cc uu ll dd aa dd ee ss MM ee tt rr oo pp oo ll ii tt aa nn aa ss UU nn ii dd aa ss TT EE OO RR II AA DD OO DD II RR EE II TT OO 11 ºº SS EE MM EE SS TT RR EE 22 00 11 44 PP rr oo ff ee ss ss oo rr aa LL aa uu rr aa dd yy FF ii gg uu ee ii rr ee dd oo Es co la d a Ex eg es e - F ra nç a Es co la Hi st ór ic a de Sa vi gn y Es co la do s Pa nd ec tis ta s Es co la d a Li vr e In ve st ig aç ão - F ra nç a Es co la d o Di re ito L iv re Sé cu lo XI X Al em an ha Fi na l d o sé cu lo XI X Sé cu lo XX Le i (C C) j á of er ec e so luç ão pa ra t od os o s ca so s da v ida so cia l. Le i d ev e se r a da pt ad a à co nd içã o so cia l q ue lh e pr op or cio na n ov a vid a. Co rre sp on de à Es co la da E xe ge se “E sc ola c on cil iad or a” : pr oc ur a un ir pr inc íp ios d a Es co la da Ex eg es e co m a s e xig ên cia s d o m un do co nt em po râ ne o. Es co la qu e de fe nd eu a id eia d e qu e o jui z at ua co m o um leg isl ad or n o ca so co nc re to . In te rp re ta çã o: gr am at ica l e lóg ico -s ist em át ica In te rp re ta çã o: h ist ór ico - ev olu tiv a In te rp re ta çã o: his tó ric o ev olu tiv a. M ais e lás tic a: va lor iza çã o do s us os e co stu m es In te rp re ta çã o: a le i s ó te m u m a int en çã o. S e nã o se en ca ixa n o m un do m od er no de ve se r re co nh ec ida a l ac un a. O j uiz nã o de ve se ap eg ar un ica m en te à le i n a ho ra d e ap lic ar o D ire ito , p od en do , n os ca so s de la cu na s, oc or re r u m a ce rta i nd ep en dê nc ia ao t ex to leg al, ut iliz an do -s e do s co stu m es e d a an alo gia p ar a so luc ion ar o s co nf lito s. Ne ste m om en to , p ar a alg un s a ut or es , o m ag ist ra do ex er ce um a fu nç ão d e m er o inv es tig ad or , en qu an to q ue , p ar a ou tro s, su a aç ão é cr iad or a de d ire ito s. In te rp re ta çã o: pl en a l ibe rd ad e d o jui z, qu e po de ju lga r a té m es m o co nt ra a lei . Qu an do da ap lic aç ão d o Di re ito a o ca so co nc re to , o q ue d ev e pr ev ale ce r é a ide ia do D ire ito e nq ua nt o Ju sti ça , p od en do o ju iz ag ir nã o ap en as at ra vé s da Ci ên cia Ju ríd ica m as ta m bé m p ela s ua co nv icç ão pe ss oa l. Ne ss a oc as ião o m ag ist ra do nã o e sta ria us an do s eu p od er d e de cid ir ap en as , m as su a fu nç ão de leg isl ad or , s eu p od er le gif er an te , co m o an im us de ap lic ar o Di re ito qu e su a co nc ep çã o pe rc eb er jus to . Vo nt ad e do le gis lad or In te nç ão d o leg isl ad or + aju ste à re ali da de In te nç ão po ss íve l do leg isl ad or , nã o no s eu te m po , m as n a ép oc a do int ér pr et e. So luç ão d o ca so c on cr et o co m a lei e o ut ra s f on te s d o Di re ito . Lib er da de pa ra ag ir se gu nd o su as p ró pr ias co nv icç õe s. “p len itu de le gis lat iva ” ad ap ta çã o à re ali da de cu ltu ra l re ali da de his tó ric a e at ua l m ét od os d e int eg ra çã o ins eg ur an ça ju ríd ica Teoria do direito, Ética e Epistemologia Introdução à ciência do Direito não é uma ciência (não tem um objeto específico - vários objetos de estudo), mas uma enciclopédia. Lei: Dogmática Jurídica História: história Sociedade (fatos sociais): Sociologia Ética: Filosofia
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