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Direito Civil II para P1

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Direito Civil II – Direito das Obrigações
Prof. Juliana Gomes Lage
Bianca Ferreira 2017.2
julisgomes@gmail.com
Monitores: 
Victor – victordiasduarte@oi.com.br 
Larissa – larihlala@hotmail.com 
Conteúdo: 
CC – artigos 233 a 420
Datas: 
P1: 03/10 – discursiva com consulta
P2: 21/11 – objetiva sem consulta
2ªCH: 23/11 – mista com consulta
PF: 28/11 – mista com consulta
Aula 03/08
Direito das Obrigações 
Parte especial – Livro I – art. 233 a 954 CC
Teoria geral das obrigações – art. 233 ao 420
Contratos, responsabilidade civil, etc.
Direitos 
Não patrimoniais 
Direito da personalidade – art. 11 ao 21
Direito da família 
Patrimoniais 
Direitos reais 
Direitos obrigacionais/pessoais/de crédito direitos obrigacionais giram em torno de uma prestação pessoal e econômica. 
Conceito e finalidade do direito das obrigações rege a vida econômica + [...]. Obrigação é, ainda, um dever de conduta. 
Conjunto de normas que regem as relações jurídicas patrimoniais que tem como objeto uma prestação pessoal e econômica. Tem como finalidade atingir o cumprimento, voluntário de preferência. Ainda: fornece meios ao credor para que possa exigir do devedor o cumprimento da prestação. Desse modo, cumprimento sua função social. 
Definição de Washington de Barros Monteiro obrigação é a relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor cujo objeto consiste numa prestação pessoal e econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através do seu patrimônio. 
Obrigação pressupõe sujeitos, vínculo e objeto. A relação jurídica é o fato ou o ato jurídico. 
A obrigação nasce para ser cumprida. Tem três fases: nascimento, desenvolvimento dos deveres e o adimplemento. 
Obrigação – 2 sentidos
Latu sensu
Strito sensu: É o vínculo jurídico estabelecido entre duas pessoas provenientes da relação jurídica. 
Sentido etimológico – Obligatio (vínculo)
Sentido jurídico 
Débito em sentido estrito – ex.: numa obrigação de venda de um livro, esta seria a entrega do objeto do credor ao devedor. 
Relação jurídica – por outro lado, em sentido amplo, esta obrigação seria caracterizada pelo vinculo de compra e venda/contrato, o que é mais abrangente do que a simples entrega do objeto vendido. 
l- Credor – polo ativo __________objeto/prestação__________devedor- polo passivo- l
Credor é o titular do direito de exigir o comportamento de outrem. Em outras palavras, é quem tem a pretensão. 
obs.: a prestação envolve um comportamento, seja ação ou omissão, do devedor em relação ao credor. De dar, de fazer positiva; de não fazer negativa
Os polos são sempre dois; pode haver pluralidade de credores e de devedores. 
A obrigação é feita para se extinguir – para, assim, cumprir sua função social; ex.: Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor.
Patrimônio pode ser penhorável – consequência do mínimo existencial. 
Logica patrimonialista no código civil de 1916. 
Aula 08/08
Obrigações conjunto de relações jurídicas entre pessoas. Mas para ter relação jurídica é necessário que se tenha mais de uma pessoa, partes envolvidas. Por isso, parte-se da premissa que obrigações é o conjunto de relações jurídicas inter pessoas, ou seja, entre pessoas. Esse conjunto, por sua vez, tem uma dada finalidade. Por que essas pessoas vão se relacionar? O que elas querem através de uma obrigação? Elas querem extinguir, modificar, alterar uma determinada situação jurídica. Neste sentido, pode-se conceituar de um jeito mais simples as obrigações como sendo: a relação jurídica entre credor e devedor que tem por objetivo o cumprimento de determinada prestação. 
É possível extrair desse conceito os Elementos essenciais de uma obrigação. São os elementos que fazem parte da essência, são os elementos necessários, sem os quais não existe obrigação. Para que haja obrigação, tem que ter três elementos essenciais. Na ausência de algum desses três elementos essenciais, a obrigação deixa de possuir sua essência e, consequentemente, deixa de ter obrigação. 
Elemento subjetivo: diz respeito aos sujeitos. Quando se pensa em sujeitos da obrigação, obrigatoriamente pode-se afirmar que o elemento subjetivo tem uma característica que é o fato dele ser um elemento duplo, existe a característica da duplicidade. Significa dizer que, diante da duplicidade, tem que haver pelo menos duas pessoas, duas partes. Pode haver obrigação com três, quatro... pode, mas pelo menos duas pessoas, visto que obrigação é uma relação jurídica entre credor e devedor. Pode ter obrigação com uma pessoa só? Não. O credor é chamado de sujeito ativo e o devedor é chamado de sujeito passivo. Isso se deve a lógica do sistema jurídico. O ordenamento jurídico se preocupa com as obrigações que não são cumpridas. Existe lei sobre obrigações para que o Estado nos diga o que fazer quando uma obrigação for descumprida. Essa lei existe para regulamentar o convívio social, as relações jurídicas entre credores e devedores quando houver o descumprimento das obrigações. O credor, que quer receber, tem que agir – deve ser ativo. Devedor é sujeito passivo, pois vai sofrer uma ação, uma demanda, para o cumprimento da prestação. 
Credor: sujeito ativo deve agir
Devedor: sujeito passivo vai sofrer uma ação/demanda para o cumprimento da prestação. 
Relembrando.: elementos essenciais do negócio jurídico: Art. 104 CC. A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei. Quem é o agente capaz? Os maiores de 18 anos. O menor de 16 anos pode ter obrigações? Pode; entretanto, ele só vai poder assumir obrigações, se representado. O relativamente incapaz, se assistido. Ex.: um menor pode comprar um imóvel, alugar um imóvel, desde que esteja assistido. 
Elemento objetivo: 
Relacionado ao objeto (equivale à prestação). Por que a diferença entre objeto e prestação? Prestação é muito mais amplo. Objeto estaria diante da obrigação de dar (coisa); prestação envolve também o fazer. É mais adequado dizer, portanto, que o elemento objetivo está relacionado à prestação. Esse elemento pode se dar de duas maneiras via de regra: prestação negativa ou uma prestação positiva. Prestação negativa é igual à prestação de não fazer ou obrigação de não fazer. (Ex.: direito de vizinhança: lei do silêncio = obrigação de não fazer barulho; não perturbar o vizinho). Por outro lado, a prestação positiva está relacionada à duas modalidades: obrigação de fazer ou obrigação de dar. É uma obrigação que tem como atividade um verbo de ação, dar ou fazer. ex.: obrigação de pagar a conta do telefone celular: obrigação de dar; obrigação de pintar um quadro; confeccionar um casaco de tricô; assistência de trocar o vidro do celular: obrigação de fazer. O fazer está relacionado a uma prestação de serviço; o dar é simplesmente entregar um bem. Os dois são condutas positivas. 
Tem obrigações, por outro lado, em que a pessoa tem que fazer e tem que entregar. Exemplo: costureira contratada para confeccionar um vestido para uma festa de 15 anos. Ela tem que confeccionar o vestido (obrigação de fazer) e tem que entregar o vestido na data necessária. Essa obrigação é classificada como uma obrigação de fazer, porque confeccionar o vestido é a ação mais importante. ATENÇÃO! Credor e devedor, sujeito passivo e ativo, depende da relação jurídica que se esteja falando, vai variar quem é credor e quem é devedor. Por exemplo: a professora vendeu um relógio para Pedro na sala de aula por 10 reais. A professora tem a obrigação de dar o relógio e o Pedro tem a obrigação de dar o dinheiro. A professora é credora dos 10 reais e ela é devedora do relógio. Pedro é credor do relógio e devedor do dinheiro. Credor e devedor vão depender do que ocorrer no caso concreto. Na prova, se a professora colocar que ela entregou o relógio para Pedro, então ela será apenas credora do dinheiro e ele devedor. O contrato de compra e vendatem inúmeras obrigações, nesse caso, é um contrato bilateral. 
Prestação
Negativa: Obrigação de Não Fazer
Positiva: Obrigação de Fazer – prestação de serviço
Positiva: Obrigação de Dar – entregar um bem
Elemento jurídico: relacionado à relação jurídica. É o vínculo entre credor e o devedor. 
No Exemplo do relógio para Pedro, se ela tivesse entregado o relógio e ele não tivesse pago, o que justificaria ela ingressar com uma ação? É porque eles possuem uma relação contratual. É o contrato, o acordo entre as partes, que forma esse elo; é o que faz o elemento jurídico e justifica ela ingressar com uma ação na justiça no caso de descumprimento da obrigação de Pedro de dar o dinheiro. E quando não há contrato escrito, existe vinculo jurídico? Sim. Contrato não é um documento, não é ter assinado alguma coisa; contrato é um acordo entre duas vontades ou mais vontades. O contrato assinado está ligado à forma do contrato, mas não a essência do contrato. O contrato de compra e venda considera-se perfeito e acabado quando as partes acordam. No exemplo em questão, a entrega do dinheiro e a entrega do relógio são fazes da execução do contrato, mas não da formação do contrato. É necessário o consenso, daí a ideia sobre a natureza contratual do casamento.
Contrato: acordo entre duas ou mais vontades. Não se restringe a um documento, a um papel. O que importa é o momento do acordo e a vontade expressa. 
Existem elementos que são chamados de Elementos acidentais. Primeiramente, é importante entender o que significa a palavra acidental nesse caso. Elemento acidental aqui é um elemento que não é obrigatório, que não é essencial. Pode existir obrigação sem esses elementos acidentais. Porque quando eles acontecem na obrigação, eles não são essenciais. A existência do encargo, por exemplo, não é obrigatória, mas a execução e cumprimento é. Exemplo: a professora dá para Pedro um código, um vade mecum. Nessa doação, cola-se como encargo que ele leia todos os artigos em sala de aula. Quando a doação é feita com encargo, se ele (Pedro no caso) se recusar a cumprir com encargo, ela pode revogar a doação. O Encargo é um elemento acidental. 
 Não é essencial, não é obrigatório. 
Termo e condição são outros elementos acidentais, os quais são conceituados como fato, evento ou acontecimento alheios à vontade da pessoa. Termo é um acontecimento futuro certo e Condição é um acontecimento futuro incerto. Existe o termo inicial e o termo final. O período compreendido entre o termo inicial e o termo final recebe o nome de prazo.
Quando a gente pensa em obrigação a termo, é uma obrigação que está subordinada a evento futuro e certo. Exemplo: período de inscrição em disciplinas – obrigação de se inscrever em disciplinas – de certa data até tal data (prazo). Caso não se inscreva existem sanções. Obrigação de pagar a pensão alimentícia do filho – obrigação a termo. O pai tem que pagar até o filho atingir a capacidade plena (18 anos). Se o filho faz faculdade, essa obrigação que era a termo, que era até aos 18 anos, passa a ser uma obrigação condicional se o filho estiver na faculdade. Obrigação condicional ou modal é uma obrigação subordinada a um fato, a um evento ou um acontecimento futuro e incerto. Existem dois tipos de condição: resolutiva e suspensiva. Na suspensiva, o negócio jurídico/ obrigação não está gerando efeitos e com o acontecimento do fato jurídico incerto, passa-se a gerar efeitos. Na resolutiva, o negócio jurídico/ obrigação está gerando efeitos e com o advento do fato jurídico incerto deixa de produzir efeitos. 
Exemplos: O pai da Victoria paga mesada. Contudo, ela começa a namorar um menino que o pai não gosta. Ele diz que se ela casar, ele deixa de dar mesada. Victoria se casou e, assim, perdeu o direito de ganhar a mesada. Nesse exemplo havia uma obrigação que vinha gerando efeitos e após o advento de um evento futuro e incerto (o casamento), aquela obrigação deixa de produzir efeitos. É uma condição resolutiva; o casamento. Outro exemplo de condição resolutiva: filha de militares e determinados funcionários públicos que após o casamento deixam de receber a pensão que elas recebem pelo falecimento do pai. 
Obs.: morte é termo.
Encargo: a obrigação com encargo é a obrigação sujeita, ou subordinada. O encargo é subordinado a quem recebe uma liberalidade. É um ônus imposto a quem recebe uma liberalidade. Atenção, uma ressalva: Encargo é diferente de obrigação. Encargo é um ônus e a diferença entre obrigação e ônus é que ônus não pode ser cobrado enquanto que obrigação pode. Na verdade, a exigibilidade do ônus é diferente da exigibilidade da obrigação. Pode-se exige-se que a pessoa cumpra o ônus, mas se a pessoa não cumprir você pode revogar a liberalidade. Essa é a solução. Os dois tipos de liberalidade do ordenamento jurídico são a doação e o testamento. Se a pessoa não cumprir, revoga-se a doação; testamento. Já na obrigação, vai-se ao judiciário exigir o cumprimento e não a revogação. 
Termo – Obrigação a termo
Condição ou modo – Obrigação condicional ou modal
Encargo – Obrigação com encargo 
Relembrando: 
Termo é um acontecimento futuro e certo que suspende a eficácia do negócio. “Quando”. Se preocupa com o tempo. Estipula-se um termo final; pode ser inicial ou final. 
Condição é um evento futuro e incerto que subordina a eficácia do negócio jurídico. “Se”. 
Suspensiva – art. 125 CC – impede a produção de efeitos até implemento da condição. Ou seja, o efeito se dá a partir da condição. 
 
	 
Negócio jurídico/obrigação não está gerando efeitos fato futuro incerto	 Obrigação passou a gerar efeitos
Resolutiva – art. 128 CC – efeito até a condição. Extinguem-se os efeitos. 
 	
NJ gerando efeito fato futuro incerto Obrigação deixou de produzir efeitos
Ex.: casamento
Encargo é a obrigação criada no negócio jurídico em que há uma liberalidade – prática de um ato sem estar obrigado a fazê-lo. A existência do encargo não é obrigatória. Mas, caso exista, tem que seu cumprimento seja obrigatório. 
Termo fato ou evento ou acontecimento – futuro certo; T inicial – prazo – T final. 
Condição fato ou evento ou acontecimento – futuro incerto
Encargo – deve-se evitar chamar de obrigação. É, em verdade, um ônus/liberalidade. 
A liberalidade pode-se dar por meio da doação e do testamento. 
Aula 10/08
O Direito das Obrigações é estudado em quatro momentos.: o primeiro é a classificação das obrigações; transmissão das obrigações, pagamento das obrigações e inadimplemento das obrigações – consequências de uma pessoa não cumprir com uma obrigação. 
Classificação das obrigações
Em primeira instância, é preciso que se explique a diferença entre obrigação natural e obrigação civil. Estudaremos, neste período, as obrigações civis. Obrigação natural é uma obrigação que não é do direito civil; significa dizer que embora exista no campo dos fatos, ela não merece uma proteção do estado, não merece proteção jurídica. Aqui, não se pode ingressar com uma ação para demandar um descumprimento de uma obrigação natural. Esta, por sua vez, é uma obrigação sem exigibilidade jurídica. Ex.: dívida prescrita. O que é prescrição? É a perda da pretensão. No exemplo hipotético, a professora conhecia certa pessoa – João, há bastante tempo – 11 anos. Há 11 anos atrás, João pediu dinheiro para tomar sorvete na praia e até hoje não pagou. Apesar do vínculo contratual, em que existe a parte credora e a devedora – e, além disso, apesar da possibilidade da professora ingressar com uma ação de cobrança – João pode voluntariamente pagar; para o direito que a pretensão da professora se extinguiu. O prazo máximo de prescrição é de 10 anos. E os outros prazos? Como bem positivado no art. 205 CC, é de 1 até 5 anos. Essa dívida venceu em 5 anos. Em suma.: exemplo de obrigação natural divida prescrita. 
Conceito de obrigaçãonatural dada pela professora.: o devedor deve a prestação e o credor tem o direito de receber a prestação. Aqui, extingue-se a pretensão e a responsabilidade. 
Obrigação civil.: o devedor deve a prestação; e o credor tem direito de receber a prestação –esse credor tem pretensão porque o devedor tem responsabilidade. 
A lei diz: não responde mais pela dívida depois que passou o prazo prescricional. A pretensão serve justamente para a paz e para a segurança jurídica. 
Outro exemplo de obrigação natural.: jogo e aposta – qual a diferença entre eles? No jogo a pessoa envolvida na obrigação participa; na aposta não. Ex.: se eu mergulho em uma piscina com alguém e quem chegar do outro lado paga ao outro cem reais, é jogo. E eu estou vendo um campeonato e aposto no nadador que vai ganhar, é aposta. O jogo ou a aposta podem ser de três naturezas: 1) lícito ou regulamentado (aposta de cavalo, raspadinha, mega sena, etc.) - possui obrigação civil de pagar. Aqui tem pretensão e responsabilidade; 2) ilícito, ilegal ou proibido (jogo do bicho, cassino, rinha de animais, os chamados de azar etc.). Pergunta-se: essa modalidade de jogo gera que tipo de obrigação? Aqui é controvertido. Alguns autores defendem que gera obrigação natural e outros dizem que não gera nada – esta corrente é aquela pela qual a professora é filiada – objeto é ilícito; 3) tolerado - não é nem lícito, nem ilícito; não é nem regulamentado, nem ilegal. É somente tolerado; não tem nenhum regramento especial, a não ser o regramento dos contratos – porque jogo ou aposta é contrato. Este, por sua vez, é um acordo entre duas ou mais vontades. Sendo contrato está regulamentado pela lei, art. 814 CC. Art. 814 CC. As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito. As dívidas de jogo ou aposta não geram obrigação civil, mas obrigação natural. Atenção.: direito de ação é autônomo, mas será julgado improcedente. O código civil só se aplica na ausência de acordo diverso; se as acordarem diversamente, o que vale é o que acordarem. Claro, desde que não ofenda outros princípios.
Obrigação natural é aquela cujos elementos essenciais não geram a obrigação da prestação por ausência da responsabilidade patrimonial do devedor. 
Jogo ou aposta 
Lícito ou regulamentado
Ilícito ou proibido/ilegal
Tolerado 
Obrigação Positiva se traduz em uma ação. 
De dar – se subdivide em duas seções:
Obrigação de entrega, entregar alguma coisa. Atenção com o verbo dar, ex.: obrigação de dar aula é obrigação de fazer, não de dar. Para ser de dar é necessária uma entrega material ou imaterial. Importante: Tradição: simples entrega.
Coisa certa – art. 233 a 242 – cap. I.
Início da parte especial.: Art. 233 CC. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.
Coisa certa: 
Gênero 
Qualidade
Quantidade 
Ex.: dar o meu carro certa. 
O Princípio da Gravitação Jurídica – bem acessório acompanha o bem principal – está associado ao art. 233 CC/02. A obrigação da coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título (anuncio de venda ou contrato) ou das circunstâncias do caso; na obrigação de dar coisa certa o bem principal segue a mesma sorte de dar o bem acessório. As pertenças não são incluídas nesse princípio. A pertença encontra-se positivada no art. 93 CC/02; Ex.: puxadores do armário. Deve-se verificar no caso concreto. 
Perda (é sempre total) – art. 234 CC
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.
1ª parte.: sem culpa do devedor – resolve-se a obrigação; 
Lato sensu, sentido amplo: negligência, imprudência, imperícia + DOLO! Mesma consequência jurídica para aquele que faz com intenção ou sem, mesmo que o resultado não tenha sido devido a intenção do agente, e sim por motivos alheios a sua vontade.
2ª parte.: com culpa do devedor: paga-se o equivalente + perdas e danos.
Obs.: resolver = extinguir; significa também que as partes devem voltar ao status quo anterior. Significa dizer que, caso um comprador tenha pago antecipadamente algo que eu o vendi, devo eu restitui-lo o valor pago, por exemplo. As partes devem voltar ao status quo ante. As perdas e danos compreender os danos emergentes somados aos lucros cessantes. 
Sem culpa: ex.: alguém te filhotinhos e promete vender, o animal acaba morrendo sem a culpa do vendedor. Neste caso, a obrigação é resolvida. Não é preciso vender e nem pagar pelo filhotinho. Com culpa: esquecimento de alimentar o filhotinho e o animal morre, necessário pagar o equivalente mais perdas e danos.
Deterioração (é sempre parcial) 
Sem culpa do devedor – art. 235 CC – 1ª opção: resolve-se a obrigação; 2ª opção: aceita-se a coisa deteriorada com desconto
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.
Com culpa do devedor- art. 236 CC - sempre que houver culpa paga-se com perdas e danos (é presumido)! 1º) exige-se o equivalente + perdas e danos; 2ª opção) aceita-se a coisa deteriorada + perdas e danos. 
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos. 
Coisa incerta – art. 243 a 246 
Gênero 
Quantidade 
Não há especificação quanto à qualidade. 
Ex.: promessa de uma torta sem especificar. 
De fazer
Obrigação Negativa se traduz numa abstenção, omissão. 
Não fazer
O descumprimento da ação de não fazer ocorre quando se faz. Ex.: advogado, médico tem um dever inerente à ética profissional, que é o dever de SIGILO. Obrigação de não revelar sobre dados e situações ligados aos seus clientes. Descumpre quando revela as particularidades do caso. Mais um exemplo.: a questão relacionada ao direito de vizinha; várias obrigações relacionadas ao direito de vizinha são de não fazer. A proteção de 3S’s – em direitos reais – sossego, saúde e segurança; sigilo também é incluído. Não pode fazer nada que ataque a esses bens jurídicos tutelados. 
Obs.: obrigação de agir em força da lei; pelo contrato ou por conduta anterior ter gerado o resultado – quando se assume a função de agente garantidor. 
 
Aula 15/08
A obrigação de restituir é uma obrigação de dar coisa certa. A coisa certa é aquela coisa que já está determinada quanto ao gênero, quantidade e qualidade. Exemplo: uma caneta Bic azul (de alguém em específico); o meu celular; o meu carro; meu imóvel. Já a coisa incerta apenas se tem determinado o gênero e a quantidade (não tem a qualidade).
A obrigação de restituir é a obrigação de devolver – noção do legislador. Essa obrigação é muito comum nos contratos de empréstimo. Há duas modalidades de contrato de empréstimo. Um contrato de empréstimo pode ter por objeto, uma coisa infungível ou um contrato de empréstimo pode ter por objeto uma coisa fungível. Fungível é aquela coisa que pode ser substituída por outra de mesmo gênero, qualidade e quantidade. Exemplo: uma caneta Bic, dinheiro. Empréstimo de dinheiro, empréstimo de coisa fungível é o contrato de mútuo. Vale-se ressaltar que “mutuário” é a pessoa que pega dinheiro emprestado, ex.: mutuário da caixa econômica. As partes envolvidas são: mutuante e mutuário. Se você pega dinheiro emprestado, você tem a obrigação de pagar, de devolver o dinheiro que foi emprestado. Logo, o contrato de mútuo encerra a obrigação de restituir do mutuário. E se o contrato tem por objeto um bem infungível? Bem que não pode ser substituído? Emprestar bem infungível, contrato de empréstimo dessetipo recebe o nome de comodato. Exemplo: empréstimo do caderno para seu colega tirar cópia; empréstimo de imóvel. Em ambos, há a obrigação de restituir. A obrigação de restituir é uma obrigação de dar um pouco diferente, pois a coisa já é do credor. O legislador se preocupa com os problemas. Na legislação, portanto, irão tratar dos casos de: perda e de destruição.
Obrigação de dar coisa certa – obrigação de restituir
Perda 
Sem culpa – art. 238 CC
Com culpa – Art. 239 CC
Deterioração – destruição parcial – art. 240 CC
 Sem culpa – 1ª parte
Com culpa – 2ª parte – remete ao 239 CC
Perda: destruição total da coisa. Deve ser analisada sob a ótica de com culpa ou sem culpa do devedor. Art. 238 – “se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá; ressalvados os seus direitos até o dia da perda”. – A solução pensada pelo legislador: a obrigação se extingue. “... ressalvados os seus direitos até o dia da perda. ” – A professora emprestou um carro para Rodrigo. Rodrigo quando estava vindo devolver o carro para a professora foi assaltado por bandidos com fuzis. O carro tem seguro. A professora que vai receber o seguro, como credora. O credor sofre a perda da coisa emprestada, mas se tiver algum direito para receber sobre a coisa, será esse mesmo credor que o receberá. Não precisa ter indenização por parte do devedor. Com culpa – a professora emprestou para Victoria um colar de ouro. Contudo, de forma imprudente, ela foi com o colar para a Central do Brasil, sem, por sua vez, tomar o devido cuidado – levou à mostra e na mão. Sendo assim, ela tem culpa. – Art. 239 – “se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos”. Pagar o equivalente mais perdas e danos. Obs.: Culpa é ter contribuído de alguma forma para aquele resultado mesmo que não tenha tido dolo. Diferentemente do direito penal, culpa aqui inclui.: negligência, imprudência, imperícia + DOLO!
OBS.: a depender da história que será contada – no caso concreto. Ex.: de forma negligente; apesar de todos os esforços; cavalo – ataque cardíaco. Culpa é ter contribuído de alguma forma negligente para que o resultado ocorresse. 
Deterioração: sofrer uma pequena avaria ou grande avaria, mas a coisa ainda existe. Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observar-se-á o disposto no art. 239 sem culpa do devedor: irá receber da forma como estiver. Vai receber a coisa deteriorada. Exemplo: a Victoria foi sair com o colar emprestado pela professora, mas tomou todos os cuidados. Contudo, mesmo com todos os esforços, ainda assim um bandido tentou arrancar o colar de seu pescoço e o deteriorou. O fecho arrebentou. Segundo a lei, Victoria deve retornar o colar da forma em que se encontra, ou seja, com o fecho arrebentado. Ela não é obrigada a concertar o fecho. A segunda parte do artigo fala do caso em que há culpa que remete ao Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos pagar pelo equivalente mais perdas e danos. No exemplo dado em sala, do carro, deve-se pagar o conserto do carro (retrovisor).
Art. 237 – “Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação. ” – Princípio da gravitação jurídica – o acessório segue a sorte do principal. Esse artigo estabelece que na obrigação de dar coisa certa, até a entrega, pertence ao devedor a coisa com seus melhoramentos e crescidos pelos quais poderá exigir aumento no preço. Exemplo: a professora vendeu uma égua para uma pessoa. A entrega será apenas mês que vem. A professora descobre que a égua está prenha. Esse artigo estabelece que a professora pode aumentar o preço da égua. Se a pessoa não concordar o negócio está desfeito. Exemplo 02: a professora vendeu a sua fazenda e descobriu que a plantação de café vingou. A terra está indo com o café semeado. Pode aumentar o preço. Contudo, atenção: isso não autoriza uma pessoa de má-fé, por exemplo, vende um carro e depois coloca um rádio só pra poder cobrar mais caro. Tudo que se descobre e se possa alegar desconhecimento e boa-fé. E no caso do não acordo sobre o preço, desfaz-se o negócio. 
Art. 241 e art. 242 – A coisa restituível. Exemplo: a professora emprestou para Rodrigo uma propriedade no interior do Rio para ele descansar. Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização. Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé. Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á, do mesmo modo, o disposto neste Código, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé. A história é a seguinte.: Se o Rodrigo resolveu plantar na propriedade da professora, quando ele devolver ela terá que indenizar o Rodrigo pelo trabalho que ele teve. Se ele fez de boa-fé, terá que ser indenizado. Óbvio que não é admissível que, por exemplo, ele faça coisas de má-fé, como por exemplo, colocar uma piscina na casa, ou qualquer coisa que não envolva conserto. No caso em que ele não tiver nenhum trabalho para a melhoria, a professora não terá que indenizar. Isso será mais bem estudado em direitos reais – art. 782. 
Obrigação de dar coisa incerta – só está determinada quanto ao gênero e quanto à quantidade. Está prevista nos artigos 243 a 246 CC. Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade conceito de dar coisa incerta. Art. 244 – como a coisa incerta só está determinada pelo gênero e pela quantidade, quem será que escolhe a espécie da coisa incerta? Credor ou devedor? Exemplo: A professora diz que vai dar um livro para quem tirar a maior nota na prova. Quem escolhe o livro? Em regra, escolhe de acordo como foi combinado – o acordo de vontades, ou seja, vai valer aquilo que foi acordado. Se for combinado que seria o devedor, será o devedor, por exemplo. Se não houver acordo, a lei irá dizer de quem cabe a escolha. Dica.: interpretar a favor à parte mais fraca. Ex.: in dubio pro consumidor. A escolha será para o a parte mais fraca na relação obrigacional: devedor. Não há isso expresso, mas na dúvida deve-se interpretar a favor do devedor uma vez que geralmente é essa a intenção do legislador. A lei diz.:
Art. 244 – “nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrario não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar o melhor. ” – A lei impõe limites. Segundo a Lage, “A obrigação de dar a coisa incerta, é a obrigação de dar a coisa mediana”. Exemplo: compra de um cento de salgados. Imagine-se que o fornecedor, forneça três tipos de salgados: salgado de camarão, de frango e de azeitona. O mais caro é o de camarão e o mais barato é o de azeitona. O fornecedor pode entregar: 100 de frango; pode misturar: 30 de camarão, 30 de azeitona e 40 de frango; e pode dar tudo de camarão, contudo não é obrigado. Não pode dar tudo de azeitona (o pior). Não pode dar tudo do pior nem é obrigada a dar tudo do melhor. Ou mistura ou dá tudo do mediano. 
Ex.: PROVA DA OAB - A pessoa comprou um cavalo para determinada fazenda. Numa fazenda reprodutora de animais, geralmente há o grande garanhão, que reproduz com várias éguas, e os potros são vendidos como os filhos daquele grande garanhão. Uma súbita epidemia dizimou todos os cavalos da fazenda. Só sobrou o garanhão e o cavalo que puxa carroça. Na questão perguntava como ficaria o comprador desse animal. Resposta: resolve-se a obrigação. Súbita epidemia: não houve culpa. Solução: resolve-senão é obrigado a dar o melhor nem pode dar o pior. 
Art. 245 Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente. – Exemplo: contrato de Buffet. A noiva paga o bolo e salgadinho; o bolo será escolhido com um mês de antecedência. A partir da escolha, que no Direito se chama concentração, da obrigação de dar coisa incerta, a coisa incerta se torna coisa certa. Assim, retoma-se o art. 233. Criou-se uma obrigação de dar coisa incerta, que se transformou em algum momento, no momento da concentração, em obrigação de dar coisa certa e dessa forma, segue-se a obrigação de dar coisa certa. 
O último artigo que trata da obrigação de dar coisa incerta é o artigo 246 – “Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito”. – Não se pode alegar perda ou deterioração, pois pode se dar qualquer coisa no gênero e quantidade acordada. Exceção: EXEMPLO DO CAVALO DA PROVA DA OAB: Ali era coisa incerta (um cavalo), contudo era um cavalo daquela fazenda. É coisa incerta, mas é coisa incerta limitada. Excepcionalmente nesse caso pode se alegar que a coisa incerta se perdeu ou foi deteriorada. Exemplo: a cadela da professora teve sete filhotinhos. Vendeu um para o André. O André não escolheu o filhotinho, apenas comprou um dos sete. Em tese, pode todos morrer. Pode alegar a perda de todos? De coisa incerta? Pode. Sim, porque é coisa incerta limitada. 
Obrigação de fazer: prevista nos Artigos 247 a 249 – Há duas classificações:
Obrigação de fazer personalíssima ou intuito personae – Art. 247 – se não for cumprida (com culpa) – indenizar perdas e danos (danos materiais e danos morais). “No intuito da pessoa” significa dizer que a pessoa vai realizar a prestação, ela possui qualidades especiais que a fazem especial, uma pessoa que para o devedor, fazem dela a única pessoa apta a realizar aquele trabalho; aquela prestação. Exemplo: artista plástico – um quadro feito pelo Romero Britto. Tem que ser feito por ele, não serve outra pessoa. Art. 248 – se a pessoa não cumpre sem culpa – resolve-se a obrigação. 
Existem obrigações que podem ser personalíssimas ou não personalíssimas, dependendo da forma de como foi ofertada a prestação do serviço. Da forma como gerou as legítimas expectativas da parte que estava contratando. Ex.: peça de teatro do Tiago Abravanel – cláusula do contrato.
Obrigação de fazer não personalíssima ou impessoal – Art. 249 – traz a possibilidade de o serviço ser praticado por terceiro; pode ser feita por qualquer um. Exemplo: vazamento de gás; contrata a pessoa para consertar. Ela não vem. Contrata outro e vai cobrar do primeiro o quanto gastou a mais. O parágrafo primeiro fala que em caso de urgência pode fazer sem a autorização judicial. Ou seja, pode mandar outro fazer e cobrar do primeiro sem ingressar com uma ação. 
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível.
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos. Quem tem que provar que a pessoa teve culpa é o credor. Ou seja, eu que contratei vou ter que provar que a pessoa descumpriu sem culpa ou com culpa. 
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.
Aula 22/08
Aula 24/08/17
Obrigação de não fazer (arts. 250 a 251)
Ligado a abstenção. Descumprimento se dá quando se realiza o ato pelo o qual houve o comprometimento de que não o fizesse. Código civil se preocupa com o descumprimento; 
Art. 250 CC. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar. Importa, na obrigação de não fazer, se o não fazer se deu com culpa ou sem culpa. Culpa lato sensu – aborda culpa no strictu sensu + DOLO. Ex.: obrigação de não fazer barulho e perturbar os vizinhos aplicando o art. 250 CC - Fazer obra na madrugada fica permitido. 
Art. 251 CC. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. Ou seja, o devedor terá que pagar o quantum da custa do credor; ou, pelo menos, há a resolução da obrigação. 
Não estão previstas expressamente no código.:
Obrigação propter rem 
Propter = própria; rem=res=coisa. Obrigação que é da própria coisa. Como assim? Obrigação acessória mista que uma determinada pessoa possui por ser titular de um direito real sobre determinada coisa; segundo Caio Mário. Obrigação acessória entra em cotejo/frente ao bem principal. Princípio da gravitação jurídica; bem principal é aquele que existe por si sorte; bem acessório segue a sorte do bem principal. Ex.: obrigação de pagar juros só existe se houver uma dívida ou uma obrigação de pagar algum dinheiro. Por isso, seria uma obrigação acessória. A obrigação propter rem também é uma obrigação acessória; só que é uma obrigação acessória mista porque ela tem um papel ou uma característica de ser uma obrigação pessoal; mas ela é uma obrigação da pessoa enquanto ela (a pessoa) tem uma obrigação jurídica com alguma coisa. Se eu transferir a relação da coisa, transfiro a relação da pessoa. Ex.: cota condominial – relação com o imóvel, paga a cota condominial. Se eu compro o apto, eu pago a cota. Se eu alugo o imóvel, o locatário a paga.
Em suma.: Obrigação da pessoa – porque ela exerce uma relação direta com a coisa. Se a coisa sair daquela pessoa, eu transfiro a obrigação. Ela é pessoal e real ao mesmo tempo!!!!! Obs.: se meu locatário não paga, eu (locador) devo pagar a cota condominial. Em seguida, ingresso uma ação contra meu locatário! 
Ex.: Obrigação de pagar IPTU, IPVA, condomínio, obrigação de conservação tudo que estiver relacionado com a coisa. 
Obrigação de meio X obrigação de resultado 
Obrigação de meio é uma obrigação assumida pelo devedor que se compromete a se utilizar de todos os meios tendentes a atingir determinado resultado, mas sem a garantia do resultado. Por outro lado, obrigação de resultado é aquela que eu, como devedor, me comprometo a não somente a tentar, mas a conseguir o resultado. Ex.: obrigação do advogado (obrigação de meio). Chama-se atenção para advogado litigioso; se eu contrato um advogado para fazer um parecer – obrigação de resultado. Obrigação do médico (meio); cirurgião (meio). No entanto, entende-se na doutrina que a obrigação de um cirurgião plástico é uma obrigação de resultado. 
Quanto ao tempo.:
Obrigação de execução instantânea X 
Obrigação de execução continuada ou de trato sucessivo (periódica) X
Obrigação de execução diferida –
Momento em que a obrigação se forma
F. se E (execução) se dá junto do momento da formação – é instantânea 
F.
 b. F. –	 Tempo
 Execução em diversos momentos durante o tempo. Ex.: contrato de locação do imóvel. 
F. 
Na obrigação de execução diferida a formação se dá num momento e a execução se dá em outro momento único futuro. 
Aula 29/08
Classificação das obrigações
Obrigação divisível X Obrigação indivisível (art. 257 a 263)
Bem divisível são os bens que podem sofrer alteração sem a sua qualidade; bem continua sendo bem embora dividido. Obrigação indivisível não poderá ser fracionada; divisível vai poder ser fracionada sem perda de função. 
Art. 257 CC Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações,iguais e distintas, quantos os credores ou devedores. A história é a seguinte.: eu me preocupo se eu tenho uma obrigação divisível ou indivisível porque eu devo ter uma pluralidade de credores ou devedores. Devo 300 reais para Victoria, beatriz e lia. Estamos diante de uma obrigação divisível. Posso dividir 300 reais? Posso. Tenho 3 credoras; pago 100 reais para cada uma delas. Se nada for dito, se eu tiver 3 credores de 300 reais, vou dividir em partes iguais. Da mesma forma seria se as 3 estivessem me devendo 300 reais. Cada uma pagaria 100. Deve-se ver a possibilidade de ter obrigações indivisíveis. Aqui.:
Art. 258 CC. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico. Então, uma obrigação pode ser considerado indivisível por 3 motivos.: prestação ter por um objeto ou um fato não suscetíveis de divisão, os motivos são.: 1) dada a natureza – ex.: animais; 2) motivo de ordem econômica; 3) dada a razão determinante do negócio jurídico. Explicação.: Imagina-se que as três estivessem devendo para a professora um cachorro (coisa indivisível pela própria natureza; ex.: animal, celular). No segundo caso, a lei fala em ordem econômica.: lembram do filme Titanic? Tamanho da pedra azul preciosa? Pode ser dividida, sim! Mas em razão de ordem econômica, pode não ser dividida porque perde substancialmente o seu valor. Daí, considera-se indivisível. Materialmente divisível, mas devido a ordem econômica/financeira é indivisível. Isso ocorre com coleções, com joias. Em terceiro ponto, razão determinante do negócio jurídico.: ex.: aniversário. Contrata por ex. 100 ou 1000 salgados. A obrigação de prestar 1000 salgados, pela natureza, ela poderia ser divisível? Sim. Mas se eu contrato a entrega de 1000 salgados no dia do meu aniversário, é indivisível. Ex2) entrega de carteiras escolares para o início das aulas. Aqui, o que vale é o motivo – a depender, posso considerar uma obrigação divisível ou indivisível. O avista é o motivo determinante do negócio jurídico (desconto), ex. 
Art. 259 CC. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda (não dá para prestar parte dessa dívida). Aqui estamos diante de uma obrigação indivisível. Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados.
Credor (eu) devedor 1 (Victória); devedor 2 (beatriz); devedor 3 (lia). Ex.: as três devedoras devem o carro (o pai delas vendeu, ele morreu, e elas viraram devedoras). Se eu cobro da Beatriz o carro, a beatriz deve dar o carro inteiro. Ela pode dar o cavalo, o celular, o carro, em parte? Não. Substituição é equivalente à sub-rogação. Sai, eu, credora originária, e entra a beatriz como credora. Quando a beatriz me pagou, ela se sub-roga nos meus direitos. Ela passa a ter o direito de cobrar da lia e da Victoria, o quantum de 1/3 do valor do carro. Se o carro vale 30k, ela pode exigir da lia e da Victoria, 10k de cada. Obs.: a escolha do devedor ocorre ao acaso, eu posso escolher. 
O devedor que paga se sub-roga dos direitos do credor que paga essa dívida (que é uma obrigação indivisível)
Art. 260 CC. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando: I - a todos conjuntamente; II - a um, dando esta caução de ratificação (do pagamento) dos outros credores. Ex.: um livro dado por mim para as 3 credoras, lia, beatriz e Victoria. Para que eu pague para uma credora apenas, ela deve dar um documento – caução de ratificação – que é um documento que bia e vic vão dar para que eu possa entregar o livro para a lia. É uma espécie de garantia. Ditado popular.: “quem paga mal, paga duas vezes”. Quem paga mal pode ser compelido a pagar a novamente sim. Se eu pago a lia sem a caução de ratificação, as duas podem me acionar para que eu pague novamente. 
Art. 261 CC. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total. Victoria e beatriz pode exigir a parte delas do vade mecum. Se este custa 300, o valor devido para cada é de 100 reais. A lei não obriga, mas diz o que pode ser exigido. Mas isso não significa que tem que ser exigido. 
Obs.: verbo – remitir – se um dos credores remitir a dívida = perdão das dívidas. 
Art. 262 CC. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente. Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, compensação ou confusão. O fato de eu ser credor, permite que eu perdoe a dívida? Sim. Se a lia perdoa a minha dívida, isso significa que a Victoria e beatriz também perdoaram? Não. Ou seja, se um credor remitir a dívida, não significa que a dívida seja extinta para os outros credores. Mas quando a beatriz e Victoria forem me cobrar a dívida, elas vão ter que abater o perdão da lia. Como assim? Devo o vade mecum que custa 300 reais. Eu vou pagar a elas o vade mecum, mas cada uma vai ter que me dar 50 reais, porque é a cota do perdão da lia. Este tem que ter efeito jurídico. Quando é indivisível e alguma credora me perdoa, eu tenho que receber algum dinheiro por isso. As três são credoras de 100 reais; a lia me perdoou. Cada uma vai cobrar 100 reais. 
Remissão jurídica – abatimento do valor ou pagamento da parte que foi remitida. 
Art. 263 CC. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos. § 1o Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, responderão todos por partes iguais. § 2o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e danos. Ex.: 3 amigas compram um carro; cada uma deu 10k – não deu certo e agora querem vender; as 3 resolvem se despedir do carro (elas bebem, e as 3 dão PT no carro) obrigação de dar coisa certa em que a coisa se perde com culpa das devedoras.: pagar o equivalente + perdas e danos. Se a culpa foi das três, dividir o valor igualmente entre as 3. Diferente se, a beatriz, mais apegada ao carro, decide beber sozinha; bate e dá PT sozinha no carro. p2º art.263 CC- pelo equivalente pagam as 3; mas pelas perdas e danos (agiu com culpa) é a beatriz que paga. 
Outra modalidade de obrigação, é a obrigação solidária. (Ler matéria no livro/ + complexa).
Obrigações solidárias – (art. 264 a 285)
Art. 264 CC. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
Solidariedade não se confunde com indivisibilidade ou divisibilidade. A dívida pode ser exigida na totalidade, independentemente se estou diante de um objeto indivisível ou não. 
O credor solidário pode cobrar de qualquer um dos devedores a dívida toda. (i got the power). Todos os devedores são solidários; credor pode perseguir e executar qualquer devedor solidário. A obrigação solidaria decorre ou da lei ou da vontade das partes e não da natureza do objeto. 
A solidariedade não se presume. Só há se a lei disser que há ou se as partes convencionarem que há. Ou seja, deve-se ter credores ou devedores que vão se declarar solidários. 
Sub-rogação é uma forma especial de um pagamento, é uma consequência. 
Aula 31/08
Art. 264 CC. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
Art. 265 CC. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
Art. 266 CC. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos cocredores ou codevedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.
Solidariedade ativa (art. 267 a 274)
Cr1 – cr2 – cr3 devedor (R$3.000,00 - aluguel) Se eu não falar em obrigação solidaria, posso classifica-lacomo obrigação divisível. Cada traço representa uma relação distinta entre o credor e o devedor. A relação pode ser simples para um, condicional para outro, a prazo, pagável com lugar diferente. Nada combinado entre o Cr1 e o Dv pode prejudicar o Cr2 ou o Cr3. É disso que o art. 266 trata. 
O que é a Obrigação Solidária Ativa? Está prevista nos arts. 267 a 274 CC; 
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. Cada um dos credores pode exigir a prestação por inteiro. 
Vemos muito mais a solidariedade passiva, pluralidade de devedores. 
Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar. Demandar é sinônimo de cobrar judicialmente. Demanda é o nome da ação judicial. Enquanto ninguém demandar, o devedor pode procurar qualquer um dos credores e efetuar o pagamento em sua totalidade. 
Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago. Isso significa dizer que se ele pagar 1000, o credor pode cobrar 2000. (No exemplo do aluguel). 
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível.
Cr1	H1 e H2 (herdeiros) – no ex.: seria 500 para cada. 
Cr2
Cr3
Obs.: se a obrigação for indivisível, ambos os credores podem exigir o carro (ex.). Se H2 cobrar o carro, vai ter que dar para o H1 (R$5.000,00); CR2 (R$10.000,00) e CR3 (R$10.000,00). Pode ser compelido a entregar o carro para o Cr3, Cr2, H1 ou H3. 
Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade.
Se, no exemplo anterior, o credor que tiver ido entregar o carro para o Cr3; bate, perda total (culpa do credor) – a obrigação virou pagar o equivalente mais perdas e danos (R$3.000,00). Se essa obrigação é solidária, quanto o credor 3 pode cobrar? 33.000; Cr2 = 33.000; H1 = 5.500; sem culpa resolve-se a obrigação. 
Obs.: se na questão da prova não estiver escrito que é solidaria, você não pode presumir que é solidário. Ou então a professora vai dizer que são sócios, que presume solidariedade. Relação de consumo presume solidariedade. Sociedade via de regra é solidariedade. Entre patrão e empregado também se aplica a lógica da solidariedade. 
Responsabilidade = indenizar o dano que foi causado. 
Responsabilidade subsidiária 
Responsabilidade solidária 
Quando se fala em garantia, tem a.: 1) pessoal ou fidejussória – é sinônimo de fiança ou da pessoa do fiador. Esta é a garantia do dia a dia. Ex.: Cr (Pedro) ------ Dv (Juliana) ------- fiador (Bolonha). Esta é uma garantia subsidiária. Mas existe a garantia solidária.: ex. – Cr (Pedro) --- Juliana Bolonha (pode escolher de quem ele quer cobrar). Mas para que isso aconteça é preciso que se esteja escrito no contrato de fiança. Assim, deve-se o fiador renunciar ao benefício de ordem.: abrir mão de que primeiro seja cobrado o devedor.; 2) garantia real – penhor. Pode-se estabelecer também outra garantia, chamada de hipoteca (meu imóvel será levado a leilão para que o Pedro tenha seu dinheiro de volta – 10.000,00). 
Art. 272. O credor que tiver remitido (perdoado) a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba. Se eu perdoei a dívida, eu só posso perdoar a minha parte. 
Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros.
Art. 274.  O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles.
Pensar na palavra exceção como argumento em defesa do devedor. 
Art. 279/274 – exceção 1. Pessoal -argumento que diz respeito a uma relação jurídica única, a uma pessoa; alguma coisa acordada previamente entre o credor e o devedor; 2. Comum – argumento de defesa para todas essas relações jurídicas; ex.: prescrição. 
Aula 05/09
Solidariedade passiva (art. 275 a 278) 
DV1
DV CREDOR (R$3.000,00)
DV3
O art. 235 traz o conceito de solidariedade. 
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores. Esse ar. Existe, mas é pouco usado na prática. 
Quando você é credor que tem devedor solidário, na prática processa-se todo mundo. 
Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário,/ salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores.
Na primeira parte o CR1 morre, e deixa dois herdeiros (H1 e H2). A cota parte do DV1 =1000. H1 herda da dívida R$500,00. H2 herda R$500,00. Se for um carro, o credor pode cobrar um carro de H1, de H2. 
Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada.
O credor pode perdoar o devedor 3; pode cobrar do devedor 1 R$1.000,00. 
Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes.
Nada que possa prejudicar pode ser imposto. Cada um deles corresponde a uma relação jurídica distinta. 
Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.
Perdas e danos atrelado à culpa. Carro vale 30k, p/d como 3.000,00 reais. 
Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida.
Juros de mora decorre do atraso culposo do cumprimento da obrigação. Então não se paga o 3k na data pq voce não tinha dinheiro, esqueceu, alguma culpa – situação culposa. Valor pago a mais, alem da culpa, pelos dias de demora. Devedores não são obrigados a pagar pelos juros de mora se não derem causa a ele – corresponde a escolha do legislador. 
Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro codevedor. 
Falamos na exceção pessoal – que é da pessoa. Se o credor concordou com o DV3 algo, DV2 não pode alegar o que foi acordado ao outro devedor. Ex.: local de pagamento é na faculdade, DV3 é cadeirante. DV2 não pode alegar. 
Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores. 
Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais.
Na verdade, quando eu renuncio a solidariedade há o pagamento parcial, ou seja, a cota parte. 
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores.
NÃO COBRAR NÃO SIGNIFICA NECESSARIAMENTE ESQUECER/PERDOAR/REDIMIR.
 Insolvente = não tem pra ter patrimônio penhoravel. Falência da pessoa natural/física. Não tem bens nem dindin. Se tiver insolvente, pega-se a cota parte deste e divide entre os demais. 
Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente.
Ser exonerada da solidariedade (so pagar a sua cota-parte)não pode prejudicar o DV2 (do exemplo do devedor insolvente)
Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela para com aquele que pagar.
Trata-se do terceiro interessado. Ex.: DV2 fiador. 
CRx fiador. Cobra do DV2 que cobra DV1 e do DV3. 
Transmissão das Obrigações 
Cessão de crédito – arts. 286 a 298
Assunção de crédito – arts. 299 a 303
CRx cedente pro 3º cessionário --------------P----------------DV
Legislador resolveu CR -------------- DV terceiro. DVx sai da posição de devedor e o 3º assume
Aula 19/09 – Cessão de crédito
Substituição do polo ativo é chamado de.: 
Cessão de crédito (arts. 286 a 298, CC) 
CR -------l------- DV
 Prestação 
Credor (cedente) 3º (cessionário). 
Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação. A regra é a de que o credor pode ceder o seu crédito. A primeira proibição à acessão, exceção.: em decorrência da sua natureza, obrigação personalíssima – o crédito é personalíssimo. 2ª proibição a acessão.: por lei. (Créditos alimentícios). 3º) convenção com um devedor (acordo personalíssimo). Vale de loja com CPF – acordo inter partes. 
Acessão de crédito pode ser.: 
Total – se for da totalidade de crédito
Parcial – se for de parte do crédito
Onerosa – quando o cessionário paga ao cedente para ficar com o crédito. Valor normalmente inferior ao valor do crédito. Ex.: cheque que só poderia ser depositado em novembro/cheque pré-datado. 
Gratuita
Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os seus acessórios. Regra da gravitação jurídica. O bem acessório segue a sorte do principal. Ex.: juros acompanha o principal. 
Art. 288. É ineficaz, em relação a terceiros, a transmissão de um crédito, se não celebrar-se mediante instrumento público, ou instrumento particular revestido das solenidades do § 1o do art. 654. Ou seja, para que a acessão de credito valha perante terceiros é necessário que seja em instrumento público ou particular cujas solenidades estão postas no art. 654 § 1o. 
Art. 289. O cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar a cessão no registro do imóvel.
Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita. Eu cedente, se cobro do devedor, ele vai ter pago bem. 
Art. 291. Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se completar com a tradição do título do crédito cedido. Exemplo do vale da saraiva de R$1.000,00 que custava R$300,00. 
Art. 292. Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cessão, paga ao credor primitivo, ou que, no caso de mais de uma cessão notificada, paga ao cessionário que lhe apresenta, com o título de cessão, o da obrigação cedida; quando o crédito constar de escritura pública, prevalecerá a prioridade da notificação.
Art. 293. Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o cessionário exercer os atos conservatórios do direito cedido.
Ato conservatório do direito. Mecanismos para evitar a prescrição; ex.: notificar o devedor, ingressar com ação de cobrança. Medidas impeditivas da prescrição em prol da conservação do direito. 
Exceção é um meio de defesa alegável ao credor diante de uma situação diversa.: art. 294 CC. Aqui estamos diante de uma exceção à exceção. 
Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente.
Art. 295,296,297 muito importantes! Responsabilidade que o cessionário cedente tem. Diferente entre existência do credito e solvência do devedor. Existência do credito é o credito existir, não ser de uma obrigação inexistente. O credito existe quando respeita os elementos essenciais da obrigação, não existe prescrição nem vicio de negócio. Outra coisa é a solvência do devedor, se o André vai pagar ou não a Victória, exemplo dado em sala. 
Se o crédito existe e o André não paga, só será atribuído se tiver responsabilizado pela solvência do André. Solvente é aquele que paga, insolvente é o que não paga. 
Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé.
Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor.
Art. 297. O cedente, responsável ao cessionário pela solvência do devedor, não responde por mais do que daquele recebeu, com os respectivos juros; mas tem de ressarcir-lhe as despesas da cessão e as que o cessionário houver feito com a cobrança.
Art. 298. O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo credor que tiver conhecimento da penhora; mas o devedor que o pagar, não tendo notificação dela, fica exonerado, subsistindo somente contra o credor os direitos de terceiro.

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