Buscar

TGP p2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
Teoria Geral do Processo – TGP – P2
Prof. Carlos Magno
Bianca Ferreira – 2017.2
1. P2: 24/11
2. 2ª CH: 27/11
3. PF: 04/12
Conteúdo programático:
1. Ação: conceito e características
 Espécies de ações
 Condições da ação
 Elementos da ação
 Concurso objetivo de ações
 Concurso subjetivo de ações
2. Processo: conceito; espécies; sujeitos principais e secundários do processo;
 Pressupostos processuais
AULA 09/10
AÇÃO
Objetivo central da Academia hoje.: dedicar o tempo para trazer celeridade ao processo e não 
ficar discutindo conceitos sem razões práticas, e teorias que foram discutidas ao longo dos 
séculos. Na verdade, essa natureza jurídica é a fusão de uma série de teorias da Ação. 
 Natureza Jurídica 
É um direito público, subjetivo, autônomo e abstrato de agir em juízo, expondo pretensões, 
fundadas ou não, exigindo a prestação jurisdicional. 
É um Direito PÚBLICO porque quem tem o monopólio da jurisdição é do Estado – tem o poder-
dever de prestar a tutela jurisdicional; SUBJETIVO (iniciativa da parte) é inerente ao sujeito, 
seja que sujeito for; AUTONÔMO porque o direito de ação existe ainda que não exista o 
direito material. ABSTRATO porque eu tenho um direito de ação para buscar, quando 
exercitado, a tutela jurisdicional; se essa tutela jurisdicional vai ser favorável a mim ou não, é 
outra questão. O direito de ação, assim, não está condicionado a uma sentença favorável. 
OBS.: “move contra o réu”. Tecnicamente falando, está errado. Porque a ação você move 
contra o Estado, que tem a obrigação de prestar a tutela jurisdicional. O certo seria.: “Move 
em face de (...)”. 
2
 “Direito Público” porque exercido contra o Estado, que tem o monopólio da 
jurisdição (e em face do réu); direito subjetivo porque inerente às pessoas, 
sejam elas físicas capazes ou incapazes, absolutamente capaz ou 
relativamente incapaz, menor impúbere ou púbere; pessoa jurídica de direito 
público ou privado ou, ainda, “pessoa formal” (ex.: condomínio, massa falida e 
espólio) que têm (relacionado às pessoas) o poder/faculdade de exigir do 
Estado – cuja jurisdição é inerte e exige a provocação eis que ninguém é 
obrigado a agir senão em virtude de lei (art. 5º, II, CF) e não há lei que obrigue 
à propositura de ação – a tutela jurisdicional; “direito autônomo” porque 
desvinculado do direito material, podendo existir o direito material sem ação e 
vice-versa; “direito abstrato” porque não se trata de um direito à sentença 
favorável. Se trata de um direito à sentença, não importando se é favorável ou 
não. 
O direito de ação, garantido constitucionalmente, quando exercido instaurará o processo, 
instrumento hábil ao exercício da jurisdição. Para que o poder judiciário exerça sua jurisdição 
são necessários requisitos, que constituem o processo. 
OBS.: art. 75 CC/1916 – “a todo direito corresponde uma ação, que o assegura”. Essa ideia já 
foi desvinculada, é ultrapassada. 
Magno, nesta hora, frisou que essa parte é muito importante e que é uma boa questão de 
prova.
 Classificação da Ação
Tinha-se, até o NCPC, tal classificação (de acordo com a natureza do processo). Tinha-se ação 
cognitiva (de conhecimento) que vai ensejar no processo de conhecimento, Ação de execução 
que, quando exercido o direito, vai instaurar o processo de execução. Antes no CPC, tinha-se a 
terceira espécie, Cautelar. Tinha-se processo de conhecimento, de execução e cautelar. Então 
o processo cautelar seria instaurado se o titular do direito movesse, exercitasse o seu direito 
de ação. Hoje não se tem mais ação cautelar, porque não se tem um processo cautelar a ser 
proposto. O processo cautelar não visava nem conhecimento, definir a situação jurídica, nem 
satisfazer. Visava tão somete acautelar. Ex.: Magno se diz titular do caminhão com 10 
toneladas de sardinha. E aí Victória diz que o caminhão é dela. A situação jurídica é indefinida, 
o juiz, portanto, vai buscar saber de quem é o caminhão de peixe. Tudo isso decorre tempo, 
citação, mandado de citação, assinatura do juiz, volta para o escrevente, oficial de justiça que 
tem um prazo de 30 dias para fazer a citação, contestação etc. daí sai daqui a 3 anos a 
sentença, o juiz julga procedente o pedido e o caminhão é meu. Só que o peixe já estragou. 
Tem-se uma sentença favorável que não e efetiva. Em última análise, acautelar a 
EFETIVIDADE de um outro processo, e conhecimento ou de execução. No tempo exíguo, eu 
me limitava a fazer a petição inicial da ação cautelar; e o processo cautelar era para dar 
provimento para algo. Ex.: autorizar a venda do peixe. Pegar o dinheiro da venda e depositar 
em juízo. O processo vai ser efetivo. Era um processo que depois o juiz, concedendo a medida 
cautelar, tinha-se um prazo para fazer a ação comum. E instaurar o processo de conhecimento. 
Mas o legislador parou e repensou sobre isso.: acabando com a 3ª fase, o processo cautelar. 
3
Mas ainda existem as medidas cautelares dentro da própria ação de execução ou de 
conhecimento. 
Precisa-se ter em mente 3 coisas. Conhecimento, Processo.: conjunto de atos realizados de 
forma coordenada visando a prestação jurisdicional. Esse conceito serve para todos os 
processos. Eu só vou especificar conhecimento ao especificar a necessidade de prestação 
jurisdicional. Se estou em um caso em que eu tenho uma situação jurídica indefinida, ex.: 
estou cobrando um valor, o réu diz que já pagou. O juiz precisa ver se pagou ou não pagou. Se 
pagou, cumpriu a obrigação e eu não tenho direito. Se não pagou, ele ainda tem a obrigação e 
eu tenho o direito. Ira descobrir isso ao longo do processo. PROCESSO DE CONHECIMENTO– 
conjunto de atos realizados de forma coordenada visando a prestação jurisdicional pela qual o 
juiz irá definir uma situação jurídica, que no momento da propositura da ação era indefinida. 
Aqui o juiz irá definir a situação jurídica quando proferir a sentença. No caso do PROCESSO DE 
EXECUÇÃO – conjunto de atos realizados de forma coordenada visando a prestação 
jurisdicional que visa satisfazer uma situação jurídica definida. Tenho uma situação jurídica 
definida. Essa situação é antes da propositura do processo; toda a execução vai ter por base 
um título executivo; judicial (a sentença do juiz), título executivo extrajudiciais são 
equiparados por lei, ex.: cheque. O que se quer aqui é satisfazer. E o PROCESSO CAUTELAR – 
visava assegurar a efetividade de um outro processo. OBS.: O que eu quero com as medidas 
cautelar que antes eu só tinha via processo cautelar? Ex.: caminhão de peixe; ganhei o 
processo, mas o peixe já estragou. Precisa-se resguardar que o processo seja efetivo. Isso é 
uma questão política. A partir do momento em que o Estado trouxe para si o monopólio da 
jurisdição e vedou a autotutela, deve-se trazer que os mecanismos da tutela sejam de fato 
efetivos. Por caso contrário, iremos exercer a AUTOTUTELA. 
a) Ação cognitiva 
Cujo exercício instaurará o “processo de conhecimento “ (processo sincrético). 
1ª fase: composta por atos que permitirão ao juiz “definir uma situação jurídica indefinida” 
no momento da propositura da ação, o que ele fará na sentença (título executivo judicial); 
2ª fase: composta por atos que permitirão ao juiz “satisfazer uma situação jurídica já 
definida” (execução ou, como denomina o CPC, cumprimento de sentença). 
b) Ação de execução 
Cujo exercício instaurará o “processo de execução”, que a partir de 2005, limitou-se à 
satisfação de direitos constituídos nos títulos executivos extrajudiciais (cheque, nota 
promissória e etc.). 
c) Ação cautelar 
Extinta porque extinto o “processo cautelar” pelo NCPC, que não existe mais como espécie de 
processos, não obstante a existência das necessárias “medidas cautelares”. 
4
AULA 16/10
A aula de hoje vai ser basicamente uma fortificação de pontos da aula passada, especialmente 
no tangente à ação cautelar, quenão existe mais. Houve uma época que a confusão entre a 
tutela cautelar com a tutela antecipada era tão grande que o legislador, no CPC de 1973, 
(tutela antecipada veio em 1974) resolveu fazer mais uma alteração no CPC de 73 para incluir 
um parágrafo, no então artigo 273, para dizer o seguinte.: “Excelência, se vossa excelência 
receber uma petição em que o autor formule um pedido de tutela antecipada, e se vossa 
excelência perceber que aquilo não é um caso de tutela antecipada mas sim uma tutela 
cautelar, defira a tutela cautelar e determine a retificação necessária para o tipo do processo”. 
Isso porque, antes dessa alteração, se eu pedisse uma tutela antecipada e o juiz verificasse que 
era um caso de tutela cautelar, extinguia. Só que o problema é.: ambas tutelas são tutelas de 
urgência. Neste ínterim de extinguir um processo e propor outro adequado, o problema já 
poderia ter acontecido. 
Nesta altura, o conceito de PROCESSO já deve estar consolidado. Portanto, tem-se que.: 
Processo é todo conjunto de atos praticados de forma coordenada visando a prestação 
jurisdicional. Este é o gênero, que por sua vez se subdivide em algumas espécies. 
Processo de conhecimento tem como finalidade definir uma situação jurídica indefinida. Se, 
por um caso, tem-se um caso que não é transparente o direito, precisa-se definir esta situação. 
Para que isso possa acontecer, uma série de atos próprios deverão ser praticados. Cada ato 
desse vai formar um processo. O NCPC, a partir de 2005, fez uma alteração. O que nós 
tínhamos até 2005? O processo começava.: Processo de conhecimento, situação jurídica 
indefinida. Chegava na sentença o juiz definia a situação jurídica, julgando – deferindo ou 
indeferindo um pedido. Só que, entre a sentença que diz que eu tenho direito de ser 
indenizado em R$50.000,00 e os 50k no bolso, tem-se uma enorme diferença. Antes de 2005, 
um processo de conhecimento visava só definir uma situação jurídica indefinida. Antes de 
2005, se não pagasse, deveria iniciar um novo processo, agora para satisfazer uma situação 
jurídica definida na sentença (processo de execução). Em 2005, ainda no CPC anterior, tivemos 
uma alteração.: será que não seria possível juntar as duas partes? Em 2012, primeiro houve 
uma declaração – obrigação de fazer. Assim, em um processo de conhecimento o juiz 
reconhecia a obrigação de fazer, que já impunha multas e etc. para que o réu cumprisse. 
Depois, obrigação de entregar coisa, ex.: receber um bem que comprei, mas que o contratado 
não entregou. Em suma, aconteceu que, via experimentação, desde 2005 o legislador viu que 
estava dando certo no que tange a parte de satisfação dos direitos com a parte de definição de 
direitos do processo. Contudo, ainda faltava a obrigação de pagar, que era preciso iniciar com 
um processo de execução. O processo passou, já em 2005, a ter concentradas essas duas 
5
possibilidades.: definir uma situação jurídica indefinida e satisfazer uma situação jurídica 
definida. 
Hoje, o nosso NCPC chama de Processo de Conhecimento o cumprimento de sentença. Esta 
expressão significa EXECUÇÃO. 
1. Processo de conhecimento e do cumprimento da sentença – A doutrina tem chamado 
de “PROCESSO SINCRÉTICO”. É um processo que tem naturezas distintas. É um 
processo elaborado para ter duas fases, nesta sequência. Pode ser que não tenha a 2ª 
fase. Por exemplo.: você foi condenado a me indenizar em 50K; você fez a petição e 
pagou tudo direitinho; tem motivo de prosseguimento do processo? Não. Pagando a 
obrigação, extingue-se o direito. Ex2.: prescrição – julgo improcedente o pedido 
porque ocorreu a prescrição, de acordo com art. 206 CC. 
1ª fase.: Cognitiva – para a prática de atos que permitirão ao juiz “definir uma situação 
jurídica indefinida”, o que ele fará na sentença (título executivo judicial). 
2ª fase.: Executiva – para a prática de atos que permitirão ao juiz “satisfazer uma situação 
jurídica já definida”, pela sentença. 
Processo de execução – (...) “satisfazer uma situação jurídica que se apresenta já definida” 
(título executivo extrajudicial: cheque, nota promissória, escritura pública e etc.). 
Processo Cautelar (extinto no NCPC) – (...) hábil à concessão de medidas cautelares 
(provimentos judiciais) “para resguardar a efetividade de um outro processo, de 
conhecimento ou de execução”. Acautelar.: assegurar algo, em última análise, a efetividade 
de outro processo. Pode acautelar pessoas, bens e coisas. Ex.: sou avô e sei que os pais da 
minha neta estão a maltratando. Vou pedir a guarda provisória, que tem a natureza cautelar. 
O juiz defere e, verificando que realmente os pais a maltratam, tornam a guarda definitiva. 
Tem-se uma visão política de efetividade do processo. 
Daí a evolução.: “o processo cautelar, visando resguardar a efetividade de um outro processo, 
mediante a concessão de medidas cautelares, fez com que o legislador perguntasse.: se a razão 
de ser é proteger a efetividade de um outro processo e eu faço isso com uma medida cautela; 
por que não posso permitir ao juiz conceder essa medida cautelar dentro do processo de 
conhecimento ou dentro do processo de execução. Por que preciso de um terceiro processo? É 
só elaborar as normas dentro do processo que quero resguardar, daí seria poupado tempo.”. 
Procedimento Comum CPC 
1. Petição inicial 
2. Citação (p/ audiência/contestação)
3. Audiência de conciliação e mediação 
6
4. Contestação 
5. Réplica
6. AIJ
7. Sentença (título executivo judicial) – traz uma situação jurídica indefinida. 
8. Recursos (...) 
Acabados os recursos a decisão transita em julgado e, daí, entra a 2ª fase – fase de execução. 
Isso quando se tem diante de uma situação jurídica indefinida. 
Todos esses 8 atos processuais estão inseridos na 1ª fase. 
9. Cumprimento de sentença – 2ª fase
Procedimento executivo por quantia certa (P.E) – título executivo extrajudicial que traz uma 
situação jurídica definida foi formulado sem a participação do juiz. 
1. Petição inicial 
2. Citação (P/pagar) – não é para se defender. Aqui a situação já é definida, não tem 
Contestação. 
3. Penhora (online) 
4. Avaliação
5. Leilão
6. Arrematação 
7. Pagamento 
8. Sentença (extintiva) 
 Observação.: elementos negócio jurídico.: forma prescrita ou não defesa em lei, 
objeto lícito e agente capaz. 
Obs.: embargos da execução (não precisa se preocupar com isso agora).
7
AULA 20/10
Vimos, no nosso último encontro, aquela classificação quanto à ação de conhecimento cujo 
direito, se exercido, instaura o processo de conhecimento; a ação de execução cujo direito, se 
exercido, instaura o processo de execução; e a extinta ação cautelar que, se exercida, 
instauraria o processo cautelar. Nós especificamos cada uma dessas ações de acordo com a 
finalidade da prestação jurisdicional. E aí nós frisamos que não temos mais o processo 
cautelar, mas temos a possibilidade de acautelar pessoas, direitos, bens e em última análise, 
isso é uma decisão política, podemos acautelar a efetividade do processo de conhecimento ou 
do processo de execução, a depender do caso concreto. Tem-se a possibilidade de requerer 
uma medida cautelar de arresta, que no CPC anterior, era concedida numa ação cautelar de 
arresto que instaurava um processo cautelar. Essa medida cautelar de arresto, hoje, eu vou 
requerer no próprio processo de execução. A ideia é trazer uma celeridade. 
 Agora vamos fazer uma distinção, uma especificação das ações de conhecimento que 
instauram o processo de conhecimento. Tem-se três tipos.: ação declaratória, 
constitutiva e condenatória. 
AÇÃO
Todas as ações, sejam elas declaratórias, constitutivas ou condenatórias, têm, em parte, uma 
natureza declaratória. Todas as ações vão declarar alguma coisa, até aquela que julga 
improcedente o pedido do autor; ela vai declarar que o autor não tem o direito que ele 
alegava ter. Só que algumasações vão um pouco além de declarar, enquanto uma espécie se 
delimita a declarar (ação declaratória). Posso mover uma ação declaratória de inexistência de 
debito. Na maioria das vezes, o que o jurisdicionado brasileiro faz, sem preceitos morais, é 
esperar as consequências da cobrança indevida. Daí receberia cumulado com o dano moral e 
indenização. Juiz vai se limitar ao que foi pedido. 
 Espécie de ações cognitivas 
a) Ação declaratória – aqui o fato já existe. 
- Art. 19, CPC. Busca-se tão só a declaração de um fato, da existência ou não de uma relação 
jurídica, da validade ou falsidade de documentos e etc. 
Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração: I - da existência, da inexistência ou 
do modo de ser de uma relação jurídica; II - da autenticidade ou da falsidade de documento
- Ex.: investigação de paternidade. Este fato pode não ser reconhecido juridicamente, mas é 
fato que se tem um pai, independentemente se está na certidão de nascimento ou não. 
8
 A
b) Ação constitutiva/desconstitutiva – vai modificar uma situação jurídica existente. Ex.: 
exoneração do Magno de um determinado cargo público, vai deixar de ser professor. É 
um exemplo de modificação de uma situação jurídica existente. Exs.: divórcio, servidão 
de passagem. No caso do divórcio, vamos encontrar na doutrina que se trata de uma 
ação DESCONSTITUTIVA. Segundo Magno, é uma imbecilidade considerar que o 
casamento é uma ação desconstitutiva do casamento, porque ao mesmo tempo 
considera-se que constitui um novo estado civil (casado-separado). Pode-se constituir 
um novo direito (servidão de casamento). Fulano (A) tem um sítio gigantesco, só que 
dentro desse sítio tem uma área bem menor que pertence a uma outra pessoa (B). E 
essa área menor está dentro da área maior de modo que a pessoa proprietária do 
imóvel menor não pode exercer o direito de ir e vir sem praticar um ilícito, que é 
invadir a área de outrem. O problema surge quando se impede a passagem. Aqui, tem-
se uma ação própria.: ação de servidão de passagem. O juiz verifica, com isso, que o 
autor (o imóvel dele) não tem comunicação com a via expressa, de modo que ele 
precisa invadir a área do réu. A perícia vai dizer o seguinte.: vai ser constituído pelo 
poder judiciário. O juiz pode constituir esse direito, de passar. Mas aí, dentro dessa 
questão do conhecimento, vai saber qual o espaço destinado para essa servidão de 
passagem. Geralmente é um espaço com largura que se possa passar um caminhão e o 
melhor cumprimento possível. Vai ser constituída a servidão de passagem tendo como 
base o menor ônus possível. O autor não vai ganhar a propriedade, mas sim o direito 
de passar. 
- Constituir (ou desconstituir) um direito, uma relação jurídica. 
c) ação condenatória – também tem o caráter declaratório. Busca-se à condenação do réu em 
pagar, entregar coisa, fazer ou não-fazer algo. 
Espécies.: 
1. De pagar – ação de cobrança, indenização. O que é uma ação de indenização? O nome 
está na lama, já sofri o dano moral. O que o juiz pode fazer é trazer uma compensação, 
fixando determinado valor para tentar suprir o dano causado. 
2. Entregar coisa - Muitas vezes vem cumulado com dano moral. Ex.: comprar coisa com 
determinado prazo para entregue. Atrasou, perdeu a utilidade. Aí a necessidade de 
dano moral. 
3. Fazer – o contrato foi para o sujeito construir o muro e ele não constrói. 
4. Não fazer – fazer o contrário. Ex.: a obrigação do proprietário era de não fechar a 
passagem. A partir do momento em que ele faz o que não deveria fazer, ele passa a 
ser inadimplente. Ou seja, é fazer o contrário, no caso, tirar o muro. É na realidade um 
B
9
desfazer, fazer algo ao contrário. O meu interesse como autor em mover uma ação de 
não fazer só vai surgir quando o réu fizer algo que ele não poderia fazer. 
Exs.: Indenização de acidente de transito, investigação de paternidade cumulada com 
alimentos (obrigação de prestar, pagar os alimentos). 
 Elementos da ação – ações que tem características próprias, que permitem a sua 
individualização, a sua identificação. 
- São caracteres que permitem a “identificação” de uma determinada ação, conferindo a 
“identidade”. São.: partes, causa de pedir e pedido.
Se eu tenho em dois processos.: Carlos movendo ação em face do Magno; e em outro 
processo.: Carlos movendo ação em face do magno. Uma ação condenatória. Qual motivo? 1) 
Contrato X. 2) Contrato X. Cláusula 660, Cláusula 660. Mesmas partes, mesma causa de pedir 
e o mesmo pedido de indenização. Essas ações são idênticas. São a mesma coisa. O judiciário 
não se esquiva; isso é indeclinável, ele não se esquiva de julgar. Mas também ele não vai 
julgar, 2,3,4 vezes a mesma coisa. Se eu já tenho uma ação postulando determinado direito e 
formulando determinado pedido, entre as mesmas partes; uma não tem razão de ser. Uma 
dessas ações será extinta. Na verdade, tem-se que olhar a questão da data de distribuição. 
Porque a 2ª ação vai ser extinta e a 1ª vai ficar? Qual fenômeno que ocorre aqui? 
LITISPENDÊNCIA. Já existe um litigio pendente de julgado, o processo está em curso. 
-Isso se torna de suma relevância pois, por meio dessa identificação, pode-se verificar a 
ocorrência de “litispendência” e de “coisa julgada”, que levam à extinção, seu exame do 
mérito, a segunda ação idêntica. (Art. 337, p1º, 2º, 3º e 4º e 485, V, CPC). +485 CPC
Art. 337 – incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: I - inexistência ou nulidade da 
citação; II - incompetência absoluta e relativa; III - incorreção do valor da causa; IV - inépcia da 
petição inicial; V - perempção; VI - litispendência; § 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa 
julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. Verifica-se pelos elementos da 
ação. § 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de 
pedir e o mesmo pedido. § 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso. 
Litigio pendente de julgamento. § 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida 
por decisão transitada em julgado. Coisa é sinônimo de objeto. É o pedido da ação. 
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito (não vai analisar o direito material e julgar o pedido 
porque ele esbarrou em um vício processo) quando: I - indeferir a petição inicial; II - o 
processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; III - por não 
promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 
(trinta) dias; IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento 
válido e regular do processo; V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou 
de coisa julgada;
10
AULA 30/10
Nas últimas aulas falamos das classificações das ações de conhecimento e elementos da AÇÃO. 
Agora, portanto, começamos com as condições da AÇÃO – que é um ótimo ponto para 
questões difíceis de prova. Deve-se, de antemão, deixar claro que no CPC de 73, tínhamos três 
condições da AÇÃO. E na organização do NCPC, passamos a ter duas.: Legitimidade e Interesse 
processual (interesse de agir). 
O que se precisa ter em mente.: Vou ao Judiciário – acesso à justiça – postular o respeito ao 
meu direito material que estou alegando ter sido violado. Vou formular, portanto, um pedido 
ao judiciário (mérito). Eu tenho direito de acesso – mas devo observar uma série de ônus. 
Preciso elaborar uma petição inicial, respeitar requisitos, observar pressupostos processuais 
(que será analisado mais a frente), e também condições da ação – observar regras de 
competência. Condições, por sua vez, são requisitos para que o judiciário aprecie o mérito, 
analisando o direito material; são questões processuais. Não são condições para existência de 
uma ação, mas sim condições para que aquela ação tenha seu mérito apreciado. 
Recapitulando.:no CPC/73 nós tínhamos as condições da ação – questões processuais, ao lado 
das regras de competência – legitimidade, interesse processual e possibilidade jurídica do 
pedido. No NCPC.: LEGITIMIDADE E INTERESSE PROCESSUAL – INTERESSE DE AGIR. Magno 
salienta que a Possibilidade Jurídica do pedido não pode ser condição da ação – não é questão 
“AÇÃO”; não é um instituto do direito processual. Isto está relacionado ao direito material. Se o 
pedido é juridicamente possível ou não, isto não é direito processual – E SIM DIREITO 
MATERIAL. EX.: você me emprestou um dinheiro, não paguei. Você tem direito de me cobrar. 
Você é minha credora e eu sou seu devedor, facultando a você o direito de me cobrar. Se esta 
dívida for de JOGO, existe a dívida, mas você não tem o direito. Se você propusesse uma ação 
de cobrança em função de uma dívida de jogo, é impossível. Só que esta questão não é direito 
processual, é de direito material. Quando a questão é de direito MATERIAL e o juiz, por 
exemplo, profere uma sentença dizendo que “neste caso é impossível cobrar dívida de jogo, 
julgo improcedente” – é uma sentença de MÉRITO – transita em julgado e faz coisa julgada. 
Fazendo coisa julgada o direito já foi apreciado, o autor poderia fazer outra ação? Se não cairia 
em uma ofensa à coisa julgada. Se possibilidade jurídica do pedido fosse condição da ação 
seria extinto não com resolução do mérito, mas sim sem resolução do mérito – se o mérito não 
foi analisado, o direito não foi apreciado – assim, o autor poderia propor nova ação. Isso 
seguiria uma lógica eterna, ad eternum. Na ótica do CPC anterior, a dívida de jogo, neste 
11
exemplo, não é ofensa à coisa julgada. Possibilidade jurídica do pedido, em suma, é questão 
material – mérito. PEDIDO = OBJETO = COISA. 
AÇÃO (continuação) 
1. Condição da ação (art. 17 e 485, II NCPC) 
 São condições necessárias à apreciação do mérito, evitando-se o dispêndio de 
tempo e de atividade jurisdicional 
 No CPC de 1973 tínhamos as seguintes condições da ação 
Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: I - indeferir a petição inicial; II - o processo 
ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; III - por não promover os 
atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; 
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular 
do processo; V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; 
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado 
pelo ordenamento jurídico. Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído 
poderá intervir como assistente litisconsorcial. 
 A esmagadora maioria dos casos se encontram dentro da hipótese de legitimidade 
ordinária. Ninguém poderá pleitear em nome próprio direito alheio. Aqui se insere o 
desenho do triangulo processual.: 
Relação jurídica processual – que é regulada por determinadas normas – no nosso estudo é o 
CPC. Em regra, a relação jurídica processual é constituída sobre uma relação jurídica material, 
que é regulada em normas do direito material (ex.: questão de família, herança/inventário, 
filiação, questão contratual – todos no Código Civil; relação de direito do consumidor - CDC). 
Violado o direito, o autor vai ser a vítima e o réu vai ser o agente. 
12
a) Legitimidade (das partes)
1. Legitimidade ordinária – OBS.: sobre um determinado caso concreto; 
2. Legitimidade extraordinária – associação (poderia propor uma Ação civil pública para 
defender os interesses de todos os consumidores), Defensoria Pública, Ministério 
Público, sindicato e etc. (exceção à regra do art. 18 NCPC) 
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado 
pelo ordenamento jurídico. Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído 
poderá intervir como assistente litisconsorcial. A regra do artigo 18 NCPC é a legitimidade 
ordinária. 
AÇÃO DE DIVÓRCIO – relação jurídica processual (J-A-R) – mulher (autora)  marido; a 
mulher propôs a ação em face do marido. Fez o pedido de divórcio e cumulou com o pedido de 
guarda dos filhos menos; fez o pedido de regulamentação de visita e também fez o pedido de 
ALIMENTOS. O advogado do réu, veio e disse o seguinte.: excelências, o pedido do divórcio – a 
autora tem todo o direito de fazer; o pedido de guarda também (isso não quer dizer que ela 
seja a melhor pessoa para ficar com as crianças); a regulamentação de visita também é direito 
dos pais; mas no tangente aos ALIMENTOS, constitui-se como DIREITO DAS CRIANÇAS. E 
quando a mãe, autora, colocou esse pedido ao lado dos outros, incorreu na ILEGITIMIDADE. 
Ninguém pode pedir direito do outro em nome próprio, salvo autorizado por lei. Mas as 
crianças são menores, como proceder? A mãe é representante (J-AA-R). Seriam as crianças 
movendo a ação de alimentos em face do réu, que é o pai (F-P). Ah, mas as crianças são 
menores, não tem capacidade civil, precisam ser representadas. Representada pela, não é o 
autor. A mãe, portanto, não pode postular direito alheio em nome próprio. Daí, deferiram-se 
os 3 primeiros pedidos, e o último foi indeferido por ilegitimidade. 
 Divórcio 
 Guarda 
 Regulamentação de visita
 Alimentos
 Questão de ordem pública – juiz pode reconhecer de oficio e não tem preclusão. 
Pode ser conhecida em qualquer tempo ou em qualquer grau (recurso). Quando esse 
advogado fez isso, os operados de direito ficaram sem entender – foi uma ótima 
sacada. A partir daí, tem-se a necessidade de fazer duas ações. Uma em nome da mãe 
e outra em nome dos filhos representados pela mãe. 
COM CERTEZA VAI CAIR ISSO NA PROVA
b) Interesse processual – também chamado “interesse de agir”; que se divide no 
binômio 1) necessidade
2) utilidade/adequação 
13
Uma parte da doutrina fala em adequação, mas acaba equivalendo à utilidade. 
Necessidade de que? De ir ao judiciário, uma vez que eu não posso exercer a 
AUTOTUTELA – satisfazer o meu direito perante o judiciário. Utilidade do que? Do 
instrumento que eu vou utilizar. Ex.: qual foi o direito violado? Sofri danos. Indenização. 
Acidente de trânsito.: deve-se mover uma ação de indenização buscando satisfazer os 
prejuízos oriundos no acidente de trânsito. O instrumento, desta forma, deve ser 
adequado. Ex.: cliente quer o despejo. Este, por sua vez, tem algum instrumento próprio, 
algum procedimento especial? Sim. O inventário não é adequado para se cobrar um 
débito de um condômino. Deve-se ter um procedimento especifico e, se não tiver, irá cair 
no procedimento comum. 
c) Possibilidade jurídica do pedido – excluída pelo NCPC como qualidade de condição da 
ação como há muito postulado pela doutrina em função de tratar-se, em verdade, de 
questão de mérito. 
AULA 10/11
LEGITIMIDADE 
 Discussão entre Didier e Câmara – legitimidade é condição da AÇÃO ou é MÉRITO? 
Recorda-se.: a relação jurídica processual é estabelecida, em regra, sobre uma relação jurídica 
material. Aqui nós temos o que chamamos de legitimidade ordinária. A legitimidade 
extraordinária, aquela que permite que outra pessoa postule em nome próprio direito alheio 
(exceção), coincide com a relação jurídica material. Ação (autor em face do réu). Indenização 
de acidente de transito.: o autor é a vítima e o réu é o agente; divórcio.: a mulher é a autora e 
o marido é o réu, por exemplo; família.: filho pedindo alimentos em face do pai; o credor 
movendo uma ação de cobrança em face do devedor. Tem-se responsabilidade civil de um 
modo geral, tem-se um direito material. A partir do momento em que se tem um 
descumprimento de uma obrigação e a resistência em cumprir,deve-se acessar o judiciário. 
14
Necessidade e utilidade do instrumento tendo em vista a impossibilidade de se exercer a 
AUTOTUTELA. 
Historicamente existiam três condições da ação, mas a possibilidade jurídica do pedido já foi 
consolidada pela doutrina, nas últimas décadas, de questão material – MÉRITO, não seria 
processo. O que acontece? O DIDIER, provavelmente, colocou em voga se a legitimidade 
também não seria uma questão de MÉRITO. Com o NCPC, preservamos como condições da 
ação, legitimidade e interesse processual. Mas legitimidade é realmente condição da ação? 
Para Magno e DIDIER, não. Contudo, negam toda a doutrina, jurisprudência e toda a escola do 
direito desde sempre. Qual o fundamento para entender que não é uma condição da ação, 
mas sim mérito? Ex.: sou filho do credor. Este credor da relação jurídica material não propõe a 
ação. O filho propõe em seu lugar. Quando eu, filho, venho pedir em meu nome um direito do 
meu pai; eu tenho algum direito material, de crédito contra o réu? Não. O direito é do meu 
pai. O fato de eu não ter direito material nesta ação é análogo ao fato de, por exemplo, eu fui 
seu credor e você meu devedor. No dia do pagamento você pagou com sua obrigação – 
extinguindo meu direito. Em seguida, eu chego um mês depois propondo uma ação de 
cobrança, você prova que já pagou. O juiz vê que já pagou, verificando que não tenho mais 
direito. Qual a diferença de eu nunca ter tido direito? É a mesma coisa. Na primeira situação, o 
direito era do meu pai, eu nunca tive direito. Agora, no momento da propositura eu não tinha 
mais direito, a obrigação já havia sido extingue. Nas duas situações eu não tenho direito. Neste 
sentido, entende-se que legitimidade é questão de MÉRITO. Isso traz uma consequência 
diferente, porque é extinção do processo com resolução do mérito. O que é consolidado é que 
LEGITIMIDADE É CONDIÇÃO DA AÇÃO. Magno segue a linha inversa. O que temos.: no 
momento da propositura da ação, o autor não tem direito. Improcedência é questão de 
mérito, porque o pedido chegou a ser analisado. 
AULA 13/11
Para finalizar com Ações, hoje trataremos da Cumulação de ações. Temos, no nosso sistema, a 
Cumulação Objetiva e a Cumulação Subjetiva de Ações.
 Cumulação de ações 
1) Cumulação objetiva de ações – art. 326 e seguintes CPC - o fenômeno corresponde à 
cumulação de pedidos, simples ou sucessivos, estes, ilustrado pela investigação de 
paternidade cumulada com alimentos 
Tecnicamente falando, se eu fizer uma ação pedindo a reparação de um dano material, ex.: 
valor que eu paguei numa cirurgia estética, e daí a cirurgia saiu errado. Eu fiquei sofrendo, 
então teve dano moral, material e, ainda, o STJ disse que são verbas indenizatórias distintas. 
Portanto, neste caso o sujeito poderia fazer jus a um dano material (valor que pagou na 
cirurgia), dano moral e dano estético. Magno salienta, ainda, que poderia também ter a 
espécie de lucros cessantes, configurando o quantum que o indivíduo deixou de ganhar. 
Tecnicamente tem uma ação para cada pedido; tem-se duas ações diferentes, mas 
formalmente tem-se uma única ação. A petição inicial é única, o processo terá autos únicos e 
teremos, ainda, formalmente, uma única sentença. Só que nesta sentença, o juiz colocará.: 
15
“isto posto: julgo procedente o pedido de investigação de paternidade e 2) julgo procedente a 
ação de alimentos”, se for o caso. 
 Falou-se se objetivo, sinônimo de COISA, pensa-se em PEDIDO. Tem-se, 
materialmente, que tem tantas ações quanto forem os pedidos. Formalmente, tem-
se, por sua vez, uma única sentença. O juiz falará do pedido 01, 02, 03 etc. 
A questão é.: olhar para esta questão sobre olhos da FORMALIDADE ou olhar sobre os OLHOS 
DO DIREITO PROCESSUAL. ex.: do caso que comentamos do Palace – Litisconsórcio. Citou-se 
como exemplo a questão da economia processual e segurança jurídica. Se fosse representar os 
autores, colocar-se-ia no mesmo processo se foi uma questão meramente de direito material – 
questão da perda de patrimônio. Agora, se além destes, tem outros que perderam o valor do 
imóvel mais os bens que estavam lá dentro; ou ainda, se perderam parentes – ainda se tem o 
dano moral, o que traz a necessidade de se colocar em um processo diferente. 
Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz 
conheça do posterior, quando não acolher o anterior. Parágrafo único. É lícito formular mais 
de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles.
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, 
ainda que entre eles não haja conexão. § 1o São requisitos de admissibilidade da cumulação 
que: I - os pedidos sejam compatíveis entre si; II - seja competente para conhecer deles o 
mesmo juízo; III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento. § 2o Quando, 
para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o 
autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais 
diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos 
cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum. 
§ 3o O inciso I do § 1o não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326. 
2) Cumulação subjetiva de ações – art. 113 e seguintes CPC – trata-se de “litisconsórcio” 
– pluralidade de sujeitos movendo suas ações, salientando os problemas. 
Falou-se de subjetivo, pensa-se em sujeitos. Pensa-se em mais de um autor no processo. 
Pensando na economia processual e segurança jurídica.: tem-se 10 (dez) casos iguais, de 
autores diferentes. Não há necessidade de se colocar em petições diferentes. Recorda-se da 
CONEXÃO (modificação da competência), mecanismo pelo qual se colocam as ações juntas. 
Potencializa-se a atividade jurisdicional em prol da economia processual e segurança jurídica; 
evita-se o dispêndio de atividade jurisdicional. 
a) “Litisconsórcio ativo necessário” – ATENÇÃO PARA PROVA!
Tem uma classificação deste modo.: 1) simples ou 2) unitário; 3) facultativo ou 4) necessário; 
5) multitudinário (de multidão). Nós estamos entre o 3 e 4, na parte da matéria. Falamos disso 
16
quando foi explicado o exemplo do Ministério Público movendo uma ação de anulação de 
casamento. O MP necessariamente vai precisar mover a ação de anulação de casamento em 
face, como réus, do MARIDO E DA ESPOSA. O que acontece? Como é que o juiz vai julgar sem 
dar a esse alguém o Direito de Defesa (PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO)? Assim, o marido e a 
esposa têm direito de apresentar contestação. Podem não apresentar, mas para o devido 
processo legal, é necessário que seja dada ao réu a faculdade de apresentar a contestação. O 
MP, portanto, neste exemplo, precisa propor a Ação em face dos dois – esposa e marido. 
Neste exemplo, estamos tratando do LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO. Polo passivo = 
réus. Se o MP não puser um dos cônjuges, o juiz vai possibilitar a ele de RETIFICAR ESSE VÍCIO, 
de sanar esse vício – incluindo o cônjuge no polo passivo. Regularizado, citem-se os réus. 
O problema é o litisconsórcio ativo necessário. O que entra em voga é o art. 5º da CF/88 – 
art. 5º, II CF/88. Ninguém é obrigado a nada senão em virtude de Lei X DIREITO DE AÇÃO. 
Trata-se, em primeira análise, de um CONFLITO DE GARANTIAS CONSTITUCIONAIS. Não há 
lei que me obrigue a propor uma ação. 
Ex.: Fulano e Beltrano compraram a fazenda com X alqueires, constando na escritura. 
Refizeram a cerca e, depois, foi constatado que ao invés de 100.000m2, tem-se 75.000 m2, 
que não servem para o negócio. Olhando para a questão física do imóvel, vê-se que tem 
propriedades ao redor. A propriedade A é do mesmo dono que me vendeu? NÃO; a B também 
não. Se fosse, poderia tirar a complementação da área. Desde modo, vê-se que o vendedornão tem como fazer a complementação da área. Como não se tem como complementar a 
área, almeja-se rescindir o negócio. Problema.: Eu (fulano) quero rescindir, mas beltrano não 
quer rescindir. Ambos são proprietários e condôminos. Um quer rescindir à escritura pública, o 
outro não. Encontra-se, assim, duas garantias constitucionais que se chocam. O que se pode 
fazer neste caso? Magno disse que a solução era para ser pesquisada por nós. 
 Consideração buscada em um artigo acadêmico.: 
O direito à liberdade, previsto no inciso II [ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei] do artigo 5º da Constituição Federal, não é absoluto, 
submetendo-se a eventuais limitações trazidas pelos textos legais. Já o acesso à Justiça [Art. 
5º... XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito] não 
pode sofrer a mesma limitação, tendo em vista que o texto constitucional não fez qualquer 
restrição ao exercício do sobredito direito.
Têm-se, aí, duas situações distintas que demandam uma interpretação conjunta: de um lado 
o direito à liberdade que pode ser limitado por lei e de outro o direito a invocar a tutela 
jurisdicional que não sofre restrição alguma. Esta sistematização torna possível a conclusão 
de que a lei pode limitar a liberdade, mas sem afastar a prestação jurisdicional; com isso, 
torna-se possível a defesa da citação do litisconsorte necessário ativo que não queira participar 
da ação: mitiga-se sua liberdade para garantir o acesso à Justiça de seu colegitimado. 
A citação do litisconsorte ativo necessário é, portanto, solução que melhor se adequa à 
ponderação de garantias trazidas pelo texto constitucional. Não há como ser mantida a 
convivência simultânea de ambas, visto que são, no caso presente, excludentes. Com isso, a 
17
interpretação mais satisfatória é a trazida por Nelson Nery e tantos outros: determinar a 
citação do litisconsorte necessário para ingressar no polo ativo da ação. Com isso, o 
litisconsorte é chamado ao feito para ingressar no polo ativo, sendo-lhe, contudo, aberta a 
possibilidade de manter-se inerte ou não aceitar e ingressar no feito ao lado do réu para 
contestar o pleito do autor que não lhe interessa. 
b) “Litisconsórcio ativo ulterior” 
Soma-se, a esta modalidade, a classificação da anteriores + INICIAL/ULTERIOR 
(posteriormente). MP propôs a Ação de Anulação de Divórcio, cujos réus são o marido e a 
esposa. No momento da distribuição da ação, já se tem o Litisconsórcio passivo necessário 
desde o início do processo. A nossa jurisprudência tem uma tendência de NEGAR, mas não é 
uma tendência absoluta. Diz-se que o litisconsórcio ativo ulterior permite ao autor que está 
vindo do processo escolher o juiz que vai decidir a demanda/o processo. Ex.: tem-se (cinco) 
clientes na mesma situação que não necessariamente precisam estar no mesmo processo. 
Distribuiu o primeiro, não gostou da vara que caiu (2ª vara cível). Distribuiu-se o segundo, caiu 
em uma vara boa (10ª vara cível). Assim, podia-se fazer uma petição inicial incluindo mais 
autores no polo ativo. Contudo, quando se inclui os cinco em uma petição inicial, corre-se o 
risco de distribuir em um juízo que não compactua com a tese do autor. Por isso, faz-se 
separado. Isso, em última análise, viola o Princípio do JUIZ NATURAL. Assim, a corrente 
majoritária da jurisprudência afirma que não existe – porque na esmagadora maioria das 
vezes é indeferida. É UM PROBLEMA. 
PROCESSO
Natureza jurídica 
 Relação jurídica dotada de um procedimento em contraditório (teorias do processo). 
 Procedimento este, comum ou especial, sendo especial regulado tanto no CPC 
(possessórias, consignação em pagamento e etc.) ou em legislação extravagante (MS, 
Lei de Locações e etc.). Procedimento especial é matéria de Direito Processual Civil IV. 
CONCEITO.: Chiovenda – conjunto de atos coordenados visando a prestação jurisdicional. É a 
torna de chocolate, com diversos ingredientes (atos processuais). A receita é o procedimento.
OBS.: Procedimento ESPECIAL - Regular os procedimentos naquilo que o torna especial. Ex.: 
manutenção e reintegração de posse – art. 560 a 566 NCPC. Interdito proibitório, 2 artigos. 
Aquilo que for comum, deve-se atentar ao próprio CPC. 
18
Espécies 
A) Processo de conhecimento e do cumprimento de sentença (formam o que a 
DOUTRINA denomina de Processo Sincrético). Isso significa dizer que o processo é UM 
SÓ, com duas fases distintas com características distintas. Primeira delas.: DE 
CONHECIMENTO, Segunda delas.: DE EXECUÇÃO. 
1. 1ª fase – Cognitiva – os atos que serão praticados têm uma finalidade específica. Quer-
se.: Definir uma situação jurídica INDEFINIDA. Define-se com uma Sentença. 
2. 2ª fase – executiva - Satisfazer uma situação jurídica DEFINIDA. 
Pode-se ter uma série de situações jurídicas definidas que passam para a 2ª fase sem antes ter 
passado pela primeira, ex.: CHEQUE, título executivo extrajudicial. Outro exemplo, nota 
promissória. Se tem uma situação jurídica definida, não precisa passar pela 1ª fase. 
B) Processo de execução – casos em que se tem títulos executivos judiciais. 
AULA 17/11
Retomando ainda a aula passada.: 
Art. 500 CC. Se, na venda de um imóvel, se estipular o preço por medida de extensão, ou se 
determinar a respectiva área, e esta não corresponder, em qualquer dos casos, às dimensões 
dadas, o comprador terá o direito de exigir o complemento da área, e, não sendo isso possível, 
o de reclamar a resolução do contrato ou abatimento proporcional ao preço.
Pode pedir a complementação da área e, se não for possível, poderá pedir a 
resolução/rescisão do contrato ou o abatimento proporcional do preço. São os ​pedidos 
alternativos​, como nós temos também no Código de Defesa do Consumidor (CDC). O 
consumidor compra um bem que vem com defeito, dando a ele a faculdade de pedir 
ALTERNATIVAMENTE a 1) Troca do bem ou 2) poderá pedir a Devolução do preço – 
entregando o bem para o fornecedor; 3) ou poderá pedir o Abatimento proporcional. Não 
pode​ ​pedir​ ​as​ ​3​ ​coisas, ​ ​porque​ ​é​ ​enriquecimento​ ​ilícito. 
Exemplo que trata especificamente de uma questão de terras que foi utilizado quando se 
comentou acerca do LITISCONSÓRCIO ATIVO NECESSÁRIO. O Artigo 500, aliado ao artigo 18 e 
20 do CDC também servem como exemplo. São exemplos de PEDIDOS ALTERNATIVOS. 
 Mais de um pedido é Cumulação Objetiva de Ações. Faltou explicar a CUMULAÇÃO 
ALTERNATIVA. Neste caso, o titular do direito tem 3 possibilidades distintas e 
suficientes para satisfazer o seu direito. Seu direito foi violado: comprou uma área 
menor que está na escritura. 3 formas ALTERNATIVAS são suficientes para satisfazer o 
direito que foi violado. Pode pedir o abatimento do preço OU rescisão da compra e 
venda OU pode pedir a complementação da área. Uma ou outra. A forma que ele 
escolher, seja qualquer uma delas, satisfaz integralmente os direitos. No CDC também, 
tem-se 3 oportunidades distintas de resolver integralmente seu DIREITO VIOLADO. 
19
Exemplo.: caso tenha comprado coisa defeituosa, ou caso alguém tenha prestado um 
serviço que foi mal prestado. Pode pedir rescisão com a devolução do preço, pedir 
que o serviço seja feito novamente, ou o abatimento. ​ ​Independente​ ​da​ ​escolha, ​ ​vai​ 
​ter​ a resolução do​ ​direito​ ​dele.
PROCESSO (Continuação)
 Pressupostos processuais
Para pensar em processo, você pressupõe alguma coisa. Num Processo Judicial, pressupõe-se 
um conflito e alguém que vá julga-lo. Vai pensar na parte, aliado com a possibilidade de estar 
em juízo e a capacidade postulatória. A doutrina começa a desmembrar e, desta forma, uns 
chamam de pressupostos objetivos e subjetivos, outros chamam de pressuposto de 
validade, de constituição. Magno salientou desta forma, mas tem outras classificações. Não há 
fórmulaexata. 
1. Pressupostos subjetivos – relativos à existência, à constituição do Processo. Art. 485, 
IV – NCPC. Os pressupostos subjetivos englobam aqueles pressupostos da doutrina 
que são denominados ou inerentes à formação​ ​do​ ​processo.
Magno salienta que vamos encontrar quem diga que são os PRESSUPOSTOS relativos à 
EXISTÊNCIA do Processo, mas discorda. Se colocar isso em prova não estará errado, uma vez 
que isto está na doutrina. Se faltar um dos pressupostos, tem-se um vício jurídico. Este vício, 
por sua vez, precisa ser sanado. Contudo, tem vezes que é possível sanar o vício e outras, 
contudo, que não é. Exemplo.: dá para ser danado, o juiz determina que seja sanado o vício. 
Em um caso em que se mova uma ação e o advogado morra. Neste exemplo o juiz determina 
que a parte autora restitua outro advogado, só que não fazem o que foi requerido. O juiz 
institui um novo prazo, e o autor mais uma vez permanece inerte. Assim, pergunta-se.: é 
possível ter processo sem advogado? (Como regra geral, capacidade postulatória?) NÃO! Desta 
maneira, o juiz vai extinguir o processo (art. 485, IV). Extingue-se o processo sem resolução de 
mérito, uma vez que está ausente um dos pressupostos processuais e, ainda, a parte não sanou 
o vício. O QUE FOI EXTINTO? O PROCESSO. Então como se pode afirmar que os pressupostos 
são relativos à existência do processo e, quando se não verifica um deles, diz-se que o processo 
não existe? Se não existe, como está sendo extinto? São questões de terminologia. O CPC 
passou a chamar de pressupostos de constituição e validade do processo. Mas há quem 
defenda que se trate de pressuposto de EXISTÊNCIA do processo. Não importa o nome, deve-se 
respeitar os pressupostos. Na prática o juiz não vai se prender a isso. 
SUBJETIVO.: pensa-se no sujeito. No que tange à Jurisdição e Competência deve-se pensar em 
JUÍZO. Tem a doutrina que coloca também a imparcialidade do juiz como pressuposto. 
A. Capacidade de ser parte – arts 1ª e 2º, CC 
B. Capacidade de estar em juízo – arts. 70, 71,75 NCPC
C. Capacidade postulatória – art. 103 NCPC 
D. Jurisdição 
E. Competência 
CAPACIDADE PROCESSUAL
20
A. Capacidade de ser parte – Decorre da Capacidade Civil do sujeito, de um modo geral, 
podendo ser pessoa física, jurídica, condômino, massa falida, espólio, etc. TODOS TÊM 
CAPACIDADE DE SER PARTE. Pessoa física, pessoa jurídica. Isso quer dizer que todas 
elas podem estar em juízo por si só? Não; quer dizer que elas só podem estar em juízo 
por si só se forem pessoas físicas, maiores e capazes. Isso porque, se for uma pessoa 
física, menor e impúbere – precisa ser representada pelos pais. Púbere – precisa ser 
assistida pelos pais. Até 16 anos.: menor impúbere, o que faz com que haja a 
necessidade de representação. Maior que 16 e menor que 18.: menor púbere, precisa 
de assistência. Exemplo.: com 17 anos não se pode propor uma ação, a menos que se 
tenha a assistência de um dos pais ou representante legal. No tangente à pessoa 
jurídica.: Massa falida representada pelo administrador social, condomínio pelo 
síndico, associação pelo presidente, sindicato pelo diretor. 
Art. 1o CC - Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
Art. 2º CC - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a 
salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
B. Capacidade de estar em juízo – relacionada àqueles que possuem poderes de exercer 
a vida civil plena. Se não, será necessário a representação. No que tange às empresas e 
pessoas jurídicas de Direito Público, estas vão precisar estar representadas por quem é 
de direito. 
Ex.: processo começou.: tinha a mãe propondo a ação de indenização e a filha, que na 
época tinha 12 anos. Portanto, neste ato estava representada por sua mãe, que irá assinar 
a procuração dando poderes ao advogado. Deste modo, irá ter.: 1) a procuração da mãe – 
para o advogado representar em juízo; 2) procuração da filha para representá-la. E aí pode 
ocorrer de o processo demorar +/- 10 anos na justiça, fazendo com que a filha, antes 
menor de idade, agora já se tornasse maior. Assim, não teria mais necessidade de a filha 
ser representada. Então o juiz dá o seguinte despacho.: “A 2ª autora – fulana de tal – para 
constituir advogado”. Isso porque, quando menor, estava fazendo pela vontade da mãe, 
uma vez que não se tinha vontade para manifestar a sua vontade por si só. Portanto, isso 
tudo serve para regularizar o processo. 
Outro exemplo.: o advogado do autor morreu; o autor não tem como peticionar, precisa 
do advogado. O juiz verifica e vê que a pessoa deu procuração/passou poderes para 3 
advogados. Morreu 1, tem mais outros dois advogando no processo, então está tudo ok. 
Contudo, caso verifique que só tem um Doutor X no processo, deve-se salientar que NÃO 
HÁ MAIS CAPACIDADE POSTULATÓRIA. Está, deste modo, violando-se um pressuposto 
processual. Assim, o juiz dá um prazo para o autor constituir um novo advogado. 
OBS.: Capacidade Postulatória, em regra, pelo ADVOGADO. Mas tem alguns casos na 
justiça do trabalho, no juizado especial. 
21
O juiz, por exemplo, que tem jurisdição. Está sujeito a todas as situações da vida civil-
jurídica. Exemplo.: quando tem um direito violado, precisará contratar um advogado. Não 
tem capacidade postulatória. 
Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar 
em juízo.
Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na 
forma da lei.
Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente – I a União, pela Advocacia-Geral 
da União, diretamente ou mediante órgão vinculado; II - o Estado e o Distrito Federal, por seus 
procuradores; III - o Município, por seu prefeito ou procurador; IV - a autarquia e a fundação 
de direito público, por quem a lei do ente federado designar; V - a massa falida, pelo 
administrador judicial; VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador; VII - o espólio, pelo 
inventariante; VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem 
ou, não havendo essa designação, por seus diretores; IX - a sociedade e a associação 
irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber 
a administração de seus bens; X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou 
administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil; XI - o condomínio, 
pelo administrador ou síndico.
OBS.: Quando tem alguma ação em que o autor é uma Pessoa Jurídica ou quando o cliente é 
uma Pessoa Jurídica – o que acontece? Magno salienta que, como advogado, precisa-se ter 
uma procuração – justamente para mostrar que tem poderes de representar a parte, o cliente 
em juízo. Daí vem a procuração – a empresa tal e uma assinatura.: quem assinou não é a 
empresa, mas sim quem a representa. Pergunta-se.: como vai saber que aquele sujeito que me 
passou a procuração realmente exerce PODERES DE REPRESENTAÇÃO DA EMPRESA? R.: 
PELOS ATOS CONSTITUTIVOS, registrado no registro civil de pessoa jurídica ou na junta 
comercial, dependendo da empresa. 
C. Capacidade Postulatória – É uma característica, é uma prerrogativa do advogado; 
salvo raríssimas exceções, como do Juizado Especial Cível – Lei 9099/95). 
Art. 103. A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem 
dos Advogados do Brasil. Parágrafo único. É lícito à parte postular em causa própria quando 
tiver habilitação legal.
 O advogado não pode representar seu cliente sem a procuração, a não ser que em 
nome próprio. Exceção.: pode ser que eu tenha que tomar uma medida pelo meu 
cliente agora e a procuração está vindo por translado (Sedex, por exemplo). O 
que ocorre? Perde-se o prazo? Não! Pratico o ato, mas me comprometendo a juntar a 
procuração depois – conformeartigo mencionado abaixo. Art. 104 § 1o. 
 Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para 
evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.
22
§ 1o Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, 
exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho 
do juiz.
§ 2o O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi 
praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos.
2. Pressupostos objetivos – inerentes à qualidade do processo. Em regra, vão coincidir 
com a VALIDADE do processo. São subdividos em.: 
2.1.Intrínsecos 
A. Petição inicial (regular) 
B. Citação 
2.2.Extrínsecos – também chamados de PRESSUPOSTOS NEGATIVOS – Seriam 
pressupostos negativos para que se mova, instaure o processo. Se tiver litispendência 
e coisa julgada, o último estará fadado ao fracasso. E se as partes da relação jurídica 
material, uma relação contratual, em um contrato tiver sido estabelecido pelos 
contratantes que se tiver alguma violação do direito no contrato, ambos irão procurar 
um árbitro. Se isso estiver, em um primeiro momento vai ser caso de extinção do 
processo. Se eu postular diretamente em juízo. Ressalva.: precisará ser feita na 
PETIÇÃO INICIAL. 
ATENÇÃO.: O árbitro não tem jurisdição. Assim, não tem os mesmos poderes que o juiz tem. 
No Judiciário, na hora que o juiz mandar penhorar bens, ele já vai no site do banco central e 
bloqueia; enquanto que o árbitro não pode fazer isso. O juiz tem o poder de pegar o patrimônio 
do executado e penhorar, inclusive com força policial – caso precise, o árbitro não. Portanto, 
tem-se um conflito no contrato em que nós escolhemos a via da ARBITRAGEM. Assim, eu quero 
resolver e procuro um árbitro. Em seguida, notifico o outro contratante pedindo para que 
apresente 3 datas e respectivos horários para que pudéssemos marcar a nossa audiência 
perante o árbitro. O sujeito fica inerte. Notifico-o novamente, e nada muda. Ele continua 
inerte. Faço outra notificação via cartório extrajudicial, vai um oficial de justiça dando um 
prazo para isso e o sujeito fica inerte. Não tem jeito, o árbitro não tem como pegar o sujeito 
pela mão e levar para o escritório. Então mostro para o juiz logo no começo da petição inicial.: 
embora a discussão referente ao contrato tenha sido eleita a via arbitragem, o autor tentou 
por algumas vezes chamar o ora réu para audiência perante o árbitro e ele não respondeu 
nenhuma das notificações. Assim, o juiz verá que é preciso a tutela jurisdicional. Se eu não for 
pela via judicial, não terei meu acesso à justiça. 
A. Litispendência – e coisa julgada
B. Arbitragem (Lei 9307/96).

Outros materiais