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EAE0207: Matemática Aplicada à Economia Aula 12: Transformações Lineares (Cont.) Marcos Y. Nakaguma 15/09/2017 1 Exercício Resolvido Exercício: Calcule uma base do espaço-nulo da seguinte matriz: A = 0 @ 1 2 0 �2 00 0 1 3 0 1 2 1 1 1 1 A I O espaço-nulo de A é dado pelo conjunto de soluções do sistema de equações homogêneo Ax = 0. I Note que a matriz A em sua forma escalonada por linhas é dada por: Ar = 0 @ 1 2 0 �2 00 0 1 3 0 0 0 0 0 1 1 A 2 Exercício Resolvido (Cont.) I Assim, o sistema Ax = 0 pode ser expresso como:8< : x1 +2x2 �2x4 = 0 x3 +3x4 = 0 x5 = 0 ) 8< : x1 = �2x2 + 2x4 x3 = �3x4 x5 = 0 onde x2 e x4 são variáveis livres do sistema. I Portanto, qualquer solução de Ax = 0 pode ser escrita como: x = 0 BBBB@ x1 x2 x3 x4 x5 1 CCCCA = 0 BBBB@ �2x2 + 2x4 x2 �3x4 x4 0 1 CCCCA = x2 0 BBBB@ �2 1 0 0 0 1 CCCCA+ x4 0 BBBB@ 2 0 �3 1 0 1 CCCCA Os vetores (�2, 1, 0, 0, 0) e (2, 0,�3, 1, 0) formam uma base de Nul (A), de forma que dimNul (A) = 2. 3 Exercício (Cont.) I Assim, temos que: dimNul (A) = no de variáveis livres = no de variáveis � posto A = no de variáveis � Col (A) = 5� 3 = 2 4 Tranformações Lineares Na aula passada, vimos que uma matriz de coe cientes n� k de ne a seguinte função T : Rk ! Rn:2 6664 a11 a12 � � � a1k a21 a22 � � � a2k ... ... . . . ... an1 an2 � � � ank 3 7775 2 6664 x1 x2 ... xk 3 7775 = 2 6664 y1 y2 ... yn 3 7775 A função T (x) = Ax é chamada de transformação linear. Dada uma transformação linear T : Rk ! Rn, de nimos: i . Imagem de T: Im (T ) = fy 2 Rn : T (x) = y para algum x 2 Rkg ii . Núcleo de T: Nul (T ) = fx 2 Rk : T (x) = 0g 5 Tranformações Lineares De nição: Uma transformação linear T : Rk ! Rn é injetora se, e somente se, para quaisquer x1, x2 2 Rk : T (x1) = T (x2) ) x1 = x2 De nição: Uma transformação linear T : Rk ! Rn é sobrejetora se, e somente se, Im (T ) = Rn. 6 Tranformações Lineares Teorema: Uma transformação linear T : Rk ! Rn é injetora se, e somente se, Nul (T ) = f0g . Prova: (() Suponha que Nul (T ) = f0g e considere x1, x2 2 R k quaisquer com T (x1) = T (x2) Note que podemos re-escrever a expressão acima como: T (x1) = T (x2) $ Ax1 = Ax2 $ A(x1 � x2) = 0 $ T (x1 � x2) = 0 Assim, como Nul (T ) = f0g, segue que: x1 � x2 = 0 ) x1 = x2 Portanto, T é injetora. 7 Tranformações Lineares (Cont.) ()) Suponha que T é injetora e considere x 2 Rk qualquer com T (x) = 0 Note que podemos escrever: T (x) = T (0) Assim, como T é injetora, temos que: x = 0 Portanto, Nul(T ) = f0g. 8 Tranformações Lineares Exemplo 1: Considere a transformação linear T : R3 ! R2, com: T (x) = � 1 0 0 0 1 0 � 24 x1x2 x3 3 5 ) � y1 y2 � = � x1 x2 � I Note que: dim Im (T ) = 2 Portanto, Im (T ) = R2, o que implica que T é sobrejetora. I Pelo teorema fundamental da álgebra, segue que: dimNul (T ) = 3� 2 = 1 Assim, Nul (T ) 6= f0g, o que implica que T não é injetora. 9 Tranformações Lineares Exemplo 2: Considere a transformação linear T : R2 ! R2, com: T (x) = � 1 3 2 1 � � x1 x2 � ) � y1 y2 � = � x1 + 2x2 2x1 + x2 � I Note que: dim Im (T ) = 2 Portanto, Im (T ) = R2, o que implica que T é sobrejetora. I Pelo teorema fundamental da álgebra, segue que: dimNul (T ) = 2� 2 = 0 Assim, Nul (T ) = f0g, o que implica que T é injetora. I Se uma função é tanto injetora quanto sobrejetora, então dizemos que ela é bijetora. 10 Tranformações Lineares Exemplo 3: A transformação linear T : R2 ! R3, com: T (x) = 2 4 1 00 1 0 0 3 5 � x1 x2 � ) 2 4 y1y2 y3 3 5 = 2 4 x1x2 0 3 5 é um exemplo de uma transformação linear injetora, mas não sobrejetora. I Note que: dim Im (T ) = 2 Portanto, Im (T ) � R3, de forma que que T é não é sobrejetora. I Pelo teorema fundamental da álgebra, segue que: dimNul (T ) = 2� 2 = 0 Assim, Nul (T ) = f0g, o que implica que T é injetora. 11 Tranformações Lineares Exemplo 4: A transformação linear T : R3 ! R3, com: T (x) = 2 4 1 �1 01 0 �1 0 1 �1 3 5 2 4 x1x2 x3 3 5 ) 2 4 y1y2 y3 3 5 = 2 4 x1 � x2x1 � x3 x2 � x3 3 5 é um exemplo de uma transformação linear que não é nem injetora, nem sobrejetora. I Note que, escalonando a matriz de coe cientes, obtemos que: dim Im (T ) = 2 Portanto, Im (T ) � R3, de forma que que T é não é sobrejetora. I Pelo teorema fundamental da álgebra, segue que: dimNul (T ) = 3� 2 = 1 Assim, Nul (T ) 6= f0g, o que implica que T é não é injetora. 12 Geometria das Transformações Lineares 13 Transformações Lineares: Vetor Fixo Dada uma transformação linear: T : Rn ! Rn, gostaríamos de determinar quais vetores x 2 Rn são "levados" neles mesmos por esta transformação, i.e.: T (x) = x $ Ax = x, onde A é uma matriz quadrada n� n. Neste caso, dizemos que x é um vetor xo. Note que o vetor nulo, x = 0, sempre é um vetor xo, de modo que vamos desconsiderá-lo de nossa análise. 14 Transformações Lineares: Vetor Fixo Exemplo 1: Transformação Identidade. I Considere a seguinte transformação linear T : R2 ! R2 : T (x) = � 1 0 0 1 � � x1 x2 � ) � y1 y2 � = � x1 x2 � I Logo, segue que: T (x) = x, de forma que todo x 2 R2 é um vetor xo. 15 Transformações Lineares: Vetor Fixo Exemplo 2: Reexão no Eixo x. I Considere a seguinte transformação linear T : R2 ! R2 : T (x) = � 1 0 0 �1 � � x1 x2 � ) � y1 y2 � = � x1 �x2 � I Neste caso, os vetores xos devem ser tais que:� x1 x2 � = � x1 �x2 � ! x2 = �x2 ) x2 = 0 I Portanto, todo vetor x 2 R2 pertencente ao eixo x, i.e.: x = � x1 0 � é mantido xo pela transformação. 16 Transformações Lineares: Vetor Fixo Exemplo 3: Rotação de 90o . I Considere a seguinte transformação linear T : R2 ! R2 : T (x) = � 0 �1 1 0 � � x1 x2 � ) � y1 y2 � = � �x2 x1 � I Neste caso, os vetores xos devem ser tais que:� x1 x2 � = � �x2 x1 � ! � x1 = �x2 x1 = x2 ) x1 = x2 = 0 I Portanto, o único vetor xo é o zero. 17
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