Aula Funções do Mercado Financeiro 2017

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EAE - FEA/USP - 2016
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Funções Setor Financeiro
José Carlos de Souza Santos
FEA/USP
Maio 2017
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Restrição Orçamentária
Um dos conceitos fundamentais de Economia é o de Demanda
Em Microeconomia quando se estuda a Demanda individual depara-se com o conceito de Restrição Orçamentária
No seu nível mais simples estabelece-se que o consumo do indivíduo, ou da unidade de consumo, deve ser igual à renda desse mesmo agente
Nesse caso todos os orçamentos devem ser equilibrados (consumo – renda), não existem agentes que executam orçamentos de forma superavitária / deficitária
Claramente esse modelo simples não corresponde à realidade.
Governos, empresas e famílias raramente executam o orçamento de um período de forma equilibrada.
Generalizando a restrição orçamentária para diversos períodos exige-se consistência nos gastos de consumo ao longo do tempo em relação ao fluxo de renda futuro de renda.
Valor presente do consumo = Valor presente da renda
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Como transferir riqueza no tempo?
Surge um problema importante:
Que mecanismo que a sociedade produz para permitir transferir poder de compra do futuro para o presente e vice-versa?
Transferir $ do presente para o futuro
Comprar um bem, algo que preste um serviço, que preencha uma necessidade, que continue existindo até uma data futura e que tenha mercado no futuro.
Trazer recursos do futuro para o presente
Prometer entregar, em data futura, algum bem, e vender essa promessa para algum agente.
Esse problema é mais sofisticado pois o que está sendo vendido é uma promessa de pagamento futuro.
Este tipo de instrumento é chamado de Ativo Financeiro.
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Tipos de Ativos Financeiros
Podemos classificar o os valores prometidos serem pagos pelo emissor em dois grupos distintos
Fluxos certos: emissor precisa cumprir sua promessa de forma incondicional, ou seja, na data correta o valor prometido (positivo) vai ser pago.
Renda Fixa. Exemplo típico Títulos
Fluxos Incertos: existe uma regra que determina ao emissor o pagamento sob certas condições
Renda Variável. Exemplo típico: Ações
Além dos ativos financeiros classificados como renda fixa e os de renda variável temos um terceiro tipo de ativo financeiro
Contratos de Derivativos
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Emissão de Ativos Financeiros
Dois agentes com papeis distintos
Emissor
Agente que faz a promessa de pagamento futuro
Investidor
Agente que compra a promessa de pagamento futuro
Onde são negociados os ativos financeiros?
Mercado Financeiro: pregão x balcão
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Mercado Financeiro
Mercado Monetário
Recursos de curtíssimo prazo
Mercado de Capitais
Mercado de Renda Variável
Mercado de Renda Fixa
Mercados de Derivativos
Derivativos sem caixa: termos, futuros e swaps
Derivativos com caixa: contratos de opções
No Brasil, os mercados financeiros são organizados em um sistema, conhecido como Sistema Financeiro Nacional
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Funções do Sistema Financeiro Nacional
Intermediação Financeira e Crédito
Agentes Superavitários x Deficitários
Facilitador de negócios para a criação dos ativos financeiros
Fornecimento de mecanismos para a geração da Poupança e do Investimento
Instrumentos para captar poupança da sociedade
Financiamento da sociedade
Armazenamento de valor
 Redistribuição e mudança do risco entre agentes
Mercado de capitais como mecanismos de transferência de risco
Mudança da natureza do risco
Redistribuição de Risco
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Sistema
Financeiro
Brasileiro
Subsistema
Normativo
Subsistema de 
Intermediação
Conselho Monetário Nacional
Banco Central do Brasil
Comissão de Valores Mobiliários
Superintendência
de
Seguros Privados
Secretaria de
Previdência
Complementar
Agentes
Especiais
Bancos e Caixas Ec.,
Não-bancárias 
e auxiliares
Estrutura do Sistema Financeiro
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Estrutura do Sistema
O Sistema Financeiro Nacional pode ser dividido em dois grupos de instituições:
Normativas: CMN, BACEN, CVM, SUSEP, SPC etc.
Sistema de Intermediação
Monetárias
Bancos Comerciais
Bancos de Investimento e de Desenvolvimento
Bancos Múltiplos 
Não monetárias e auxiliares
Sistema de Distribuição de Títulos e Valores Mobiliários: DTVM, Corretoras
Auxiliares: Bolsas
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Evolução Tamanho SFN
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Principais instituições Sistema Normativo
Conselho Monetário Nacional
aprovar metas monetárias e emissões de papel-moeda
fixar normas e diretrizes para as políticas monetária e cambial
fixar normas para o crédito
regular operações do Bacen com instituições financeiras públicas e privadas
regular políticas p/ mercado de capitais
Banco Central do Brasil
emitir moeda
receber os recolhimentos compulsórios dos bancos;
realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras;
regular a compensação de cheques e outros papéis;
efetuar política monetária
exercer o controle de crédito;
fiscalizar as instituições financeiras;
autorizar o funcionamento e operacionalidade das instituições;
controlar o fluxo de capitais estrangeiros.
Guardar e gerir as reservas do país
Gestão da dívida pública
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Principais instituições Sistema Normativo
Comissão de Valores Mobiliários
estimular a aplicação de poupança no mercado acionário;
assegurar o funcionamento às bolsas de valores e instituições auxiliares;
proteger os titulares de valores mobiliários contra irregularidades;
fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação de títulos emitidos;
fortalecimento do Mercado de Ações
Superintendência de Seguros Privados – SUSEP
fiscalização das companhias de seguros privados e das entidades abertas de previdência
Regulação do mercado de resseguros
Secretaria de Previdência Complementar
Fiscalização e regulação das entidades fechadas de previdência complementar
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