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5. DIREITO DO CONSUMIDOR

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5. DIREITO DO 
CONSUMIDOR
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA POR 
LIMINAR. (SITUAÇÃO: CONSUMIDOR EFETUA UMA NOVAÇÃO COM UM BANCO, CONTUDO 
SEU NOME É INSCRITO NOS CADASTROS DOS SERVIÇOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO, EM 
VIRTUDE DO DÉBITO QUE NÃO MAIS EXISTIA; ALÉM DISSO, AO EFETUAR A INSCRIÇÃO, O 
SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO NÃO ENVIA NENHUM TIPO DE COMUNICAÇÃO PRÉVIA 
AO CONSUMIDOR [COMO DETERMINA O ARTIGO 43, § 2º DO CÓDIGO DE DEFESA DO 
CONSUMIDOR; ARTIGO 13, INCISO XIII DO DECRETO Nº 2.181/1997 E SÚMULA 359 DO STJ]).
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do ___° Juizado Especial Cível da Comarca de João 
Pessoa - Paraíba
FULANO DE TAL, brasileiro, solteiro, Técnico em Telecomunicações, portador de CPF 000.000.000-
00 e Carteira de Identidade 0.000.000 - SSP/PB, residente e domiciliado na Rua da Felicidade, n° 01, Bairro 
da Alegria, João Pessoa – PB, CEP 00000-000, por seu advogado adiante assinado, legalmente constituído 
nos termos do instrumento de mandato em anexo, com Escritório situado à Av. Jurídica nº 000, Sala 00, 
Bairro, João Pessoa – PB, CEP 11111-111, onde receberá notificações, vem, com respeito e acatamento à 
presença de Vossa Excelência propor:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA POR 
LIMINAR
Como de fato propõe contra BANCO XXX S.A., CNPJ 000.000.000/0000-00, com sede na Av. Dos 
Fornecedores, S/N, Bairro, Osasco – SP, CEP 00000-000 e XXXXXA S.A., CNPJ 000.000.000/0000-00, com 
sede na Alameda Sempre Verde, 187, Bairro, São Paulo – SP, CEP 00000-000, e o faz escorado em legislação 
atinente, jurisprudência cristalizada em Instâncias Superiores e pelos motivos e razões adiante 
expendidos:
DA JUSTIÇA GRATUITA
Requer a Vossa Excelência que sejam deferidos os benefícios da Justiça Gratuita, com fulcro na Lei 
nº 1.060/50, com as alterações introduzidas pela Lei nº 7.510/86, por não ter condições de arcar com as 
custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de sua família.
A QUAESTIO FACTI
No dia 28 de outubro de 2010, o Sr. Fulano de Tal, através de telefone, realizou negociação de uma 
dívida, sendo acordado o seu pagamento através de 12 boletos bancários mensais no valor de R$000,00 
cada um. Conforme se faz demonstrar em anexo (Doc. 01, págs. 1 a 12).
No dia posterior, em 29 de outubro de 2010, o consumidor, ora promovente, dirigiu-se até a sua 
agência bancária, conversou com o gerente e explicou a situação do seu débito. Desta feita, o Gerente do 
Banco XXX informou que a negociação anterior seria cancelada e seria ajustado um novo acordo, sendo, 
desta vez, através de DÉBITO AUTOMÁTICO EM CONTA, com prestações mensais no valor, cada uma, de 
R$000,00. Conforme se faz demonstrar através da CARTA DE LIQUIDAÇÃO (Instrumento Particular de 
Confissão e Parcelamento de Dívida) em anexo (Doc. 02, págs. 1 a 5).
Importante ressaltar que o “novo acordo entre o consumidor-devedor e o fornecedor-credor é, 
portanto, a substituição de uma obrigação por uma nova que foi criada a partir daquele momento. Estamos, 
desta maneira, diante de uma NOVAÇÃO” (Conforme leciona NORAT, Markus Samuel Leite. Direito do 
consumidor. Edijur. São Paulo, 2012).
Embora o pagamento esteja sendo devidamente realizado nas datas preestabelecidas, através de 
débito automático na conta do promovente (Extratos bancários de dezembro 2010 a maio 2011 em anexo, 
Doc. 03), o banco promovido inseriu o nome do consumidor-promovente no cadastro do Serviço de 
Proteção ao Crédito – SPC/Serasa (Doc. 04) e, além disso, NÃO foi enviado nenhum tipo de comunicação 
prévia ao consumidor, como determina o artigo 43, § 2º do Código de Defesa do Consumidor; artigo 13, 
inciso XIII do Decreto nº 2.181/1997; Súmula 359 do STJ, alegando o não pagamento das prestações por 
boleto bancário.
Código de Defesa do Consumidor – Art. 43, §2º A abertura de cadastro, ficha, registro e dados 
pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito ao consumidor, quando não 
solicitada por ele.
Decreto nº 2.181/1997 – Art. 13. Serão consideradas, ainda, práticas infrativas, na forma dos 
dispositivos da Lei nº 8.078, de 1990; (...)
XIII – deixar de comunicar, por escrito, ao consumidor a abertura de cadastro, ficha, 
registro de dados pessoais e de consumo, quando não solicitada por ele.
STJ Súmula nº 359 - 13/08/2008 - DJe 08/09/2008 Cadastro de Proteção ao Crédito - Notificação 
do Devedor Cabe ao órgão mantenedor do Cadastro de Proteção ao Crédito a notificação do 
devedor antes de proceder à inscrição.
Ocorre que as prestações por boleto bancário, questionadas pelo banco promovido, referem-se a uma 
dívida que não existe; tendo em vista a NOVAÇÃO realizada no dia 29 de outubro de 2010.
Demonstrando grande desrespeito ao Art. 43 §2º do CDC; Art. 13 XIII do Decreto 2181/97 e Súmula 
359 do STJ; nenhuma comunicação foi feita ao consumidor-promovente sobre o ato de inscrição do seu 
nome no Serviço de Proteção ao Crédito (só esta conduta já se configura em ilícito). Assim sendo, o 
promovente, não teve nenhuma possibilidade de defesa, pois só tomou conhecimento de tal inscrição 
quando, por necessidade de sua profissão, tentou adquirir um automóvel a crédito e a venda lhe foi negada 
em virtude do nome negativado, deixando-o em situação humilhante e vergonhosa.
Ora meritíssimo, sabemos todos que a ratio, da súmula 359 do STJ (13/08/2008 - DJe 08/09/2008) é 
certificar o dever de indenizar caso não seja realizada a prévia notificação da inscrição do nome de 
devedor no cadastro de proteção ao crédito (tal notificação é obrigatória mesmo que a dívida seja 
efetivamente legal). Tal medida visa a permitir ao consumidor a possibilidade de se defender de uma 
inscrição indevida ou quitar o seu débito, antes que a inscrição seja efetivada. Assim sendo, o STJ – 
sabiamente – editou a súmula 359 com tal tônica, para evitar que o consumidor passe pelo 
constrangimento, vergonha e humilhação de ter seu nome exposto publicamente; pois sabemos que a 
inscrição do nome no cadastro do SPC/Serasa expõe essa pessoa perante toda a sociedade; portanto, se a 
inscrição for indevida, irá gerar DANO MORAL PURO. (como aconteceu com o promovente desta lide).
Constatando a inserção indevida do seu nome no SPC/Serasa, o promovente entrou em contato 
várias vezes com o banco promovido avisando sobre o erro; porém nenhuma providencia foi tomada.
Diante da inércia apresentada pelo banco promovido, o promovente ingressou com uma reclamação 
no PROCON-JP. O órgão de proteção e defesa do consumidor fez a devida autuação do Banco XXX S.A., e, 
expediu no dia 03 de fevereiro de 2011 uma notificação (nº 000000) solicitando o cancelamento dos 
boletos bancários.
O acordo foi feito na sede do PROCON-JP, porém o Banco XXX S.A., mais uma vez, demonstrando 
incomensurável desrespeito a legislação brasileira (Art. 55 §4º do CDC) não cumpriu com o pacto, com a 
notificação e com a legislação consumerista brasileira. Assim, o PROCON-JP lavrou auto de infração 
contra o Banco XXX S.A. (Auto de Infração nº 0000 em anexo, Doc. 05).
De certo que o Código de Defesa do Consumidor é uma Lei principiológica, de ordem pública e 
interesse social; Caracterizam-se, tais fatos praticados pelo banco promovido, como um verdadeiro 
atentado à harmonia das sobreditas relações de consumo, assim sendo, um ataque ao artigo 4°, III, do CDC, 
bem como a toda legislação consumerista.
Por conseguinte, aos fatos narrados, o autor se encontra, até a presente data, com o nome inscrito no 
SPC/Serasa em virtude de dolo, má-fé e/ou negligencia exclusiva do banco promovido.
Destarte, diante a desigual luta de forças, somente restava ao consumidor-promovente buscar as vias 
judiciais, requerendoantecipação de tutela para a retirada imediata do seu nome do SPC/Serasa; que o 
banco promovido seja obrigado a dar baixa na cobrança indevida, sob pena de multa diária; também, que o 
promovido seja levado a reconhecer a inexistência do débito e cessar com a cobrança referente à transação 
cancelada; ainda, que os dois promovidos sejam condenados a indenizar o promovente por danos morais 
face ao constrangimento suportado.
Assim, não havendo até este momento solução amistosa, outra alternativa não se apresenta senão a 
de se colocar os fatos ao pronunciamento da jurisdição que, por certo à luz dos fatos e do direito, ao final, 
dará a cada um o que é seu na forma da lei.
A QUAESTIO JURIS
DA TUTELA ANTECIPADA
A possibilidade de aplicação do art. 273 CPC se dá pela prova inequívoca e verossimilhança da 
alegação.
Neste caso, perante os documentos apresentados, e – principalmente – pela permanência do nome 
do promovente no cadastro do SPC/Serasa, resta evidenciada a ilegalidade, abuso de direito e/ou dolo e/ou 
negligência e/ou má-fé nos atos praticados pelo banco promovido. De tal sorte que as alegações 
apresentadas suprem os requisitos de prova inequívoca e verossimilhança.
Corroborando o intento, preceptivo da jurisprudência:
SERASA – CANCELAMENTO DO REGISTRO – ANTECIPAÇÃO DE TUTELA – TÍTULOS 
CAMBIAIS E CHEQUES – Possível a antecipação de tutela para cancelar os registros 
negativos em banco de dados, mormente considerando os danos causados pela inscrição. 
No caso, tratando-se de cheques a prescrição está sujeita ao prazo de seis meses contados 
da expiração do prazo de apresentação (Lei 7.357/85), bem como o prazo de três anos, 
quando se tratar de títulos cambiais. Agravo de instrumento provido. (TJRS – AGI 
70006217178 – 19ª C.Cív. – Rel. Des. José Francisco Pellegrini – J. 20.05.2003) Grifo Nosso
Presentes os requisitos, requer a Vossa Excelência que, nos termos do art. 273 do CPC e art. 84 §3º 
do CDC, determine a retirada imediata do nome do promovente do cadastro do Serviço de Proteção ao 
Crédito – SPC/Serasa.
DO DANO MORAL
A Constituição Federal de 1988, no art. 5º, inciso X, assegura o direito à indenização pelo dano 
moral decorrente de violação à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das pessoas.
A pretensão do autor também está sob a proteção da Lei Civil e do Código do Consumidor brasileiro:
Código Civil - Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, 
comete ato ilícito.
Código Civil - Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a outrem, fica 
obrigado a repará-lo.
Código de Defesa do Consumidor – Art. 6°, VI. São direitos básicos do consumidor: (...) a 
efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e 
difusos.
Código de Defesa do Consumidor – Art. 43, §2º A abertura de cadastro, ficha, registro e dados 
pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito ao consumidor, quando não 
solicitada por ele.
Decreto nº 2.181/1997 – Art. 13. Serão consideradas, ainda, práticas infrativas, na forma dos 
dispositivos da Lei nº 8.078, de 1990; (...)
XIII – deixar de comunicar, por escrito, ao consumidor a abertura de cadastro, ficha, 
registro de dados pessoais e de consumo, quando não solicitada por ele.
STJ Súmula nº 359 - 13/08/2008 - DJe 08/09/2008 Cadastro de Proteção ao Crédito - Notificação 
do Devedor Cabe ao órgão mantenedor do Cadastro de Proteção ao Crédito a notificação do 
devedor antes de proceder à inscrição.
Assinala-se entendimento jurisprudencial:
Entende-se por dano moral a lesão a um bem jurídico integrante de própria personalidade 
da vítima, como a sua honra, imagem, saúde, integridade psicológica, causando dor, 
tristeza, vexame e humilhação à vítima. (TRF 2ª Região – 5ª Turma; Apelação Cível nº 
96.02.43696-4/RJ – Rel. Desembargadora Federal Tanyra Vargas).
RESPONSABILIDADE CIVIL – DANO MORAL – COBRANÇA INDEVIDA DE DÍVIDA. 
Comprovado que o banco réu insistiu na cobrança de quantia que não era devida, há o 
dever de reparar o dano moral causado ao autor. Valor da indenização majorado. Apelo do 
autor provido, por maioria, e apelo do réu desprovido, unânime (Apelação Cível n° 
70022586671, Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Relator Leo 
Lima, julgado 27/02/2008).
RESPONSABILIDADE CIVIL – DANOS MORAIS – INSCRIÇÃO IRREGULAR DO AUTOR EM 
ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – ANOTAÇÃO DO NOME DO AUTOR NO SPC SEM A 
DEVIDA COMUNICAÇÃO PRÉVIA – OBRIGATORIEDADE DA COMUNICAÇÃO, NOS 
TERMOS DO ART. 43, § 2º DO CDC – ENVIO DE CORRESPONDÊNCIA RELATIVA AO 
DÉBITO ORIGINÁRIO DA ANOTAÇÃO NÃO DEMONSTRADO – ÔNUS DA REQUERIDA – 
RESPONSABILIDADE OBJETIVA – OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR OS DANOS. A inscrição 
irregular do autor em órgão de proteção ao crédito constitui, por si só, prova do abalo moral 
sofrido, bastando o proceder incorreto da anotação para gerar o dever de indenizar pelos 
prejuízos causados. INDENIZAÇÃO. CRITÉRIOS PARA ARBITRAMENTO. PRINCÍPIO DA 
RAZOABILIDADE. A fixação do valor para o dano deve atender ao princípio da 
razoabilidade, segundo o qual o valor indenizatório não pode implicar em enriquecimento 
sem causa do devedor, mas também não pode resultar em quantia que não represente uma 
efetiva sanção a quem deu causa à indenização. Recurso de apelação provido. (Apelação 
Cível nº. 70010494896, 15ª Câmara Cível do TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Ricardo Raupp 
Ruschel. j. 23.03.2005, unânime).
O dano moral é pleiteado nesta ação em virtude de duas condutas ilegais:
1ª Conduta irregular (XXXXXA S.A.): Inexistência de notificação prévia ao consumidor antes de 
proceder à inscrição, como determina o artigo 43, § 2º do CDC; artigo 13, XIII do Decreto nº 2.181/1997; 
Súmula 359 do STJ;
2ª Conduta irregular (BANCO XXX S.A.): Inscrição indevida do nome do consumidor-promovente 
no cadastro do Serviço de proteção ao crédito em decorrência de uma dívida que não mais existia em 
virtude de negociação efetuada.
Não deixando de enfatizar que a condenação dos promovidos (BANCO XXX S.A. e do XXXXXA 
S.A.) ao pagamento de indenização por danos morais face o constrangimento causado ao consumidor, em 
virtude de suas condutas irregulares e/ou ilegais, é de extrema importância para conferir-lhes o efeito 
pedagógico e desencorajamento a prática de novos ataques semelhantes aos demais consumidores 
brasileiros.
É de bom alvitre, ainda, frisar que no presente caso, também estamos diante de um DANO MORAL 
PURO, que é aquele que atinge diretamente a dignidade do consumidor; o Código de Defesa do 
Consumidor tem como política de aplicação das relações de consumo a Dignidade da pessoa humana, 
conforme podemos extrair da leitura do caput do art. 4°: “A Política Nacional das Relações de Consumo tem 
por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e 
segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a 
transparência e harmonia das relações de consumo (...)”. Assim sendo, basta o nexo causal, a infração da 
lei para a caracterização do DANO MORAL PURO.
“A inscrição indevida do consumidor em um banco de dados de proteção ao crédito gera a 
obrigação de indenização por danos morais.
Neste tipo de situação, independe que o consumidor tenha efetivamente sofrido qualquer 
restrição, pois já houve o nexo causal, a infração da Lei. Estamos diante de um dano moral puro, que 
atinge diretamente a dignidade do consumidor.
Qualquer das condutas irregulares que citamos nestecapítulo – bastando apenas uma delas – irá 
configurar o dano. A prova de dano moral nestes casos se satisfaz com a existência da conduta irregular. 
Não sendo necessário que o consumidor, por exemplo, pegue uma certidão constando a restrição ao 
crédito sofrida.
(...)
Já a existência de dano material depende de prova de sua existência no caso concreto. O dano 
material é aquilo que o consumidor efetivamente perdeu ou deixou de lucrar. Assim não há como se 
presumir a existência deste dano.” (texto extraído do Livro: NORAT, Markus Samuel Leite. Direito do 
Consumidor. Edijur, 2012.)
Em tal sentido, podemos citar o entendimento do Tribunal de Justiça da Paraíba:
O dano moral puro ou objetivo não necessita de prova do efetivo reflexo patrimonial, sendo 
suficiente a comprovação do ato ilícito e do nexo de causalidade, bem como presumidos os 
efeitos nefastos na honra do ofendido. A indenização por dano moral não tem finalidade de 
obtenção de lucro ou de qualquer vantagem financeira, tendo por objetivo, isto sim, o de 
reparar de forma sensata os danos morais efetivamente ocasionados pelo ofensor. (TJPB - 
Apelação Cível nº 888.2002.0017 - 1ª Câmara Cível - Rel. Des. Jorge Ribeiro Nóbrega - jul. 
20/06/2002)
É nessa acepção, a lição do Desembargador Antônio Elias de Queiroga, Responsabilidade Civil e o 
Novo Código Civil, Editora Renovar, 2003, pág. 47:
“A jurisprudência assenta que a indenização deve ser fixada em termos razoáveis, não se justificando 
que a reparação venha a constituir-se em enriquecimento ilícito. Deve, portanto, o arbitramento operar-se 
com moderação, proporcionalmente ao grau de culpa, ao porte empresarial das partes, às suas 
atividades comerciais e, ainda, ao valor do negócio. O juiz deve orientar-se pelos critérios sugeridos pela 
doutrina e pela jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua experiência e do bom senso, atento à 
realidade da vida, notadamente à situação econômica atual e às peculiaridades de cada caso. Contudo, o 
valor fixado deve ser representativo de desestímulo como fator de inibição de novas práticas lesivas.”
O dano moral implica na violação dos direitos da personalidade. Note-se que, atualmente, o dano 
moral não é mais considerado como o sentimento negativo de dor, angústia, vergonha, humilhação etc., 
essas são, em verdade, as suas consequências.
O entendimento jurisprudencial é pacífico no sentido de que a violação de direito do dano moral 
puro deve ser reparada mediante indenização.
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Para que não paire dúvidas sobre a irregularidade cometida pela instituição financeira demandada, 
mister a inversão do ônus da prova, nos termos do inciso VIII do artigo 6° do Código de Proteção e Defesa 
do Consumidor.
Assim sendo, caso os documentos apresentados não sejam suficientemente esclarecedores, que 
Vossa Excelência se digne em determinar a inversão do ônus da prova, por ser medida necessária e para 
que se faça justiça.
DO PEDIDO
Posto isto, requer a Vossa Excelência:
1) Que seja concedida a tutela antecipada, nos termos do art. 273 do CPC e art. 84 §3º do CDC, 
determinando a retirada imediata do nome do promovente do cadastro do Serviço de Proteção ao Crédito – 
SPC/Serasa.
2) Que sejam deferidos os benefícios da Justiça Gratuita, com fulcro na Lei nº 1.060/50, com as 
alterações introduzidas pela Lei nº 7.510/86, por não ter condições de arcar com as custas processuais e 
honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de sua família;
3) Digne-se de ordenar a citação dos promovidos nos endereços declinados para, querendo, no prazo 
e forma legais apresentar as suas respostas sob pena de não o fazendo, se presumirão aceitos pelo 
promovido, os fatos articulados pelo promovente - Da revelia (art. 285, parte final, do CPC), além de 
confissão sob a matéria de fato segundo procedimento da Lei nº 5.478/68;
4) Determinar a inversão do ônus da prova em favor da parte autora, consoante disposição do artigo 
6°, inciso VIII, do CDC;
5) Que sejam condenados os promovidos, em caso de recursos, em custas processuais e demais 
cominações legais, incluindo honorários advocatícios na base de 20% sobre o valor da condenação, 
acrescido de juros e correção monetária.
6) Que esta ação seja julgada totalmente procedente, para:
a) Que o banco promovido seja obrigado a cessar com a cobrança referente à transação cancelada e 
seja obrigado a dar baixa no suposto débito sob pena de multa diária (Conforme Art. 84 §4º do CDC);
b) Que seja confirmada a cobrança INDEVIDA, e a ilegalidade da inserção do nome do promovente 
no cadastro de proteção ao crédito;
c) Condenação do BANCO XXX S.A. e do XXXXXA S.A. por Danos Morais, no importe a ser 
arbitrado por este Juízo competente, em virtude do não envio de notificação prévia ao consumidor antes 
de proceder à inscrição indevida no cadastro de proteção ao crédito; da efetiva inscrição indevida do 
nome do consumidor vulnerável no cadastro do SPC; do desrespeito ao acordo e notificação realizados 
pelo Procon-JP; pelo ataque a legislação consumerista brasileira; e, principalmente, pela negligência, 
ingerência, ineficiência e desprezo ao consumidor, o qual ficou privado do seu crédito e desassistido de 
forma e modo irresponsável por parte das instituições ora demandadas.
Protestando provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos.
Dá-se à causa o valor de R$ 00.000,00 (valor por extenso).
E. Deferimento
João Pessoa, 09 de março de 2084
[Local], [dia] de [mês] de [ano]
- ASSINATURA -
Nome do Advogado
OAB/XX 00.000
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS – RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA 
PELO FATO DO PRODUTO (SITUAÇÃO: CONSUMIDORA ENGRAVIDA MESMO TENDO TOMADO 
REMÉDIO ANTICONCEPCIONAL [PLACEBO], OCASIONANDO GRAVIDEZ DE RISCO E DANOS À 
SAÚDE – RESPONSABILIDADE OBJETIVA).
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ª Vara Cível da Comarca de João Pessoa - Paraíba
FULANA DE TAL, brasileira, solteira, empresária, portadora de CPF 000.000.000-00 e Carteira de 
Identidade 0.000.000 - SSP/PB, residente e domiciliada na Rua da Felicidade, n° 01, Bairro da Alegria, João 
Pessoa – PB, CEP 00000-000, por seu advogado adiante assinado, legalmente constituído nos termos do 
instrumento de mandato em anexo, com Escritório situado à Av. Jurídica nº 000, Sala 00, Bairro, João 
Pessoa – PB, CEP 11111-111, onde receberá notificações, vem, com respeito e acatamento à presença de 
Vossa Excelência propor:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS – RESPONSABILIDADE CIVIL 
OBJETIVA PELO FATO DO PRODUTO
Como de fato propõe contra MEDICAMENTOSXXX S.A., pessoa jurídica inscrita no CNPJ sob o nº 
00.000.000/0000-00, com sede na Rua Dos Fornecedores, nº 111, Bairro, Porto Alegre – RS, CEP 00000-000, 
e o faz escorado em legislação atinente, jurisprudência cristalizada em Instâncias Superiores e pelos 
motivos e razões adiante expendidos:
DA JUSTIÇA GRATUITA
Requer a Vossa Excelência que sejam deferidos os benefícios da Justiça Gratuita, com fulcro na Lei 
nº 1.060/50, com as alterações introduzidas pela Lei nº 7.510/86, por não ter condições de arcar com as 
custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de sua família.
DOS FATOS
A requerente é consumidora do anticoncepcional XXXXX, medicamento este, produzido pela 
empresa MEDICAMENTOSXXX, notoriamente, uma das maiores indústrias do setor farmacêutico do 
mundo.
Segundo as declarações já prestadas pelo laboratório e divulgadas na imprensa nacional, as cartelas 
contendo placebo de farinha foram produzidas para testar um novo equipamento de embalagem adquirido 
pelo laboratório, em virtude da maior capacidade de produção de cartelas por minuto.
Informa, ainda, que cerca de 50 (cinquenta)mil cartelas de anticoncepcionais contendo placebo de 
farinha foram embaladas e armazenadas em um depósito antes de serem encaminhadas para incineração, e 
por algum erro acabaram sendo distribuídas no mercado. 
Independente do motivo da entrega das cartelas contendo placebo de farinha no mercado 
consumidor, o fato é que houve um verdadeiro derramamento de medicamentos placebos incapazes de 
cumprir com a função que se destinam, não oferecendo a segurança que dele legitimamente se espera, 
acarretando, desta forma riscos à saúde e segurança das consumidoras do anticoncepcional XXXXX.
A consumidora FULANA DE TAL, sempre tomava o medicamento anticoncepcional XXXXX, por 
recomendação médica, eis que possui _______________ (descrição da enfermidade), que em caso de 
gravidez, leva a uma gestação de alto risco para a saúde da mãe e, também, do bebê.
Quando comprou o anticoncepcional XXXXX, na farmácia, estabeleceu-se entre a senhora FULANA 
DE TAL e o fornecedor MEDICAMENTOSXXX, ora promovido, uma relação jurídica de consumo, que é 
regulada pelo Código de Defesa do Consumidor ( lei 8.078 de 11/09/90), que assevera: 
Art. 2º - Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produtos ou serviço 
como destinatário final.
Parágrafo único - Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que 
indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
Art. 3º - Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou 
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção,, 
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de 
produtos ou prestação de serviços.
§1º - Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
Verifica-se – claramente – no presente caso a RESPONSABILIDADE OBJETIVA, conforme determina 
o Art. 12, da Lei 8078/90, Código de Proteção e Defesa do Consumidor, que assevera o seguinte:
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador 
respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados 
aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, 
fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por 
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
No que é secundado pelo art. 159 do Código Civil que assim dispõe:
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imperícia, violar direito ou causar 
prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano”.
Apesar da responsabilidade objetiva, o fornecedor-promovido tem sua CULPABILIDADE confirmada 
e reafirmada, diante da legislação em vigor, tendo comprovadamente cometido os seguintes culpas;
a - CULPA IN ELIGENDO - Por não ter procedido com acerto na escolha de seu preposto (a 
firma que seria responsável pelo transporte e incineração das pílulas placebo, e não ter 
exercido um controle suficiente sobre o desempenho da firma para tal encargo).
b - CULPA IN VIGILANDO - por não ter, como fabricante e responsável pelo anticoncepcional 
XXXXX, exercido fiscalização sobre o produto, com segurança necessária, e evitado a 
distribuição no mercado brasileiro dos lotes de placebo.
c - CULPA POR OMISSÃO - A requerida demorou mais de um mês para divulgar o ocorrido e 
quando o fez, fez de forma confusa e inteligível desrespeitando os mais básicos direitos do 
consumidor e expondo todas as mulheres que consumiram riscos incalculáveis.
Matéria jornalística publicada pelo jornal ________________, na data de ____ / __________ / _____, 
bem narra o que teria acontecido:
“Entre ... de ....... e ... de ...., a MEDICAMENTOSXXX testou uma nova embalagem, usando 
pílulas bobas, que mais tarde remetidas a outra empresa, para incineração. Supõe-se que uma 
quantidade de cartelas foi roubada e revendida a algumas farmácias. O laboratório não dispõe 
de prova de que furto, assim como não sabe quando aconteceu, ou quantas cartelas sumiram. 
O presidente da MEDICAMENTOS XXX sonegou informações à rede de defesa da saúde 
pública. Em nenhum momento mobilizou a empresa para prestar assistência às mulheres que 
engravidaram. Só na quarta-feira o laboratório resolveu sair do silêncio prestando aos 
consumidores as informações que devia. Admitindo-se que tudo o que a .......... fez até essa 
hora produto de uma má combinação de boas intenções ingenuidade, resta o texto que deu ao 
público. Aí houve má-fé malandragem, empulhação, e analfabetismo. 
Houve má-fé porque o laboratório soltou um comunicado intitulado “Ocorrências com 
anticoncepcional XXXXX”. Que ocorrências? Diz o comunicado, com 11 itens, em nenhum 
momento informou que havia embalagens do anticoncepcional XXXXX com farinha no lugar de 
hormônio. 
Há malandragem porque sugere que o laboratório tomou a iniciativa de comunicar as 
“ocorrências” à Vigilância Sanitária, à polícia e ao público. É falso. Só saiu da toca quando 
teve o “ ..............” no calcanhar. 
Há empulhação porque no item 4 o comunicado informa que as mulheres que estão tomando o 
anticoncepcional XXXXX devem usar “método de barreira”. E o que é método de barreira? Um 
muro no meio da cama? Trata-se de um codinome para camisinha. 
O toque de analfabetismo pode ser percebido quando se lê o item 4:
“Usuárias de anticoncepcional XXXXX não devem descontinuar o uso, no entanto, associar 
método de barreira e procurar seu médico para orientação”. 
A revista __________ publicou: “O Laboratório MEDICAMENTOSXXX, fabricante do 
anticoncepcional XXXXX, é uma das marcas de pílulas anticoncepcionais mais vendidas no Brasil.”; e 
continua: “milhares de cartelas do medicamento entregues às farmácias continham comprimidos de 
farinha no lugar das pílulas autênticas. Em razão disso, várias mulheres descobriram que ficaram grávidas 
enquanto tomavam o anticoncepcional XXXXX”.
Na AÇÃO CIVIL PÚBLICA, movida pelo Estado de .............. em desfavor da ....... e que corre na ...ª 
vara da Fazenda Pública de ........., a Procuradoria Geral do Estado de ............., afirmou categoricamente em 
reforço a culpabilidade da requerida. 
A empresa requerida não se preocupou em informar corretamente seus consumidores , atitude que 
se impunha, pois a mesma é líder nesse segmento, depositária da confiança de milhares de pessoas. 
O fato notório, aliás, é que cartelas contendo comprimidos elaborados à base de farinha chegaram ao 
público consumidor.
A empresa somente apresentou requerimento para instauração de inquérito policial, no dia ..., ...ª 
Distrito policial, registro ..... sabendo que o fato ocorrera no dia ...... fls...
A vigilância sanitária estadual lavrou vários autos de infração “por não informar a autoridade 
sanitária competente, os informes (sic) sobre os acidente causados com medicamentos”.
Em reportagem, o geneticista _______________, superintendente do Instituto de Medicina Fetal 
de ............... em artigo publicado na ................ afirma: “Caso o laboratório MEDICAMENTOSXXX não 
demorasse quase um mês para trazer a público a questão do desvio de embalagens contendo placebo, 
muitas mulheres poderiam ter evitado gestações indesejadas recorrendo à orientação médica. Quando uma 
camisinha estoura ou ocorre um engano na tabela do ciclo menstrual, um método recomendado por 
muitos médicos, desde que haja o acompanhamento clínico, é tomar duas doses duplas de uma pílula 
anticoncepcional de média dosagem hormonal de 12 em 12 horas. procedimento provoca uma descamação 
maior na parede uterina impedindo que o óvulo fecundado se fixe e evolua para a gravidez. Isso sóvale, 
entretanto, para os primeiros dias após a relação.”
Não obstante a responsabilidade objetiva e materialização das culpas In Eligendo e In Vigilando, e 
culpa por Omissão devido a demora de mais de 30 dias para comunicar a polícia e a Vigilância sanitária 
infringiu o art. 10 , parágrafo, 1º, da lei 8078/90, que determina o seguinte:
Art. 10 - O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe 
ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança.
§ 1º - O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de 
consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato 
imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios 
publicitários.
§ 2º - Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior serão veiculados na 
imprensa, rádio e televisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço.
§3º - Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de produtos ou serviços à saúde ou 
segurança dos consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão 
informá-los a respeito.
O laboratório promovido que foi obrigado judicialmente a fazer um Recall do produto, contudo o 
recall comunicando aos consumidores que o medicamento que estava sendo vendido era inócuo, não foi 
feito a tempo de se evitar a gravidez das consumidoras, e não foi publicado, em nenhum jornal do Estado 
de _____________.
A consumidora - vítima - não teve nenhuma chance de evitar a gravidez, que é considerada de alto 
risco à saúde dela e do feto; conforme laudos e atestados em anexo (DOC 00).
DO DANO MATERIAL
A gravidez, que é indesejada, por ser de risco, acarretou à consumidora uma série de vultosas 
despesas, e um futuro incerto para essa criança que terá de ser criada até no mínimo 21 anos de idade, no 
caso nascimento de um bebê normal, o que ainda é incerto pois a requerente mãe continuou a tomar o 
remédio por mais dois meses, pois nunca pensou que estivesse grávida.
A Súmula 490 do Supremo Tribunal Federal, STF aduz:
“A pensão correspondente à indenização oriunda de responsabilidade civil deve ser calculada com 
base no salário mínimo vigente ao tempo da sentença e ajustar às variações ulteriores”. 
Portanto requer a Vossa Excelência que condene o requerido em sentença final ao pagamento de ....... 
salários mínimos R$ ............. de danos materiais e estéticos para a requerente, mais uma pensão mensal 
para o recém nascido de .... salários mínimos ou seja R$ ..............., até completar 21 anos de idade, ou 
outra que Vossa Excelência julgar necessária, para o pagamento de escola, vestuário, alimentação, 
transporte e lazer, de sua futura filho(a), garantindo uma qualidade de vida igual a um cidadão nascido 
na ............, sede do laboratório, pois no presente caso deve ser estabelecida a pensão e indenização pelos 
padrões de qualidade de vida da ........ igualando nossas consumidoras as da sede do laboratório, 
jurisprudência internacional de caso parecido quando a fábrica ............... deixou vazar gases tóxicos 
na ........., e foi compelida judicialmente a fazer um acordo com as vítimas pagando ........ em indenização.
DO DANO MORAL
A reparação por dano moral constitui garantia constitucional, prevista no artigo 5° - X, da 
Constituição Federal, onde está expresso: 
“São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”. 
Não pode o juiz ignorar, na apreciação do caso concreto que lhe seja submetido, os aspectos 
relacionados aos mecanismos básicos do comportamento humano, das leis de motivação humana, bem 
como a necessidade de interrelacionar essas dimensões aos aspectos morais, tutelados pelas leis 
ordinárias.
O dano moral, na esfera do Direito, é todo sofrimento humano resultante de lesões de direitos 
estranhos ao patrimônio, encarado como complexo de relações jurídicas com valor econômico, com a 
habitual clareza, assim o definiu como: 
“Todo sofrimento humano que não resulta de uma perda pecuniária”.
Hoje, é pacífico o entendimento de que o dano moral é indenizável, posto que qualquer dano 
causado a alguém ou a seu patrimônio deve ser reparado. O dinheiro possui valor permutativo, podendo-
se, de alguma forma, lenir a dor com a perda de um ente querido pela indenização, que representa também 
punição e desestímulo do ato ilícito.
A fixação do quantum indenizatório para dano moral não pode ficar afastado da apreciação judicial 
porquanto todo sofrimento humano resultante de um ato ilícito, porque a indenização, além de lenir a dor 
sofrida, serve também de desestímulo à prática do ato ilícito. 
Segundo o Ministro do Superior Tribunal de Justiça STJ, Paulo Roberto Saraiva da Costa Leite em 
seu artigo DANO MORAL NO DIREITO BRASILEIRO:
“A distinção entre dano material e dano moral não decorre da natureza do direito, mas do efeito da 
lesão, do caráter de sua repercussão sobre o lesado, como observa Aguiar Dias, que, recorrendo à lição de 
Minozzi, conclui que o dano moral deve ser compreendido em seu conteúdo, que é a dor, o espanto, a 
emoção, a injúria física ou moral, em geral uma dolorosa sensação experimentada pela pessoa, atribuída a 
palavra dor o mais largo significado”.
Não se pretenda que o termo prejuízo há de ser entendido como dizendo apenas com dano material, 
como remarcou o Ministro Eduardo Ribeiro, demonstrando que o contrário resulta da própria lei, pois a 
segunda parte do art. 159 remete aos dispositivos que regulam a liquidação das obrigações e, entre eles, 
alguns dizem indiscutivelmente com dano moral (REsp 4236-RS).
A indenização por dano moral, contrariamente ao que ocorre com a concernente ao dano material, 
não se funda na restitutio in integrum, pois é impossível repor o estado anterior à lesão, em decorrência 
mesmo do efeito desta. Outra é a sua natureza jurídica. Consoante Windscheid, visa a compensar a 
sensação de dor da vítima com uma sensação agradável em contrário. A indenização tem, pois, caráter 
compensatório.
Não se pode perder de vista, porém, que à satisfação compensatória soma-se também o sentido 
punitivo da indenização, de maneira que assume especial relevo na fixação do quantum indenizatório a 
situação econômica do causador do dano.
De acordo com o que observa Maria Helena Diniz, traduzindo o pensamento que predomina na 
doutrina e na jurisprudência, a reparação em dinheiro viria neutralizar os sentimentos negativos de mágoa, 
dor, tristeza, angústia, pela superveniência de sensações positivas de alegria, satisfação, pois possibilitaria 
ao ofendido algum prazer que, em certa medida, poderia atenuar o seu sofrimento. 
A Súmula 37 do STJ, que, pondo uma pá de cal em antiga controvérsia, consolidou a jurisprudência 
no sentido de que são cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo 
fato.
Segundo afirma o psiquiatra Edson Engels além dos problemas práticos que uma família enfrenta 
diante de uma gravidez indesejada, podem ocorrer mudanças afetivas profundas. Não é raro que a futura 
mãe passe por problemas emocionais sérios, que, em maior ou menor escala, afetam o exercício da 
maternidade. Engravidar mesmo tendo se prevenido corretamente pode também causar revolta e 
instabilidade na relação com os filhos já existentes ou com o companheiro. “Em casos extremos a mulher 
pode ter alterações na libido, tornando-se frígida ou insegura diante da própria sexualidade”. Se a situação 
não for muito bem encaminhada, chega a desestabilizar casamentos que iam muito bem. A concepçãoindesejada também não é a situação ideal para desenvolver laços entre mãe e filho, ele aponta. 
“Sentimentos contraditórios como rejeição e amor, misturados à culpa podem gerar uma criança mais 
suscetível a problemas de comportamento.” Claro que também é natural que pais e mães externem 
rejeição, impaciência e raiva mesmo com filhos desejadíssimos. A diferença nos casos de bebês-surpresa é 
que tais explosões produzem mais culpa nos pais.
Portanto Meritís simo diante dos fatos e direito acima aduzidos requer a Vossa Excelência, que 
condene o requerido em ... salários mínimos R$ ...., afim de minorar o sofrimento desta vítima e desestimular 
e exemplificar empresas multinacionais de porte da ... e de suas subsidiárias a não cometerem a negligência 
e a irresponsabilid ade, que nunca cometeriam em suas sedes ou em países de primeiro mundo. 
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Meritíssimo o juiz é destinatário mediato da prova de sorte que a regra sobre o ônus da prova a ele é 
dirigida por ser regra de julgamento. Nada obstante, essa regra é fator indicativo para partes, de que 
deverão se desincumbir dos ônus sob pena de ficarem em desvantagem processual. A inversão pode 
ocorrer em duas situações distintas admitidas em nosso Código do consumidor:
a) Quando o consumidor for hipossuficiente ou seja a hipossuficiência se dá tanto à dificuldade 
econômica quanto técnica do consumidor poder desincumbir-se do ônus de provar os fatos constitutivos 
de seu direito.
b) Quando for verossímil sua alegação.
Art. 6º - São direitos básicos do consumidor:
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, 
no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, 
segundo as regras ordinárias de experiências. (Grifo nosso).
A hipossuficiência da requerente é evidente e a verossimilhança do caso também, mesmo sendo 
alternativas as hipóteses como claramente indica a conjunção ou expressa na norma comentada.
A FUMAÇA DO BOM DIREITO E O PERIGO DA DEMORA
O requisito do fumus boni iuris é evidente no presente caso, pois a culpa da distribuição dos 
placebos foi do laboratório, por negligencia de sua diretoria, pela sua omissão em não ter feito um RECALL 
a tempo e quando o fez não noticiou em nenhum jornal do estado de ........... e em nenhuma Rádio da 
cidade de .................. consumo do ........... pela vítima requerente foi confirmado pela declaração feita ao 
Promotor, que acompanha a petição, e o uso do .........., pode ser confirmado por inúmeras testemunhas que 
sabem que a requerente tomava corretamente o contraceptivo e do médico que prescreveu, que serão 
arroladas no momento oportuno ao processo. O periculum in mora na concessão da antecipação da tutela e 
plausível e evidente face ao nascimento da criança e falta de condições da mãe de prover o sustento em 
condições dignas.
A requerente é pessoa simples, que não tem como arcar com as despesas médicas, hospitalares, 
enxoval, moradia e alimentação desse filho gerado as avessas de sua vontade, portanto é imperativo a 
concepção da tutela antecipada da lide afim de assegurar a gestação, o parto e criação desta criança fruto 
da irresponsabilidade de um laboratório que se diz sério e um dos maiores do mundo.
Como se sabe, entre dois relevantes valores em conflito a segurança jurídica e a efetividade da 
prestação jurisdicional. O legislador brasileiro, adotando a tendência do direito processual civil 
contemporâneo, vem dando preferência e, visivelmente, optando pela efetividade da prestação 
jurisdicional. Por isso mesmo, a tutela antecipada vem sendo utilizada com sucesso, em todo o país, até 
mesmo nas ações movidas contra o Poder Público, como meio de efetivamente tutelar o direito que se 
mostre verossímil e permitir que o Poder Judiciário atue como real guardião dos direitos constitucionais do 
povo brasileiro. A tutela antecipada vem ao encontro do clamor de um povo que tem sede de justiça e está 
cansado de ver as lides judiciais se arrastarem dolorosamente.
A antecipação da tutela está prevista no art. 273 do CPC, e no art. 84, parágrafo 3º do Código de 
Proteção e defesa do Consumidor Lei 8078/90.
Art. 273 - O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos 
da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da 
verossimilhança da alegação e:
I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação.
Art. 84 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o 
Juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o 
resultado prático equivalente ao do adimplemento.
§ 1º - A conversão da obrigação em perdas e danos somente será admissível se por elas optar o 
autor ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.
§ 2º - A indenização por perdas e danos se fará sem prejuízo da multa (artigo 287 do Código de 
Processo Civil).
§ 3º - Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do 
provimento final, é lícito ao Juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia, 
citado o réu.
§ 4º - O Juiz poderá, na hipótese do § 3º ou na sentença, impor multa diária ao réu, 
independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, 
fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.
Araken de Assis, desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e professor do Curso 
de Mestrado em Direito da PUC/RS, nos ensina que ‘’a verossimilhança exigida no dispositivo se cinge ao 
juízo de simples plausibilidade do direito alegado em relação à parte adversa. Isso significa que o juiz 
proverá com base em cognição sumária’’. (‘’Antecipação de Tutela’’, in ‘’Aspectos Polêmicos da 
Antecipação de Tutela’’, Ed. Revista dos Tribunais, p.30). 
Em Brasília, onde também houve há distribuição do medicamento falso, o ilustre Doutor Juiz de 
Direito da 9ª Vara Cível Rômulo de Araújo Mendes, na AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E 
MATERIAIS, com antecipação de tutela e Liminar, movida por ROSIMEIRE PORTO DOS SANTOS em 
desfavor da ......................, QUÍMICA E FARMACÊUTICA LTDA. (doc. Anexo). O M.M. Juiz concedeu a 
antecipação da Tutela com o seguinte despacho:
Isto posto, por tudo mais que nos autos consta e com base, no disposto nos arts. 1º, 2º, 6º, 8ºa 12º e 
81 a 83, do Código de Defesa do Consumidor, no art. 159, Do Código Civil e no art. 273 do CPC, antecipo a 
tutela parcialmente par os efeitos da tutela pretendida, para determinar a ré o pagamento da quantia de R$ 
25.000,00 (vinte e cinco mil reais), em moeda corrente do país, destinada `a cobertura das despesas com o 
pré-natal, o parto gemelar, o pós parto, o enxoval dos nascituros e mobiliário necessário ao seu 
acolhimento no seio familiar.
O pagamento determinado deverá ser efetuado no prazo de cinco dias, a contar da data da juntada 
aos autos principais da comprovação da citação.
O não cumprimento da obrigação ora determinada, no prazo estipulado, acarretará multa diária no 
valor de R$ 1.000,00 (um mil reais)
No Rio de Janeiro, a justiça já determinou antecipar a tutela em dois casos. O juiz Luiz Carlos Neves 
Veloso, em exercício da 42ªVara Cível, determinou à .......... arcar, num período de 12 meses, com despesas 
médico-hospitalares de Paloma e das gêmeas, que nasceram de sete meses e meio no último dia 9 na Casa 
de Saúde São José, em Volta Redonda. Já o juiz Ivan Cury, da 18ª Vara Cível, decidiu que o laboratório terá 
de se responsabilizar pelas despesas com a cirurgia Teresa Cristina Oliveira,bem como com o enterro do 
filho, que morreu em sua barriga. 
O periculum in mora na concessão da antecipação da tutela pretendia é evidente pois a requerente 
não possui as mínimas condições financeiras para fazer o parto e oferecer ao recém nascido condições 
razoáveis de conforto, o deferimento da liminar pleiteada não afetará de maneira nenhuma o requerido que 
segundo reportagem de .................. O laboratório ............ do Brasil é o 11º no ranking do setor. Laboratório 
especializado em hormônios o ............. fatura por ano R$ ........ apenas com vendas em farmácias de todo o 
país. Segundo fontes do mercado farmacêutico só com a venda de .............. a empresa fatura US$ ........., o 
que corresponde a ....% das vendas do laboratório para as farmácias. São 1,5 milhão de cartelas de .......... 
por mês (totalizando 7,5 milhões de..... a ......... deste ano).”
Portanto Excelência diante da evidente hipossuficiência da requerente em relação ao requerido e do 
dano causado pelo requerido não ter solução, pois o aborto é ilegal em nosso país e de estarem presentes 
os requisitos do fumus boni iuris, e do periculum in mora e verossimilhança das alegações requer a Vossa 
Excelência antecipe a tutela pretendida e estabeleça liminarmente deposito judicial de R$ ................. para 
despesas de compra de medicamentos, de moradia, roupas, transporte, alimentação do menor requerente.
As somas parecem elevadas, mas caso tamanha irresponsabilidade fosse cometida na ............. sede 
do Laboratório, os pedidos e as somas envolvidas em um processo similar seriam ..............., ou se fosse nos 
Estados Unidos milhões de dólares e em ambos cadeia para o responsáveis. 
DO PEDIDO
Posto isto, requer a Vossa Excelência:
1) Conceda de acordo com o art. 273 do CPC a tutela antecipada da lide, deferindo liminarmente 
inaudita altera pars, depósito pecuniário de R$ ............., ou arbitre Vossa Excelência quantia que ache 
necessária para as de compra de medicamentos com o recém nascido de moradia, enxoval, transporte, 
alimentação do menor requerente;
2) Que sejam deferidos os benefícios da Justiça Gratuita, com fulcro na Lei nº 1.060/50, com as 
alterações introduzidas pela Lei nº 7.510/86, por não ter condições de arcar com as custas processuais e 
honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de sua família;
3) Digne-se de ordenar a citação do promovido nos endereços declinados para, querendo, no prazo e 
forma legais apresentar as suas respostas sob pena de não o fazendo, se presumirão aceitos pelo 
promovido, os fatos articulados pelo promovente - Da revelia (art. 285, parte final, do CPC), além de 
confissão sob a matéria de fato segundo procedimento da Lei nº 5.478/68;
4) Determinar a inversão do ônus da prova em favor da parte autora, consoante disposição do artigo 
6°, inciso VIII, do CDC;
5) Que seja condenado o promovido, em caso de recursos, em custas processuais e demais 
cominações legais, incluindo honorários advocatícios na base de 20% sobre o valor da condenação, 
acrescido de juros e correção monetária.
6) A total procedência desta Ação, nos termos supramencionados, para:
a) que o fornecedor-promovido seja condenado ao pagamento 000 (número por extenso) salários 
mínimos (R$000,00 – valor por extenso) de danos materiais e estéticos a requerente, para promover uma 
moradia decente para a criação do recém-nascido, mais uma pensão mensal de 000 (número por 
extenso) salários mínimos (R$000,00 – valor por extenso), até que o recém-nascido complete 21 anos de 
idade;
b) Requer também que o fornecedor-promovido seja condenado a indenizar em DANOS MORAIS, 
no importe a ser arbitrado por este Juízo competente, em virtude do desrespeito e ataque ao judiciário e 
legislação consumerista brasileira, e, principalmente, pela negligência, ingerência, ineficiência e 
desprezo à vida, saúde e segurança da consumidora, que ficou desassistida de forma e modo 
irresponsável por parte do fornecedor.
Protestando provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente no 
depoimento pessoal da requerente e testemunhas que serão arroladas oportunamente.
Dá-se à causa o valor de R$ 00.000,00 (valor por extenso).
E. Deferimento
João Pessoa, 09 de março de 2084
[Local], [dia] de [mês] de [ano]
- ASSINATURA -
Nome do Advogado
OAB/XX 00.000
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – RESPONSABILIDADE PELO FATO DO SERVIÇO 
(SITUAÇÃO: CONSUMIDORES PASSAM MAL EM VIRTUDE DE VAZAMENTO DE PRODUTOS 
QUÍMICOS INDUSTRIAIS INFLAMÁVEIS, QUE A EMPRESA PROPRIETÁRIA DO ÔNIBUS – 
INDEVIDAMENTE - TRANSPORTAVA JUNTO AOS PASSAGEIROS; RESULTANDO, AINDA, 
PREJUÍZOS EM DECORRÊNCIA DO GRANDE ATRASO NO HORÁRIO DE CHEGADA AO 
DESTINO).
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do ___° Juizado Especial Cível da Comarca de João 
Pessoa - Paraíba
FULANO DE TAL, brasileiro, casado, policial militar, portador de CPF 000.000.000-00 e Carteira de 
Identidade 0.000.000 - SSP/PB, residente e domiciliado na Rua da Felicidade, n° 01, Bairro da Alegria, João 
Pessoa – PB, CEP 00000-000, por seu advogado adiante assinado, legalmente constituído nos termos do 
instrumento de mandato em anexo, com Escritório situado à Av. Jurídica nº 000, Sala 00, Bairro, João 
Pessoa – PB, CEP 11111-111, onde receberá notificações, vem, com respeito e acatamento à presença de 
Vossa Excelência propor:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – RESPONSABILIDADE PELO FATO DO 
SERVIÇO
Como de fato propõe contra XXX S.A., pessoa jurídica inscrita no CNPJ sob o nº 00.000.000/0000-00, 
com sede na Rua Dos Fornecedores, nº 111, Bairro, Natal – RN, CEP 00000-000, e o faz escorado em 
legislação atinente, jurisprudência cristalizada em Instâncias Superiores e pelos motivos e razões adiante 
expendidos:
DA JUSTIÇA GRATUITA
Requer a Vossa Excelência que sejam deferidos os benefícios da Justiça Gratuita, com fulcro na Lei 
nº 1.060/50, com as alterações introduzidas pela Lei nº 7.510/86, por não ter condições de arcar com as 
custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de sua família.
A QUAESTIO FACTI
No dia 23 de julho de 2012, o Senhor Fulano de Tal saiu de João Pessoa - PB, às 22h00min, com 
destino a cidade de Cajazeiras – PB, como passageiro, viajando pela empresa “XXX S.A.”, no veículo de 
número 000 (passagem em anexo, “DOC 01”).
Durante o trajeto, logo no início da viagem, os passageiros começaram a passar mal, sentindo 
náuseas, dor de cabeça, irritação nas narinas, garganta e olhos, em virtude de um odor extremamente forte, 
aparentando ser resultante de algum tipo de produto químico.
Como o cheiro ficava cada vez mais forte, os passageiros solicitaram uma providência por parte do 
motorista do ônibus, que disse acreditar que o problema fosse causado pelo ar-condicionado, e, chegando à 
cidade de Condado, por volta das 03h20min da madrugada, solicitou que a empresa enviasse outro ônibus.
Após duas horas de espera, um novo ônibus (veículo número 111, placa AAA-0000/PR) chegou e os 
passageiros puderam continuar a viajem. Após alguns minutos, o cheiro forte voltou, causando – 
novamente – mal estar nos passageiros; assim, o motorista parou o ônibus e foi até o bagageiro tentar 
encontrar o motivo que estava causando um cheiro tão forte.
Foi constatado que o ônibus estava transportando, entre as bagagens dos passageiros, um produto 
químico inflamável do tipo “XXX”, que estava derramando (conforme se demonstra através das fotos em 
anexo, “DOC 02”).
O motorista do ônibus informou que o produto químico não pertencia a nenhum dos passageiros, 
era uma encomenda que a empresa estava transportando de João Pessoa – PB até Cajazeiras – PB, e, por talmotivo não poderia retirar o produto químico que estava derramando dentro do ônibus até que chegasse à 
cidade de Pombal – PB.
A retirada do produto químico, contudo, não impediu que o cheiro forte esvaecesse, pois o ônibus, 
em virtude do ar-condicionado, possuía as janelas vedadas, o que impossibilitava a circulação do ar. De tal 
modo, o forte odor intoxicante persistiu até o destino final dos passageiros, que, além de intoxicados, 
sofreram prejuízos em seus compromissos, em virtude do atraso de mais de seis horas.
De certo que o Código de Defesa do Consumidor é uma Lei principiológica, de ordem pública e 
interesse social; Caracterizam-se, tais atos praticados pelo fornecedor-promovido, como um verdadeiro 
atentado à harmonia das sobreditas relações de consumo, assim sendo, um ataque ao artigo 4°, III, do CDC, 
bem como a toda legislação consumerista.
Ora meritíssimo, sabemos que o Código do Consumidor tem como suporte fático a vulnerabilidade 
do consumidor, quando atenta pelo respeito à dignidade, saúde e segurança, proteção dos interesses 
econômicos, melhoria da qualidade de vida dos consumidores, além da transparência e harmonia nas 
relações de consumo. O CDC, expressamente, dispõe que é direito básico do consumidor a “proteção da 
vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços 
considerados perigosos ou nocivos.” (Art. 6º, I)
“A norma do artigo 6º, inciso I, reforça a proteção à vida, saúde e segurança, estabelecida pelo art. 4º, 
caput, quando dispõe que é direito básico do consumidor a proteção da vida, saúde e segurança contra os 
riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos.
Proteção à vida, saúde e segurança são direitos fundamentais inalienáveis, indisponíveis e 
indissociáveis, previstos no artigo 5º da Constituição Federal. O Código do Consumidor estabelece tais 
disposições fundamentais para, de forma expressa, proteger o consumidor de práticas no fornecimento de 
produtos e serviços que abalem a sua incolumidade física.
O direito básico de proteção à vida, saúde e segurança está relacionado com os artigos 8º, 9º e 10º do 
CDC” (Extraído do livro: NORAT, Markus Samuel Leite. Direito do Consumidor. Leme-São Paulo: Edijur, 
2012. Pág. 88-89).
Percebe-se claramente que a prática do fornecedor-promovido resultou em um atentado à saúde, 
segurança e à vida de todos os consumidores envolvidos na presente relação de consumo.
A responsabilidade pelos danos causados aos consumidores em decorrência da prestação de serviços 
defeituosos (fato do serviço) está estabelecida no artigo 14 do Código do Consumidor.
Insatisfeito com o descaso apresentado pelo fornecedor, o consumidor, desacreditado com a 
possibilidade de resolver seu problema de forma amigável, em virtude da desigual luta de forças, percebeu 
que somente lhe restava a possibilidade de buscar as vias judiciais, que, por certo à luz dos fatos e do 
direito, finalmente, dará a cada um o que é seu, conforme a lei.
A QUAESTIO JURIS
DO DESRESPEITO AOS DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR (ART. 6º CDC)
O fornecedor-promovido, ao transportar produtos químicos inflamáveis de maneira inadequada, 
claramente, atentou contra a vida, saúde e segurança dos consumidores participantes na relação de 
consumo.
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das 
necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção 
de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a 
transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (...)
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no 
fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
A norma do artigo 6º, inciso I, reforça a proteção à vida, saúde e segurança, estabelecida pelo art. 4º, 
caput, quando dispõe que é direito básico do consumidor a proteção da vida, saúde e segurança contra os 
riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos.
Proteção à vida, saúde e segurança são direitos fundamentais inalienáveis, indisponíveis e 
indissociáveis, previstos no artigo 5º da Constituição Federal. O Código do Consumidor estabelece tais 
disposições fundamentais para, de forma expressa, proteger o consumidor de práticas no fornecimento de 
produtos e serviços que abalem a sua incolumidade física.
O direito básico de proteção à vida, saúde e segurança está relacionado com os artigos 8º, 9º e 10º do 
CDC (tais artigos estão na seção do Código que trata da proteção à saúde e segurança dos consumidores).
DA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO SERVIÇO (ACIDENTE DE CONSUMO)
O fornecedor, ao atentar contra as relações de consumo e à vida, saúde e segurança do consumidor, 
incorreu em desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor e Decreto 2.521/1998:
CAPÍTU-LO VI
DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS USUÁRIOS
Art. 29. Sem prejuízo do disposto na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, são direitos e 
obrigações do usuário:
I - receber serviço adequado;
II - receber do Ministério dos Transportes e da transportadora informações para defesa de 
interesses individuais ou coletivos;
III - obter e utilizar o serviço com liberdade de escolha;
IV - levar ao conhecimento do órgão de fiscalização as irregularidades de que tenha 
conhecimento, referentes ao serviço delegado;
V - zelar pela conservação dos bens e equipamentos por meio dos quais lhes são prestados 
os serviços;
VI - ser transportado com pontualidade, segurança, higiene e conforto, do início ao término 
da viagem;
(...)
A responsabilidade pelos danos causados aos consumidores em decorrência da prestação de serviços 
defeituosos (fato do serviço) está estabelecida no artigo 14 do Código do Consumidor.
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela 
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos 
serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e 
riscos.
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode 
esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi fornecido.
§ 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.
§ 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a 
verificação de culpa.
“Verificamos que a norma do artigo 14 determina que o fornecedor de serviços responde, 
independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por 
defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre 
sua fruição e riscos.
Analisando o disposto no caput do artigo supramencionado, constatamos que o legislador optou em 
conferir a responsabilidade pelo fato do serviço a todos os fornecedores, de uma maneira geral 
(diferentemente do artigo 12, que determina especificamente os responsáveis pela reparação dos danos 
causados aos consumidores por defeitos do produto: o fabricante, o produtor, o construtor e o importador).
A norma do art. 14, portanto, se refere a todas as pessoas que desenvolvem atividades no ciclo de 
produção e distribuiçãono mercado de consumo – ou seja, os fornecedores (Nos termos do artigo 3º do 
CDC, fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os 
entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, 
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de 
serviços).
De tal maneira, havendo um acidente de consumo, o consumidor poderá reclamar o ressarcimento, 
em virtude dos danos sofridos, a qualquer fornecedor, seja ele real, presumido ou aparente.
A responsabilidade do fornecedor pela reparação dos danos causados aos consumidores em 
decorrência de defeitos relativos à prestação de serviços, da mesma maneira como acontece no fato do 
produto, é objetiva. Na responsabilidade objetiva do risco da atividade, que é a regra geral do CDC, a 
aferição de dolo ou de culpa é irrelevante. O fornecedor será responsabilizado pelo defeito do serviço 
independentemente de ter operado com negligência, imprudência ou imperícia. Basta, para tanto, que ele 
tenha colocado no mercado o serviço defeituoso. O nascimento da responsabilidade de indenizar decorre 
do nexo de causalidade e do dano efetivamente sofrido (exceto no caso dos profissionais liberais).
Podemos considerar o serviço como sendo defeituoso quando não proporcionar a segurança que o 
consumidor dele legitimamente espera, levando-se em consideração:
a) o modo de seu fornecimento;
b) o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
c) a época em que foi fornecido.”
(Extraído do livro: NORAT, Markus Samuel Leite. Direito do Consumidor. Leme-São Paulo: Edijur, 
2012. Pág. 129-131).
DO DANO MORAL
A Constituição Federal de 1988, no art. 5º, inciso X, assegura o direito de indenização pelo dano 
moral decorrente de violação à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das pessoas. A pretensão da 
promovente também está sob a proteção da Lei Civil e do Código do Consumidor brasileiro:
Código Civil - Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, 
comete ato ilícito.
Código Civil - Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a outrem, 
fica obrigado a repará-lo.
Código de Defesa do Consumidorb – Art. 6°, VI. São direitos básicos do consumidor: (...) a 
efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e 
difusos.
Código de Defesa do Consumidor – Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar 
cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, 
alternativamente e à sua livre escolha: (...) III - rescindir o contrato, com direito à 
restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e 
danos.
O dano moral é pleiteado nesta ação em virtude do descaso do fornecedor-promovente que 
ocasionou riscos à vida, saúde e segurança do consumidor; dos diversos transtornos, prejuízos e 
aborrecimentos oriundos do atraso do horário de chegada ao destino, além de prejuízos financeiros 
causados.
Não podendo deixar de enfatizar que a condenação do promovido ao pagamento de indenização por 
danos morais face o constrangimento causado ao consumidor, em virtude de suas condutas irregulares 
e/ou ilegais, é de extrema importância para conferir-lhes o efeito pedagógico e desencorajamento a prática 
de novos ataques semelhantes aos demais consumidores brasileiros.
Portanto, acompanhando entendimento proferido em sentença pelo juiz Luiz Antonio Alves Bezerra, 
de acordo com a inoperância recalcitrante do fornecedor em resolução de problemas ínfimos, bem assim 
pela finalidade pedagógica e profilática para evitar novas reincidentes, em que sempre reincidem, em 
vista, quem sabe, da parcimônia dos magistrados no duplo grau de jurisdição, em banalização e tarifação 
do dano moral em quantias ínfimas, a trazer, conquanto, a chamada ditadura da litigância, em face de que, 
para a empresa, é mais congruente pagar tais indenizações pífias do que prestar razoável, adequado e 
congruente serviço aos consumidores, importante se faz que a condenação do fornecedor ao pagamento de 
indenização por danos morais sirva com o efeito pedagógico e desencorajador à prática de novos ataques 
semelhantes aos demais consumidores brasileiros, pois, os fornecedores somente darão a devida atenção 
as suas responsabilidades para com os consumidores, quando sentirem no bolso os efeitos dos grosseiros 
erros que cometem contra os consumidores e contra e legislação brasileira em vigor. Além disso, tal 
indenização deve ser corrigida monetariamente até a data efetiva do pagamento, com os juros legais a 
partir da citação do promovido.
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Para que não paire dúvidas sobre a irregularidade cometida pela instituição financeira demandada, é 
necessária a inversão do ônus da prova, nos termos do inciso VIII do artigo 6° do Código de Proteção e 
Defesa do Consumidor.
Assim sendo, caso os documentos apresentados não sejam suficientemente esclarecedores, que 
Vossa Excelência se digne em determinar a inversão do ônus da prova, por ser um mecanismo necessário e 
hábil para que se concretize a justiça.
DO PEDIDO
Posto isto, requer a Vossa Excelência:
Que sejam deferidos os benefícios da Justiça Gratuita, com fulcro na Lei nº 1.060/50, com as 
alterações introduzidas pela Lei nº 7.510/86, por não ter condições de arcar com as custas 
processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de sua família;
Digne-se de ordenar a citação do promovido nos endereços declinados para, querendo, no prazo e 
forma legais apresentar as suas respostas sob pena de não o fazendo, se presumirão aceitos 
pelo promovido, os fatos articulados pelo promovente - Da revelia (art. 285, parte final, do 
CPC), além de confissão sob a matéria de fato segundo procedimento da Lei nº 5.478/68;
Determinar a inversão do ônus da prova em favor da parte autora, consoante disposição do artigo 6°, 
inciso VIII, do CDC;
Que seja condenado o promovido, em caso de recursos, em custas processuais e demais cominações 
legais, incluindo honorários advocatícios na base de 20% sobre o valor da condenação, 
acrescido de juros e correção monetária.
A total procedência desta Ação, nos termos supramencionados, para:
a) Que o fornecedor-promovido seja condenado a indenizar em DANOS MORAIS, no importe a ser 
arbitrado por este Juízo competente, em virtude do desrespeito e ataque ao judiciário e legislação 
consumerista brasileira, e, principalmente, pela negligência, ingerência, ineficiência e desprezo à vida, 
saúde e segurança do consumidor, que ficou desassistido de forma e modo irresponsável por parte do 
fornecedor.
Protestando provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos.
Dá-se à causa o valor de R$ 00.000,00 (valor por extenso).
E. Deferimento
João Pessoa, 09 de março de 2084
[Local], [dia] de [mês] de [ano]
- ASSINATURA -
Nome do Advogado
OAB/XX 00.000
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS – COM PEDIDO DE 
TUTELA ANTECIPADA POR LIMINAR (SITUAÇÃO: PLANO DE SAÚDE NEGA OS MATERIAIS 
NECESSÁRIOS PARA REALIZAÇÃO DE CIRURGIA DA CONSUMIDORA).
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___° Vara Cível da Comarca de João Pessoa - Paraíba
FULANA DE TAL, brasileira, casada, professora, portadora de CPF 000.000.000-00 e RG 0.000.000 - 
SSP/PB, residente e domiciliada na Rua da Felicidade, n° 01, Bairro da Alegria, João Pessoa – PB, CEP 
00000-000, por seu advogado adiante assinado, legalmente constituído nos termos do instrumento de 
mandatoem anexo, com escritório situado à Av. Jurídica nº 000, Sala 00, Bairro, João Pessoa – PB, CEP 
11111-111, onde receberá notificações, vem, com respeito e acatamento à presença de Vossa Excelência 
propor:
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS – COM PEDIDO 
DE TUTELA ANTECIPADA POR LIMINAR
Como de fato propõe contra PLANO DE SAÚDE X, pessoa jurídica inscrita no CNPJ matriz sob o nº 
00.000.000/0000-00, endereço: Av. Mico Leão dourado, 000, sala 000, piso 00, Bairro, Cidade – Estado, CEP 
00000-000, e o faz escorado em legislação atinente, jurisprudência cristalizada em Instâncias Superiores e 
pelos motivos e razões adiante expendidos:
DA JUSTIÇA GRATUITA
Requer a Vossa Excelência que sejam deferidos os benefícios da Justiça Gratuita, com fulcro na Lei 
nº 1.060/50, com as alterações introduzidas pela Lei nº 7.510/86, por não ter condições de arcar com as 
custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de sua família.
A QUAESTIO FACTI
A senhora FULANA DE TAL é consumidora vinculada ao plano de saúde denominado como “Saúde 
II”, administrado pelo Plano de Saúde X.
No início do segundo semestre de 2013, a consumidora passou a sentir fortes e intensas dores e 
dormências na região do pescoço e coluna, se estendendo até os braços; assustada com os sintomas, a 
mesma buscou atendimento médico (ATESTADOS EM ANEXO, DOC 02), que constatou que a senhora 
Fulana era vítima de grave doença na coluna, apresentando cervicobraquialgia direita de forte intensidade, 
incapacitante, sem resposta medicamentosa e fisioterápica. Assim, realizou ressonância magnética da 
coluna cervical, evidenciando hérnia discal em C4-C5, C5-C6 e C6-C7 (CID G55.1; M50.1). Em face da 
gravidade e emergência do caso, o médico, Dr. xxxxxxxxxx encaminhou a paciente – em caráter de 
urgência – para realização de procedimento cirúrgico; conforme se demonstra pela carta em anexo (DOC 
03).
De tal maneira, o médico xxxxxxxxxx indicou procedimento cirúrgico de emergência, com a 
realização dos seguintes procedimentos: Discectomia C4-C5, C5-C6 e C6-C7, seguida de artrodese fixa em 
C5-C6 e C6-C7 com cage e enxerto mais placa e parafuso e fixação móvel em C4-C5 com prótese discal 
cervical, sendo, por conseguinte, a utilização de tais equipamentos indispensáveis ao ato cirúrgico; 
conforme RELATÓRIO MÉDICO em anexo (DOC 04).
Toda a documentação necessária, incluindo o exame de risco cirúrgico feito pela Dra. xxxxxxxxxx 
(DOC 05), foi devidamente encaminhada para o Plano de Saúde X, contudo o fornecedor-promovido negou 
a autorização, mesmo sendo o direito da autora assegurado legalmente, praticando ato ilícito contra a 
promovente, e, frise-se - sem apresentar nenhum motivo; fato este que, por si só, já se caracteriza como 
conduta lesiva, conforme medida publicada em 06 de março de 2013 no Diário Oficial da União, pela 
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, na Resolução 
Normativa Nº 319, que determina que Planos de Saúde possuam um prazo de 48 horas para justificar – por 
escrito – recusa em qualquer procedimento aos pacientes, e, ainda prevê que, em caso de descumprimento, 
MULTA DE R$30.000,00 (trinta mil reais). “As operadoras sempre foram obrigadas a informar toda e 
qualquer negativa de cobertura, pois o beneficiário tem o direito de conhecer o motivo da não autorização 
ao procedimento solicitado em prazo hábil para que possa tomar outras providências. A partir de agora, ele 
poderá solicitar que esta negativa também seja dada por escrito. É uma forma de protegê-lo ainda mais”, 
ressaltou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Devemos ressaltar que a paciente, mesmo debilitada da coluna, foi obrigada a se dirigir várias vezes 
até o plano de saúde para tentar solucionar o caso amigavelmente, e, por vezes, recebendo como notícia 
que “tudo estava aprovado”, ou “encaminharemos o mais rápido possível” e tantas outras promessas que 
nunca foram cumpridas, e fizeram com que o médico remarcasse a referida cirurgia por diversas vezes; 
causando um grande incerteza e abalo emocional na paciente e nos seus familiares: A cirurgia foi 
inicialmente marcada para 29/11/2013, já tendo sido feita a perícia da GEAP no dia 21/11/2013, contudo 
não foi realizada por falta de autorização do plano de saúde; assim, a cirurgia foi remarcada para a quarta-
feira subsequente, posteriormente para a sexta-feira, depois para o sábado, para a outra quarta-feira... 
Enquanto a paciente tinha que se dirigir à GEAP, fazer diversas ligações, abrir Ordens de Serviços, até que, 
certa vez, recebeu a fala informações de que todo o procedimento estava autorizado, contudo, chegando à 
clinica a informação era de que não tinha sido liberado os materiais. Posteriormente, retornando à GEAP, 
foi informada que deveria passar por nova perícia, e assim o fez, até receber – novamente – a notícia da 
autorização; contudo, efetivamente, tal autorização nunca chegou ao hospital e quando, novamente, 
retornou a sede do plano de saúde, a consumidora foi informalmente informada por uma funcionária que o 
plano não iria autorizar tais materiais, que ele tentasse com o médico ver a possibilidade de substituição 
dos mesmos.
De tal sorte que, ao final, injustificadamente o fornecedor GEAP - FUNDAÇÃO DE SEGURIDADE 
SOCIAL não autorizou o ENXERTO SINTÉTICO tampouco a PRÓTESE DISCAL CERVICAL.
Ora meritíssimo, conforme RELATÓRIO MÉDICO, datado em 02 de dezembro de 2013, em anexo 
(DOC 06), não existe a possibilidade de se fazer artrodese sem enxerto. Para obter enxerto autólogo, seria 
necessária outra abertura na paciente, ao nível da bacia, para retirada de massa da própria paciente, para 
utilização como tal, causando, assim, uma lesão desnecessária à paciente, aumentando o risco da operação 
e, frisem-se as palavras do médico: “SENDO ETICAMENTE CONDENÁVEL” (grifo nosso).
Quanto a PRÓTESE DISCAL CERVICAL, se faz necessária para uma fixação híbrida. 02 níveis de 
artrodese e 01 nível de prótese discal, PARA EVITAR FIXAÇÃO LONGA E PERDA DA MOBILIDADE EM 
VÁRIOS NÍVEIS CERVICAIS.
No caso vertente, tais materiais são indispensáveis ao procedimento cirúrgico, ficando a 
consumidora sem atendimento, correndo sério risco e passando pelos maiores constrangimentos.
art. 186 do Código Civil - “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete 
ato ilícito”.
art. 187 do Código Civil - “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, 
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou 
pelos bons costumes”.
Infelizmente, sabemos, que é comum a conduta de negativa, por parte dos planos de saúde, de toda 
e qualquer prótese, mesmo sendo esta indispensável ao ato cirúrgico, o que torna, por vezes, a cirurgia e o 
tratamento inócuos ou mesmo impossibilitados, inviáveis; motivo este que levou o legislador, quando da 
elaboração da Lei dos Planos de Saúde (LEI Nº 9.656, DE 3 DE JUNHO DE 1998) a excluir a cobertura de 
próteses, órteses e seus acessórios, quando estes, tão-somente, não forem ligados ao ato cirúrgico.
A Lei 9.656/98, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, determina que:
Art. 10. É instituído o plano-referência de assistência à saúde, com cobertura assistencial 
médico-ambulatorial e hospitalar, compreendendo partos e tratamentos, realizados 
exclusivamente no Brasil, com padrão de enfermaria, centro de terapia intensiva, ou similar, 
quando necessária a internação hospitalar, das doenças listadas na Classificação Estatística 
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, da Organização Mundial de 
Saúde, respeitadas

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