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II Questões para brincar

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QUESTÕES PARA BRINCAR 
 
QUESTÃO 01 
 
Antônio, casado e pai de uma criança de seis meses de idade, na véspera de completar dezoito anos, dis-
para dois tiros de arma de fogo contra Pedro com a intenção de matá-lo. Pedro é socorrido por populares, 
internado no hospital Alfa e depois três procedimentos cirúrgicos, cinco dias após o atentado, falece em 
decorrência dos ferimentos causados por Antônio, quando este já possuía 18 anos de idade. Diante das 
informações narradas, é possível processar Antônio criminalmente pela prática de crime? (Valor: 1,25) 
Justifique a sua resposta. 
 
GABARITO COMENTADO 
 
No caso em comento Antônio não pode ser processado criminalmente pela prática de crime praticado con-
tra Pedro, uma vez que, na época dos fatos, Antônio é inimputável, devendo responder por ato infracional análogo 
a homicídio consumado, nos termos do artigo 103 da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente). 
O momento de aferição da maioridade dar-se quando da prática do crime, nos moldes do artigo 4º do Có-
digo Penal e não no instante em que ocorre o resultado. Assim, analisando o caso concreto, quando Antônio dis-
parou os tiros de arma de fogo possuía menos de 18 anos de idade, não podendo ser considerado imputável para 
fins de autoria criminal. Além disso, é importante ressaltar que ainda que o agente seja casado, o que acarreta a 
sua emancipação civil, tal situação não gera efeitos no âmbito penal. 
 
QUESTÃO 02 
 
Bruno Gomes, respeitado neurocirurgião, operou a cabeça Euclides. Terminada a operação, com o pacien-
te já estabilizado e colocado no Centro de Tratamento Intensivo para observação, Bruno deixou o hospital 
e foi para casa, trocando o plantão com Margarida, pois o seu horário havia finalizado. Margarida, ao ver 
Euclides no CTI, reconheceu o agente como sendo o homem que havia matado o seu pai na semana ante-
rior, pois no dia do delito, estava escondida no banheiro e viu toda a cena do crime. Assim, revoltada por-
que Euclides não havia pego a pena merecida e diante da ocasião, resolveu fazer justiça e mata-lo. Com 
isso, Margarida determinou ao enfermeiro Pedro que trocasse o frasco de soro de alimentação de Eucli-
des, misturando, todavia, sem o conhecimento de Pedro, uma dose excessiva de veneno no soro, ocasio-
nando a morte do paciente. Diante da situação hipotética acima apresentada, pergunta-se: 
 
A) Qual o crime cometido por Margarida/ (Valor: 0,65) 
B) É possível a responsabilização criminal em desfavor de Pedro? (Valor: 0,6) 
Justifique as suas respostas. 
 
GABARITO COMENTADO 
 
A) Margarida comete o crime de homicídio qualificado-privilegiado, com fundamento no artigo 121, §§1º e 2º, III do 
Código Penal. 
Incorre no privilegiamento porque Margarida matou Euclides, impelida por motivo de relevante valor moral, 
nos termos do artigo 121, §1º do Código Penal. 
 O crime é qualificado porque a morte foi produzida com emprego de veneno, conforme dispõe o artigo 
121, §2º, III do Código Penal. 
A jurisprudência é uníssona no sentido de ser possível a combinação de homicídio qualificado e privilegia-
do, desde que a qualificadora seja de natureza objetiva, ou seja, em relação ao modo e meios de execução, tendo 
em vista que o privilegiamento é de natureza subjetiva. 
 Salienta-se que o crime de homicídio qualificado-privilegiado não apresenta natureza de hediondo, por 
não estar listado no rol taxativo do artigo 1º da Lei nº 8.072/90. 
 
B) Não é possível a responsabilização criminal em desfavor de Pedro em virtude da ocorrência do erro determina-
do por terceiro, previsto no artigo 20, §2º do Código Penal. 
Essa figura demanda da existência necessariamente da autoria mediata e da autoria imediata e ocorre 
quando um indivíduo direcionar a conduta de um terceiro para que este pratique o delito. 
A consequência jurídica do erro determinado por terceiros é que quem deverá responder pelo crime é o 
autor mediato, não havendo elemento subjetivo do tipo para caracterização de crime em relação ao terceiro mani-
pulado. 
Assim, Pedro não comete crime e quem responderá pelo delito praticado é Margarida. 
 
 
 
 
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QUESTÃO 03 
 
Ricardo, maior e capaz, após tomar ciência que seu filho, menor de 18 anos, havia sido conduzido pelo 
policial Gomes, pela prática de ato infracional análogo ao tráfico de drogas até a Delegacia de Polícia res-
ponsável pelo menor infrator, resolveu matar este referido policial. Ao sair de casa, com sua pistola .32, 
avistou o policial militar Gomes na porta da referida Delegacia, deflagrando dois disparos que ceifaram a 
vida do policial. Diante das informações fornecidas pela questão, tipifique a conduta praticada por Ricar-
do. (Valor: 1,25) 
Justifique sua resposta. 
GABARITO COMENTADO 
 
A conduta praticada por Ricardo é tipificada como homicídio qualificado por ter sido praticado contra poli-
cial militar no exercício da função, nos moldes do artigo 121, §2º, inciso VII do Código Penal. 
A Lei 13.142/15 acrescentou mais uma modalidade de qualificadora no crime de homicídio. Para ocorrên-
cia de tal modalidade, é necessário que o delito seja praticado contra alguma das vítimas descritas nos artigos 
142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública no 
exercício da atividade funcional ou em razão desta, ocorrendo a qualificadora, ainda, se o delito for cometido con-
tra cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até o terceiro grau dessas autoridades. 
A referida lei, ainda, acrescentou esta qualificadora como crime hediondo, ao teor do artigo 1º da Lei 
8.072/90, passando a apresentar um regime mais severo em relação aos crimes praticados contra as autoridades 
públicas, bem como contra os seus familiares, em razão da atividade funcional ou em decorrência dela. 
 
QUESTÃO 04 
 
José Lira, durante o velório de Luana, subiu em uma bancada e, com o intuito de ofender a honra social da 
agente, pois queria desmoralizá-la na frente de todos os presentes, afirmou que Luana era a maior “171 da 
cidade”, ladra e mau caráter. Diante das informações, tipifique, caso seja possível, a conduta praticada por 
José Lira. (Valor: 1,25) 
Justifique a sua resposta. 
GABARITO COMENTADO 
 
A conduta de José Lira é atípica, tendo em vista que não se pune difamação contra os mortos. O único 
crime contra a honra possível de responsabilização penal, quando praticado em desfavor do de cujus é a calúnia, 
conforme previsão do artigo 138, inciso II do Código Penal. 
 Assim sendo, por ausência de previsão legislativa, é posicionamento doutrinário e jurisprudencial domi-
nante no sentido de que José Lira, ao imputar fatos ofensivos a reputação de Luana, com o intuito de ofender sua 
honra social (objetiva), não incorre no crime de difamação, sendo atípica sua conduta e, consequentemente, não 
há em se falar em crime. 
 
OBSERVAÇÃO: Não há que se falar no crime de impedimento ou perturbação de cerimônia funerária, tipificado ao 
teor do artigo 209 do Código Penal, pelo fato de José Lira ter o animus de ofender a honra objetiva do morto e não 
de impedir ou perturbar enterro ou cerimônia funerária. 
 
QUESTÃO 05 
 
Joel, diante do seu computador, utilizando-se de meios fraudulentos para captação de dados bancários, 
transferiu, via internet, o valor de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais) da conta corrente de Alice no 
Banco do Brasil, sem o seu consentimento, para a sua conta no Banco Santander, localizado na Cidade 
Gama. Ao perceber o valor a menor em sua conta, Alice registrou ocorrência na delegacia de polícia da 
Comarca de Alfa, local em que reside e onde está localizada a agência do Banco do Brasil na qual possui 
conta. Considerando exclusivamente os dados narrados acima, pergunta-se: 
 
A) Qual o crime cometidopor Joel? (Valor: 0,65) 
B) Qual será a comarca competente para o processamento e julgamento do feito? (Valor: 0,6) 
 
GABARITO COMENTADO 
 
A) O crime cometido por Joel foi o de furto mediante fraude, tipificado ao teor do artigo 155, §4º, II do Código Pe-
nal. 
 
 
 
 
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Analisando o caso concreto, o agente subtraiu a quantia de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais) da 
conta corrente da vítima, sem o seu consentimento, mediante emprego de meio fraudulento para adquirir as in-
formações bancárias necessárias a transação digital, configurando o delito analisado. 
 
B) A competência para o processamento e julgamento do feito será da Comarca de Alfa, local em que se situa a 
conta bancária subtraída. 
Verificando a narrativa acima, o delito em questão consuma-se no local da agência bancária onde o cor-
rentista fraudado possui conta, sendo portando competente o Juízo da Comarca de Alfa, nos termos do art. 70, 
caput do Código de Processo Penal. 
 
QUESTÃO 06 
 
Raul, motorista de um casal, após deixar seus patrões no médico para exames de rotina, apropriou-se do 
veículo da família que detinha a posse para ficar com o bem, já que sempre sonhou em ter aquele carro. 
Durante as investigações, ficou constatado que Raul trabalhava para o casal há menos de duas semanas e 
que o fato dos mesmos não puderem mais dispor do veículo, causou graves contratempos, inclusive a 
interrupção de um tratamento fisioterápico que uma das vítimas estava se submetendo, visto necessita-
rem do automóvel para locomoção. Além disso, restou apurado, ainda, não ter o agente se valido de vio-
lência ou grave ameaça para a apropriação da res e, em sede policial, confessou ter se apropriado do bem, 
já que sempre quis ter aquele automóvel. Diante das informações, pergunta-se: 
 
A) Raul poderá ser responsabilizado criminalmente? (Valor: 0,75) 
B) Como advogado de Raul, é possível, diante das informações narradas na questão, a alegação de algum 
instituto jurídico no intuito de beneficiá-lo? (Valor: 0,5) 
Justifique todas as suas respostas. 
 
GABARITO COMENTADO 
 
A) Raul incorreu no crime de apropriação indébita majorada em razão do emprego, ofício ou profissão, nos moldes 
do artigo 168, §1º, inciso III do Código Penal Brasileiro. 
 O crime de apropriação indébita consiste na conduta do agente em se apropriar de coisa móvel alheia, de 
que tem a posse ou a detenção. A conduta de Raul incidirá a causa de aumento de pena por ter o agente recebido 
o bem em razão de seu emprego como motorista do casal. 
Analisando a casuística apresentada, Raul incorre no crime em análise por ter se apropriado do automóvel 
de que detinha a posse em razão de ser motorista do casal, sob a alegação de que sempre sonhou em ter aquele 
carro. 
 
B) É possível a alegação da confissão espontânea, ainda que em sede policial, como causa de atenuante genéri-
ca, conforme previsão no artigo 65, III, “d” do Código Penal, devendo tal benefício ser aplicado na segunda fase 
da dosimetria da pena, quando da aplicação da sentença pelo magistrado. 
 
QUESTÃO 07 
 
Marcelo resolveu jogar uma pedra no vidro do ônibus em movimento que se destinava ao transporte pú-
blico coletivo de passageiros quando este estava saindo da garagem, pois se encontrava chateado com o 
término do seu casamento com Fernanda. Na ocasião, Bruno, condutor do veículo, assustou-se com o 
barulho da pedra quebrando o vidro, perdeu o controle do ônibus e colidiu em um poste. Em virtude do 
acidente, Bruno bateu a cabeça no volante, tendo traumatismo craniano, falecendo ainda no local, antes 
da chegada da equipe médica. Diante das informações, tipifique, caso seja possível, a conduta pratica por 
Marcelo, bem como a competência para a apreciação do feito. (Valor: 1,25) 
 
GABARITO COMENTADO 
 
Marcelo comete o crime de arremesso de projétil, nos termos do artigo 264 do Código Penal, devendo a 
sua pena ser aquela para o homicídio culposo, aumentada de um terço. A competência para o processamento do 
feito é da Vara Criminal, uma vez que o crime prevê pena máxima abstratamente prevista maior de 02 anos, não 
sendo possível o julgamento nem pelo Juizado Especial Criminal, tão pouco pelo Tribunal do Júri, já que não se 
trata de crime de pequeno potencial ofensivo, nem de crime doloso tentado ou consumado contra a vida. 
No caso analisado, Marcelo, chateado pelo término do seu casamento com Fernanda, resolve arremessar 
uma pedra contra o transporte público, incorrendo no delito previsto no art. 264 do Código Penal. Não há de se 
 
 
 
 
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falar em crime de dano em decorrência da aplicação da premissa da especificidade ou especialidade para fins de 
tipificação criminal. 
Em virtude desse arremesso, o motorista perdeu o controle, bateu no poste e faleceu. Assim, a pena de 
Marcelo será àquela prevista ao homicídio culposo, só que aumentada de um terço conforme preceitua o parágra-
fo único do mesmo artigo. 
 
QUESTÃO 08 
 
Leandro, funcionário público, nos dois primeiros meses de sua atividade, exerceu a função pública, po-
rém, sem receber qualquer remuneração por suas atividades. Durante esse período, com a finalidade de 
obtenção de proventos pecuniários, já que tinha total acesso ao sistema, alterou indevidamente dados 
corretos nos sistemas de bancos de dados da repartição que atuava. Com a alteração, recebia cerca de R$ 
5.000,00 (cinco mil reais), por semana. Durante as investigações, restou apurado que esse valor era repas-
sado também a uma terceira pessoa, não identificada, que não tinha conhecimento da conduta criminosa. 
Foi constatado, ainda, que Leandro realizou a conduta nos meses que não recebeu nenhum tipo de remu-
neração. Diante das informações, pergunta-se: 
 
A) Qual o crime praticado por Leandro? (Valor: 0,75) 
B) O fato de Leandro não receber nenhuma remuneração quando estava trabalhando na repartição pública 
acarreta em algum benefício ao agente? (Valor: 0,5) 
Justifique suas respostas. 
 
GABARITO COMENTADO 
 
A) Leandro incorreu no crime de inserção de dados falsos em sistema de informações, tipificado ao teor do artigo 
313-A do Código Penal, respondendo a título de continuidade delitiva, nos moldes do artigo 71 do mesmo diploma 
legal. 
 O crime de inserção de dados falsos em sistema de informação consiste na conduta do funcionário público 
autorizado em inserir ou facilitar a inserção de dados falsos, bem como de alterar ou excluir indevidamente dados 
corretos nos sistemas de informações ou bancos de dados da Administração Pública. 
Para a caracterização do delito em apreço, é necessário que o sujeito ativo do delito tenha a finalidade de 
obtenção da vantagem indevida, para si ou para outrem ou ainda queira, com a inserção dos dados, causar dano 
à Administração. 
 O crime restou configurado por ter Leandro a intenção de lucrar, pelos meses em que passou sem receber 
nenhum tipo de remuneração e, com isso, alterou o sistema de informações, no intuito de obter a quantia de R$ 
5.000,00 semanais (cinco mil reais). 
 Destaque-se, ainda, ser o delito praticado em continuidade delitiva, conforme previsão no artigo 71 do 
Código Penal, uma vez que o agente realizou a conduta diversas vezes, nas mesmas condições de tempo, lugar, 
maneiras de execução, sendo um crime subsequente do outro. 
 
B) O fato de Leandro ter praticado o crime quando estava trabalhando para à Administração Pública sem receber 
qualquer remuneração pelo exercício de suas atividades não acarreta, por si só, em nenhum benefício, uma vez 
que, para fins penais é considerado funcionário público, conforme dispõe o artigo 327, caput, do Código Penal. 
 
QUESTÃO 09 
 
Fernando participou como jurado no julgamento de Luiz, acusado de crime qualificado pela impossibilida-
de de defesa da vítima. Na computação dos votos pelos jurados, Luiz foi absolvido pelo Conselho de Sen-tença, tendo o juiz proferido sentença absolutória. Proferida sentença absolutória, dias após, constatou-se 
que Fernando e outros quatros jurados haviam recebido, cada um, a importância de R$ 2.500,00 (dois mil e 
quinhentos reais) para votarem favoravelmente ao acusado. Diante das informações, tipifique a conduta 
praticada por Fernando, justificando a sua resposta. (Valor: 1,25) 
 
GABARITO COMENTADO 
 
Fernando comete o crime de corrupção passiva agravada, nos moldes do artigo 317, §1º do Código Penal, 
em virtude do recebimento de vantagem indevida, tendo a sua pena aumentada por ter praticado o ato de ofício 
infringindo o seu dever funcional. 
Ressalte-se que, os jurados, para fins de direito penal, são considerados funcionários públicos, podendo 
praticar crimes funcionais, conforme previsão no artigo 327 do mesmo diploma legal. Além disso, o artigo 445 do 
 
 
 
 
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Código de Processo Penal é taxativo ao informar que estando o jurado no exercício da função será responsável 
de forma criminal pelos atos praticados. 
 
QUESTÃO 10 
 
Maurílio ingressou com uma queixa-crime em desfavor de Bernardo pela prática o crime de dano qualifi-
cado por motivo egoístico, constante no art. 163, parágrafo único, IV do Código Penal. Designada audiên-
cia de instrução e julgamento, os agentes, apesar de devidamente intimados, não compareceram. O juiz, 
assim, julgou a queixa-crime procedente, condenando Bernardo pelo crime praticado a uma pena de seis 
meses de detenção, dando-lhe direito à suspensão condicional da pena, em virtude do preenchimento dos 
requisitos constantes no art. 77 do Código Penal. Analisando o caso apresentado e, na condição de advo-
gado do querelado, responda as seguintes indagações: 
 
A) Qual o recurso cabível da decisão do magistrado? (Valor: 0,6) 
B) Qual tese mais favorável pode ser arguida no intuito de beneficiar o agente? (Valor: 0,65) 
 
GABARITO COMENTADO 
 
A) O recurso cabível da decisão do magistrado é a Apelação, nos termos do Art. 593, I do Código de Processo 
Penal, tendo em vista a ocorrência de uma decisão condenatória de mérito realizada por um juiz singular no rito 
sumário. 
 
B) A tese mais favorável a ser arguida no intuito de beneficiar o agente é a ocorrência da extinção de punibilidade 
do agente pela perempção, conforme previsão no art. 107, IV do Código Penal em combinação com o art. 60, III 
do Código de Processo Penal, vez que houve uma falta injustificada do querelante e do advogado deste a um ato 
processual que deveriam estar presentes, razão pela qual restou configurada a extinção de punibilidade, por ser o 
delito motivador de ação penal privada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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