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1. INTRODUÇÃO
A indústria da construção civil tem um papel fundamental no desenvolvimento da economia do país. Muitas empresas do setor, entretanto, vêm enfrentando diversas dificuldades tais como obras atrasadas, projetos concluídos com valores muito acima do orçamento, clientes e construtores insatisfeitos, entre outros. Essa problemática acontece muitas vezes devido a uma gestão de projetos deficiente.
O aumento da competitividade no setor e da complexidade dos projetos de construção civil vêm exigindo das construtoras a adoção de melhores práticas de gerenciamento. Desta forma, dominar a arte de planejar projetos se tornou uma das necessidades para sobrevivência e progresso da construtora moderna.
A prática da gestão de projetos é uma realidade fundamental em qualquer tipo de empresa. É necessário adotá-la também na gestão de obras, para que assim seja possível identificar a real necessidade não só das empresas, mas também de pequenas obras, através de um plano gradativo de desenvolvimento. 
A deficiência do planejamento pode trazer consequências desastrosas para uma obra e, por extensão, para a empresa que a executa. Um descuido em uma atividade pode acarretar atrasos e escalada de custos, assim como colocar em risco o sucesso do empreendimento. Ter apenas o controle contábil de custos não significa gerenciar com eficiência seus projetos
Os resultados obtidos com a implementação de sistemas de gestão modernos são significativos, pois as empresas se toram mais ágeis e seguras. 
Segundo o Standish Group em seu Chaos Report de 2009 somente 32% de todos os projetos terminam dentro do prazo e orçamento previstos. O aumento médio dos custos é de 189% e o de prazo é de 222%, ambos em relação ao previsto. 
Segundo Prado e Archibald (2007), existe uma estreita relação entre o nível de maturidade em gestão de projetos de uma companhia e o sucesso alcançado em seus projetos, ou seja, quanto maior o nível de maturidade, melhores resultados são alcançados.
Assim, este trabalho tem como propósito mostrar a importância da gestão de projetos de obras, como prática usual, independentemente do porte do projeto e da estrutura da empresa.
2. DELIMITAÇÃO DO TEMA
O tema “Gestão de Projetos na Construção Civil” foi escolhido tendo em vista que muitos dos problemas relacionados à falta de qualidade em obras, têm como causa principal a falta de qualidade no processo de projeto. Por isso, há a necessidade de propor para os profissionais da gestão da construção civil uma solução que atenderá as expectativas na concepção do projeto e na execução da obra em diversos aspectos.
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Mostrar a importância de se adotar as boas práticas na gestão de projetos da construção civil, no planejamento e controle da produção de uma obra tornando‐a mais eficiente e rentável.
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- apresentar aos engenheiros de obra métodos de planejamento e de controle de execução, prazos e custos, para que, no âmbito de suas atividades, as possibilidades de racionalização possam ser plenamente aproveitadas, possibilitando a criação de um diferencial competitivo;
- identificar os principais pontos que dificultam a implantação, o controle e garantia dos processos de qualidade em empresas construtoras brasileiras, bem como as possibilidades de soluções;
 - dar sugestões de como fazer um planejamento cuidadoso de obra, garantindo gestão eficiente e cuidadosa em todas as etapas.
4. JUSTIFICATIVA
O tema “Gestão de Projetos na Construção Civil” foi escolhido para mostrar a importância da adoção de melhores práticas de gerenciamento nas obras, para que assim torne-se visível o projeto em todas as suas etapas; permitindo a previsão de eventuais problemas; possibilitando o estabelecimento de rotas alternativas e criando condições para a gestão financeira do projeto. 
5. PROBLEMA
Muitos dos problemas relacionados à falta de qualidade em edificações, têm como causa principal a falta de qualidade no processo de projeto – normalmente desenvolvido de forma não planejada, segmentada e seqüencial, sem uma visão abrangente e integrada do binômio projeto/execução, e com evidente ausência de interação e comunicação entre os diversos agentes envolvidos.
Como as metodologias da Gestão de Projetos podem ajudar a reduzir o número de problemas construtivos e ainda permitirem alcançar ganhos de produtividade e qualidade?
6. HIPÓTESES
A gestão de projetos tem como proposta estabelecer um processo estruturado e lógico para lidar com eventos que se caracterizam pela novidade, complexidade e dinâmica ambiental;
- Uma boa metodologia de gestão de projetos pode evitar surpresas durante a execução, desenvolver diferenciais competitivos, antecipar situações desfavoráveis, agilizar as decisões, aumentar o controle gerencial, entre outros benefícios.
7. REVISÃO DE LITERATURA
Alencar e Santana (2010, p. 75) ressaltam a contribuição da gestão de projetos nas organizações do ramo da construção civil: “(...) direcionar e coordenar recursos humanos e materiais durante seu ciclo de vida por intermédio de técnicas modernas de gerenciamento e para alcançar objetivos pré-determinados de escopo, custo, tempo, qualidade, integração, recursos humanos, comunicações, riscos, suprimentos e contratos”.
Entendendo-se projeto, no universo da construção civil, como “a atividade ou serviço integrante do processo de construção, responsável pelo desenvolvimento, organização, registro e transmissão das características físicas e tecnológicas especificadas para uma obra, a serem consideradas na fase de execução” (Melhado, 1994), fica evidente, na maioria dos casos, a carência de uma visão mais amplificada e estruturada dos processos projetuais no ambiente das empresas de construção civil. 
Segundo Beatriz Fernandez Gontijo (2012):
Muitos dos problemas relacionados à baixa qualidade das edificações são atribuídos à falta de qualidade do processo de projeto. (...) Historicamente, os projetos de arquitetura têm sido desenvolvidos de forma não planejada, fragmentada, com foco restrito no produto final, desvinculadodos múltiplos processos que compõem o universo projeto/execução. São concebidos como entidades autônomas, desprezando-se as necessidades de interação com os diversos agentes envolvidos.
Chiavenato (2005) observa que a função do planejamento envolve projetar antecipadamente a produção da empresa, se preocupando com os materiais necessários, quantidade de mão de obra, máquinas e equipamentos, assim como o estoque de produtos disponíveis.
Segundo Moya (2001), Maciel (1995) e Melhado (2001), a Indústria da Construção Civil brasileira, de forma similar ao que ainda acontece em vários outros países, de maneira geral é ainda muito conservadora e, portanto, muito resistente a mudanças. Características singulares justificam o seu atraso em relação às outras indústrias, no tocante às questões relativas à Qualidade.
Conforme Gido e Clements (2009), o controle proativo dos riscos aumenta as chances de alcance dos objetivos do projeto, pois, na medida em que se espera a ocorrência dos eventos adversos para agir, poderá haver reações custosas e de pânico. Este planejamento é importante, para garantir que o grau, o tipo e a visibilidade do gerenciamento dos riscos, sejam proporcionais tanto aos riscos como à importância do projeto para a organização.
Vargas (2003) destaca que conhecer as fases do ciclo de vida proporciona vários benefícios para quaisquer tipos de projetos. Dentre eles, pode ser destacada a correta análise do ciclo de vida, a qual determina o que foi, ou não, feito pelo projeto. O ciclo de vida, que avalia como o projeto está progredindo, permite que seja indicado qual o estágio exato em que o projeto se encontra no momento.
Neste sentido, uma metodologia eficaz na gestão de projetos melhora o desempenho durante a execução do projeto. Criar uma metodologia funcional de gestão de projetos não é tarefa simples, sendo que um
dos maiores equívocos que se pode cometer é desenvolver uma metodologia diferente para cada tipo de projeto e, outro equívoco, seria não conseguir entregar a metodologia e as ferramentas da gestão de projetos em um processo unificado (KERZNER, 2006).
8. METODOLOGIA
Este trabalho envolverá pesquisa bibliográfica, buscando estabelecer a base teórica que fundamenta a gestão de projetos na engenharia civil. Também fará um levantamento de boas práticas e proposição do modelo, com pesquisa de campo. A proposição do modelo resultará da avaliação dos dados coletados nas etapas anteriores e do conhecimento do autor em gestão de projetos de construção civil.
9. CRONOGRAMA
	Fases da Pesquisa
	Fev.
	Mar 
	Abr
	Maio
	Jun
	Jul
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Embasamento teórico
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Levantamento bibliográfico
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Elaboração de um pré-projeto
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Organização e entrega do projeto de pesquisa
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Pesquisa
	
	
	
	
	
	
	
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	Embasamento teórico sobre a monografia
	
	
	
	
	
	
	
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	Revisão da redação da monografia
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	Defesa e entrega da monografia
	
	
	
	
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Alencar, L. H, & Santana, M. O. (2010). Análise do gerenciamento de múltiplos projetos na construção civil. Revista de Gestão e Projetos, São Paulo, 1(1), 74-92.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração da produção: uma abordagem introdutória. Rio de Janeiro: Campus, 2005)
GONTIJO, Beatriz F. Gestão de Projetos em Empresas de Arquitetura de Pequeno Porte [28 de maio de 2012], disponível em: http://www.aea.com.br/artigos/gestao-de-Projetos-em-empresas-dearquitetura-de-pequeno-porte - Acessado em 08.12.2016;
KERZNER, H. Gestão de Projetos: as melhores práticas. Porto Alegre: Bookman, 2002.
MACIEL, L. L. e MELHADO, S. B. Qualidade na Construção Civil: Fundamentos. Texto Técnico no 15, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Departamento de Engenharia de Construção, 1995.
MELHADO, S. B. Gestão, Cooperação e Integração para um Novo Modelo voltado à
Qualidade do Processo de Projeto na Construção de Edifícios. Tese Livre Docência – São Paulo: USP, 2001.
MELHADO, S.B. Qualidade do projeto na construção de edifícios: aplicação ao caso das empresas de incorporação e construção. São Paulo, 294p, Tese (Doutorado) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, 1994.
MELHADO, S. B. Qualificação das Empresas de Projeto de Arquitetura, In: Gontijo B.F. Gestão de Projetos em Empresas de Arquitetura de Pequeno Porte, disponível em:
http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/652 - Acesso em: O9.12.2016
MOYA, P. H. P. Calidad y Proceso Constructivo. Retos e Desafios de los Países
Emergentes Iberoamericanos. Santo Domingo: CONPAT, 2001.
NASCIMENTO, L. A. e SANTOS, E. T. Barreiras para o Uso da Tecnologia, Gido, J., & Clements, J. P. (2009). Gestão de Projetos: Tradução da 3ª Ed. Norte-americana. São Paulo: Cengage Learning.
PRADO,D., ARCHIBALD, R.D., Gerenciamento de Projetos para Executivos – Série Gerência de Projetos, Volume 6, Belo Horizonte, 142p. INDG, 2007.
THE STANDISH GROUP. The CHAOS Report. 2009.
VARGAS, R. Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK Guide 2000. Rio de Janeiro, Brasport, 2003.

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