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Ficha de Leitura
 Nome do autor: Ferdinand Lassalle
Nome do autor: Ferdinand Lassalle
 Editora: Edições e Publicações Brasil, São Paulo, 1933
Livro: Que é Uma Constituição? / A Essência da Constituição.
Informações sobre o autor: 
Ferdinand Lassalle, nascido em Breslau em 11 de abril de 1825, é considerado um precursor da social-democracia alemã. Foi contemporâneo de Karl Marx, com quem esteve junto durante a Revolução Prussiana de 1848. Combativo e ativo propagandista dos ideais democráticos. Proferiu conferência em 1863, que serviu de base para um livro importante para o estudo do direito constitucional (editado e traduzido para o português com nome "A Essência da Constituição"). Lassalle morreu em 31 de agosto de 1864, nos subúrbios de Genebra, três dias depois de ser mortalmente ferido em um duelo pela mão de sua ex-noiva, Hélène von Dönniges. Seu corpo foi enterrado num cemitério judeu de Breslau - atualmente Wroclaw, na Polônia.
Cunhou o conhecido conceito sociológico de Constituição ao estabelecer que tal documento deve descrever rigorosamente a realidade política do país, sob pena de não ter efetividade, tornando-se um mera folha de papel. Esse conceito nega que a Constituição possa mudar a realidade.
Lassale foi duramente criticado por Konrad Hesse, que cunhou o conceito concretista da Constituição, por considerar que a Constituição não é um simples livro descritivo da realidade - o que a transformaria num simples documento sociológico -, mas norma jurídica, pelo que haveria de se estabelecer uma relação dialética entre o "ser" e o "dever ser".
Outras obras do autor: 
 Manifesto Operário e Outros Textos Politicos, Poder de Polícia (Clovis Beznos e Ferdinand Lassalle), Théorie Systematique des Droits Acquis , System Der Erworbenen Rechte - 2 Vols. 
Resumo: 
O livro começa com a pergunta que é uma Constituição? O autor dá uma resposta como um jurisconsulto responderia ( primeira citação nesta ficha de leitura), contudo Ferdinand não a considera completa e ainda diz que sequer chega perto da resposta ao qual almeja, com esse início o leitor já fica preocupado com o que está por vir e no decorrer das páginas Lassale fala sobre o significado de lei e Constituição e suas diferenças e semelhanças, fala sobre os fatores reais do poder ( ele cita muito o regime da Prússia como foco de exemplo, pois, acredito eu, devido ao fato de ter participado ativamente da revolução prussiana de 1848) e descreve a Constituição na monarquia,e a relação desta com os banqueiros,burgueses,operários e a aristocracia.
O autor no meio do livro começa a relatar (e essa parte do livro para mim é a que liga tudo e começa a se formar com mais clareza a resposta da pergunta feita no começo do livro) o sistema eleitoral das três classes, explica o papel do rei e o exército ( faz uma linha do tempo sobre o poder do exército frente a uma população cada vez mais cresce) explica o poder organizado e o poder inorgânico e explica porque o exército mesmo sendo menor na maioria das vezes “ganha” das revoltas populares. Chegamos ao capítulo II e nesse ponto que o cerne do da questão se desvenda e conseguimos a resposta final da sua pergunta, na qual Lassalle explica a Constituição real e a diferença da Constituição escrita. Ao longo do capítulo II o autor volta a descrever a história como era a Constituição feudal, o absolutismo, a revolução burguesa. Chegando finalmente ao capítulo III na qual Ferdinand fala sobre a supremacia do povo, e faz a seguinte constatação: Onde a Constituição escrita não corresponder à real, irrompe inevitavelmente um conflito que é impossível evitar e no qual, mais dia menos dia, a Constituição escrita, a folha de papel, sucumbirá necessariamente, perante a Constituição real, a das verdadeiras forças vitais do país. Com esse parágrafo o autor deixa claro suas idéias sobre o significado de Constituição, para ele a Constituição não é só o papel escrito e sim os fatores reais do poder e efetivos. E afirma que os países que não tiverem os fatores reais e efetivos como prioridade na Constituição, esta não durará muito. E no fim do livro Ferdinand fala sobre as conseqüências, ( que nada mais é do que um resumo de tudo que foi dito ao longo do livro, uma síntese para os leitores que se perderam ou não conseguiram acompanhar as idéias que o autor ia lançando nas páginas.) em suma a resposta final para sua pergunta que rodeia o livro do início ao fim. 
Citações: 
“Constituição é um pacto juramentado entre o rei e o povo, estabelecendo os princípios alicerçais da legislação e do governo dentro de um país”. Ou generalizando, pois existe também a Constituição nos países de governo republicano: “A Constituição é a lei fundamental proclamada pelo país, na qual baseia-se a organização do Direito público dessa nação” Pág. 06
“Onde a Constituição reflete os fatores reais e efetivos do poder, não pode existir um partido político que tenha por lema o respeito à Constituição, porque ela já é respeitada, é invulnerável. Mau sinal quando esse grito repercute no país, pois isto demonstra que na Constituição escrita há qualquer coisa que não reflete a Constituição real, os fatores reais do poder.”Pág.39
“Se alguma vez os meus ouvintes ou leitores tiverem que dar seu voto para oferecer ao país uma Constituição, estou certo que saberão como devem ser feitas estas coisas e que não limitarão a sua intervenção redigindo e assinando uma folha de papel, deixando incólumes as forças reais que mandam no país.”Pág.40
Comentário: 
É um livro que começa lançando uma pergunta e que ao longo das páginas vai se dando respostas, e o leitor sempre a acha que aquela resposta já é o suficiente,contudo o autor sempre da um jeito de dizer que só aquela resposta não basta,o leitor fica aflito,sem saber o que mais pode ser e com o decorrer do texto, tudo vai se encaixando e as respostas vão se complementando até que no final resolvesse tudo e o leitor para e pensa: se houver uma mudança na Constituição, graças a esse livro, eu saberei entender e fazer uma análise crítica a respeito da constituição a ser modificada e se ela se faz necessária.

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