Buscar

Direito Civil para P2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Civil II -Direito das Obrigações
Prof.: Juliana Gomes Lage
Bianca Ferreira 2017.2
Datas: 
P1: 03/10 – discursiva com consulta
P2: 21/11 – objetiva sem consulta
2ªCH: 23/11 – mista com consulta
PF: 28/11 – mista com consulta
AULA 03/10
PAGAMENTO DIRETO
 Quem paga? Devedor. Sujeito passivo. 305 a 307 CC; quem paga é o solvente ou solvens. Quem não paga é insolvente, que não tem patrimônio.
Nem sempre é o credor que paga a dívida. É possível que um terceiro pague a dívida. Pode ser 3º interessado e 3º não interessado. 3º interessado – ex.: Fiador. Porque o patrimônio dele também tá em jogo, também pode ser responsabilizado. 3º não interessado – s2 – pessoa que gosta, que ama, que quer ajudar. É o intrometido, não tem responsabilidade nenhuma. Esta análise é Antes do pagamento. 
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. Utilizar dos meios de pagamento que o próprio devedor usaria. Terceiro interessado. 
Ex.: meios conducentes ação de consignação e pagamento – obrigando o credor a aceitar o pagamento. 
Qual a diferença?
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste. Terceiro não interessado. 
Em nome do devedor – neste caso ele faz uma liberalidade, vulgo doação. 
Exemplo do professor Bolonha e a dívida da prof. Juliana perante Mateus. 
Em nome dele (3º) – direito ao reembolso ≠ pagamento com sub-rogação. Só tem direito ao reembolso, sendo menos ao pagamento com sub-rogação. Se fosse fiador, tem direito ao pagamento com sub-rogação. Pode cobrar tudo que o credor originário cobraria. 
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento.
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação.
Se o devedor for não interessado, eu posso me opor oposição. No interessado, não. 
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando feito por quem possa alienar o objeto em que ele consistiu.
Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la. A devedora que vai ter que indenizar o dono da coisa fungível, o qual não era alienado. 
Quem recebe? O credor ou o sujeito ativo, que também é conhecido accipiens ou acipiente. Só o credor recebe? Pode também o representante receber. Representante legal (pais dos filhos menores); pode-se pensar em um representante legal ou, ainda, representante contratual, convencional. Ex.: alguém com a procuração – representa a pessoa a partir da entrega da procuração; ex.: gerente de uma loja, uma empresa, o sindico pelo condomínio, representante de turma. 
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito.
Obs.: Porteiro; mãe entrega para o porteiro que me entrega, se eu recebi, confirmei, o pagamento é valido. Caso contrário, é mal pagador. 
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor.
Credor putativo – É o credor que parece credor, mas de fato não é. 
Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu.
Art. 311. Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação, salvo se as circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante.
Presunção de quem teria autorização para ter o pagamento. Imaginar que a prof. Foi para a casa da Duany pagar a dívida, e quem a recebe é a avó dela. Alega, assim, que a Duany deu um recibo assinado, o que é legal e autorizado para receber o pagamento, conforme artigo 311, CC. 
Art. 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o crédito, ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não valerá contra estes, que poderão constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o regresso contra o credor.
Pagar mal é poder ser compelido à pagar novamente. 
 O que é pago? A prestação. Art. 313 a 326, CC – Objeto do pagamento e Sua prova
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. Credor de coisa certa não pode ser compelido a receber coisa diversa da coisa certa. Princípio da identidade de pagamento. 
Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou.
O parcelamento deve ser acordado. Princípio da indivisibilidade do pagamento, uma vez que a divisibilidade deve vir acordada. 
Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subsequentes.
Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.
Ex.: contrato de locação durante 05 (cinco) anos. É licito convencionar tanto o aumento progressivo, tanto o decréscimo progressivo. 
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação. Aplicação do princípio da imprevisão. Juiz pode corrigir para reequilibrar o contrato. 
Art. 318. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial. Obs.: Silvio santos não paga em ouro, na verdade, é um título de crédito. 
Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação (RECIBO) regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada. RETER O PAGAMENTO E INGRESSAR COM A AÇÃO. 
Quitação é sinônimo de recibo. 
Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante.
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida.
Art. 321. Nos débitos, cuja quitação consista na devolução do título, perdido este, poderá o devedor exigir, retendo o pagamento, declaração do credor que inutilize o título desaparecido.
Art. 322. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores.
Art. 323. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos.
Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento.
Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em sessenta dias, a falta do pagamento.
Art. 325. Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o pagamento e a quitação; se ocorrer aumento por fato do credor, suportará este a despesa acrescida.
Art. 326. Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, entender-se-á, no silêncio das partes, que aceitaram os do lugar da execução.
 
AULA 31/10
PAGAMENTO INDIRETO - (8 modalidades)
O que significa? Segundo os doutrinadores significa formas de pagamento que não foram previstas inicialmente, mas que igualmente extinguiriam a obrigação. 
Pagamento em consignação – arts. 334 a 345, CC
Obs.: ação de consignação e pagamento, CPC – art. 539 a 549 NCPC. 
Art. 334. Considera-sepagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.
É o deposito da coisa devida. Deposita-se a coisa que está sendo objeto do pagamento, judicialmente ou em estabelecimento bancário. Pode ocorrer através da ação de consignação e pagamento, previsto no NCPC. Ou através de guio, se for dinheiro ou através do recolhimento do objeto do que for pago. Chama-se atenção para que o deposito sirva como pagamento, deve-se observar todos os requisitos do pagamento direto. Quem deve depositar? O devedor; para quem; quando; aonde. Previsto no Art. 336
Art. 336. Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento.
Art. 335. A consignação tem lugar:
I - Se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; ex.: o credor está em coma, e eu preciso pagá-lo. Ou, o credor sofreu um acidente de transito e está anestesiado. O que eu faço? Consignação e pagamento. O credor, sem justa causa, se recusa a receber o pagamento. Ou, ainda, se recusa a dar o recibo. O que eu faço? Consignação e pagamento. Quitação na devida forma. O que seria uma justa causa para não receber? Ex.: juliana, também estou te devendo. Vamos compensar uma dívida na outra. Ou, ainda, juliana, te causei um dano, então tô te devendo. Ou, juliana, já recebi – sua dívida já está quitada. Atenção para a questão do perdão verbal, que até pode ser provado. Mas o acordo verbal sem nenhum tipo de prova ainda é de extrema complexidade para o poder judiciário. 
II - Se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; que tipo de dívida aceita? Dívida portável ou portable é aquela que é feita no domicilio do credor; quérable ou quesível é do devedor. Nesta hipótese, trata-se de uma dívida quesível ou quérable. 
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; trata-se de credores incapazes, menores de 16 anos. Se o credor for desconhecido; não se sabe quem é o credor. 
IV - Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; relembrar Credor putativo. A partir do momento em que o irmão do sr. Disse que o neto não era neto, etc. 
V - Se pender litígio sobre o objeto do pagamento. Também pode se confundir com o IV. Ex.: morar num apto alugado de um casal que está num processo de divórcio litigioso. O que se faz? Deposito judicial ou em estabelecimento bancário; faz-se consignação. 
Todos os demais artigos dizem respeito ao processo. 
Pagamento com sub-rogação – 346 a 351 CC
Sub-rogar é substituir. 
Temos duas especeis de sub-rogação.: 
Sub-rogação legal (É a que decorre da lei ou na forma da lei.) É automática. 
Sub-rogação convencional – advém do acordo, do consenso. A própria lei prevê que há situações em que as partes acordam. 
Analogia.: ex.: relação paterno-filial. Pode ser casado e ter um filho dos dois pais. Mas eu posso, voluntariamente, ainda que uma pessoa numa união estável, o companheiro se declarar pai ou mãe. Nas duas hipóteses há sub-rogação. 
São 3 hipóteses de.: Legal (art. 346 CC), e 2 de convencional. 
Art. 346. A sub-rogação LEGAL opera-se, de pleno direito, em favor:
I - Do credor que paga a dívida do devedor comum;
II - Do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel; credor hipotecário é aquele que tem direito de receber a dívida, e caso não pago, tem direito de levar imóvel a leilão para receber parcela da dívida. Hipótese prevista quando vimos do 3º interessado. 
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. Diz que o fiador se sub-roga nos direitos do credor. 
Art. 347. A sub-rogação é convencional:
I - Quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos;
O 3º não interessado não tem direito a reembolso. Aqui há exceção. Aqui ele pode se sub-rogar nos direitos do credor desde que haja acordo neste sentido. 
Ex.: Marcia sabia que juliana estava devendo o Pedro, e se sub-roga nos direitos.
II - Quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito.
Aqui o ex.: juliana deve o Pedro, está endividada e conversa com Marcia. Esta, por sua vez, estabelece uma condição.: que se sub-roga nos direitos do Pedro. 
Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.
Imputação do pagamento – art. 352 a 355 CC
Imputação vem do verbo imputar, que significa escolher. 1ª regra de imputação.: o devedor escolhe. 
Ex. juliana paga R$500,00 Pedro. 
01.07.2017 – R$5.000,00
20.08.2017 – R$1.000,00
10.09.2017 – R$3.000,00
29.10.2017 – R$2.000,00
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos.
Art. 353. Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo. EX.: uma tem juros, juliana quer pagar uma e Pedro dá o recebo da outra. 
Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação, está se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa.
E se todas prestações fossem do mesmo dia? A imputação far-se-á na mais onerosa. Ex.: nº1. 
Dação em pagamento – 356 a 359 CC
Modalidade de pagamento indireto em que o credor aceita prestação diversa do que era devida para extinguir obrigação do devedor. Não é obrigado a fazer isso, mas aceita. Ex.: pessoa ta devendo R$100,00, mas dá uma massagem. 
Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.
OCORRE no momento do cumprimento da prestação. Para juliana não ocorreria em obrigação de faculdade alternativa. 
Novação – 360 a 367 CC
Compensação – 368 a 380 CC
Confusão – 381 a 384 CC 
Remissão das dívidas – 385 a 388 CC 
5-8 extinção sem pagamento. Essas hipóteses há autores que afirmam que chamar de pagamento é errado. Porque essas 4 hipóteses seriam de extinção da obrigação sem pagamento. Aqui não há entrega voluntária da prestação, ex.: 8. Perdão das dívidas. Quando se perdoa uma dívida a obrigação está extinta, mas não foi paga, não foi entregue voluntariamente a prestação. Houve, em verdade, extinção do pagamento. 
AULA 07/11
Art. 304 a 420 – matéria da prova 
Adimplemento – pagamento 
Pagamento é a entrega da prestação voluntariamente. Modalidade de pagamento indireto não haverá a entrega da prestação. Não são modalidade de “pagamento” dentro desse conceito de pagamento como entrega de uma prestação. São institutos que visam a extinção de uma obrigação. 
Pagamento e extinção. 
Pagamento indireto.:
---- 4. 
Novação (360 a 367) 
A palavra novação significa NOVA OBRIGAÇÃO. Só que estamos falando da extinção da obrigação. A novação é uma modalidade de extinção da obrigação e a criação de uma nova obrigação. Ex.: imaginar que o Pedro esteja devendo um dinheiro para juliana. Ele diz que não tem como pagar. Essa obrigação está começando a correr muito juros, e Pedro não sabe o que fazer. Juliana faz cálculos – Pedro pegou 1000 $, e com juros, está 5000 $. Ela sugere.: pagar 2500 $ em determinado dia. Ela extinguiu a dívida e criou outra para pagar dia 23 de dezembro. 
3 espécies de novação, previstos nosarts. 360, I, II, III. Tem a chamada novação objetiva; 
Art. 360 CC. Dá-se a novação:
I - Quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior; novação objetiva. Ex.: Pedro. 
II - Quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor; novação subjetiva passiva 
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este. Novação subjetiva ativa
Diferença entre novação e cessão de crédito/assunção de dívida? Na cessão de credito e na assunção de dívida não se extingue quaisquer obrigações. Aqui, extingue a obrigação e se cria uma nova. 
Para ser novação, deve-se ter o ânimo de novar – também conhecido como animus novandi. Vontade de novar, vontade de extinguir a obrigação. É um dever que decorre da boa-fé objetiva, é um dever extracontratual. 
Art. 361. Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito, mas inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira. Deve-se ter a vontade EXPRESSA. 
Art. 364. A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação.
Art. 365. Operada a novação entre o credor e um dos devedores solidários, somente sobre os bens do que contrair a nova obrigação subsistem as preferências e garantias do crédito novado. Os outros devedores solidários ficam por esse fato exonerados.
Compensação (368 a 380) 
Conceito – art. 368 CC - Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem.
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis. Coisas de mesma natureza. Mesmo gênero e mesma qualidade para que tenha a possibilidade de compensação. 
Exceção - Art. 370. Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas prestações, não se compensarão, verificando-se que diferem na qualidade, quando especificada no contrato.
Chama-se atenção que nem tudo pode ser compensado. Isso está previsto no art. 373 CC
Art. 373. A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto: I - Se provier de esbulho, furto ou roubo; II - Se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos; III - se uma for de coisa não suscetível de penhora. Não pode haver compensação de dívidas de alimentos. Ex.: do caso em que a mulher estava no apto do marido. 
Esbulho é a perda da coisa de forma violenta. Ex.: MST invadiu sua propriedade. 
Mesmo que a dívida for compensável, podemos escolher não compensar. Está no 375 CC. 
Art. 375. Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas.
Confusão (381 a 384) 
Elementos negocio jurídico.: objeto lícito, pessoa capaz e vinculo jurídico. Não tem obrigação com uma só pessoa. O elemento subjetivo é um elemento duplo. A confusão é a extinção da obrigação porque vai ser confundido na mesma pessoa – credor e devedor. 
Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor. Ex.: pai (credor) empresta dinheiro para o filho (devedor). Esse filho vem a falecer. O que acontece com a dívida? Se o pai é o único herdeiro desse filho? O pai será credor e devedor dele mesmo. Confusão. 
A confusão pode ser total ou parcial (quando metade da dívida é extinta). 
Art. 382, 383 e 384 – caso Von Ristoffen
Art. 382. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela.
Art. 383. A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário só extingue a obrigação até a concorrência da respectiva parte no crédito, ou na dívida, subsistindo quanto ao mais a solidariedade.
Art. 384. Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus acessórios, a obrigação anterior. Processo de indignidade de Von Ristoffen, ela perde o direito de receber o crédito. Ao invés de dever ao pai, deve toda a dívida para o irmão. 
Remissão de dividas (385 a 388) 
Qual a diferença entre remissão e renúncia. A renúncia é unilateral. A remissão é bilateral, para que haja deve ter a aceitação do devedor. 
Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro.
Art. 386. A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova desoneração do devedor e seus co-obrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir.
Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida.
Art. 388. A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida.
AULA 14/11
INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
Ideia de perdas e danos está atrelada a ideia de CULPA. Mora.: atraso culposo no cumprimento da obrigação – é sinônimo de demora. 
Disposições Gerais – arts. 389 a 393, CC
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado (quando tiver que cobrar a ação judicialmente).
Art. 390. Nas obrigações negativas (não fazer) o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster.
Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor.
Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei.
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não eram possíveis evitar ou impedir.
Obs.: art. 927 CC – não causar dano a ninguém. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
(De). Mora – arts. 394 a 401, CC
É o atraso culposo no cumprimento da obrigação. A mora pode ser do devedor. 
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.
Inadimplemento ABSOLUTO – é o descumprimento da obrigação em que a prestação não é mais útil ao credor. 
Inadimplemento RELATIVO – é um inadimplemento, mas a prestação ainda é ÚTIL. Isto é denominado MORA. 
Se a prestação não é mais útil, vou pedir exclusivamente PERDAS E DANOS. Ex.: bolo de aniversário. A questão da utilidade, portanto, é um critério OBJETIVO. 
Outra ideia do inadimplemento absoluto.: ex.: contratei um buffet para eu mesma, mas a festa não ocorreu. Mas vamos imaginar que contratei um buffet para me mandar doces e salgados, mas só manda um ou outro. 
Art. 396. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora.
OBS.: Mora ex re – é uma mora automática; se o pagamento da prestação é para hoje, não preciso mandar uma carta avisando o atraso. X Mora ex persona – você deve notificar a pessoa, ex.:emprestei dinheiro para uma pessoa X – devo notificar o devedor o prazo para pagamento. A partir do prazo estabelecido, a pessoa vai ficar em mora. 
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor. Trata-se da mora ex re          
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial. Trata-se da mora ex persona. 
Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou.   
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.
Art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela conservação da coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas em conservá-la, e sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorável ao devedor, se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da sua efetivação.
Art. 401. Purga-se a mora (afastar a mora):
I - por parte do devedor, oferecendo este a prestação mais a importância dos prejuízos decorrentes do dia da oferta;
II - por parte do credor, oferecendo-se este a receber o pagamento e sujeitando-se aos efeitos da mora até a mesma data. 
Perdas e Danos – arts. 402 a 405, CC
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Perdas e danos, na responsabilidade civil, está atrelada ao direito material. Danos emergentes e lucros cessantes. Deve-se fundamentar as perdas. 
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.
Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional.
Parágrafo único. Provado que os juros da mora não cobrem o prejuízo, e não havendo pena convencional, pode o juiz conceder ao credor indenização suplementar.
Art. 405. Contam-se os juros de mora desde a citação inicial.
Juros Legais – arts. 406 e 407, CC – também conhecido por Juros De Mora. Juros que decorrem do atraso culposo do cumprimento da obrigação. 
Qualquer atraso.: paga-se juros legais e cláusula penal. 
Art. 406. Quando os não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.
Art. 407. Ainda que se não alegue prejuízo, é obrigado o devedor aos juros da mora que se contarão assim às dívidas em dinheiro, como às prestações de outra natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor pecuniário por sentença judicial, arbitramento, ou acordo entre as partes.
Não precisa provar, é autonomatico – juros legais e clausula penal. 
Cláusula Penal/Multa contratual/pena convencional– arts. 408 a 416, CC
Art. 408. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora.
Art. 409. A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato posterior, pode referir-se à inexecução completa da obrigação, à de alguma cláusula especial ou simplesmente à mora.
Dois tipos de clausula penal.: clausula penal moratória – conjunto à indenização, normalmente é de um valor pequeno; e cláusula penal compensatória – visa desestimular o inadimplemento absoluto. 
Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a benefício do credor.
Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou em segurança especial de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da pena cominada, juntamente com o desempenho da obrigação principal.
Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal.
Art. 413. A penalidade deve ser reduzida equitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio.
Art. 414. Sendo indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo em falta um deles, incorrerão na pena; mas esta só se poderá demandar integralmente do culpado, respondendo cada um dos outros somente pela sua quota.
Parágrafo único. Aos não culpados fica reservada a ação regressiva contra aquele que deu causa à aplicação da pena.
Art. 415. Quando a obrigação for divisível, só incorre na pena o devedor ou o herdeiro do devedor que a infringir, e proporcionalmente à sua parte na obrigação.
Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo.
Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não pode o credor exigir indenização suplementar se assim não foi convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como mínimo da indenização, competindo ao credor provar o prejuízo excedente
Arras ou Sinal – arts. 417 a 420, CC – sinal é quando você antecipa um valor que vai ser acrescentado ou abatido no cumprimento da obrigação. 
Penitenciais e confirmatórias são os tipos de Arras. Arras penitenciais está relacionado com PENA. penitencia quando a pessoa que deu ou a que recebeu desiste de realizar o negócio jurídico. Não tem a devolução. Se a credora desistir, devo dar o dobro do sinal. Arras confirmatórias.: 
Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem móvel, deverão as arras, em caso de execução, ser restituídas ou computadas na prestação devida, se do mesmo gênero da principal.
Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por desfeito, e exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado.
Art. 419. A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar maior prejuízo, valendo as arras como taxa mínima. Pode, também, a parte inocente exigir a execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como o mínimo da indenização.
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar.

Outros materiais