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Grupo 3 Adm,megatendências e desafios 5

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Fazer as coisas acontecerem 
 
Uma das maneiras de abordar o conceito é considerar a origem da 
palavra. No final do século XVI, surgiu na Inglaterra, nos tempos de 
Shakespeare, a palavra gerência (management), associada à pala-
vra gerente (manager). Essa palavra derivou do latim manus, que 
significa literalmente mão, com a conotação 
de poder e jurisdição. No final da Idade Média, encontramos na Itália 
a palavra maneggiare, que ultrapassava o velho termo factore e que 
designava um oficial na condução de uma empresa manufatureira 
ou comercial. Dessa raiz surgiu a palavra inglesa factory, original-
mente usada para um posto de comércio ou um local de produção. 
O termo francês manegerie surgiu no século XVI. O termo inglês 
management, durante um longo tempo, referia-se, em termos ge-
rais, a controlar ou dirigir negócios próprios ou de outras pessoas. A 
partir do século XVIII é que centenas de livros publicados passaram 
a utilizar a palavra management em seus títulos, abrangendo desde 
agricultura a hospitais, escolas e universidades e até prisões, parti-
dos políticos e administração pública. Na segunda metade do século 
XIX, a palavra passou a ser aplicada especificamente aos negócios 
e assuntos financeiros. Em resumo, management, em seu significa-
do original, representava “fazer” e, mais ainda, “causar ou provocar 
o que deve ser feito”. Considerando a administração atual e as ativi-
dades a ela associadas – como liderança, planejamento, organiza-
ção, direção, coordenação, controle e outras –, pode-se perceber 
que essa ideia ainda continua. 
 
 
A abrangência da administração 
Profissionais como engenheiros, economistas, contabilistas, advogados, 
médicos ou militares, quando são promovidos, em suas empresas, ao nível 
de supervisor, gerente ou diretor, precisam se transformar em administrado-
res. A partir de então, devem aprender a administrar e adquirir conhecimen-
tos e atitudes que suas especialidades não lhes ensinaram. Daí o caráter 
universal da área: cada organização necessita de uma equipe de adminis-
tradores em vários níveis e nas várias áreas para conduzir as diversas es-
pecialidades dentro de um conjunto integrado de esforços em direção aos 
objetivos da empresa. É isso o que leva muitos profissionais de nível superi-
or a retornarem, mais tarde, aos bancos universitários para cursar Adminis-
tração. Quando são promovidos do nível operacional, no qual executam su-
as especialidades, para o nível intermediário ou institucional, eles deixam 
de ser engenheiros, economistas, contabilistas, advogados ou médicos para 
se tornarem administradores. 
 
PERSPECTIVAS DA ADMINISTRAÇÃO 
Nos próximos anos, o mundo verá o fim da forma organizacional de hoje 
(basicamente burocrática, ainda predominante em muitas organizações) e o 
surgimento de novas formas mais adequadas às demandas da era pós-
industrial.3 Essa previsão se baseia nos seguintes aspectos:4 Mudanças 
rápidas e inesperadas no mundo dos negócios, no campo do conhecimento 
e em relação ao crescimento populacional, impondo novas e crescentes ne-
cessidades que as atuais organizações não têm condições de atender. 
Crescimento e expansão das organizações complexas e globalizadas. Sur-
gimento de atividades complexas que exigem pessoas com competências 
diversas e envolvem coordenação e atualização constante em função das 
rápidas mudanças e transformações. Quando isso ocorrer, a tarefa adminis-
trativa será incerta e desafiadora, pois deverá envolver uma infinidade de 
variáveis, mudanças e transformações carregadas de ambiguidades e 
incertezas. O administrador enfrentará problemas multifaceta-
dos e cada vez mais complexos do que os anteriores, e sua 
atenção será disputada por eventos e grupos de influência situ-
ados dentro e fora da organização, que lhe proporcionarão in-
formações contraditórias e complicarão seu diagnóstico percep-
tivo e sua visão dos problemas a resolver. Essas exigências, 
desafios e expectativas sofrem mudanças que ultrapassam a 
capacidade de compreensão e tendem a aumentar com a inclu-
são de novas variáveis à medida que o processo se desenvol-
ve, criando uma turbulência que perturba e complica a tarefa 
administrativa de planejar, organizar, dirigir e controlar uma or-
ganização eficiente e eficaz. O futuro parece complicar cada 
vez mais essa realidade, pois vários fatores deverão provocar 
profundos impactos sobre as organizações, como:5 Crescimen-
to das organizações: as organizações bem-sucedidas tendem a 
crescer em tamanho e recursos, expansão de mercado e maior 
volume de operações. O cresci mento é decorrência inevitável 
do êxito organizacional. À medida que a organização cresce, 
ocorre uma subdivisão interna (divisão do trabalho), especiali-
zação dos órgãos e maior necessidade de coordenação e inte-
gração das partes envolvidas para garantir eficiência e eficácia. 
O mundo dos negócios caracteriza-se por mudanças rápidas e 
frequentes. Para acompanhar essas mudanças, os administra-
dores generalistas, dotados de habilidades genéricas, terão 
perspectivas mais promissoras do que os administradores es-
pecialistas, concentrados em poucas e estreitas habilidades ge-
renciais. As organizações necessitarão, cada vez mais, de es-
trategistas, e não apenas de especialistas. Concorrência mais 
aguda: à medida que aumentam os mercados e negócios, cres-
cem também os riscos. O produto ou serviço que demonstra ser 
melhor ou superior será o mais procurado. Desenvolver produ-
tos exigirá maiores investimentos em pesquisa e desenvolvi-
mento, novas tecnologias, dissolução de velhos departamentos e criação de novos, busca por novos mercados e necessidade de competir pa-
ra sobreviver e crescer. Sofisticação da tecnologia: as telecomunicações, a computação e a logística estão fazendo com que as organizações 
internacionalizem suas operações. A tecnologia proporciona maior eficiência e precisão e libera a atividade humana para tarefas mais compli-
cadas, que exigem planejamento e criatividade.

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