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Distúrbios da função respiratória 1 Anomalias Congênitas • Anomalias congênitas dos pulmões manifestam-se comumente no 2 primeiros anos de vida provocando normalmente ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA E CIANOSE. – Atresia brônquica – Hipoplasia pulmonar – Malformação adenomatóide cística cong~entia • Estruturas bronquiolares anormais – Cisto broncogênico • Massa extrapulmonar solitária 2 Obstrução brônquica • Pode ocorrer associada tumores ou tampões mucosos decorrentes de material aspirado • Obstrução parcial: – distensão excessiva do segmento distal do pulmão • Obstrução completa: – Desenvolvimento da atelectasia – suscetível a pneumonia, abcesso pulmonar ou bronquiectasia 3 Atelectasia • Colabamento de tecido pulmonar • Pode ocorrer junto com: – obstrução crônica – compressão direta do pulmão (pneumotórax) – complicação pós cirúrgica • Atelectasia crônica: – pulmão colabado torna-se fibrótico 4 Bronquiectasia • Dilatação irreversível de brônquios causada pela destruição dos elementos musculares e elásticos das paredes brônquicas. • Pode ser obstrutiva (obstrução mecânica) ou não obstrutiva localizada ou não localizada (infecções respiratórias, distúrbios nos cílios) – Síndrome de Kartagener- síndrome dos cílios imóveis. – Inflamação intensa de brônquios e bronquíolos e de componentes da parede, metaplasia escamosa das vias respiratórias centrais e fibrose 5 Edema Pulmonar •Acúmulo anormal de líquido intersticial nos espaços intersticiais e alvéolos dos pulmões. •Sinais e sintomas: –dispnéia, respiração ruidosa, taquipnéia, sensação de sufocação, cianose, palidez •Alterações morfológicas: –Acúmulo de líquido nos espaços alveolares –Microhemorragias (ICC) e os macrófagos ingerem observando-se hemossiderina –Fibrose nos septos alveolares 6 Dano alveolar difuso (DAD) • Resposta a lesão no tecido pulmonar a) Exsudato intra-alveolar com acentuada hiperplasia de pneumócito tipo II (bizarros e pleomórficos) b) Mistura de exsudato contendo proteínas, surfactante e detritos celulares c) Pode progredir para pneumonia (tecido de granulação) resultando ou em fibrose pulmonar ou restauração da arquitetura. 7 Infecções pulmonares 8 Pneumonia • Processo inflamatório no interior dos espaços alveolares. • Pneumonite: doença inflamatória do tecido pulmonar resultante em inflamação do insterstício e fibrose mediada por mecanismos imunes. • Subdividida: – Pneumonia lobar (consolidação de um lobo inteiro) – Broncopneumonia (focos dispersos em 1 ou vários lobos) • Tipos: – Pneumonia Viral – Pneumonia Bacteriana – Pneumonia Fúngica 9 Pneumonia por Mycoplasma • Pneumonia atípica com início insidioso, leucocitose mínima e curso prolongado – RX: pneumonia intra-alveolar irregular ou infiltrado intersticial – Bronquiolite com exsudatos intraluminares neutrofílios e intenso infiltrado linfoplasmocítico na parede bronquiolar – Diagnóstico: sorologia 10 Pneumonia Viral • Produzem lesão alveolar difusa e pneumonia intersticial (não alveolar) • Vírus comuns: citomegalovírus, vírus do sarampo, varicela, herpes simples, influenza, adenovírus a) Normalmente afeta o epitélio alveolar e provoca infiltrado mononuclear no interstício. b) Notam-se inclusões virais no interior de céls epiteliais e pode ocorrer multinucleação c) Necrose de pneumócitos tipo I e formação de membrana hialina com aspecto morfológico idêntico da lesão alveolar difusa 11 Vírus Respiratórios • Resfriado comum – Rinovíurus, coronavírus (autolimitada-Trato resp. superior) • Gripe – Influenza tipo A,B,C (RNA filamento único com envoltório). Necrose do epitélio respiratório e alveolar • Parainfluenza – RNA filamento único com envoltório (laringotraqueobrnquite) • Vírus sincicial respiratório – RNA filamento único com envoltório (Bronquiolite e pneumonia em lactentes) • Adenovírus – DNA sem envoltório (pneumonias) • Síndrome respiratória aguda grave (SARS) – Coronavírus (lesão alveolar) 12 Abcesso Pulmonar • Acúmulo localizado de pus com destruição do parênquima pulmonar (alvéolos, vias respiratórias e vasos sanguíneos) – Causas: infecções, obstrução brônquica, pneumonia necrosante, traumatismo penetrante, êmbolos pulmonares infectados. – Pode ocorrer fibrose ou ruptura e contaminação ´para outras partes do pulmão. 13 Síndrome da Angústia respiratória aguda (SARA) Lesão alveolar difusa (LAD) • Padrão inespecífico de lesão dos pneumócitos e céls endoteliais, com lesão pulmonar e insuficiência respiratória progressiva • Equivale a síndrome da angústia respiratória em neonatos (SAR) que associada a LAD é denominada de doença da membrana hialina. Pode ser decorrente da displasia broncopulmonar, diminuição da estrutura alveolar ou deficiência de surfactante em neonatos • LAD: fase exsudativa (lesão pulmonar) e fase de organização (fibroblastos e membranas hialinas). Pode evoluir para fibrose retornando ou anormal ou evoluindo para fibrose intensa. 14 Doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC) 15 DPOC • Termo geral que descreve pacientes com diminuição do volume expiratório forçado com provas de função pulmonar (PFP) espirométricas • Engloba diversas doenças como: a) Bronquite crônica b) Asma c) Enfisema • Características: – diminuição do fluxo de ar • aumento de resistência no interior das vias respiratórias • estreitamento devido a bronquite ou asma – diminuição da pressão de saída do fluxo • retração elástica do enfisema 16 1. Bronquite Crônica • Definida clinicamente como a presença de uma tosse produtiva crônica sem uma causa evidente • Principal causa é o tabagismo (90%casos) • Pacientes possuem frequentes infecções agudas do trato respiratório (mais no inverno mas depois ocorre durante todo o ano), dispnéia de esforço, cor pulmonale. • Há risco de infecções secundárias. • Normalmente acompanhada de enfisema • Achados microscópicos: – Hiperplasia das céls mucosas (com hipertrofia) e caliciformes; Dilatação de ductos de gls brônquicas – Aumento da qtde de mm lisa brônquica – Metaplasia de céls do epitélio brônquico pelo tabaco 17 2. Enfisema Pulmonar • Doença pulmonar crônica • Aumento dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais + destruição da parede do bronquíolo (desequilíbrio entre a síntese de elastina e a degradação com perda geral da elastina e lesão da parede alveolar) • Causa: – tabagismo (principal- propicia degradação pela elastase). – Casos moderados a leves não são observados em não fumantes, deficiência hereditária de alfa1 antitripsina. • Acima dos 60 anos (dispnéia de esforço e tosse não produtiva mínima) • Não há tratamento efetivo. • Tipos: classificados conforme porção do alvéolo acometido 18 Tipos Enfisema Centrolobular Mais comum Associado ao tabagismo •Destruição de um conjunto de bronquíolos terminais próximo ao término da árvore bronquiolar, mai graves nas zonas superiores co pulmão Paracinar Fumantes Deficiência de alfa1 antitripsina •Ácino afetado de maneira uniforme com destruição dos septos alveolares do centro para a periferia •Aparência rendada do tecido de sustentação •Zonas inferiores do pulmão Localizado •Destruição dos alvéolos e enfisema em uma ou algumas localizações •Ápice do lobo superior •Pode resultar em bolhas 19 3. Asma • Doença pulmonar crônica • Causas: – Aumento da capacidade de resposta das vias respiratórias a diversos estímulos (hipersensibilidade) – Obstrução das vias aéreas (espasmos do mm liso ou edema das túnica mucosas aéreas, aumento da secreção de muco e dano do epitélio das vias aéreas) • Parcialmente reversível ou espontaneamente por tratamento• Afeta cerca de 3-5% da população, mais comum em crianças que em adultos • Dispnéia, tosse, episódios agudos 20 Fatores desencadeadores da asma Alergia Infecção (rinovírus, influenza, parainfluenza em idosos) Exercícios físicos (aumento da perda de calor ou água pelo epitélio das vias respiratórias) Exposição ocupacional Exposição a fármacos (aspirina e outros anti-inflamatórios não esteróides) Poluição do ar Fatores emocionais 21 Asma • Macroscopia: – distensão do pulmão, tampões mucosos aderentes, viscosos e espessos nas vias aéreas • Microscopia: – Tampões mucosos (epitélio, eosinófilos, cristais de Charcot- Leyden (fosolipídeos de membrana) – Exsudatos mucóides (espiral de Curschmann) – Corpúsculos de Creola (coleções compactas de céls epiteliais) podendo ser visualizada no escarro. 22 Pneumoconioses • Doenças causadas pela inalação de poeiras inorgânicas. • Lesões pulmonares produzidas refletem dose, tamanho da partícula inalada e os sintomas são decorrentes da fibrose secundária • Doença mais grave é a que alcança as regiões mais periféricas do pulmão 23 Pneumoconioses Silicose •Inalação de dióxido de silício (sílica) •Indivíduos de mineração, jateamento de areia, fabricação de cerâmica, polimento de metais entre outros •Ingestão pelos macrófagos co liberação de fatores pró-fibrinogênio. Formam-se nódulos ou fibrose difusa Mineradores de carvão •Inalação da poeira do carvão (PMC) contendo sílica, carbono e outras moléculas •Nódulos negros não palpáveis (menor que 1 cm de diâmetro ou 2cm) Asbestose •Inalação de minerais de silicato fibroso delgado e longos formando depósitos nas bifurcações dos ductos alveolares •Fibrose intersticial difusa bilateral com corpúsculos feriginosos (de asbesto) •Coram-se pelo azul da Prússia Beriliose •Inalação do berílio (indústria aeroespacial, cerâmica industrial e reatores atômicos) •Lesão alevolar difusa •Pode evoluir para fibrose terminal Talcose •Poeira do talco ou uso intravenoso de drogas que contenham talco como veículo •Granulomas de corpo estranho •Nódulos fibróticos com fibrose intersticial 24 Embolia Pulmonar • Resulta do desprendimento de trombos venosos para circulação pulmonar • 90% dos êmbolos pulmonares originam de trombos venosos profundos na coxa • Assintomáticos (pequenos) • Grandes êmbolos (em sela) são fatais • Embolia pulmonar crônica pode resultar em aumento da pressão da artéria pulmonar com sobrecarga de coração direito desenvolvendo o cor pulmonale na presença de hipertensão pulmonar. • Infarto pulmonar é raro e geralmente são hemorrágicos com sintomas relacionados a inflamação peritoneal 25
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